SUPERBACTÉRIAS: TESTE PCR PODE AJUDAR A
CONTER A RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS
O índice crescente das
contaminações pelas superbactérias, resistentes aos mais avançados tratamentos
disponíveis, configuram uma preocupação global. Até 2050, de acordo com o
estudo Review on Antimicrobial Resistance, encomendado pelo governo britânico,
esses microrganismos podem ser responsáveis por 10 milhões de mortes anuais em
todo o mundo. Com essa resistência adquirida, especialmente, pelo uso
indiscriminado de antibióticos, os testes sindrômicos realizados por meio de
PCR em tempo real, como o QIAstat-Dx, trazido ao Brasil pela QIAGEN, empresa
filiada à CBDL, podem contribuir diretamente para a reversão deste cenário.
Ao identificar, em até
uma hora, diferentes agentes causadores de sintomas respiratórios,
gastrointestinais e até mesmo os casos de suspeita de meningite, as soluções de
testagem sindrômicas conseguem diferenciar os principais patógenos entre
bactérias, vírus e fungos, indicando, inclusive, quando a infecção é causada
por mais de um agente ao mesmo tempo, aponta Allan Richard Gomes Munford,
gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da QIAGEN.
“A promoção de
diagnósticos rápidos, que ajudem a reduzir o uso desnecessário de antibióticos,
está entre as principais estratégias para conter a evolução desses
microrganismos e é uma das principais vantagens oferecidas por esses exames”,
explica Munford.
• Como são feitos os testes sindrômicos
Teste como o
QIAstat-Dx, utilizam a metodologia de PCR em tempo real para identificar
diretamente o DNA ou RNA do agente causador da doença. Eles apresentam
diferentes painéis de análise, voltados às infecções respiratórias,
gastrointestinais e de meningites. Segundo Munford, de acordo com a conduta
clínica para cada caso e sintoma, a testagem é feita de maneira diferente.
“Para as infecções
respiratórias, onde são detectados 23 patógenos, é feito o diagnóstico direto
de amostras de swab nasofaríngeo. Em casos de gastroenterites, são
identificados até 22 causadores da doença, por meio da coleta de fezes
convencional. Já no caso das meningites, 15 diferentes agentes podem ser
detectados, por meio de uma coleta do líquido cefalorraquidiano, a partir de
uma punção na lombar”, explica o executivo.
Munford ainda ressalta
que nos casos em que o paciente esteja infectado por um vírus, por exemplo, a
administração de antibióticos não é indicada. Já em casos bacterianos, o uso
precoce do medicamento correto pode evitar as sequelas e a redução dos casos
fatais.
“Esses testes
identificam exatamente o causador da infecção, por isso, nos casos em que os
antibióticos são prescritos sem essa certeza, muitas vezes, o paciente pode ser
direcionado a um tratamento que não surtirá efeito e, ainda, poderá contribuir
para a resistência bacteriana. A eficácia e precisão desses exames ajudam a
diminuir o tempo de permanência do paciente na unidade de saúde, reduzem as
internações e, consequentemente, a exposição dessas pessoas a outros patógenos
presentes no ambiente hospitalar”, conclui o executivo.
¨
Por que o analgésico fentanil é tão
perigoso
Remédio 70 vezes mais
potente que a morfina passou a ser consumido como entorpecente e pode provocar
morte: bastam dois miligramas.Como medicamento, o fentanil reduz a dor, mas a
ingestão deve ser rigorosamente monitorada. Tomado de forma descontrolada como
entorpecente, pode comprometer a percepção, reduzir o ritmo respiratório,
provocar estados de coma e, no pior dos casos, morte. Só nos Estados Unidos, em
2021 houve mais de 70 mil vítimas da substância que provoca dependência em
pouco tempo tempo.
• Que aplicação tem o fentanil?
O fentanil é mais
forte e eficaz do que outros analgésicos opioides, como, por exemplo, morfina,
oxicodona e hidromorfona. É ministrado para câncer em estágio terminal ou após
um procedimento cirúrgico mais grave. Pertencente à classe dos opioides sintéticos,
é conhecido por sua potência excepcionalmente alta, sendo 50 vezes mais forte
que a heroína e 70 vezes do que a morfina.
Como atua no sistema
nervoso central, o fentanil e também é utilizado na medicina como anestésico:
coloca o paciente em estado de sono profundo, em que não sente dor e relaxa. A
dosagem depende do estado geral e da gravidade e duração da intervenção.
A ministração deve ser
cuidadosamente monitorada por profissionais de medicina ou outros. Eles devem
garantir que o paciente receba oxigênio suficiente, porque mesmo pequenas
quantidades de fentanil podem causar depressão respiratória, com risco de vida por
falta de oxigenação, sobretudo do cérebro e do coração.
• Em que forma se vende fentanil?
O fentanil pode ser
administrado por via intravenosa. Dessa forma, age muito rápido, pois vai
direto para a corrente sanguínea. Consumido de forma descontrolada como
entorpecente, há risco de overdose e consequente morte.
A substância também é
vendida em pó, que muitos dependentes inalam, ou ingerem comprimidos, feitos a
partir do pó prensado em fábricas clandestinas de medicamentos, especialmente
na América Latina. A dosagem também é difícil, e mesmo dois miligramas podem
ser letais.
Os adesivos da droga,
também conhecidos como fentanil transdérmico, são usados na medicina para
proporcionar alívio contínuo da dor por um longo período. Clínicas,
consultórios médicos e farmácias agora costumam prestar muita atenção ao
descarte adequado e seguro dos adesivos de fentanil, porque dependentes
continuam tentando obter unidades descartadas na lata de lixo.
O fentanil também pode
ser vaporizado e inalado. Essa forma de ministração também pode facilmente
resultar em overdose.
• Qual é a origem do fentanil?
O fentanil apareceu
como droga já nos anos 1970. A produção ilícita aumentou rapidamente de 1980 a
1990, atingindo proporções alarmantes na década de 2000. À medida que se tornou
mais difundido, também cresceu o número dos dependentes e das mortes, especialmente
nos Estados Unidos.
Muitas substâncias
necessárias a fabricar o composto sintético vêm da China. De lá, são exportadas
para a América Latina, onde são processadas em fábricas clandestinas e vendidas
no mercado negro.
De acordo com a
americana Drug Enforcement Agency (DEA), de combate ao narcotráfico, nos EUA
foram apreendidos em 2022 mais de 50,6 milhões de comprimidos e mais de 4.500
quilogramas de fentanil em pó. A agência afirma que isto equivale a “mais de
379 milhões de doses potencialmente letais de fentanil” –o suficiente para
matar quase toda os 333 milhões de habitantes dos Estados Unidos.
Fonte: CBDL
Diagnóstico para a Vida/IstoÉ
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