segunda-feira, 1 de abril de 2024

Forças ucranianas estão em situação crítica devido à falta de tropas, diz especialista militar

As Forças Armadas da Ucrânia estão em uma situação crítica devido a uma grave escassez de militares, disse o ex-agente de inteligência dos EUA Scott Ritter ao canal de YouTube do jornalista Danny Haiphong.

"Agora tem uma situação de emergência com o pessoal, quero dizer, que Zelensky disse que lhes faltam 700 mil homens [...] estão todos mortos", disse o analista.

De acordo com Ritter, atualmente as tropas ucranianas no front contam com cerca de 200 a 300 mil homens. O ex-militar explicou que isso não é suficiente e eles não têm nada para se opor ao Exército russo.

Anteriormente, o analista militar Franz-Stefan Gady sublinhou que a falta de pessoal é o principal problema da Ucrânia e que o Exército do país não conseguirá compensar a escassez crítica de soldados até o final do verão europeu.

Na semana passada, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, declarou durante uma reunião da pasta que, só desde o início deste ano, as Forças Armadas ucranianas perderam mais de 71 mil homens e 11 mil equipamentos.

¨      Correndo contra o tempo, comandante das Forças Armadas da Ucrânia anuncia mudanças na liderança

O recém-empossado comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Aleksandr Syrsky, disse que planeja fazer mais alterações na liderança militar e no Estado-Maior, a fim de trazer mais oficiais que ganharam experiência durante o conflito.

De acordo com a Bloomberg, Syrsky disse que "nosso quartel-general deve conhecer todas as necessidades do campo de batalha e compreender a situação em cada parte da frente. E, para isso, as competências dos oficiais que fazem parte da administração militar vêm à tona".

A mídia afirma que o comandante não disse quantos funcionários que serviram sob seu antecessor, o general Valery Zaluzhny, seriam substituídos nem forneceu outros detalhes.

O exército da Ucrânia tem lutado para obter ganhos nos últimos meses, enquanto a Rússia supera as forças ucranianas em uma proporção de seis para um com projéteis de artilharia.

Entretanto, após uma revisão dos recursos internos, os militares ucranianos planejam recrutar "significativamente" menos pessoas do que as 500 mil inicialmente discutidos, disse Syrsky, sem fornecer um novo número.

"Esperamos ter gente suficiente para proteger a pátria e não estamos falando apenas dos recrutados, mas também dos voluntários", afirmou.

Depois da contraofensiva da Ucrânia em 2023 não ter conseguido romper as linhas russas entrincheiradas, Kiev está começando a construir as suas próprias fortificações, com alguns críticos questionando por que isso não foi iniciado antes, relata a mídia.

Na interpretação do comandante, a Rússia "continuará a sua ofensiva ao longo de uma frente ampla" e pretende alcançar as fronteiras das regiões de Donetsk e Lugansk "a qualquer custo", bem como chegar a mais territórios em Zaporozhie, disse Syrsky.

"Estamos preparando linhas de defesa sólidas em quase todas as direções ameaçadas", acrescentou.

No mês passado, a queda de Avdeevka e de vários povoados próximos alimentaram temores de que as defesas de Kiev possam não ser capazes de resistir, com as autoridades ucranianas preocupadas com a possibilidade de os avanços russos ganharem um impulso significativo até o verão europeu, conforme noticiado.

¨      Zelensky admite a inevitabilidade da retirada das tropas de Kiev do campo de batalha

Em entrevista ao jornal Washington Post, presidente ucraniano reconheceu a escassez de armamento enfretada pelas forças ucranianas e disse que, sem ajuda dos EUA, tropas terão de bater em retirada.

As Forças Armadas da Ucrânia recuarão constantemente se os Estados Unidos não fornecerem a assistência necessária. É o que declarou nesta sexta-feira (29) o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em entrevista ao jornal Washington Post.

"Se não houver apoio dos Estados Unidos, isso significa que não teremos defesa aérea, nem mísseis Patriot, nem equipamento de interferência eletrônica, nem projéteis de artilharia de 155 milímetros. Isso significa que recuaremos, passo a passo, pequenos passos [no campo de batalha]", disse Zelensky.

Ele acrescentou que a Ucrânia enfrenta problemas na defesa aéra, e disse que sem apoio do Congresso dos EUA haverá escassez de mísseis.

"Sem o apoio do Congresso [dos EUA], teremos uma grande escassez de mísseis. Isso é um problema. Estamos a construir os nossos próprios sistemas de defesa aérea, mas isso não é suficiente".

Segundo ele, as Forças Armadas Ucranianas estão tentando encontrar uma forma de não recuar na zona de combate.

"Se a situação na frente de combate permanecer estável, então na retaguarda a Ucrânia será capaz de armar e treinar novas brigadas para lançar uma nova tentativa de contraofensiva neste ano", disse o presidente ucraniano.

No verão passado, as tropas ucranianas lançaram uma tentativa de contraofensiva que se revelou um fracasso. No período, quase 166 mil soldados ucranianos foram mortos, 800 tanques destuídos, incluindo metade dos tanques Leopard alemães, além de 123 aeronaves e 2,4 mil veículos blindados.

Mais cedo, o canal Fox News, citando uma carta da chefe do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Shalanda Young, ao senador J.D. Vance, informou que o governo dos EUA gastou pelo menos US$ 113 bilhões (cerca de R$ 667 bilhões) em auxílio à Ucrânia.

No entanto, como disse o diretor da CIA, Robert Burns, em meados de março, sem assistência militar adicional de Washington, as autoridades de Kiev terão de concordar com negociações de paz nos termos da Rússia dentro de um ano. Ele enfatizou que a falta de apoio americano resultará em maior retirada e perda de território para as Forças Armadas Ucranianas.

¨      Moscou responde declarações de Zelensky sobre negociações com a Rússia

Para porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, Ucrânia deve levar em conta mudanças drásticas nas fronteiras do país desde o início da operação militar especial nas negociações de paz. Cada vez mais abandonado pelo Ocidente, país acumula perdas significativas nos últimos meses.

No início desta semana, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky declarou em uma entrevista à CBS News que o retorno às fronteiras de 1991 não era mais condição prévia para as negociações com a Rússia. No entanto, o ucraniano ainda insistiu que Kiev deve recuperar o território perdido para Moscou em 2022.

Naquele ano, quatro antigas regiões ucranianas — Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie — votaram em grande maioria para se juntar à Rússia em um referendo público. A população seguiu a península da Crimeia, que fez o mesmo em 2014.

Após os referendos de 2022, Zelensky proibiu todas as conversas com a atual liderança russa, ao se concentrar em uma fórmula para encerrar o conflito que exige uma retirada completa das forças de Moscou de todos os territórios mencionados anteriormente.

Embora a Rússia afirme estar aberta a conversas com Kiev, o país rejeitou essa ideia de Zelensky como "descolada da realidade".

Com relação às declarações de Zelensky, Peskov disse à Sputnik neste sábado (30) que "a realidade geopolítica mudou drasticamente desde o início da operação militar especial. As fronteiras tanto da Ucrânia quanto da Federação da Rússia mudaram."

O porta-voz comentou ainda que a Rússia já incorporou as quatro antigas regiões ucranianas, enfatizando que essa realidade "não pode ser ignorada".

Enquanto isso, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a mudança de posição de Zelensky se deve ao fato de ele estar "nervoso".

"Ele tem uma eleição chegando. Ou não tem eleição?", questionou. O presidente ucraniano indicou anteriormente que não tem planos de autorizar uma votação, citando lei marcial, o que atraiu críticas tanto em casa quanto no exterior.

As declarações de Zelensky seguiram uma declaração do ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitry Kuleba, que disse que Kiev pode se envolver com Moscou em algum momento após uma cúpula na Suíça ainda este ano, que é amplamente esperada para girar em torno da fórmula de paz de Zelensky. A Rússia disse que não planeja comparecer ao evento, mesmo se oficialmente convidada.

¨      Premiê húngaro sugere opção que pode salvar a Ucrânia em meio ao conflito com a Rússia

A opção ideal para a Ucrânia é tornar-se uma zona tampão entre a Rússia e a OTAN, disse o premiê húngaro Viktor Orbán em conversa com o ex-chanceler austríaco Wolfgang Schussel, relata o jornal Mandiner.

"O primeiro-ministro da Hungria observou que a posição geográfica da Ucrânia deve ser levada em conta. Para eles, sendo vizinhos imediatos da Rússia, o ideal seria se tornar uma zona tampão e receber garantias de segurança", escreve a mídia.

De acordo com o político, se isso não acontecer, os ucranianos podem perder seu país, porque Moscou nunca concordará com a adesão da antiga república soviética à OTAN.

Ele também observou que não vê ameaça de um ataque da Rússia a qualquer membro da Aliança do Atlântico Norte.

Em fevereiro, Orbán havia admitido que a estratégia da União Europeia (UE) para a Ucrânia falhou não apenas no campo de batalha, onde a "situação é catastrófica", mas também na área política.

¨      Presidente da Câmara nos EUA defende ideia de enviar ativos da Rússia para a Ucrânia, diz mídia

Mike Johnson estaria tentando convencer seus colegas republicanos a financiar a Ucrânia através do confisco dos ativos da Rússia.

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA pode propor a ideia de confiscar os bens russos congelados para financiar a Ucrânia, escreve o portal Punchbowl News.

Mike Johnson diz que é necessário apoiar Kiev, mas está bloqueando um projeto de lei de US$ 60 bilhões (R$ 300,91 bilhões) já aprovado pelo Senado, e promete avançar com sua própria iniciativa.

"Com os republicanos da Câmara se opondo em grande parte à nova ajuda a Kiev, especialmente se não houver cláusulas sobre segurança na fronteira [norte-americana], os líderes republicanos estão procurando maneiras de 'vender' o novo pacote aos céticos do partido", diz o Punchbowl News.

Ele sugere que a principal sugestão é a integração do pacote de ajuda com o projeto de lei REPO, que permite a Joe Biden, presidente dos EUA, confiscar ativos russos congelados e usá-los para a Ucrânia. Além disso, está sendo discutida no seio republicano a ideia do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) de ajudar Kiev através de empréstimos em condições favoráveis.

Acredita-se que Johnson esteja enfrentando uma revolta de seus colegas de partido que parecem não estar satisfeitos com a assistência à Ucrânia, e podem tentar iniciar sua destituição do cargo se for votado o projeto de lei nesse sentido. A minoria democrata na Câmara dos Representantes deu a entender que, nesse caso, está pronta para apoiar Johnson.

¨      Aos estadunidenses resta a ignorância: ‘Eles detestam os imigrantes’, diz imigrante mexicana

Durante os períodos eleitorais nos Estados Unidos, os migrantes – muitos deles mexicanos – estão sujeitos a ataques por parte de alguns políticos americanos que procuram obter cargos eletivos.

Mas, qual é a real contribuição desta comunidade no país norte-americano?

·        O 'sonho americano' é o que você esperava?

Adriana Bejarano é uma mulher de origem mexicana que mora na cidade de Los Angeles há mais de 30 anos e acredita que pessoas como ela contribuem muito para a sociedade americana em questões trabalhistas, econômicas, culturais e até familiares, embora em grande parte até certo ponto, os americanos não apreciem isso.

"Muito do que nós, mexicanos, trazemos para os Estados Unidos são costumes familiares, porque infelizmente as pessoas são muito frias, se envolvem muito no trabalho, na rotina e não são como uma família", diz ela em entrevista à Sputnik.

Mas também, segundo ela, há outro fator: os hispânicos fazem trabalhos que os americanos não estão dispostos a fazer, em setores como construção, limpeza, jardinagem, manutenção, atendimento ao cliente, entre outros.

"Ninguém quer fazer esses trabalhos, os americanos gostam de receber serviços e dar ordens e delegar responsabilidades. [...] Talvez reconheçam o trabalho dos mexicanos, mas não o apreciam, porque na verdade esses empregos são mal remunerados", critica Adriana.

  • Contribuição bilionária

O Ministério das Relações Exteriores (SRE) do México estima que os mexicanos nos Estados Unidos contribuam com US$ 324 bilhões para aquele país a cada ano, o que representa quase 10% dos pouco mais de US$ 4 trilhões que os Estados Unidos arrecadaram em 2020, segundo números do Statista, razão pela qual se tornaram uma peça-chave para a economia dos EUA.

A ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, destacou recentemente que cada mexicano que vive nos Estados Unidos paga cerca de US$ 1,38 em impostos por cada dólar de gasto social do governo daquele país, enquanto os cidadãos norte-americanos pagam US$ 0,69.

 

Ø  EUA tentam alcançar Rússia na área de mísseis hipersônicos, diz analista

 

Os Estados Unidos estão tentando alcançar a Rússia no campo dos mísseis hipersônicos de baseamento naval, mas, se os mísseis russos Tsirkon já estão no serviço de combate, os desenvolvedores norte-americanos precisarão de anos para conseguir isso, disse à Sputnik o analista militar Igor Korotchenko.

Anteriormente, o portal Defense News informou, citando o diretor do Escritório de Desenvolvimento Acelerado e Tecnologias Críticas (RCCTO), o tenente-general do Exército dos EUA Robert Rasch, que a Marinha americana testará na primavera (no Hemisfério Norte) armas hipersônicas de longo alcance (LRHW).

"O trabalho dos EUA na área da criação de mísseis hipersônicos de baseamento naval é uma reação ao desenvolvimento mais bem-sucedido e eficaz da Rússia nessa esfera. Os americanos estão tentando criar um análogo do míssil hipersônico russo Tsirkon e todos os esforços dos Estados Unidos nesta esfera estão focados em impedir que a Rússia siga na frente" nas armas hipersônicas, disse Korotchenko.

Ao mesmo tempo, ele ressaltou que a Marinha dos EUA está apenas no estágio de testes de laboratório, desenvolvimento do projeto e confirmação das características especificadas. Segundo o analista, antes dos testes em grande escala e, especialmente, antes da adoção desse tipo de armamento pela Marinha dos EUA “ainda estão pela frente anos e anos de trabalho”.

"O desenvolvimento da Rússia já entrou em serviço de combate; além disso, de acordo com várias fontes, [o míssil] passou por testes eficazes em condições de operações de combate reais para ataques contra várias instalações na Ucrânia e confirmou suas mais altas características técnico-táticas, bem como a impossibilidade interceptação pelos sistemas de mísseis antiaéreos ocidentais existentes", concluiu Korotchenko.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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