sábado, 27 de janeiro de 2024

Pessoas inteligentes não acreditam em Deus?

Porque a inteligência é um complexo de habilidades e nem sem o pretenso inteligente possui o necessário para analisar questões como esta.

Em principio, tanto o ateu quanto o crente empedernido, padecem do Efeito Dunning-Kruger. O efeito se manifesta de duas maneiras:

Indivíduos que conhecem pouco uma atividade e a realizam mal ou pior que os outros, tendem a superestimar os seus conhecimentos. É o caso dos ateus gnósticos que se negam a estudar doutrinas que condenam.

Indivíduos que apresentam vasto entendimento sobre algumas áreas tendem a acreditar que não conhecem tanto daquele assunto, como os ateus agnósticos que consideram imprudente tratar a questão da existência ou não de um ou mais deuses

No caso, ateus que nada sabem de fé e religiões, se julgam capazes de determinar o que existe e o que não existe. Em geral escolheram opiniões que parecem politicamente corretas e socialmente aceitas e atuam como idiotas úteis ou militantes.

Agora se o ateu apresenta uma refutação à Suma Teológica de São Thomas de Aquino, uma revisão comparada das Sampradayas Hindus Vaishanavas, Shaivas e Shaktas por exemplo, ou considerações sobre os estados quanticos previstos no Tao te King a partir das relações entre os 3 espíritos e os 5 elementos, aí vale a pena sentar para escutar e quem sabe aprender com ele.

Até lá, uma opinião é só uma opinião e não deve ser levada a sério, afinal, não sabemos que falam.

 

       Na Bíblia diz: Deus não existe, diz o tolo no seu coração". O que os ateus tem a dizer sobre isto?

 

Olha cara lamento muito, mas se teu Deus quisesse que eu cresse nele ele não deveria ter "inspirado" os escritores da Bíblia a escreverem algo tão mal escrito. Aliás, deveria ter contado para todos a mesma versão dos fatos para que não houvessem contradições. Deveria também ter inspirado os tradutores para que não fizessem traduções tão ruins do teu livro sagrado… Enfim!

Teu Deus promoveu e ordenou inúmeros genocídios, incluindo infanticídios, o que mesmo se você for onipresente, onipotente e onisciente, continua sendo cruel. Fazendo uma comparação simples se pegamos uma pessoa muito inteligente e uma pessoa normal, a primeira terá muito mais recursos cognitivos para lidar com uma grande gama de situações que a segunda não terá. Imagine um Deus onipotente, onisciente e onipresente. Ele não pode fazer nada mais construtivo do que matar, me poupe! Mas para mim tolo é quem:

1- Adora num Deus homicida.

2-Acredita que o homem veio do pó.

3- Acha que um dilúvio tapou o Everest.

4- Confia em um livro "Frankstein" cheio de erros.

Não mexa com quem está quieto…

Ah, tive dificuldade de achar uma boa imagem… É esse o teu deus?

 

       Você conseguiria me convencer que Deus existe?

 

Posso tentar. Antes de tudo, eu invoco a "primeira via" de Tomás de Aquino:

Tudo o que acontece é a realização de um potencial e tudo o que é potencial é consequência de algo que aconteceu.

Note que, com isso, é possível traçar o passado e montar uma corrente de acontecimentos e causas para o nosso universo atual. Essa corrente não pode ser infinita porque isso implicaria que o tempo seria infinito "para trás" e isso seria problemático porque o infinito na física se limita à noção de "crescimento indeterminado". Dizer que o passado é infinito não combina com o fato do tempo ser mensurável, porque isso implica em dizer que já se passaram infinitos anos até chegarmos ao momento atual, o que é absurdo do ponto de vista físico. De forma similar, o universo não pode ser infinito em extensão dado que é possível medir pedaços de espaço; sendo assim, dizer que o universo é infinito só faz sentido quando esse infinito remete à ideia de crescimento indeterminado.

Concluímos assim que deve existir um momento de "tempo zero" para o universo físico (note a ênfase no "físico") onde havia apenas o potencial de sair do tempo zero. Esse potencial é o que Aristóteles chama de "primeiro motor (imóvel)". Por definição, não é possível que o primeiro motor tenha uma causa, porque essa causa viria de um potencial, mas o primeiro motor é por definição o potencial que antecede todos os outros. Portanto, esse primeiro motor é metafísico: isto é, ele não necessariamente está sujeito às leis da física (isso não implica em onipotência, apenas que ele transcende a física, agora o quanto ele pode transcender é outra questão). Com isso, "provamos" que deve existir algo que causou e pode violar as regras mais fundamentais do universo que conhecemos.

Você pode chamar isso de Deus, mas ele ainda está muito abstrato e meio longe de ser o que normalmente se entende por Deus. Para melhorar isso, vou recorrer ao argumento da dissipação do potencial:

O potencial de algo é sempre menor ou igual ao potencial da sua causa.

Pela própria inclusão, se A pode causar B, e B pode causar C, então A pode causar C. Ou seja, o potencial de B é menor ou igual ao potencial da sua causa A. Quanto mais avançamos na corrente de consequências, mais potencial é dissipado, o que implica que o primeiro motor, ou Deus, representa o maior potencial dentre tudo o que existe. Não é necessariamente onipotente, mas é pelo menos mais potente que tudo o que existe e vai existir. Com isso, sim, chegamos a uma espécie de Deus, falta só ele ser consciente e inteligente. Meu argumento anterior mostra que, ao menos, ele — pode ser — consciente e inteligente, porque nós somos e se nós temos esse potencial e ele é a nossa causa, então ele também tem esse potencial. Para mostrar que ele é inteligente, vou recorrer ao argumento teleológico, ou a "quinta via" de Tomás de Aquino:

•        Existe padrão no universo.

A gravidade sempre vai funcionar do mesmo jeito em contextos semelhantes, assim como a interação entre partículas, as leis de causa e efeito, etc. Até o que nós chamamos de caos, na verdade pode ser só um processo complexo demais para descreveremos. Não conseguimos provar que, de fato, o caos existe, mas é muito mais fácil verificar que a ordem existe. Se a ordem existe e é parte da natureza de todo o universo, então também é parte das suas causas, e indutivamente concluímos que a ordem também é parte da natureza do "primeiro motor".

•        Conclusão:

Existe alguma entidade metafísica e provida de inteligência que causou e é mais poderosa que tudo o que existe e vai existir. Isto é, Deus existe.

 

       Existe alguém que possa realmente provar que o Deus da Bíblia não existe?

 

A pergunta correta deveria ser: alguém consegue provar que deus exista, sem recorrer a "escrituras sagradas", e outras da mesma espécie escritas por religiosos?

A minha convicção de que deus não existe baseia-se em:

•        Quando houve paz por completo no mundo?

•        O homem aprendeu rapidamente a exterminar e não a preservar a vida.

•        Porque existe tamanha desigualdade no mundo, com gente morrendo de fome e outros comendo bife com pó de ouro?

E por favor, sem essa de livre arbítrio, o pecado entrou no mundo por Adão, o homem desobedeceu a deus, o tempo de deus é diferente do nosso e outras explicações sem pé nem cabeça.

 

       Não podemos provar que os deuses existem, mas também não podemos provar que eles não existem. Não seria mais lógico, então, ser agnóstico ao invés de ateu?

 

O ser humano tem uma necessidade biológica de criar uma explicação para o mundo ao seu redor, isso é natural quando se tem a função de questionar o ambiente ao seu redor, quase que 100% dos povos que aqui viveram tinham suas crenças, suas mitologias, seus deuses, a religião mais popular atualmente é o cristianismo, mas nem sempre foi assim, antes do surgimento de religiões radicais como o cristianismo, existiam uma grande quantidade de culturas diferentes entre indígenas e outros povos, na África por exemplo cada tribo tinha sua própria crença, mas o cristianismo tinha uma ideia de marketing mais ampla, não seria mais uma crença local, então cristãos saíram pelo mundo convertendo novos povos ao cristianismo, e para tornar o cristianismo uma religião global, eles estavam dispostos a fazer qualquer coisa.

Muitos povos não queriam perder suas culturas milenar, e lutaram contra os exploradores, isso porque todo homem protege a crença que acredita, sendo verdade ou não, é um questão de honra proteger e continuar com suas crenças. E isso explica porque hoje o cristianismo é tão grande, na verdade os papas antigos, eram mais políticos do que religiosos, eles tinham o dever de converter povos, cada novo local descoberto, os cristão tinham a tarefa as vezes difícil de converter aquele novo povo.

O islamismo atualmente é uma das maiores religiões do mundo, e a que mais cresce também, então estamos vendo na pratica como uma religião se torna grande, é apenas um ato social passado de boca em boca, é como um novo idioma, exemplo o Inglês que é o idioma mais falado em todo o mundo, e assim como os deuses novos idiomas podem ser criados para a necessidade a comunicação, as crenças tem como objetivo explicação do que não se tem conhecimento.

Então não existe a necessidade de prova que tal deus de tal local existe, ou todos existem ou nenhum existe.

Você falar que o deus de uma tribo da África não existe, você também condena a bíblia e o cristianismo, todas as religiões de todo o mundo tem bases muito semelhantes, exemplo: criar coisas com magicas sem explicação complexa, rituais, sacrifícios, bem vs mau, paraíso vs inferno, regras, fim do mundo, inicio do mundo etc, estas semelhanças e muito mais existem em milhares de outros mitos, então não existe atualmente uma crença divina totalmente original, que realmente faz tanto sentido a ponto de ser considerada a única verdade.

 

       Se Deus tem um plano, qual é o plano de Deus para um ateu?

 

•        P: Se Deus tem um plano, qual é o plano de Deus para um ateu?

R: Existe um velho ditado em que um dos alunos pergunta ao rabino: "Por que Deus criou ateus?"

Após uma longa pausa, o rabino finalmente responde com uma voz suave, mas sincera. “Deus criou ateus”, disse ele, “para nos ensinar a lição mais importante de todas - a lição da verdadeira compaixão. Veja, quando um ateu realiza um ato de caridade, visita alguém que está doente, ajuda alguém em necessidade e se preocupa com o mundo, ele não está fazendo isso por causa de algum ensinamento religioso. Ele não acredita que Deus o ordenou a realizar esse ato. De fato, ele não acredita em Deus, então suas ações são baseadas em seu senso de moralidade. Veja a gentileza que ele concede aos outros simplesmente porque acha que isso é o certo.

Quando alguém te pede ajuda, você nunca deve dizer eu vou orar para que Deus lhe ajude. Em vez disso, nesse momento, você deve se tornar ateu - imagine que Deus não possa ajudar e diga eu vou ajudá-lo."

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Outra versão desta história é assim:

"Você acredita", o discípulo perguntou ao rabino, "que Deus criou tudo com um propósito?"

"Sim", respondeu o rabino.

"Bem", perguntou o discípulo, "por que Deus criou ateus?"

“Às vezes, nós que acreditamos, acreditamos demais. Vemos a crueldade, o sofrimento, a injustiça no mundo e dizemos: Esta é a vontade de Deus. Aceitamos o que não devemos aceitar. É quando Deus nos envia ateus para nos lembrar que o que passa pela religião nem sempre é religião. Às vezes, o que aceitamos em nome de Deus é o que devemos combater em nome de Deus."

 

Fonte: Quora

 

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