sábado, 1 de junho de 2024

SUPERBACTÉRIAS: TESTE PCR PODE AJUDAR A CONTER A RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS

O índice crescente das contaminações pelas superbactérias, resistentes aos mais avançados tratamentos disponíveis, configuram uma preocupação global. Até 2050, de acordo com o estudo Review on Antimicrobial Resistance, encomendado pelo governo britânico, esses microrganismos podem ser responsáveis por 10 milhões de mortes anuais em todo o mundo. Com essa resistência adquirida, especialmente, pelo uso indiscriminado de antibióticos, os testes sindrômicos realizados por meio de PCR em tempo real, como o QIAstat-Dx, trazido ao Brasil pela QIAGEN, empresa filiada à CBDL, podem contribuir diretamente para a reversão deste cenário.

Ao identificar, em até uma hora, diferentes agentes causadores de sintomas respiratórios, gastrointestinais e até mesmo os casos de suspeita de meningite, as soluções de testagem sindrômicas conseguem diferenciar os principais patógenos entre bactérias, vírus e fungos, indicando, inclusive, quando a infecção é causada por mais de um agente ao mesmo tempo, aponta Allan Richard Gomes Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da QIAGEN.

“A promoção de diagnósticos rápidos, que ajudem a reduzir o uso desnecessário de antibióticos, está entre as principais estratégias para conter a evolução desses microrganismos e é uma das principais vantagens oferecidas por esses exames”, explica Munford.

•        Como são feitos os testes sindrômicos

Teste como o QIAstat-Dx, utilizam a metodologia de PCR em tempo real para identificar diretamente o DNA ou RNA do agente causador da doença. Eles apresentam diferentes painéis de análise, voltados às infecções respiratórias, gastrointestinais e de meningites. Segundo Munford, de acordo com a conduta clínica para cada caso e sintoma, a testagem é feita de maneira diferente.

“Para as infecções respiratórias, onde são detectados 23 patógenos, é feito o diagnóstico direto de amostras de swab nasofaríngeo. Em casos de gastroenterites, são identificados até 22 causadores da doença, por meio da coleta de fezes convencional. Já no caso das meningites, 15 diferentes agentes podem ser detectados, por meio de uma coleta do líquido cefalorraquidiano, a partir de uma punção na lombar”, explica o executivo.

Munford ainda ressalta que nos casos em que o paciente esteja infectado por um vírus, por exemplo, a administração de antibióticos não é indicada. Já em casos bacterianos, o uso precoce do medicamento correto pode evitar as sequelas e a redução dos casos fatais.

“Esses testes identificam exatamente o causador da infecção, por isso, nos casos em que os antibióticos são prescritos sem essa certeza, muitas vezes, o paciente pode ser direcionado a um tratamento que não surtirá efeito e, ainda, poderá contribuir para a resistência bacteriana. A eficácia e precisão desses exames ajudam a diminuir o tempo de permanência do paciente na unidade de saúde, reduzem as internações e, consequentemente, a exposição dessas pessoas a outros patógenos presentes no ambiente hospitalar”, conclui o executivo.

 

¨      Por que o analgésico fentanil é tão perigoso

Remédio 70 vezes mais potente que a morfina passou a ser consumido como entorpecente e pode provocar morte: bastam dois miligramas.Como medicamento, o fentanil reduz a dor, mas a ingestão deve ser rigorosamente monitorada. Tomado de forma descontrolada como entorpecente, pode comprometer a percepção, reduzir o ritmo respiratório, provocar estados de coma e, no pior dos casos, morte. Só nos Estados Unidos, em 2021 houve mais de 70 mil vítimas da substância que provoca dependência em pouco tempo tempo.

•        Que aplicação tem o fentanil?

O fentanil é mais forte e eficaz do que outros analgésicos opioides, como, por exemplo, morfina, oxicodona e hidromorfona. É ministrado para câncer em estágio terminal ou após um procedimento cirúrgico mais grave. Pertencente à classe dos opioides sintéticos, é conhecido por sua potência excepcionalmente alta, sendo 50 vezes mais forte que a heroína e 70 vezes do que a morfina.

Como atua no sistema nervoso central, o fentanil e também é utilizado na medicina como anestésico: coloca o paciente em estado de sono profundo, em que não sente dor e relaxa. A dosagem depende do estado geral e da gravidade e duração da intervenção.

A ministração deve ser cuidadosamente monitorada por profissionais de medicina ou outros. Eles devem garantir que o paciente receba oxigênio suficiente, porque mesmo pequenas quantidades de fentanil podem causar depressão respiratória, com risco de vida por falta de oxigenação, sobretudo do cérebro e do coração.

•        Em que forma se vende fentanil?

O fentanil pode ser administrado por via intravenosa. Dessa forma, age muito rápido, pois vai direto para a corrente sanguínea. Consumido de forma descontrolada como entorpecente, há risco de overdose e consequente morte.

A substância também é vendida em pó, que muitos dependentes inalam, ou ingerem comprimidos, feitos a partir do pó prensado em fábricas clandestinas de medicamentos, especialmente na América Latina. A dosagem também é difícil, e mesmo dois miligramas podem ser letais.

Os adesivos da droga, também conhecidos como fentanil transdérmico, são usados na medicina para proporcionar alívio contínuo da dor por um longo período. Clínicas, consultórios médicos e farmácias agora costumam prestar muita atenção ao descarte adequado e seguro dos adesivos de fentanil, porque dependentes continuam tentando obter unidades descartadas na lata de lixo.

O fentanil também pode ser vaporizado e inalado. Essa forma de ministração também pode facilmente resultar em overdose.

•        Qual é a origem do fentanil?

O fentanil apareceu como droga já nos anos 1970. A produção ilícita aumentou rapidamente de 1980 a 1990, atingindo proporções alarmantes na década de 2000. À medida que se tornou mais difundido, também cresceu o número dos dependentes e das mortes, especialmente nos Estados Unidos.

Muitas substâncias necessárias a fabricar o composto sintético vêm da China. De lá, são exportadas para a América Latina, onde são processadas em fábricas clandestinas e vendidas no mercado negro.

De acordo com a americana Drug Enforcement Agency (DEA), de combate ao narcotráfico, nos EUA foram apreendidos em 2022 mais de 50,6 milhões de comprimidos e mais de 4.500 quilogramas de fentanil em pó. A agência afirma que isto equivale a “mais de 379 milhões de doses potencialmente letais de fentanil” –o suficiente para matar quase toda os 333 milhões de habitantes dos Estados Unidos.

 

Fonte: CBDL Diagnóstico para a Vida/IstoÉ 

 

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