Fazer palavras
cruzadas ajuda na memória?
Você
sabia que fazer palavras cruzadas
ajuda na memória? A brincadeira cognitiva já foi levantada como benéfica
para a saúde mental e neurológica em
diversas hipóteses. Porém, alguns estudos já mostraram que seus resultados no
cérebro ajudam a atrasar ou reduzir as chances de comprometimento cognitivo
leve em pessoas mais velhas.
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Qual a origem da palavra cruzada?
Essas
brincadeiras que exercitam o cérebro já existem há
muitos séculos, desde que a linguagem foi ganhando força em diferentes
sociedades, os humanos brincam com as palavras. Entretanto, foi apenas em 1913
que as palavras cruzadas que conhecemos hoje foram introduzidas pela primeira
vez.
O
responsável pela criação das palavras cruzadas conhecidas atualmente, aquelas
em jornais e em revistinhas, foi Arthur Wynne, um jornalista de Liverpool que
trabalhava em Nova York. Ele deu a ideia para o jornal que trabalhava — a
brincadeira era baseada em um jogo de salão vitoriano chamado Magic
Square (Quadrado Mágico).
A
premissa era a seguinte: os participantes deveriam preencher um quadrado com
palavras que podem ser lidas tanto na vertical como na horizontal. A primeira
publicação foi na sessão de entretenimento do jornal New York World,
onde Wynne trabalhava como editor.
As
palavras cruzadas fizeram a demanda crescer, e em 1924 foi publicado pela
primeira vez um livro focado apenas neste tipo de passatempo. Não demorou muito
tempo para surgirem revistas especializadas surgirem, como a Fad, Crossword
Puzzle e a Dell Crossword Puzzles.
Já
no Brasil, a primeira palavra cruzada foi publicada em 1925 pelo jornal carioca
“A Noite”. A capa da edição fazia referência a novidade, apresentando-a como um
passatempo moderno que estava fazendo muito sucesso entre os
norte-americanos.
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Quais os benefícios de fazer palavras cruzadas?
Por
décadas os cientistas têm se dedicado para entender a função de jogos
cognitivos na melhora de condições como demência ou Alzheimer. As palavras cruzadas já foram apontadas
como uma opção para esse tratamento, afinal, fomentam o aprendizado
constante.
Um estudo, publicado
pela NEJM Evidence, com pesquisadores da Duke and Columbia
University, fez a análise dessa possibilidade com voluntários de cerca de
71 anos. Eles foram treinados para fazer palavras cruzadas computadorizadas e
outros jogos cognitivos.
Ao
todo foram 107 participantes com comprometimento cognitivo leve. Uma metade
deles teve que fazer palavras cruzadas e a outra se dedicou a outros jogos
cognitivos durante 12 semanas. Durante esse período eles eram acompanhados por
neurologistas, que buscavam qualquer mudança em seu estado de saúde.
No
final do estudo foi possível observar que as palavras cruzadas foram mais
eficientes em melhorar o funcionamento cognitivo dos pacientes. Além disso, a
redução cerebral — comum em pacientes idosos com quadros de demência — também
foi menor do que aqueles que participaram de outros jogos.
Apesar
de não ser uma cura para as condições, a prática de fazer palavras cruzadas ajuda na memória daqueles
que têm risco de desenvolvê-las. Desta forma, consegue diminuir a gravidade dos
quadros, dependendo da frequência em que são feitas. Estudiosos apontam que o
efeito benéfico dessa brincadeira com palavras foi quase o mesmo que os
medicamentos utilizados no tratamento de demência e Alzheimer.
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Procure outros tratamentos e ajudas
Mesmo
que as palavras cruzadas sejam benéficas para o funcionamento cognitivo, elas
não devem ser usadas como tratamento da condição. O acompanhamento médico é
essencial para quadros neurológicos, e o hábito de fazer jogos cognitivos com
palavras deve ser apenas um passatempo.
É
importante lembrar que depois de muito tempo fazendo palavras cruzadas, o cérebro
pode se acostumar com a brincadeira e não ser mais estimulado. Por isso, é bom
variar e encontrar jogos variados e criativos que também sirvam a mesma função.
Se
você apresentar os seguintes sinais, procure ajuda médica:
- Esquecer
palavras e ideias constantemente;
- Perguntar a
mesma coisa várias vezes;
- Trocar as
palavras enquanto conversa;
- Demorar demais
para completar tarefas simples;
- Se perder
enquanto anda por locais familiares;
- Ter mudanças
de humor e personalidade inexplicáveis.
Ø Letramento digital:
o que é, tipos e importância
O letramento digital é um termo
usado na educação que se refere à habilidade de utilizar as tecnologias para
encontrar, avaliar, criar e comunicar informações que exigem competências
cognitivas e técnicas. De maneira simples, é a capacidade de utilizar os meios
digitais como dispositivo comunicacional para educação, trabalho e
entretenimento.
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Qual é o conceito de letramento digital?
No
português, a palavra “letramento” está ligada à alfabetização, ao desenvolvimento de leitura e
interpretação de um indivíduo. Porém, quando se fala do letramento digital, o conceito abrange
muito mais a leitura online. Ele se refere a adaptação, uso e aplicação dos
meios digitais.
Segundo
a estudiosa Hiller Spires, professora de letramento e tecnologia na
Universidade Estadual da Califórnia, o letramento
digital pode ser dividido em três tipos diferentes: o de consumir e
encontrar conteúdos digitais; criar conteúdos digitais; e comunicar ou
partilhar esses conteúdos.
<<<<Quais são os tipos de letramento
digital?
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Consumir e encontrar conteúdos digitais
A
multimodalidade é um aspecto muito forte do ambiente digital. Isso significa que,
apesar de existirem literaturas semelhantes às da vida real — textos que não se
mexem e é necessário apenas virar a página para ler —, existe também uma
variedade gigantesca de produtos de hipermídia que garantem a cada leitor uma
experiência diferente.
Em
um PDF normal a pessoa pode simplesmente abrir o documento e ir passando as
páginas para fazer a leitura. Porém, em um texto de hipermídia é possível
clicar em hiperlinks para outras informações, ver vídeos e imagens, ouvir
áudios e até mesmo interagir com infográficos.
É
essencial que o leitor tenha o letramento
digital necessário para saber processar essas informações. Para que
então ele escolha onde clicar primeiro, e se prefere ler o texto ou ouvir o
podcast.
Além
disso, saber encontrar esse conteúdo também é um elemento chave para o letramento digital. Procurar
informações em buscadores online é apenas o primeiro passo para a busca deste
material, o indivíduo pode desenvolver a habilidade de pesquisar em bases de
dados, em redes sociais e em aplicativos.
·
Criação de conteúdo
Outro
tipo de letramento digital é
a criação de conteúdo, isso inclui saber escrever em formatos como e-mail,
blogs, postagens em redes sociais e em outros tipos de meio de comunicação,
como podcasts e vídeos.
Esse letramento digital oferece um
tipo de poder social para aqueles que fazem o uso da internet. Afinal, eles têm
a capacidade de informar e se comunicar com outros indivíduos através do
conteúdo compartilhado.
Desta
forma, criar esse material criativo e colaborativo envolve experimentação e
tomada de riscos. A criação de conteúdo digital traz consigo bem mais riscos
que o conteúdo impresso, já que pode ser compartilhado com muito mais pessoas e
ter uma resposta global.
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Compartilhar e comunicar
Ao
contrário da escrita normal, a escrita digital é feita para a comunicação com
os outros, sendo participativa, colaborativa e fácil de usar. Ou seja, através
do letramento digital o
indivíduo consegue participar ativamente da sociedade civil, contribuindo com
informações e funções comunitárias.
Porém,
esse ponto não é de todo positivo. Como qualquer pessoa na internet pode
escrever e informar a qualquer momento, a probabilidade do surgimento de falsas
informações e a repercussão de atitudes negativas pode contribuir para o embate
social, a segurança, reputação e a privacidade de um indivíduo.
É
aí que entra o letramento digital.
Ter conhecimento sobre a credibilidade daquilo que você escreve e consome é
essencial para o aprendizado midiático e digital. Através do letramento uma
pessoa pode aprender que antes de acreditar em uma informação, ela deve
primeiro checar as fontes e os intuitos daquele que está informando. Assim, se
torna mais protegida de dados incorretos e as tais “fake news”.
<<<< Qual a importância do letramento
digital?
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Diminuir a distância entre estudantes e professores
Com
o avanço tecnológico, e a inserção dos jovens no mundo digital, a distância dos
estudantes e dos professores quando se fala de letramento digital é perceptível. Já existem estudos que apontam que,
devido a faixa etária média dos educadores — mais de 38 anos —, eles têm menos
conhecimento sobre o uso das tecnologias que seus alunos.
Fazer
a inserção de professores no mundo digital é um dos primeiros passos para uma
educação mais didática. As tarefas escolares podem ser facilitadas por
aplicativos e ferramentas educacionais, trazendo dinamismo para a transmissão
de conhecimento.
Os
estudantes também devem ser incluídos no processo de letramento digital, principalmente aqueles de baixa renda —
que costumam ter menos acesso à tecnologia recente. Para que assim cresçam como
adultos letrados tecnologicamente e estejam mais integrados no ensinamento.
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Preparar as pessoas para o ambiente profissional
O
avanço tecnológico tornou o meio digital parte dos pequenos detalhes da vida
humana. É possível acessar cardápios através de QR Codes e até
mesmo fazer transações bancárias em segundos. Por isso, o letramento digital é
imprescindível para que as pessoas vivam em sociedade, mas não só isso, para
que elas tenham maiores oportunidades de trabalho.
Oferecer letramento digital para crianças,
jovens e adultos também é gerar empregos e abrir caminho
para a realização de sonhos. Ter conhecimento digital tem sido um diferencial
no currículo desde que a tecnologia ganhou espaço na vida das pessoas.
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Inclusão de pessoas com idade avançada
Desenvolver
habilidades digitais durante a infância facilita o letramento digital das pessoas. Porém, alguns idosos encontram
certa dificuldade em se conectar com a tecnologia. Afinal, a grande maioria não
teve acesso a esse aprendizado quando ainda eram jovens, o que dificulta sua
relação com o meio digital.
Através
de cursos de letramento digital para
pessoas idosas, essa população consegue se adaptar o máximo possível aos
avanços tecnológicos. Desta forma, não ficam para trás quando se trata do uso
de redes sociais, aplicativos de banco e buscadores inteligentes. A inclusão
desses indivíduos aprimora a sua relação com as novas gerações.
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Como aplicar o letramento digital?
Para
ser eficaz a longo prazo, o letramento
digital deve começar na infância e seguir durante toda a vida — já
que sempre existem novas tecnologias surgindo. Desta maneira, professores podem
trabalhar com seus alunos o uso de meios digitais, como aplicativos
organizacionais, de apresentação ou de pesquisa.
Mas
para além do ensino de crianças, pessoas mais velhas também devem ter acesso a
esse tipo de educação. Através do ensino focado em pessoas de idade avançada e
leigas no assunto, é que se alcança o objetivo de tornar o letramento digital acessível
para todos aqueles que tiverem interesse.
Fonte:
eCycle
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