terça-feira, 28 de maio de 2013

OS 13 ESCANDALOS DO GOVERNO WAGNER.



O mais comum e recorrente é assistirmos denúncias quase que diárias na mídia a respeito dos diversos escândalos políticos, ocorridos principalmente tendo como origem o governo federal e o Congresso Nacional.
Pouco se comenta dos escândalos ocorridos nos governos estaduais, como se lá nada ocorresse e que sirva de modelo de lisura administrativa. Estamos todos enganados. Se tivermos a curiosidade de vasculharmos as notinhas de rodapé dos jornais, veremos milhares de escândalos ocorrendo quase que diariamente.
Na corrida pela liderança Rio e São Paulo disputam cabeça a cabeça.
E não pensem que na Bahia é uma exceção. Pelo contrário, o governo Wagner é um poço sem fundo de escândalos mal ou nunca esclarecidos.
Para que não caia no total esquecimento, relembraremos alguns, até hoje sem ter sido dada qualquer satisfação à sociedade, cujo governo jamais se dignou a dar qualquer justificativa, deixando entrar no esquecimento, como se nada tivesse ocorrido.
Relataremos os fatos não pela ordem  cronológica ou pela gravidade, mas pela ordem dos levantamentos obtidos e ou enviados.
ESCANDALO Nº 01: GOVERNO WAGNER CONTRATA ONG DE ALIADO PARA FORNECER MÃO DE OBRA À SAÚDE -  governo da Bahia firmou contratos sem licitação na área da saúde no valor de R$272 milhões com ONG ligada a aliado político de Wagner. Segundo  o TCE, R$39 milhões desse montante foram superfaturados. Os contratos são para fornecimento de mão de obra médica, assinados após dispensa de licitação entre a Secretaria Estadual da Saúde e a Fundação José Silveira, no período de 2007 a 2011. A fundação teve como superintendente, de 1997 a 2008, o deputado federal Antônio Brito (PTB). Hoje, a mulher dele, Leila, ocupa o cargo. O PTB apoiou Wagner em sua eleição para governador, em 2006.
Na Secretaria de Saúde, o pagamento tinha o aval do diretor-geral Amauri Teixeira (PT), hoje também deputado.  Dos R$272 milhões de 2007 a 2011, o relatório aponta que o governo da Bahia pagou indevidamente R$ 39,2 milhões, que correspondem aos encargos ao INSS que a fundação não precisa pagar. 
ESCANDALO Nº 02: GOVERNADOR WAGNER ENVOLVIDO NO LOBBY PARA TROCAR O SISTEMA BRT PELO VLT - os governadores Wagner (PT-BA) e Silval Barbosa (PMDB-MT) capitanearam o lobby para que nas cidades de Salvador (BA) e Cuiabá (MT) pudesse ser  trocado o BRT (ônibus em corredores exclusivos) por sistemas mais caros e demorados, como metrô e VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.
A assessoria do governador Jaques Wagner (BA) defendeu as mudanças, dizendo que eram tecnicamente adequadas e informou que um técnico entraria em contato com a imprensa para explicar as mudanças. Todavia o técnico jamais apareceu.
Essa mudança foi o que originou o escândalo envolvendo o ministro das Cidades, Mário Negromonte.
O círculo do peculato e da corrupção fecha-se  quando se sabe que Negromonte seria afilhado político de Jacques Wagner, responsável por sua escolha.
ESCÂNDALO Nº 03: GOVERNO WAGNER CONTRATA ONG POR 13 MILHÕES PARA DÁ PALESTRA SOBRE O PRÉ-SAL -  O governo de Jaques Wagner é um dos mais envolvidos com gastos escandalosos e obscuros. Só como exemplo, o governo chegou a gastar R$ 13 milhões para que uma ONG ministrasse palestras sobre o pré-sal no interior do Estado, sem que se conheça em quais locais foram ministradas tais palestras.
ESCÂNDALO Nª 04: SEDUR FAZ CONVENIO COM ONG PARA CONSTRUIR UNIDADES HABITACIONAIS NUNCA ENTREGUES - a ONG Instituto Brasil, firmou com a Sedur um convênio no valor de R$ 17,9 milhões para a construção de 1.120 unidades habitacionais em 18 municípios. O coordenador do Movimento Sem Teto da Bahia, João da Hora, pediu à Assembleia para investigar a não construção de 400 casas na região de Irecê.
Foram descobertas pelo Ministério Público da Bahia, por exemplo, a existência de 39 notas frias, num valor total de R$ 3,7 milhões, usadas para justificar serviços, compra de produtos e obras não realizadas.
ESCANDALO Nº 05: SISTEMA DE LICITAÇÃO  NA BAHIA, SÓ GANHA ODEBRECHT, OAS E CAMARGO COREIA - o curioso ’sistema de licitação’ da Bahia em que sempre Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa ganham. É mais uma do famoso Wagnerduto! E todos os projetos acabam (se acabam) com atrasos, erros técnicos e aumentos astronômicos no orçamento final, sem punições.
ESCANDALO Nº 06: ESPOSA DE WAGNER É FUNCIONÁRIA FANTASMA DO TJ-BA, COM SALARIO DE QUASE 14 MIL -  Além de MARIA DE FÁTIMA CARNEIRO DE MENDONÇA, a primeira-dama do estado da Bahia, também aparece o nome de Maria das Mercês Carneiro de Mendonça. Diante do alto salário de Maria das Mercês, que tem o mesmo sobrenome da esposa do governador Jaques Wagner, a pergunta que precisa ser respondida pelo chefe do Executivo Estadual é se elas são irmãs ou não. Ou se existe algum grau de parentesco.
1. Maria de Fátima Carneiro de Mendonça ( Esposa de Jaques Wagner):
Locação: Coordenação de Assistência Médica - Salvador.
Cargo: Assessora de Supervisão Geral.
Salário: R$ 14.632,88 (Bruto).
2. Maria das Mercês Carneiro de Mendonça
Locação: Coordenadoria da Infância e da Juventude - Salvador.
Cargo: Técnico nível superior
Salário R$23.702,72 (Bruto). Salário de um Desembargador R$ 23.995,40
ESCANDALO Nº 07: NOME DE WAGNER É CITADO NA OPERAÇÃO PORTO SEGURO - Alvo da ação, a chefe de gabinete da presidência, Rosemary Noronha, fez a ponte para uma reunião entre Wagner e o empresário Alípio Gusmão, conselheiro da Bracelpa, entidade que reúne os produtores de papel e celulose. Gusmão está preso.
ESCANDALO Nº 08:  INTERESSES DE WAGNER EM CRIAR PEDÁGIOS -Quando o PT assumiu o governo da Bahia pela primeira vez (2007), existia apenas uma praça de pedágio no estado. Quando o governo anterior anunciou a construção da praça, o então deputado federal Jaques Wagner fez um discurso na Câmara (10 de maio de 2001) com duras críticas à decisão. Dez anos depois, o governador mudou de opinião e, incentivado pelo prefeito Luiz Caetano, resolveu instalar mais 12 pedágios em nosso estado. Somente no sistema da BA-093, são cinco novas praças. É importante ressaltar que este sistema faz a ligação entre os principais polos industriais do estado
ESCANDALO Nº 09: WAGNER CRIA CARTÃO CORPORATIVO - A criação do Cartão Governo, o cartão corporativo do estado, para substituir às contas de suprimentos e para o pagamentos de pequenas despesas, cujo convênio foi firmado pelo governador Jaques Wagner com o Banco do Brasil, é mais uma fonte de desvio de recursos nunca explicados, a começar pela falta de transparência no uso destes cartões.
Sob o argumento de "segredo de Estado", o governo Wagner utiliza os mesmos métodos do governo federal governo que se diz republicano, democrático e transparente, usa um método pouco confiável e nada transparente para efetuar pagamentos do governo e cujos gastos não podem ser acompanhados pelo Legislativo. Além do pagamento de contas nada ortodoxas, os cartões corporativos ainda permitem saques em dinheiro, que não deixam rastro dos gastos. É isso que esse governo está fazendo na Bahia.
ESCÂNDALO Nº 10: ACESSO AO SERVIÇO PÚBLICO APENAS PELO REGIME DO REDA – apesar de ter sido um dos temas de campanha a crítica que o PT e seu candidato faziam ao acesso ao serviço público pelo regime conhecido por REDA nos governos carlistas, após a ascensão de Wagner ao governo, ninguém ouve falar em concurso público. Só se entra no Estado pelo REDA. Interessante que inovaram, criaram uma seleção, fajuta, onde os indicados por bilhetes políticos não conseguem ser reprovados. E além do REDA ainda criaram os tais PST’s, contratos temporários utilizados em larga escala nos períodos eleitorais.. Todos dois regimes criados, precarizam as relações trabalhistas e servem com muro para as reivindicações dos servidores efetivos.
ESCANDALO Nº 11: ENTREGA DA SAÚDE PÚBLICA A EXPLORAÇÃO DE ONG’S – este é outro escândalo que precisa ser averiguado, quais interesses estão escondidos por trás deste jogo. Não se entende o Estado investir na construção de hospitais, equipá-los e depois num jogo de carta marcada entregar a sua “exploração” a ONG’s ou Instituições amigas, repassando fortunas a estas organizações que se  bem administrada pelo Estado teria muito melhor resultado.
ESCÂNDALO Nº 12: O JOGO DE ABAFA DO ROMBO DA EBAL – quando assumiu o governo do Estado, os novos dirigentes descobriram um rombo escandaloso na Ebal, que à época acusaram ser comandada pelo então conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-deputado e vice-governador Otto Alencar. Na Assembleia foi criada uma CPI que apurou os desmandos e chegou a conclusão de comprovação dos fatos.Mas, só foi Otto Alencar aderir ao governo Wagner, que tudo foi jogado pra debaixo do tapete dos escândalos sem satisfação à sociedade pelo PT. Ninguém foi punido, pelo contrário, alguns dos envolvidos hoje fazem parte do governo Wagner, inclusive Otto Alencar que novamente é vice-governador.
ESCÂNDALO Nº 13: CASO DAS COMISSÕES DA AGERBA – ainda tendo o PMDB como aliado, surgiu na Agerba, órgão responsável pela concessão das linhas de transporte intermunicipal e pela sua fiscalização, o escândalo das propinas. Fizeram um drama, afirmaram que tudo seria apurado e que a sociedade seria informada das medidas tomadas. Passado alguns meses, mais um escândalo do governo Wagner foi para a lata do lixo. Alguém foi punido? Alguém sabe o que aconteceu com as apurações.

E assim, de escândalo em escândalo, de malfeitos em malfeitos, vai chegando ao fim de um dos mais desastrados governos que já passou pela Bahia. Esta Bahia que dizem ser abençoada por Senhor do Bonfim, mas parece que pelo lado político o nosso santo  milagroso esqueceu dela há muito tempo

domingo, 5 de maio de 2013

NA BAHIA A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM



Tenho o orgulho da minha história, do meu passado e do meu presente e de  que tenho feito da minha vida seguir os passos dos meus ideais e sonhos da juventude.
Também posso declarar com toda fidelidade que nunca tive qualquer admiração ao carlismo e de suas práticas políticas, mas tenho o mérito e a hombridade de, da mesma forma que critico, também sei reconhecer o sucesso alcançado por qualquer tipo de governante, e com o carlismo não posso ser diferente e não me deixar cegar pelo radicalismo e apesar de suas práticas antidemocráticas, reconhecer muitas conquistas a Bahia alcançou.

Mas como tudo na vida, chega o momento que o Poder se exaure, cansa e o povo procura novos ares, pede mudanças.
E isto ocorreu em 2006, quando a população cansou dos métodos e do modelo político que vigorava, e buscou ‘novos’ caminhos.
No vácuo criado, apareceu o PT com Jaques Wagner, que juntamente com os servidores públicos revoltado e cansados de tanta humilhação, apresentou um discurso de mudança e prometendo um novo modelo de governar. Prometia uma nova Bahia.
Já no primeiro mandato, Wagner acolheu nos seus braços centenas de ‘ex-carlistas’ mantendo-os ou colocando-os em cargos de comando, governando com os velhos aliados do carlismo, instalados no PP, PR, PTB, PDT e demais partidos periféricos, mantendo a velha e manjada fórmula clientelista e patrimonialista de governar, de cuja escola é mestre, levantando da tumba orgulhoso o velho coronel Malvadeza, que de lá onde estiver estaria vibrando de felicidade pelos fiéis amigos que aqui deixou.
Mas Wagner guardou para sua reeleição o grande golpe e a desmedida surpresa para o povo baiano, quando fez renascer do Tribunal de Contas dos Municípios o já aposentado carlista de berço, de criação e devoção, o ex-deputado Otto Alencar e o acomodou como seu vice-governador, dando uma clara demonstração, que havia jogado no lixo a política ideológica pregada pelo PT e demais partidos aliados de esquerda.
Com esta atitude ficou claro que na verdade, não era do seu interesse combater as práticas funestas do carlismo, a qual já havia assimilado em seu governo, como antes pregava nos palanques, o que buscava mesmo era sua meta: o PODER. O restante era retórica para iludir o povo.
E surpresa maior se fez presente, quando entregou a secretaria mais importante de maior visibilidade ao seu vice-governador para comandá-la, asfaltando desta forma a estrada do retorno do carlismo ao Poder.
Na realidade, o governo Wagner é substancialmente a continuidade da forma de governar que a Bahia acostumou-se a conviver. Ou seja, descaso com os serviços públicos, principalmente com a saúde e a educação, criminalização da pobreza e investimento em repressão, tratamento autoritário com os que lutam por seus direitos, como o corte do ponto dos professores em greve, falta de diálogo com a sociedade, arrocho salarial, etc.
E não precisa ser madame Beatriz, para prever o futuro do PT e das esquerdas na Bahia. Basta observarmos o insucesso administrativo do governo Wagner, das centenas de promessas não cumpridas, do tratamento dado aos servidores públicos do Estado, dos acordos assinados e logo depois esquecidos e não cumpridos, dos conchavos às escondidas e, principalmente, do acolhimento e seu governo de antigos adversários, que sempre estiveram no Poder e que foram os responsáveis pela ‘herança maldita’ que tanto reclamaram o que impedia o seu governo de deslanchar.
Foi constrangedor para quem sempre lutou por uma Bahia politicamente diferente e pelo fim do carlismo, o palanque armado na campanha de Pelegrino para prefeito para receber Dilma, em Cajazeiras. Quem lá estava: Otto Alencar, Cesar Borges, Jairo Carneiro, Mario Negromonte, Clovis Ferraz, Pedro Alcântara e diversas outras lideranças oriundas do carlismo de menor calibre.
Como já dizia o nosso velho poeta Caetano Veloso: “Triste Bahia, ou coisa semelhante...”, ao ouvirmos os mesmos velhos discursos, que não são mais aceitos e sequer adaptáveis à nova realidade.
O que a nossa Bahia quer, precisa e exige são dirigentes inovadores, com visão estratégica de crescimento e desenvolvimento, não de homens que se dizem aliados e amigos do poder central, quando a realidade o mostra de forma diferente, ou seja, são políticos enfraquecidos estrategicamente e politicamente, que não conseguem nada mais do que os demais. Nada diferente, aliás, há momentos que chegam a ser ultrapassados por outros governadores, que não vivem arrotando tanta amizade e companheirismo. É uma Bahia governada olhando pelo retrovisor  esquecendo que dentro da sua cabine estão as ‘estrelas’ daquela época.
Critica se fazia a ACM e aos métodos de governar do carlismo, que tinha como lema “dinheiro na mão e chicote na outra”, que para os amigos tudo para os inimigos nada, na gestão de Wagner os métodos são parecidos, porém não criticados, ou seja, é um governo que adota a prática de terrorismo psicológico, empurrando goela abaixo, sejam adversários ou aliados. Existe apenas a sua vontade que tem que ser cumprida. E ainda se considera republicano.
Mais uma vez se nota que a Bahia está cansada de discursos mentirosos e enganadores, sua população quer ação e a cada omissão deste governo, os obstáculos se renovam e se robustecem, desestimulando não só o seu povo, mas aos empreendedores.
Chega soar estranho, dada a grande ‘proximidade’ do governador Jaques Wagner com Dilma Rousseff, os comentários nos meios políticos, até entre aliados do PT que se ACM vivo fosse, por exemplo o Porto Sul e a Ferrovia Oeste Leste, já estaria em fase final de conclusão. Será?
O certo é que diante dos vacilos e da inapetência para administrar, aliado a incompetência onde tudo é feito politicamente visando a manutenção do Poder em 2014, os gritos de vitória em que soavam nas gargantas antecipadamente, passou a ser motivo de preocupação.
Espera-se que as eleições de Salvador e Feira de Santana, sirvam de alerta, já que os tempos mudaram e  os discursos retrógrados e mentirosos já não são mais aceitos e fazem parte de um passado que com certeza, os baianos não querem  mais ouvir.
É preciso que entendam que vivemos na era da informação e que a população hoje está antenada.
E caso aconteça aquilo que há alguns anos já não se acreditava que pudesse acontecer que seria o retorno do carlismo ao Poder, o maior responsável e o grande culpado, por ter sido seu maior cabo eleitoral, chama-se Jaques Wagner.
E se o carlismo vem ganhando musculatura no Estado, isto se deve a arrogância, a prepotência e a incompetência do governo Wagner que vem pagando caro por ter maltratado os policiais militares, humilhado quase 100 mil professores da rede estadual, além dos demais servidores públicos que jogaram nele todas as suas esperanças de dias melhores e de ter entregue a Bahia à bandidagem.