César Fonseca:
Discípulo de George Soros tem razão
Seria
catastrófico para quem está mamando nos juros anuais de 13,75% desde agosto do ano
passado, diante de uma inflação de 5%; mudar a meta é sinalizar flexibilização,
maior oferta de dinheiro em circulação, mais oxigênio financeiro numa economia
parada, seca de água para irrigar a plantação, sem a qual a planta não cresce,
não engrossa o caule, o tronco, os galhos, as folhas e, claro, não dá frutos.
Armínio
Fraga, homem da banca, discípulo de George Soros, ex-diretor e presidente do
BC, que promoveu as recomendações do Consenso de Washington, na Era FHC, está
alarmado diante da possibilidade de os juros especulativos caírem, pois diante
da desigualdade social que eles promoveram não é possível sustentar
lucratividade do capital na produção, no consumo, ou seja, na economia real.
O
papel dele, enquanto governo, foi o de liberar todos os entraves à livre
circulação de capital, de dentro para fora e de fora para dentro, acelerando
privatizações e isenções de ICMS para exportações de produtos primários e
semi-elaborados, de modo a impedir a industrialização no país e consequente
modernização do trabalho, agregação de valor da mão de obra nacional e aumento
da produtividade geral da economia.
Mudar
a meta de inflação, alerta alarmado, é abrir a economia a essas possibilidades
que resultarão em aumento dos investimentos em educação, saúde, segurança,
infraestrutura; Armínio é o mestre da estagnação; ele no comando da economia
tucana criou as chances de vitória da oposição petista, com Lula e Dilma, e
afundou a social democracia de araque de FHC e Cia ltda, cujo resultado foi
produzir endividamento interno incontrolável, desequilíbrio cambial e rendição
ao FMI, o mesmo que acontece na Argentina, nesse momento.
Depois
de FHC, o dilúvio, não deu mais para o PSDB ganhar eleição; somente, chegou ao
poder, aliando-se à direita liberal e à extrema direita fascista, ao fim e ao
cabo, com Bolsonaro, agora, no banco dos réus, junto com seus apoiadores
radicais, os militares, desmoralizados diante de CPIs que investigam as
falcatruas bolsonaristas que avalizaram; nesse período(2018-2022), os aliados
de Armínio, os homens do mercado financeiro, nunca ganharam tanto dinheiro, na
especulação com os juros perseguindo metas inflacionárias de 3%, completamente,
irrealistas, incompatíveis com desenvolvimento econômico sustentável.
É
claro que se a meta inflacionária subir, vamos dizer, para 4% ou 4,5%, 5%, no
mesmo patamar atual da inflação em 12 meses , os juros despencariam, para
movimentar o comércio, a indústria e os serviços, todos de bico aberto,
exângues, sem gás, à espera desesperada de respiradouro, enquanto explode a
exclusão social, com mais da metade da população dependurada no crediário.
Os
fascistas querem a continuidade do bolsonarismo, sem Bolsonaro, para liquidar a
base social e produtiva do que ainda resta do capitalismo nacional, a fim de
jogá-lo nos braços daqueles que estão assaltando as empresas estatais e
levando-as na bacia das almas, como acontece com a Eletrobrás e Petrobrás,
praticantes de preços ao consumidor incompatíveis com o poder de compra da
população.
Ora,
é de se perguntar, como está fazendo Ciro Gomes, se o presidente Lula teve
força de juntar maioria no Senado para garantir votação consagradora à
aprovação do novo ministro Cristiano Zanin, ao STF, por que não terá o poder de
fazer o mesmo com o presidente do BC, Campos Neto, demitindo-o por não cumprir
metas de inflação que estabelece, há mais de 3 anos, ferindo a Constituição?
Zanin,
juiz garantista, seria o primeiro a votar pela derrubada do ultraneoliberal que
não deixa a economia florescer, a fim de permitir Lula cumprir promessa de
campanha eleitoral.
Soberania
nacional é o presidente da República ser capaz de afastar o sustentáculo dos
especuladores do mercado financeiro, no governo, enquanto a economia está
mergulhada no subconsumismo, ampliando desigualdade e exclusão social incontrolável.
Lula quer reuniões frequentes com
lideranças partidárias para melhorar diálogo, diz líder do governo
O
líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que vai
organizar encontros entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os
líderes dos partidos na Casa para melhorar a articulação política do governo.
Guimarães
declarou também que, até o fim do ano, a administração petista vai ter uma
relação “azeitada” com a Câmara.
“O governo está azeitando a relação [com a
Câmara] e, até o fim do ano, estará completamente azeitada. O presidente pediu
para ter reuniões semanais ou quinzenais com os líderes, lá no Alvorada, para
conversar. O governo tem seus articuladores políticos, mas é bom o presidente
estar próximo, e queremos aprimorar isso”, afirmou Guimarães.
Até
o recesso parlamentar de julho, o Planalto espera votar as mudanças nas regras
do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o marco fiscal e a
reforma tributária. E, para isso, ter diálogo com os parlamentares é fundamental
para a aprovação dos temas.
Por
isso, o líder do governo aposta nesses encontros para aproximar o governo dos
deputados, que, desde o começo do ano, deixam clara a insatisfação generalizada
com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações
Institucionais, Alexandre Padilha.
Eles
alegam demora na liberação de cargos e emendas parlamentares, além da falta de
diálogo com os parlamentares.
“Não
tem chefe da Casa Civil que não se envolva em política. A Casa Civil tem que
fazer política. Eu vou fazer um café, ainda neste semestre, dos líderes com Rui
Costa nos próximos dias. É fundamental. Eu mesmo fiz um esforço para colocar
ele em diálogo com os líderes e com Lira”, explicou Guimarães.
Sobre
as dificuldades enfrentadas pelo governo neste primeiro semestre para aprovar
projetos na Câmara, devido à falta de uma base de apoio consolidada, Guimarães
minimizou e exaltou que o Executivo aprovou 87 matérias na casa. O líder citou
também que o governo vai priorizar o envio de projetos de lei ao invés de
decretar medidas provisórias.
“O
maior drama meu aqui foi a MP dos Ministérios, parecia que o teto deste
plenário ia cair na nossa cabeça. Fora isso, nós tivemos dois problemas,
pequenos perto do que aprovamos aqui: o decreto do saneamento, que não teve
discussão anterior, e a questão da MP da Mata Atlântica”, pontuou.
“Evidentemente
que você tem matérias, sobretudo nas matérias econômicas e sociais, que você
tem um quórum maior. Não tem um anúncio do tamanho da base, mas, nas principais
matérias para o governo, partidos como União Brasil, Republicanos, MDB, PL e
PSD, além dos partidos que já votam com a gente, têm entregado seus votos”,
afirmou.
Guimarães
também negou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha cobrado
cargos e ministérios do governo.
Segundo
o líder do governo, todas as reuniões entre Lula e Lira foram para discutir “o
interesse do país”.
Entregando as galinhas aos cuidadis da
raposa: Por apoio, Planalto avalia ministério do Bolsa Família ao PP
O
governo federal tem avaliado se deve oferecer um ministério ao PP, partido que
apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), para que a legenda entre na base
aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o relato de
assessores do governo à CNN, o Ministério do Desenvolvimento Social,
responsável pelo Bolsa Família, tornou-se uma alternativa em uma futura reforma
ministerial.
A
cúpula nacional do PP é contra a entrada do partido na Esplanada dos
Ministérios de Lula, mas a opinião não é unânime na bancada federal da sigla,
sobretudo entre parlamentares do Norte e do Nordeste.
Hoje,
parte da bancada do partido tem votado com o Palácio do Planalto em iniciativas
de interesse do governo petista.
Na
avaliação de assessores presidenciais, um convite para o ingresso do partido na
equipe ministerial poderia ser uma oportunidade para aumentar a divisão na
bancada federal da legenda.
O
convite, segundo apurou a CNN, ainda não foi feito, mas assessores do governo
reconhecem que a alternativa é avaliada. E integrantes do PP dizem que o
Desenvolvimento Regional seria uma proposta irrecusável.
Caso
o convite seja feito, e o PP aceite assumir o posto, a hipótese mais provável é
que o atual ministro Wellington Dias, do PT, seja acomodado em outro posto
ministerial.
O
presidente Lula tem negado publicamente a realização de uma reforma
ministerial, mas aliados do petista consideram que ela é inescapável diante da
tentativa de aumentar a base aliada na Câmara dos Deputados e para trocar
auxiliares do governo cujo desempenho não tem sido bem avaliado pelo Planalto.
Lula decide que militares e policiais
federais atuarão juntos na segurança presidencial
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a segurança presidencial
será uma atribuição conjunta de militares, policiais federais e outros agentes
de segurança pública, todos sob o comando do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI).
A
informação, que era aguardada, como mostrou mais cedo a CNN, foi confirmada
nesta quarta-feira (28) pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Flávio
Dino, da Justiça e Segurança Pública.
O
martelo foi batido durante reunião realizada na tarde desta quarta e que contou
com a participação, além do presidente da República, dos ministros Rui Costa,
Flávio Dino, Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, e do
general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos, do GSI.
O
ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a decisão foi harmônica e
consensual, e que o presidente decidiu por um modelo híbrido em que as forças
de segurança irão trabalhar juntas. “A solução encontrada garante a
materialização desse desejo do presidente, que é a integralização da formação
da equipe como um time, de forma entrosada”, complementou Costa.
A
segurança do presidente e do vice-presidente deixou de ser feita exclusivamente
por militares e passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais
subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da
República.
O
ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou a extinção da secretaria e explicou:
“Lembremos que ela foi criada para ser temporária, ela foi criada por conta de
um fator político, e consideramos esse fator político superado”, disse.
O
decreto que estabeleceu a criação da secretaria deixa de valer nesta
sexta-feira (30). A partir desta data, o órgão, formado por policiais federais
e outros agentes de segurança pública, será extinto. O novo modelo híbrido
também será publicado na sexta.
A
decisão de Lula põe fim a uma queda de braço entre a ala de ministros e
auxiliares do presidente que pregava uma desmilitarização do governo com um
maior protagonismo de policiais federais e agentes de segurança pública e a que
defendia a continuidade do GSI na coordenação da segurança presidencial.
A
solução híbrida encontrada pelo presidente representa uma derrota para Flávio
Dino e para o delegado Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal, que
buscavam manter a atribuição sob a responsabilidade dos agentes federais.
A
busca pelo consenso entre as duas alas foi o primeiro desafio de Amaro no
cargo.
Nos
bastidores, policiais federais vinham alegando ao longo dos últimos meses que
não queriam responder a militares. A escolha de Lula pelo nome do general Amaro
representou um obstáculo para os civis que defendem uma maior participação de
policiais federais e agentes de segurança no governo.
O
próprio general, antes de ser oficializado no cargo, em entrevista ao portal
“Terra”, desaprovou a ideia de militares no GSI compartilharem a função de
segurança e proteção do presidente e do vice com policiais federais.
Fonte:
Brasil 247/CNN Brasil/Valor Econômico
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