terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Conheça um pouco da história de Lúcifer

No princípio, Lúcifer era a estrela mais radiante no firmamento celestial, uma criação divina de beleza inigualável. Sua luz ofuscava todas as outras, e seu esplendor era uma maravilha para os olhos dos anjos. Contudo, a beleza de Lúcifer não estava apenas em sua aparência, mas também em sua sabedoria e discernimento.

Como um ser celestial, Lúcifer detinha um papel especial no reino divino. Ele era o Portador da Luz, encarregado de transmitir a sabedoria celestial aos demais anjos. No entanto, à medida que os éons passavam, Lúcifer começou a sentir uma sede insaciável por mais. Sua luz cintilante começou a ser tingida por sombras de ambição e descontentamento.

Intrigado com a ideia de liberdade, Lúcifer começou a questionar a rigidez das ordens divinas. Ele ansiava por autonomia e desejava explorar os limites do seu próprio poder. Essa insurreição silenciosa semeou as sementes da discórdia nos corações dos anjos, que começaram a se questionar sobre os desígnios divinos.

O momento decisivo ocorreu quando Lúcifer, impulsionado por sua busca por liberdade, desafiou diretamente a autoridade celestial. Ele proclamou sua independência, recusando-se a servir como mero mensageiro da vontade divina. Uma guerra celestial estourou, dividindo o reino celeste entre os leais seguidores de Deus e os que escolheram seguir Lúcifer.

A batalha foi épica, com o firmamento vibrando com a energia dos conflitos divinos. No final, porém, Lúcifer e seus seguidores foram derrotados. Banidos do paraíso, eles foram lançados para as profundezas do inferno, um reino de escuridão e tormento.

Assim, Lúcifer se tornou o Senhor do Inferno, um governante caído, mas ainda imponente. Seu desejo por autonomia e liberdade o levou a uma queda monumental, mas sua história ressoa como um lembrete eterno de que até mesmo a luz mais brilhante pode se perder nas sombras da própria ambição.

Hoje, Lúcifer permanece no reino infernal, onde seu reinado sombrio é um testemunho das consequências da rebelião celestial. Sua história, repleta de reviravoltas e tragédias, ecoa como um aviso para todos aqueles que ousam desafiar o divino.

 

       Se Lúcifer era um anjo caído ou banido, porque é representado com chifres, cauda e geralmente de coloração vermelha? O que levou a tal transformação?

 

O “diabo” é um ser muito complexo e podemos dizer que ele não é um ser, mas um conceito que engloba diversos seres, de diversas origens e com diversas características. Lúcifer, o anjo caído, é apenas um entre milhares de entidades relacionadas ao conceito.

Inicialmente, temos que explicar que na própria Bíblia há menção a nada menos que dez diferentes seres que foram associados ao diabo:

1.       A serpente do Éden

2.       Azazel

3.       O Bezerro de Ouro

4.       Os “filhos de Deus”

5.       Os nefilins e os anaquins

6.       Belzebu

7.       Shaitan

8.       Lúcifer

9.       Satanás

10.     O Dragão do Apocalipse

A serpente do Éden era realmente uma serpente, porém muito astuta e dotada de características, como a fala, que ela perdeu depois de ser culpada pela Queda do Homem. A serpente não é o diabo porque vemos, lá mesmo em Gênesis, o que aconteceu com a serpente e sua progênie.

Azazel era um deus que governava os desertos e lugares remotos. No livro do Êxodo se menciona o ritual do bode expiatório, que pode ser interpretado como uma aceitação tácita da existência de uma divindade adicional a Deus. Alternativamente, esse ritual também pode ser interpretado como um sacrifício feito pelos hebreus ao deus que governava os desertos a fim de terem passagem segura.

O Bezerro de Ouro, o falso deus por quem os hebreus se desviam do culto a Javé, é muitas vezes considerado um símbolo do diabo também.

Os filhos de Deus citados no livro do Gênesis são claramente seres divinos, provavelmente a origem do conceito de anjos caídos. Eles descem dos céus e se unem a mulheres humanas, gerando filhos monstruosos. Esses filhos de Deus são uma variação do mito de Prometeu.

Os nefilins são a primeira geração de seres monstruosos e gigantescos paridos pelas infelizes mulheres que aceitaram se deitar com os filhos de Deus. Os anaquins são descendentes desses nefilins.

Shaitan, o “adversário”, é um anjo fiel a Deus cuja função é testar a fé dos homens tentando-os. Isso fazia sentido no Judaísmo, que era uma religião monista, mas os cristãos hoje interpretam Shaitan como um rebelde.

Belzebu, o “senhor das moscas”, é uma sátira a Baal, o deus maior do panteão cananeu.

Lúcifer, a “estrela da manhã”, “o portador da Luz”, é uma referência ao rei babilônico Nabucodonosor, encontrada no livro de Daniel, em que se profetiza que o rei enlouqueceria e se passaria a viver como um animal pelos campos. A profecia provavelmente se refere a um episódio histórico real (um rei enlouquecer é algo possível) e foi mais tarde reinterpretada como outra referência aos anjos caídos.

Satanás é a versão cristã de Shaitan, agora não mais um serviçal de Javé, mas um ser que age de maneira independente, procurando corromper a obra de Deus.

Finalmente o Dragão, citado no livro do Apocalipse, onde ele persegue a Mulher Vestida de Sol a fim de devorar o seu Filho após o parto, é um símbolo do Império Romano, que oprimia o povo judeu e tentou destruir a missão do Messias.

Muitos dos atributos do diabo se baseiam no dragão: pele vermelha, rabo com ponta de flecha, aparência monstruosa etc.

O diabo cristão também recebeu muita influência dos deuses pagãos que o cristianismo pretendeu suplantar, principalmente dos sátiros gregos (pés de cabra e chifres), do deus celta Cernunos (aparência animalesca e com chifres) e de vários outros menos relevantes.

Com o tempo, várias entidades pagãs foram redefinidas como demônios. Entre a idade média e o século XVI surgiram os "grimórios", livros que supostamente explicavam o funcionamento do mundo espiritual e astral, além de dar instruções a quem quisesse evocar os anjos e os demônios. Um desses grimórios, o Lemegeton ou "Clavícula de Salomão", incluía a Goethia, a lista dos demônios graduados existentes no inferno, conforme sua "patente". A Goethia do Lemegeton foi reescrita e expandida na Pseudomonarchia Daemonorum, um grimório famoso do século XVI.

Nesta fase, praticamente toda divindade antiga de que se tinha memória e que não era claramente um deus da mitologia greco-romana foi transformada em demônio, especialmente as figuras que já não eram "boazinhas". Entidades como Abbadon (o Anjo Exterminador, do livro do Apocalipse), Gog e Magog, Asmodeu etc. Todos foram transformados em diabos — mas cada um trouxe consigo as suas características originais.

Então, quando você vê diferentes representações do diabo, você pode estar, sim, vendo representações de seres diferentes supostamente vivendo no inferno.

 

       Já que a Bíblia fala sobre o inferno e Jesus avisou dele mais de 40 vezes, por que algumas pessoas e crentes dizem que o inferno não é literal?

 

A parte da bíblia chamada Novo Testamento foi escrita no grego koineh, que era a lingua geral de comunicação no primeiro século.

São 2 as palavras gregas utilizadas pelos evangelistas(ou seus ghost writers), para registrar o que Jesus disse em suas parábolas:

•        Hades - é a sepultura comum, o túmulo.

•        Geena - essa palavra foi usada para significar aniquilação, destruição eterna. A Geena era, no tempo de Jesus, um lixão imundo fora dos muros da cidade de Jerusalém. Ali as pessoas descartavam entulhos e restos, e ateavam fogo. Ou seja, era um local de queimar lixos, restos. Percebe a ilustração? Não se jogavam animais vivos na geena. Mas sim coisas mortas, eventuais cadáveres. Nem se esperava que esses animais permanecessem queimando indefinidamente. Não. Eles queimavam, e viravam cinzas. Ou seja, o "fogo" não se apagava. Mas o lixo jogado ali sim, era destruído. Virava pó. Esse é o sentido da ilustração de Jesus.

•        Essa explicação combina com o que está no Velho Testamento. Nele, a palavra utilizada é Sheol, e não há nenhuma ambiguidade: o destino dos mortos é o pó. "Não há vantagem dos homens sobre os animais. Todos vierem do pó e ao pó voltarão "(livro dos Provérbios de Salomão).

•        Conclusão: os tradutores do grego koineh "erraram feio" ao traduzirem Hades e Geena por inferno de fogo.

•        É claro, fizeram isso para afirmar a nova doutrina, que estava nascendo, da "punição eterna e continuada" aos pecadores. Essa doutrina "nem é cristã". Nasceu no Egito, foi descrita em detalhes no Livro dos Mortos, o primeiro best-seller da humanidade. Um livro anterior à bíblia. Já estava escrito e fazia sucesso muitos séculos antes de Moisés nascer.

•        É uma doutrina que impõe medo e terror aos cristãos, e aumenta o poder dos líderes religiosos.

•        Liberte-se.

 

Fonte: Quora

 

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