O clube dos US$ 100 bilhões: quem são as 14
pessoas com as maiores fortunas do mundo
Na lista da Forbes do
ano passado, havia apenas seis pessoas com uma fortuna de mais de US$ 100
bilhões de dólares (R$ 506 bilhões).
A novidade é que na
lista deste ano, publicada na terça-feira (2/4), o número de membros deste
seleto clube mais que dobrou, para 14 integrantes.
Para se ter uma ideia
da magnitude de uma fortuna assim, basta olhar o tamanho do Produto Interno
Bruto (PIB) de um país, ou seja, a soma de todos os bens e serviços que uma
nação produz em um ano.
Assim, a riqueza
individual de cada um destes 14 magnatas é superior ao PIB de países como
Panamá, Uruguai, Costa Rica ou Bolívia.
Chase
Peterson-Withorn, editor da Forbes responsável pela lista, disse que o último
ano foi "incrível" para as pessoas mais ricas do mundo.
"Mesmo em tempos
de incerteza financeira para muitos, os super-ricos continuam a
prosperar", observou ele.
A Forbes disse ter
registrado um recorde de 2.781 bilionários em 2024, 141 a mais que no ano
anterior e 26 a mais que o recorde anterior em 2021.
Essa elite está mais
rica do que nunca e acumula uma riqueza de US$ 14,2 trilhões (R$ 72,3
trilhões).
À frente deles, estão
os magnatas do mais exclusivo clube do planeta, segundo a Forbes.
1. Bernard Arnault
(França)
Patrimônio líquido:
US$ 233 bilhões (R$ 1,18 trilhão)
Pelo segundo ano
consecutivo, Arnault é a pessoa mais rica do mundo. Sua fortuna cresceu 10% em
2023 graças a mais um ano de faturamento recorde para seu conglomerado de luxo,
o LVMH, dono de Louis Vuitton, Christian Dior e Sephora.
2. Elon Musk (EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 195 bilhões (R$ 987 bilhões)
Como o ranking muda
constantemente, Musk ganhou e perdeu diversas vezes o título de "mais rico
do mundo", à medida que mudou a valorização das suas empresas, a SpaceX, a
Tesla e a rede social X (antigo Twitter).
3. Jeff Bezos (EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 194 bilhões (R$ 982 bilhões)
Bezos ficou mais rico
este ano graças ao excelente desempenho da Amazon no mercado de ações.
4. Mark Zuckerberg
(EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 177 bilhões (R$ 895 bilhões)
O presidente da Meta
enfrenta altos e baixos. Depois que as ações da gigante das redes sociais
despencaram 75% em relação ao seu nível mais alto em 2021, seu valor quase
triplicou no ano passado.
5. Larry Ellison (EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 141 bilhões (R$ 713 bilhões)
No último ano, as
ações da empresa de tecnologia Oracle subiram mais de 30%, impulsionando sua
fortuna. Embora tenha deixado o cargo de presidente da empresa, Ellison
continua a presidir seu conselho, é seu diretor de tecnologia e também seu
maior acionista.
6. Warren Buffett
(EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 133 bilhões (R$ 673 bilhões)
Considerado um dos
investidores mais bem-sucedidos de todos os tempos, Buffett dirige a Berkshire
Hathaway, um conglomerado que possui dezenas de empresas, incluindo a
seguradora Geico, a fabricante de baterias Duracell e a rede de restaurantes
Dairy Queen. As ações da Berkshire estão em níveis recordes, 30% acima em
relação ao ano passado.
7. Bill Gates (EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 128 bilhões (R$ 648 bilhões)
O cofundador da
Microsoft foi a pessoa mais rica do mundo durante 18 dos 23 anos no período de
1995 a 2017. Apesar de sua fortuna gigantesca, Gates caiu na lista devido à
forte concorrência no setor de tecnologia, a um divórcio que saiu caro para ele
em 2021 e às suas doações para instituições de caridade, segundo a Forbes.
8. Steve Ballmer (EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 121 bilhões (R$ 612 bilhões)
O ex-presidente da
Microsoft liderou a empresa de 2000 a 2014, após a crise das empresas de
tecnologia. Depois de se aposentar da Microsoft, Ballmer comprou o time de
basquete Los Angeles Clippers, que se valorizou nos últimos anos. Hoje, é o
quinto time mais valioso da liga americana, a NBA.
9. Mukesh Ambani
(Índia)
Patrimônio líquido:
US$ 116 bilhões (R$ 587 bilhões)
A riqueza de Ambani
cresceu substancialmente graças à valorização das ações do seu conglomerado, o
Reliance Industries. A empresa atua nos setores de petroquímica, petróleo e
gás, telecomunicações, varejo e serviços financeiros.
10. Larry Page (EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 114 bilhões (R$ 577 bilhões)
Cofundador e membro do
conselho de administração da Alphabet, controladora do Google, continua a ser,
juntamente com Sergey Brin, o maior acionista individual da gigante
tecnológica.
11. Sergey Brin
(Rússia/EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 110 bilhões (R$ 557 bilhões)
Cofundador e membro do
conselho da Alphabet. Brin renunciou ao cargo de presidente da empresa em
dezembro de 2019, mas continua sendo seu acionista majoritário junto com Larry
Page.
12. Michael Bloomberg
(EUA)
Patrimônio líquido:
US$ 106 bilhões (R$ 536 bilhões)
Cofundador da empresa
de informação financeira e mídia Bloomberg LP, ele possui atualmente 88% do
negócio. Foi prefeito da cidade de Nova York por 12 anos.
13. Amancio Ortega
(Espanha)
Patrimônio líquido:
US$ 103 bilhões (R$ 521 bilhões)
Sua fortuna aumentou
no ano passado graças a uma valorização de 43% nas ações da sua empresa de
vestuário, a Inditex, que gere a rede Zara. Seu portfólio imobiliário inclui
propriedades logísticas, residenciais e de escritórios, principalmente na
Europa e nos Estados Unidos.
14. Carlos Slim
(México)
Patrimônio líquido:
US$ 102 bilhões (R$ 516 bilhões)
O empresário era a
pessoa mais rica do mundo e ainda continua sendo o mais rico da América Latina.
Sua fortuna cresceu no ano passado graças à valorização do peso mexicano e ao
salto de 60% no preço das ações de seu conglomerado industrial, o Grupo Carso.
Slim e sua família controlam a América Móvil, a maior empresa de
telecomunicações móveis da América Latina.
Um clube em expansão
Na última década, a
riqueza dos membros do clube aumentou 255%, um crescimento muito maior do que o
patrimônio do bilionário médio.
Como a maior parte das
fortunas é investida nos mercados financeiros, o valor destes ativos sobe e
desce constantemente.
Foi assim que Bill
Gates atingiu brevemente a marca dos "cem bilhões" em 1999, antes de
seu patrimônio líquido cair quase pela metade durante a crise das empresas de
tecnologia.
Ninguém conseguiu
voltar a quebrar o recorde durante quase duas décadas, mesmo quando os mercados
ganhavam muito dinheiro, pouco antes da Grande Recessão de 2008-2009.
A história continuou
assim até que Jeff Bezos finalmente quebrou a marca novamente em 2017,
tornando-se o segundo membro do clube dos magnatas com US$ 100 bilhões, graças
ao espetacular aumento no valor de mercado da Amazon.
Foi só em 2021 que
Bezos deixou de estar sozinho no topo, quando Elon Musk, Bernard Arnault e Bill
Gates se juntaram a ele.
Hoje em dia, com o
aumento das mega-riquezas em todo o mundo, alguém entrar para esse clube está
se tornando cada vez mais comum.
Fonte: BBC News Mundo

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