Conheça um pouco da história de Lúcifer
No princípio, Lúcifer era a estrela mais radiante
no firmamento celestial, uma criação divina de beleza inigualável. Sua luz
ofuscava todas as outras, e seu esplendor era uma maravilha para os olhos dos
anjos. Contudo, a beleza de Lúcifer não estava apenas em sua aparência, mas
também em sua sabedoria e discernimento.
Como um ser celestial, Lúcifer detinha um papel
especial no reino divino. Ele era o Portador da Luz, encarregado de transmitir
a sabedoria celestial aos demais anjos. No entanto, à medida que os éons
passavam, Lúcifer começou a sentir uma sede insaciável por mais. Sua luz
cintilante começou a ser tingida por sombras de ambição e descontentamento.
Intrigado com a ideia de liberdade, Lúcifer começou
a questionar a rigidez das ordens divinas. Ele ansiava por autonomia e desejava
explorar os limites do seu próprio poder. Essa insurreição silenciosa semeou as
sementes da discórdia nos corações dos anjos, que começaram a se questionar
sobre os desígnios divinos.
O momento decisivo ocorreu quando Lúcifer,
impulsionado por sua busca por liberdade, desafiou diretamente a autoridade
celestial. Ele proclamou sua independência, recusando-se a servir como mero
mensageiro da vontade divina. Uma guerra celestial estourou, dividindo o reino
celeste entre os leais seguidores de Deus e os que escolheram seguir Lúcifer.
A batalha foi épica, com o firmamento vibrando com
a energia dos conflitos divinos. No final, porém, Lúcifer e seus seguidores
foram derrotados. Banidos do paraíso, eles foram lançados para as profundezas
do inferno, um reino de escuridão e tormento.
Assim, Lúcifer se tornou o Senhor do Inferno, um
governante caído, mas ainda imponente. Seu desejo por autonomia e liberdade o
levou a uma queda monumental, mas sua história ressoa como um lembrete eterno
de que até mesmo a luz mais brilhante pode se perder nas sombras da própria
ambição.
Hoje, Lúcifer permanece no reino infernal, onde seu
reinado sombrio é um testemunho das consequências da rebelião celestial. Sua
história, repleta de reviravoltas e tragédias, ecoa como um aviso para todos
aqueles que ousam desafiar o divino.
Se
Lúcifer era um anjo caído ou banido, porque é representado com chifres, cauda e
geralmente de coloração vermelha? O que levou a tal transformação?
O “diabo” é um ser muito complexo e podemos dizer
que ele não é um ser, mas um conceito que engloba diversos seres, de diversas
origens e com diversas características. Lúcifer, o anjo caído, é apenas um
entre milhares de entidades relacionadas ao conceito.
Inicialmente, temos que explicar que na própria
Bíblia há menção a nada menos que dez diferentes seres que foram associados ao
diabo:
1. A
serpente do Éden
2. Azazel
3. O
Bezerro de Ouro
4. Os
“filhos de Deus”
5. Os
nefilins e os anaquins
6. Belzebu
7. Shaitan
8. Lúcifer
9. Satanás
10. O
Dragão do Apocalipse
A serpente do Éden era realmente uma serpente,
porém muito astuta e dotada de características, como a fala, que ela perdeu
depois de ser culpada pela Queda do Homem. A serpente não é o diabo porque
vemos, lá mesmo em Gênesis, o que aconteceu com a serpente e sua progênie.
Azazel era um deus que governava os desertos e
lugares remotos. No livro do Êxodo se menciona o ritual do bode expiatório, que
pode ser interpretado como uma aceitação tácita da existência de uma divindade
adicional a Deus. Alternativamente, esse ritual também pode ser interpretado
como um sacrifício feito pelos hebreus ao deus que governava os desertos a fim
de terem passagem segura.
O Bezerro de Ouro, o falso deus por quem os hebreus
se desviam do culto a Javé, é muitas vezes considerado um símbolo do diabo
também.
Os filhos de Deus citados no livro do Gênesis são
claramente seres divinos, provavelmente a origem do conceito de anjos caídos.
Eles descem dos céus e se unem a mulheres humanas, gerando filhos monstruosos.
Esses filhos de Deus são uma variação do mito de Prometeu.
Os nefilins são a primeira geração de seres
monstruosos e gigantescos paridos pelas infelizes mulheres que aceitaram se
deitar com os filhos de Deus. Os anaquins são descendentes desses nefilins.
Shaitan, o “adversário”, é um anjo fiel a Deus cuja
função é testar a fé dos homens tentando-os. Isso fazia sentido no Judaísmo,
que era uma religião monista, mas os cristãos hoje interpretam Shaitan como um
rebelde.
Belzebu, o “senhor das moscas”, é uma sátira a
Baal, o deus maior do panteão cananeu.
Lúcifer, a “estrela da manhã”, “o portador da Luz”,
é uma referência ao rei babilônico Nabucodonosor, encontrada no livro de
Daniel, em que se profetiza que o rei enlouqueceria e se passaria a viver como
um animal pelos campos. A profecia provavelmente se refere a um episódio
histórico real (um rei enlouquecer é algo possível) e foi mais tarde
reinterpretada como outra referência aos anjos caídos.
Satanás é a versão cristã de Shaitan, agora não
mais um serviçal de Javé, mas um ser que age de maneira independente,
procurando corromper a obra de Deus.
Finalmente o Dragão, citado no livro do Apocalipse,
onde ele persegue a Mulher Vestida de Sol a fim de devorar o seu Filho após o
parto, é um símbolo do Império Romano, que oprimia o povo judeu e tentou
destruir a missão do Messias.
Muitos dos atributos do diabo se baseiam no dragão:
pele vermelha, rabo com ponta de flecha, aparência monstruosa etc.
O diabo cristão também recebeu muita influência dos
deuses pagãos que o cristianismo pretendeu suplantar, principalmente dos
sátiros gregos (pés de cabra e chifres), do deus celta Cernunos (aparência
animalesca e com chifres) e de vários outros menos relevantes.
Com o tempo, várias entidades pagãs foram
redefinidas como demônios. Entre a idade média e o século XVI surgiram os
"grimórios", livros que supostamente explicavam o funcionamento do
mundo espiritual e astral, além de dar instruções a quem quisesse evocar os
anjos e os demônios. Um desses grimórios, o Lemegeton ou "Clavícula de
Salomão", incluía a Goethia, a lista dos demônios graduados existentes no
inferno, conforme sua "patente". A Goethia do Lemegeton foi reescrita
e expandida na Pseudomonarchia Daemonorum, um grimório famoso do século XVI.
Nesta fase, praticamente toda divindade antiga de
que se tinha memória e que não era claramente um deus da mitologia greco-romana
foi transformada em demônio, especialmente as figuras que já não eram
"boazinhas". Entidades como Abbadon (o Anjo Exterminador, do livro do
Apocalipse), Gog e Magog, Asmodeu etc. Todos foram transformados em diabos —
mas cada um trouxe consigo as suas características originais.
Então, quando você vê diferentes representações do
diabo, você pode estar, sim, vendo representações de seres diferentes
supostamente vivendo no inferno.
Já que
a Bíblia fala sobre o inferno e Jesus avisou dele mais de 40 vezes, por que
algumas pessoas e crentes dizem que o inferno não é literal?
A parte da bíblia chamada Novo Testamento foi
escrita no grego koineh, que era a lingua geral de comunicação no primeiro
século.
São 2 as palavras gregas utilizadas pelos
evangelistas(ou seus ghost writers), para registrar o que Jesus disse em suas
parábolas:
• Hades
- é a sepultura comum, o túmulo.
• Geena
- essa palavra foi usada para significar aniquilação, destruição eterna. A
Geena era, no tempo de Jesus, um lixão imundo fora dos muros da cidade de
Jerusalém. Ali as pessoas descartavam entulhos e restos, e ateavam fogo. Ou
seja, era um local de queimar lixos, restos. Percebe a ilustração? Não se
jogavam animais vivos na geena. Mas sim coisas mortas, eventuais cadáveres. Nem
se esperava que esses animais permanecessem queimando indefinidamente. Não.
Eles queimavam, e viravam cinzas. Ou seja, o "fogo" não se apagava.
Mas o lixo jogado ali sim, era destruído. Virava pó. Esse é o sentido da
ilustração de Jesus.
• Essa
explicação combina com o que está no Velho Testamento. Nele, a palavra
utilizada é Sheol, e não há nenhuma ambiguidade: o destino dos mortos é o pó.
"Não há vantagem dos homens sobre os animais. Todos vierem do pó e ao pó
voltarão "(livro dos Provérbios de Salomão).
• Conclusão:
os tradutores do grego koineh "erraram feio" ao traduzirem Hades e
Geena por inferno de fogo.
• É
claro, fizeram isso para afirmar a nova doutrina, que estava nascendo, da
"punição eterna e continuada" aos pecadores. Essa doutrina "nem
é cristã". Nasceu no Egito, foi descrita em detalhes no Livro dos Mortos,
o primeiro best-seller da humanidade. Um livro anterior à bíblia. Já estava
escrito e fazia sucesso muitos séculos antes de Moisés nascer.
• É uma
doutrina que impõe medo e terror aos cristãos, e aumenta o poder dos líderes
religiosos.
• Liberte-se.
Fonte: Quora
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