8 CURIOSIDADES
SOBRE A PIETÀ, UMA DAS ESCULTURAS MAIS FAMOSAS DE MICHELANGELO
Desde
que foi criada por Michelangelo, em 1499, a Pietá tem causado
emoção, despertado a fé e sido grandemente imitada, graças à sua representação
elegante da Virgem Maria e de Jesus Cristo.
Mas
pouca gente conhece os segredinhos que, ainda hoje, estão sendo revelados sobre
essa estátua clássica e bastante antiga. Ficou curioso? Então continue a leitura
e descubra oito curiosidades sobre uma das esculturas mais famosas
do mundo!
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1.
Ela foi uma encomenda de um cardeal
Jean
de Billheres, um cardeal francês que vivia em Roma, queria ser lembrado mesmo
após ter dado o último suspiro. Para garantir sua fama póstuma, ele contratou
Michelangelo para criar um memorial com uma cena bem famosa na época — a Virgem
Maria tirando Jesus da cruz num momento trágico.
Assim,
Michelangelo tinha o trabalho de fazer "a mais bela obra de mármore em Roma, uma que nenhum artista vivo pudesse
superar". Se fosse outro escultor, ia torcer o nariz para uma
exigência tão intensa, mas Michelangelo estava confiante de que podia dar conta
do recado. E não é que ele conseguiu? A Pietà é considerada por muitos a
obra-prima dele, superando até David e o teto da Capela Sistina.
2.
A Pietà é a única obra assinada de Michelangelo
Se
você olhar de pertinho, vai encontrar uma característica marcante da escultura
— a assinatura do autor na região do peito da Virgem Maria: MICHAEL ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT.
Segundo
o especialista em história da arte do século XVI, Giorgi Vasari, Michelangelo
ouvira um grupo atribuindo a autoria da escultura a outro artista. Ele teria,
então, se trancado no local durante a noite e marcado seu nome nela. Depois
disso, o autor se arrependeu da vaidade do ato e prometeu nunca mais assinar
nenhuma outra de suas obras.
3.
A obra foi criticada pela representação da Virgem Maria
Alguns
observadores da igreja zombaram da obra, dizendo que Michelangelo deixou a
Virgem Maria com uma carinha de jovem demais para ter um filho de 33 anos, como
se acreditava que Jesus tinha quando morreu.
Michelangelo
defendeu a escolha para seu biógrafo, Ascanio Condivi: "Você não sabe que
as mulheres castas mantêm sua juventude por mais tempo do que aquelas que não
são castas? Quanto mais no caso da Virgem, que nunca teve o menor desejo
lascivo que pudesse mudar seu corpo!"
4.
Ela é uma mistura de estilos esculturais
Michelangelo
sempre foi elogiado por juntar a beleza clássica renascentista com poses mais
naturais. Outra referência à influência
renascentista é
a estrutura, que forma uma espécie de pirâmide, com a cabeça da Virgem Maria lá
em cima e suas vestes caindo em cascata pelos braços. Uma obra que misturou
tudo e ficou incrível!
5.
As vestes da Virgem Maria escondem um segredo
De
perto, nota-se que a cabeça da Virgem Maria é um pouco pequena demais para o
corpo bem grande dela. Isso porque Michelangelo, para conseguir encaixar a
santa segurando o filho adulto nos braços do jeito que ele imaginava, teve que
fazer uma "gambiarra".
Por
isso, o suporte da estátua foi feito em um tamanho maior. Para disfarçar essa
diferença, o autor caprichou nas roupas que ela está vestindo, criando uma
ilusão de que a obra é 100% proporcional. Uma mágica escultural, não é mesmo?
6.
A escultura já foi brutalmente atacada
Michelangelo
tinha mania de gritar com suas esculturas e até descontar sua raiva nelas de
vez em quando. Mas o que ficou famoso mesmo foi o episódio em que, no domingo
de Pestecostes de 1972, um geólogo desempregado da Hungria pulou as grades da
Basílica de São Pedro e partiu para cima da Pietà com um martelo.
O
homem, chamado Laszlo Toth, acertou vários golpes, arrancou o braço esquerdo da
Virgem Maria, quebrou a pontinha do nariz, e deixou um estrago na bochecha e no
olho esquerdo.
7.
A restauração foi motivo de muitas polêmicas
Quando
uma obra de arte sofre danos desse tipo, os responsáveis
precisam debater o que é melhor: deixá-la como está — como a estátua "O
Pensador" que ficou completamente detonada após uma explosão — ou fazer
alterações no original para restaurá-lo. No Vaticano, os pesquisadores se
dividam em três opiniões sobre o assunto.
A
primeira defendia que os estragos na Pietà agora faziam parte do seu
significado, mostrando a violência da nossa era moderna. Outros sugeriram que a
escultura fosse reparada com costuras visíveis, como um lembrete do ataque. No
fim das contas, optaram por uma restauração sem emendas, com o objetivo de
deixar os observadores sem nem imaginar que alguém sequer colocara a mão na
obra-prima de Michelangelo.
8.
A restauração levou quase um ano para ser concluída
Os
mestres artesãos examinaram e garimparam os mais de 100 pedacinhos de mármore
que se soltaram da Pietà e os encaixaram de volta. Em um laboratório
improvisado ao redor da estátua, eles passaram dez meses identificando até as
lasquinhas mais pequenininhas, do tamanho de lascas de unha.
Depois,
usaram uma cola invisível e pó de mármore para colar tudo de novo e preencher
as rachaduras com pedaços novos. Quando finalmente terminaram o trabalho
de restauração, ainda tiveram que
colocar a Pietà atrás de um vidro à prova de balas.
Fonte:
Mega Curioso
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