quarta-feira, 28 de junho de 2023

Ata aponta para queda de juros e alivia situação política de Campos Neto

A ata da reunião do Banco Central, divulgada na manhã de terça-feira (27), abre espaço para a queda dos juros já em agosto, analisam economistas, ex-diretores do Banco Central e integrantes da equipe econômica. O Copom também manda recado para reunião do Conselho Monetário Nacional na quinta, afirmando que mudança na meta de inflação pode segurar flexibilização da política monetária.

Alguns trechos do texto chamaram a atenção tanto do mercado quanto do governo. Especificamente o item 19 da ata, que expõe a divergência entre os 9 integrantes do Comitê de Política Monetária sobre a queda dos juros.

 “Nesse debate, observou-se divergência no Comitê em torno do grau de sinalização em relação aos próximos passos", destacou a ata. Segundo o texto, um grupo destaca que “a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”. Outro grupo, mais cauteloso, afirmou que “é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”.

Três diretores do Banco Central são apontados hoje com as vozes mais “cautelosas". Eles se manifestaram publicamente, nas últimas semanas, sobre os riscos de uma queda de juros, algo considerado inusual, o que foi interpretado pelo governo como um recado do presidente do Copom, Roberto Campos Neto, que sofre pressão para a queda da taxa, hoje em 13,75%.

O comunicado do Copom, divulgado na semana passada, seguia essa linha de maior cautela. O que levou o Banco Central a ser alvo mais uma vez de críticas, desta vez com o ingresso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no coro - Haddad era uma das vozes que contemporizavam com Campos Neto. O comunicado não apontava as vozes dissonantes internas, que agora aparecem na ata.

A decisão da semana passada fez aumentar a pressão política em Campos Neto. Senador ouvidos pelo blog elogiam o presidente do BC, mas dizem que se os juros forem mantidos em 13,75% em agosto a sustentação política dele ficará frágil. A ata divulgada hoje, no entanto, traz um respiro para Campos Neto, deixando mais provável um cenário de corte de 0,25 ponto percentual.

Também houve críticas, inclusive de ex-diretores, sobre a comunicação do Banco Central, justamente por causa da divergência de tons entre ata, hoje, e comunicado, semana passada. A ata é mais leve, e o comunicado mais duro. Na avaliação de alguns economistas ouvidos pelo blog, o BC já deveria trazer no comunicado a possibilidade de flexibilização que vem na ata.

Em outro ponto, destacado pelos analistas, a ata fala da importância de ancorar as expectativas à meta para que haja queda dos juros. Seria um recado para que não haja alteração da meta de inflação.

Na quinta-feira, haverá reunião do Conselho Monetário Nacional, quando será definida a meta de 2026. As metas de 2024 e 2025, hoje em 3%, também poderiam ser alteradas para cima, caso haja maioria (votam os ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do BC), embora uma mudança seja o cenário hoje menos provável.

“As expectativas de inflação apresentaram algum recuo, mas seguem desancoradas, em parte em função do questionamento sobre uma possível alteração das metas de inflação futuras. O Comitê avalia que decisões que reancorem as expectativas podem levar a uma desinflação mais célere.”

Diz ainda a ata: “Nesse contexto, o Comitê reforça que decisões que induzam à reancoragem das expectativas e que elevem a confiança nas metas de inflação contribuiriam para um processo desinflacionário mais célere e menos custoso, permitindo flexibilização monetária.”

Alguns economistas, no entanto, avaliam que o comunicado, embora mais suave, já deixava a porta aberta para a queda e mostrava uma mudança de estratégia. A ata, agora, só intensificaria esse movimento, com o BC dando um pouco mais de detalhes e apontando para uma maioria dos membros a favor do corte em agosto.

Também chamou a atenção o aumento da estimativa da taxa de juros neutra (aquela em que a economia não acelera nem freia). “Em seguimento ao amplo debate e acúmulo de evidência ao longo das últimas reuniões, o Comitê optou por elevar a estimativa de taxa de juros real neutra de 4,0% a.a. para 4,5%”, declarou o Copom na ata, em seu item 6. Isso aponta para a possibilidade de o país conviver com juros mais altos - com consequentes impactos no desemprego.

Sobre o arcabouço, o Copom destaca a importância da aprovação, embora faça ressalvas. “A apresentação e a tramitação do arcabouço fiscal reduziram substancialmente a incerteza em torno do risco fiscal", afirma a ata, que então traz a seguinte ponderação: “O Copom novamente enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal, uma vez que a trajetória de inflação segue condicional à reação das expectativas de inflação e das condições financeiras.”

A ata também trata do crescimento do PIB, atrelado ao no agro, e das pressões inflacionárias: “Nota-se um ritmo de crescimento moderado na margem, com exceção do forte crescimento do setor agropecuário. De todo modo, antecipa-se que, passado esse maior crescimento da agropecuária no primeiro trimestre, em função da sazonalidade da safra, o processo de moderação do crescimento nos setores mais cíclicos da economia se aprofundará ao logo dos trimestres seguintes.”

 

       BC muda o tom e sinaliza possível corte dos juros em agosto

 

A maioria dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pelo presidente e diretores do Banco Central, responsável por fixar os juros básicos da economia, avaliou nesta terça-feira (27) que a continuidade da queda da inflação, e seu impacto sobre as expectativas do mercado para o IPCA, pode possibilitar uma queda dos juros no começo de agosto.

A informação consta na ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa Selic foi mantida estável em 13,75% ao ano - o maior nível em seis anos e meio.

"A avaliação predominante [entre os integrantes do Copom] foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso [bem gradual] de inflexão [corte dos juros] na próxima reunião [marcada para o início de agosto]", informou o Banco Central.

O BC acrescentou, entretanto, outro integrantes do Copom, embora em minoria, mostraram-se mais cautelosos, avaliando que a dinâmica de queda da inflação "ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto [capacidade de a economia crescer sem gerar inflação] gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário [alta dos juros] até então implementado".

"Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas [projeções de inflação do mercado para os próximos anos em linha com as metas] e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo", informou a instituição.

Por fim, o Banco Central informou que houve unanimidade entre todos os integrantes do Copom ao concordar que os "passos futuros da política monetária" [definição do juro para conter a inflação] dependerão:

•        da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica - isto é, do comportamento dos próximos resultados do IPCA.

•        das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo - ou seja, das projeções do mercado para a inflação.

•        de suas projeções de inflação - das estimativas do próprio BC para o IPCA.

•        do hiato do produto - dos indicadores sobre a capacidade de crescimento da economia sem gerar inflação.

•        do balanço de riscos - dos índices que mostram que a inflação futura pode ser maior ou menor.

O Copom avaliou, ainda, que avalia de forma unânime que cortes de juros "exigem confiança" no trajetória de queda da inflação, uma vez que reduções "prematuras" da taxa Selic podem gerar "reacelerações do processo inflacionário".

Essa reaceleração da inflação, por conta de um possível corte prematuro dos juros, poderia, por sua vez, "levar a uma reversão do próprio processo de relaxamento monetário", ou seja, fazer com que o BC parasse de baixars os juros.

"A materialização desse tipo de cenário [parada dos cortes de juros por uma eventual reaceleração da inflação] pode impactar negativamente não apenas a credibilidade da política monetária [da definição do juro pelo BC], mas também as condições financeiras", concluiu o BC.

•        Mercado vê possível corte em agosto

Até o momento, a previsão do mercado é justamente de que os juros comecem a recuar em agosto, quando passariam para 13,50% ao ano.

Para o fim deste ano, a previsão é que que a Selic cai para 12,25% ao ano.

O comunicado divulgado pelo BC após a reunião do Copom, na semana passada, não trazia indicação de que o processo de redução da taxa de juros poderia ter início no começo de agosto.

O documento foi criticado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana, que considerou o documento como "muito ruim", e acrescentou que ele não "aliviava a situação".

•        Metas de inflação

Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC olha para frente.

Neste momento, a instituição já está mirando na meta do ano que vem. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

•        A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

•        Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano, de 5,12% para 5,06%, e passaram a projetar uma inflação de 3,98% para 2024.

<<< Pressão de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressionado o Banco Central a iniciar o processo de redução da taxa básica de juros da economia, e critica o efeito de juros altos sobre o crescimento da economia e a geração de empregos.

Nesta semana passada, em transmissão pela internet, Lula voltou a pressionar pela queda de juros.

"Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, por que ele não baixa [a taxa]", disse.

•        Outros recados do Copom

A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, também trouxe outros recados. Veja abaixo:

•        A inflação ao consumidor se reduziu no período recente, com destaque para as dinâmicas em bens industriais e alimentos. O Copom diz que os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária [alta de juros], que apresentam maior inércia inflacionária [efeito de carregamento da inflação passada para a futura], apresentaram uma incipiente melhora, mas mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.

•        As projeções de inflação do Copom se reduziram, especialmente, no horizonte relevante (de 6 a 18 meses), em boa medida como função da redução das expectativas de inflação.

•        No âmbito doméstico, o conjunto de indicadores recentes sugere um cenário de desaceleração gradual [da economia]. "A divulgação do PIB referente ao primeiro trimestre de 2023 surpreendeu positivamente, com grande parte da contribuição de tal surpresa no desempenho da agropecuária, porém com menor dinamismo nos setores mais cíclicos da economia", informou.

•        As expectativas de inflação (do mercado) seguem desancoradas (acima) das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (para os próximos anos) tendo havido uma pequena diminuição da desancoragem na margem. O BC avaliou novamente que o comportamento das expectativas é um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que serve de guia para a definição de reajustes de preços e salários presentes e futuros.

•        O Comitê discutiu também os impactos do cenário fiscal sobre a inflação e avalia que a apresentação e a tramitação do arcabouço fiscal (a nova regra para as contas públicas em análise no Congresso Nacional) reduziram substancialmente a incerteza em torno do risco fiscal. O Copom novamente enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal.

•        O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções (que podem levar a uma alta ou queda da inflação). Entre os fatores que podem pressionar o IPCA, estão a inflação global em alta, incertezas sobre o desenho da nova regra fiscal e uma possível projeção de inflação do mercado acima das metas para os próximos anos. Entre os riscos de baixa, estão uma queda adicional no preço de produtos básicos (commodities), uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada, e uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior.

•        O Copom informou que conduzirá a política de juros necessária para o cumprimento das metas de inflação e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação (para as metas).

•        O Comitê reforçou que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de queda da inflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

•        O Comitê avaliou novamente que o atual momento demanda paciência e serenidade na condução da política de juros e reiterou que os passos futuros dependerão da evolução da dinâmica inflacionária.

 

       Mercado vê 'contaminação' do Copom por pressões políticas após divulgação de ata de reunião

 

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada terça-feira (27) revelou uma divergência entre diretores do Banco Central sobre a possibilidade de abrir a porta para o início da queda da taxa de juros em agosto.

A sinalização, cobrada por governistas, não apareceu no comunicado divulgado na semana passada, assim que saiu a decisão de manutenção da taxa de juros em 13,75%.

Já o documento divulgado nesta terça cita que, na reunião do Copom foi "predominante" a visão de que o aperto monetário pode começar a ser afrouxado a partir de agosto.

O Copom é um colegiado, formado pelo presidente e diretores do Banco Central, responsável por fixar os juros básicos da economia

Segundo economistas e agentes do mercado financeiro ouvidos pelo blog, o Banco Central "escondeu" a divergência, que precisava ter ficado clara já na semana passada para demonstrar tecnicamente os possíveis desdobramentos da reunião.

A divergência indica, segundo as fontes, um claro caminho para um início de ciclo de redução da Selic, até porque devem se somar à diretoria do BC dois novos integrantes indicados pelo presidente Lula – ambos tendem a votar por um início da redução na taxa de juros.

Para fontes que conhecem o funcionamento do Copom, há uma contaminação do colegiado pelas pressões políticas, vindas do governo e de setores da economia, como empresários.

A pressão do presidente Lula tem recaído diretamente sobre Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

A divergência entre os diretores fica explícita no trecho em que se debate se é prematuro neste momento reduzir o aperto monetário.

"Nesse debate, observou-se divergência no Comitê em torno do grau de sinalização em relação aos próximos passos. A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião", diz parte da ata divulgada nesta terça.

"Outro grupo mostrou-se mais cauteloso, enfatizando que a dinâmica desinflacionária ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado", completa o documento.

 

       Só falta começar a baixar os juros, diz Tebet

 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (27) que está muito confiante na queda da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Ele participou da cerimônia de lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto.

Também presente no evento, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ao g1 que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada mais cedo nesta terça-feira, "veio mais realista".

"Veio mostrando que há uma sinalização para queda de juros a partir de agosto. E garantindo também aquilo que nós já temos certeza que estamos fazendo. Se olharem na ata a divergência de alguns votos já mostra que eles já reconhecem o trabalho da equipe econômica. Nós não estamos plantando só sementes, estamos plantando credibilidade, segurança jurídica, previsibilidade para o Brasil. E ata vem reconhecendo isso. Agora só falta em agosto começar a baixar os juros", declarou a ministra do Planejamento.

A ministra também criticou o fato de o BC não ter sinalizado claramente, no comunicado da última reunião do Copom, divulgado na semana passada, um possível corte de juros em agosto.

"De novo, a ata vindo de forma quase que contrária ao que é dito no comunicado. Esse é um dado que o Banco Central precisa rever, cria uma situação de estresse desnecessário no comunicado e depois vem com uma ata mais realista. Não deixa de ser uma crítica construtiva, que isso seja revisto pelo Banco Central", declarou Tebet ao g1.

Em documento divulgado mais cedo, a maioria dos integrantes do Copom, colegiado formado pelo presidente e diretores do Banco Central, responsável por fixar os juros básicos da economia, avaliou que a continuidade da queda da inflação, e seu impacto sobre as expectativas do mercado para o IPCA, pode possibilitar uma queda dos juros no começo de agosto.

"A avaliação predominante [entre os integrantes do Copom] foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso [bem gradual] de inflexão [corte dos juros] na próxima reunião [marcada para o início de agosto]", informou o Banco Central.

Em discurso na cerimônia do Plano Safra, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, precisa ser convocado ao Senado, para "saber qual é a responsabilidade dele com o Brasil".

"Qual o sentido que se faz de ter taxas de juros, a Selic, de 13,75% ao ano? O que ele pensa dos empregos, o que ele pensa do desenvolvimento desse país?", questionou.

•        Ministro da Fazenda

Também nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há uma sinalização clara de "boa parte" da diretoria do Banco Central de que os efeitos da taxas de juros elevadas "produziram os resultados, e que o risco fiscal [de descontrole das contas públicas] está afastado".

Ele acrescentou que há, em sua visão, um "consenso" em relação à trajetória próxima das taxas da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano – o maior nível em seis anos e meio.

"O Brasil está em trajetória fiscal sustentável e, portanto, a harmonização da política fiscal [relativa às contas públicas] com a política monetária [decisões de juros por parte do BC para conter a inflação], que é algo que e defendo desde dezembro, eu acredito que possa acontecer brevemente [um possível corte de juros]", declarou Haddad.

 

Fonte: g1

 

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