Cirurgia
endoscópica de coluna tem menos efeitos colaterais
Informações
da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que 80% da população mundial
sofre de dor na coluna. Os números sobre o Brasil não são nada desprezíveis: 40
milhões de pessoas são afetadas pelo problema, que tem na hérnia de disco uma
de suas principais causas. Cerca de 300 mil brasileiros são operados por ano
para tratar a hérnia de disco. A cirurgia tradicional apresenta bons resultados
em relação a sua eficácia. No entanto, ela pode resultar em complicações, como
infecções, e ainda requer um longo tempo de reabilitação do paciente. A
literatura a respeito também aponta que o procedimento pode afetar importantes
estruturas da coluna, como músculos e ligamentos, danificando-os parcialmente
ou totalmente, o que provoca dor e até mesmo disfunção.
·
Procedimento
No
entanto, um método minimamente invasivo, e ainda pouco conhecido no Brasil, evita
todos esses problemas. Trata-se da Cirurgia Endoscópica de Coluna Vertebral,
que é menos agressiva para o corpo. "Não é mais necessário fazer uma
grande incisão para acessar a área lesionada. Os pacientes recebem alta no
mesmo dia. Com o auxílio de um endoscópio, uma câmera que amplia as imagens,
conseguimos corrigir lesões na coluna preservando as estruturas vizinhas, o que
diminui o risco de complicações pós-operatórias e o tempo de recuperação",
afirma o cirurgião de coluna Dr. Bruno Aprile, da Clínica Sou. Especialistas
apontam que a Cirurgia Endoscópica de Coluna Vertebral pode desempenhar um
papel importante no tratamento de hérnias de disco em adolescentes, praticantes
de esportes competitivos e atletas, que precisam (ou querem) ter uma recuperação
funcional mais rápida. Ainda que seja um procedimento minimamente invasivo, é
necessário que se faça uma avaliação clínica e de exames antes de efetuar a
cirurgia. O médico deve requisitar que o paciente fique em jejum de oito horas,
de líquido e alimentos. Medidas de assepsia, para evitar infecções,
também são adotadas.
·
Os benefícios
O
risco de fibrose (má cicatrização muscular) e lesão muscular, que costumam
causar dores mesmo depois da recuperação completa na cirurgia, passam a ser
mínimos. O fato de os músculos ao redor da coluna não serem cortados, mas sim
'afastados', causam menos trauma ao organismo do paciente. Desta forma, o risco
de sangramento e de infecções é bem menor, tendo em vista que os cortes são
menores que nas cirurgias convencionais. O tempo de permanência no centro
cirúrgico é bem menor, a cicatriz deixada é pequena e o paciente pode andar
poucas horas depois da cirurgia, recebendo alta no mesmo dia. Com uma
recuperação mais rápida, o paciente retorna às atividades profissionais e habituais
mais cedo. Várias outras doenças podem ser tratadas com essa técnica, que tem
foco principal na liberação gerada pela compressão nervosa, sem destruir outras
estruturas, e portanto minimizando a necessidade do uso de próteses, parafusos
ou outros implantes na coluna, assim como os efeitos advindos destes implantes
ou travamentos (artrodeses)
·
Hérnia de disco
A
hérnia de disco resulta do desgaste dos discos intervertebrais, cuja função é
impedir o atrito e reduzir o impacto entre as vértebras. O desgaste altera o
posicionamento do disco e provoca a compressão das raízes nervosas. As regiões
cervical e lombar são as mais afetadas em razão dos movimentos e suporte de
cargas. A hérnia de disco tem como causas a predisposição genética, o
sedentarismo, o tabagismo e o envelhecimento. O hábito de levantar ou carregar
objetos pesados também pode resultar no aparecimento de hérnias de disco.
Só no Brasil, ela atinge cerca de 5,4 milhões de pessoas. O diagnóstico da
hérnia de disco é feito por meio do exame clínico, mas para saber a extensão do
problema e confirmar a região afetada é necessário realizar outros
procedimentos como raios-X, ressonância magnética e tomografia.
Fonte:
SOU Mais Bem Estar
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