Investidor
alerta: apesar do investimento global, declínio econômico é esperado após
eleição nos EUA
A
economia global vai enfrentar tempos difíceis durante as eleições presidenciais
dos EUA ou logo depois, disse à Sputnik o renomado investidor norte-americano
Jim Rogers.
Rogers
observou que a maioria dos mercados apresenta atualmente um bom desempenho e
atinge novos máximos devido às enormes quantidades de dinheiro impressas por
quase todos os bancos centrais em todo o mundo nos últimos meses e anos.
"Há
muito dinheiro de graça por aí. Ele tem que ir para algum lugar e está indo
para o mundo dos investimentos, então todos se estão divertindo [...]",
disse Rogers. "Quando todo mundo está atingindo um novo máximo, isso é um
risco. Sempre que isso aconteceu no passado, geralmente levou a um declínio, a
um mercado ruim e a uma economia ruim [...]. Em breve isso será um
problema."
Rogers
explicou que, como os EUA são a maior economia do mundo, tudo o que acontece lá
afeta o resto do mundo.
De
acordo com Rogers, a recessão começará por volta da época das eleições nos EUA
ou pouco depois.
As
eleições presidenciais dos EUA serão realizadas em 5 de novembro. Os principais
rivais na disputa são o atual presidente Joe Biden, um democrata, e seu
antecessor republicano, Donald Trump.
Independentemente
do vencedor nas próximas eleições presidenciais dos EUA, os mercados reagirão
positivamente, mas esse período de "felicidade" será breve, disse o
investidor norte-americano Jim Rogers à Sputnik.
"As
pessoas esperam que Trump ganhe. Acham que Trump será bom para o mercado.
Portanto, se ele vencer, os mercados permanecerão fortes, não por muito mais
tempo, porque os mercados já estão fortes há muito tempo", disse Rogers.
"Da mesma forma, se Biden vencer, muitas pessoas pensarão 'teremos as
mesmas coisas boas de sempre'. Portanto, seja qual for o vencedor, o mercado
ficará feliz por um curto período de tempo."
Rogers
acrescentou que a força dos mercados não durará muito, pois já são fortes há
muito tempo, por isso, independentemente de quem ganhe, os problemas vão
começar logo depois das eleições.
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Qualquer falha de
Biden em debate com Trump pode ser o 'fim de sua campanha'
Nesta
quinta-feira (27) aconteceu o primeiro de dois debates acordados entre os
candidatos à presidência dos Estados Unidos. A Sputnik conversou com
especialistas para saber como chega cada uma das campanhas e quais devem ser as
estratégias para a vitória.
Joe
Biden e Donald Trump subirão ao palco para realizar um debate com muitas
particularidades e de grande importância política antes das eleições
presidenciais norte-americanas em novembro. De acordo com a CNN, o encontro
está previsto para 21h (horário de Brasília) na cidade de Atlanta.
A
primeira peculiaridade é que esta é a primeira vez na história dos EUA que um
presidente em exercício e um antigo chefe de Estado se enfrentam. Corroborando
a singularidade do evento, é também o primeiro debate presidencial que será
realizado antes das convenções partidárias, onde tradicionalmente são
formalizadas candidaturas e lançadas oficialmente as campanhas.
Isso
se deve ao fato de que, nesse ciclo eleitoral, já se saber há meses que Biden e
Trump carregarão as bandeiras de seus respectivos partidos (Democrata e
Republicano) nas eleições de 2024.
Vale
lembrar que durante sua campanha anterior, Biden havia dito que seria apenas um
"presidente de transição", sugerindo que passaria o manto para um
líder mais jovem nas eleições seguintes. Logo após iniciar seu governo,
contudo, o democrata começou a se retratar desses comentários, tornando claro
que ele buscaria um segundo mandato.
A
situação com Trump foi diferente, mas também é representativa da atração que
exerce perante o establishment político e o eleitorado. Embora o Partido
Republicano tenha levado a cabo uma corrida interna, Trump decidiu não
participar nos debates entre os pré-candidatos, com a segurança de quem sabe
que seu favoritismo era irreversível.
Os
números provaram que ele tinha razão. Apesar da longa e variada lista de
opositores republicanos, o magnata derrotou facilmente todos os seus
correligionários em cada uma das votações primárias, tornando-se o candidato
presidencial republicano pela terceira vez consecutiva.
·
Mesmos protagonistas, novas regras
Ainda
que este debate seja uma repetição do confronto que ocorreu na campanha de 2020
— embora agora com os papéis alterados, com Biden como chefe de Estado e Trump
como desafiante —, a rede CNN anunciou que o evento, com duração de 90 minutos,
terá formato diferente das eleições anteriores.
Entre
as novas regras anunciadas que a rede anunciou terem sido aceitas pelas
campanhas de ambos os candidatos, está a de que o confronto será realizado em
um estúdio sem plateia e que apenas o microfone de quem for a vez de falar
estará aberto, evitando qualquer interrupção.
Além
disso, os participantes não poderão ter notas escritas nem sair dos púlpitos ou
fazer discursos de abertura. Os moderadores, os âncoras da CNN Jake Tapper e
Dana Bash, vão direto às perguntas.
A
mídia norte-americana anunciou ainda que, do grupo de cinco candidatos
presidenciais, apenas participariam Joe Biden e Donald Trump, argumentando que
foram os únicos que se qualificaram segundo as regras estabelecidas: ter um
mínimo de 15% de intenção de voto a nível nacional e participarem nas primárias
de estados suficientes para atingir 270 votos eleitorais — o número mágico para
conquistar a presidência, segundo as regras do sistema do Colégio Eleitoral.
Dessa
forma, os demais candidatos presidenciais, Jill Stein e Cornel West, da
esquerda, assim como o advogado e ativista ambiental Robert F. Kennedy Junior,
não estarão no jogo.
·
Como chega cada candidato?
Para
Demian Bio, internacionalista formado pela Universidade de Buenos Aires, o
debate presidencial — visto por dezenas de milhões de cidadãos ao vivo e depois
por outras dezenas em clipes que circulam nas redes sociais — é sempre um
acontecimento crucial na campanhas presidenciais. Dentre os dois participantes,
desta vez é Biden quem sofre maior pressão para ter um bom desempenho, devido à
fragilidade de sua candidatura.
"Atualmente,
dado o seu índice de aprovação muito baixo, de cerca de 38%, e que as sondagens
o mostram atrás de Trump, é o presidente quem deve mudar a trajetória da
corrida e está mais do que obrigado a não falhar, porque pode ser o fim de sua
campanha."
As
declarações de Bio fazem alusão a recentes reportagens de que a liderança
democrata estaria analisando a substituição de Biden como candidatos
presidenciais se o seu desempenho no debate for fraco ou se exibir a mesma
falta de preparo físico ou mental que vem demonstrando nos últimos meses.
"Esse
é o outro grande desafio para Biden, cujos próprios eleitores democratas
acreditam que ele é muito velho [81 anos] para concorrer a um segundo mandato e
que nos últimos tempos cometeu todo tipo de gafes que mostram deterioração da
capacidade física e mental."
"Agora,
o presidente deve demonstrar que está em melhores condições do que parece ou do
que as pessoas acreditam, o que não será fácil, porque ele é um homem
objetivamente muito velho, que terá que ficar 90 minutos em pé, sem ajuda, sob
os olhos do mundo inteiro", diz Bio.
Segundo
o especialista, essas baixas expectativas para Biden "também podem
funcionar a seu favor, porque se ele não cometer grandes erros, se não ficar
muito tempo calado ou parecer perdido no palco, como tem acontecido com mais e
mais frequência ultimamente, pode parecer que não está tão mal".
"No
entanto, se perante uma audiência tão grande Biden parecesse tão deteriorado e
confuso como tem estado, mesmo os eleitores democratas poderiam repensar o seu
voto, e a campanha terminaria", acredita o internacionalista.
De
qualquer forma, alerta Bio, o presidente democrata deve ter cuidado para não
exagerar diante das câmeras.
"Se
querendo parecer duro para dissipar todas as dúvidas sobre o seu estado físico
e mental, Biden decidir levar a cabo uma estratégia muito agressiva, isso
poderá funcionar contra ele […]. Esse foi um erro que Trump cometeu no seu
primeiro debate com Biden em 2020, em que o então presidente esteve
constantemente no ataque, e que não caiu bem entre os indecisos e
independentes, que são o bloco-chave que deve ser seduzido em todas as eleições
nos Estados Unidos".
Sobre
Trump, Bio salienta que embora as duas últimas grandes sondagens, publicadas
nesta semana pelo The New York Times e pelo The Washington Post, o mostrem à
frente em quase todo os estados disputados — os chamados "swing
states", que definem as eleições —, o republicano não pode confiar que já
ganhou a corrida e deve ser mais moderado do que o habitual.
"Trump
tem sido muito inteligente durante todos esses meses, concentrando a sua
campanha em questões como o crescimento da imigração ilegal na fronteira, o
aumento dos preços e como isso afeta as comunidades hispânicas e
afro-americanas."
"E
também ao apontar várias questões espinhosas para Biden, como alegados
escândalos de corrupção, o aumento das despesas públicas, incluindo o
financiamento de Kiev e a possibilidade de levar os EUA a uma guerra com a
Rússia e a China. Ou seja, ele tem se concentrado nas questões, e não na
pessoa, e isso o ajudou a crescer nas pesquisas", afirma o especialista.
Já
Biden e sua equipe optaram por centrar sua campanha em questões diferentes,
como o acesso ao aborto e a suposta defesa da democracia, procurando associar
Trump à revogação desse direito constitucional pelo Supremo Tribunal em 2022 e
com o cerco ao Capitólio por seus seguidores em 2021, sublinha Bio.
Embora
sejam questões que mobilizam muitos eleitores e ativistas democratas, diz o
especialista, elas não aparecem no topo da lista de prioridades do eleitorado
geral, como acontece com a imigração ilegal ou o aumento do preço dos
alimentos, da habitação ou da energia, segundo as sondagens.
"Portanto,
se somarmos a percepção de falta de capacidade devido à idade avançada, aos
maus resultados econômicos, à baixa popularidade e à falta de ligação da sua
campanha com o eleitorado, Biden parece caminhar para uma derrota quase
certa."
"A
noite do primeiro debate é uma oportunidade para ver se ele fará algo a
respeito ou se continuará no mesmo caminho", conclui.
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Trump lidera intenção
de votos contra Biden antes do debate presidencial dos EUA, aponta pesquisa
Os norte-americanos
favorecem Donald Trump em vez de Joe Biden como seu próximo presidente em
várias medidas, de acordo com uma pesquisa Gallup divulgada nesta quinta-feira
(27), antes do debate presidencial entre os candidatos.
Trump
recebeu uma avaliação geral favorável de 46% na pesquisa, realizada de 3 a 23
de junho, depois de ter sido condenado por um tribunal de Nova York por 34
acusações criminais. Foi também a classificação mais alta para ele desde abril
de 2020.
Em
comparação, Biden recebeu uma avaliação favorável de 37%. Mais republicanos
favoreceram Trump como candidato do seu partido (91%) do que democratas que
apoiam Biden (81%).
Trump
liderou a pesquisa em termos de ter as "qualidades de personalidade e
liderança" necessárias de um presidente por oito pontos. Mais
norte-americanos (49%) também disseram concordar com Trump em questões
importantes em comparação com Biden (37%).
Embora
ambos os candidatos tenham apenas alguns anos de diferença de idade, muito mais
norte-americanos disseram estar "muito preocupados" com a idade
avançada de Biden, de 81 anos (59%), do que com os 78 anos de Trump (18%). Além
disso, mais de metade dos eleitores norte-americanos (56%) viam Biden como
"demasiado liberal", enquanto 44% viam Trump como "demasiado
conservador".
As
eleições presidenciais dos EUA estão marcadas para novembro de 2024. Os
principais candidatos esperados nas urnas são Biden e o ex-presidente dos EUA,
Donald Trump, que obtiveram votos de delegados suficientes para serem os
presumíveis candidatos dos respectivos partidos Democrata e Republicano.
Fonte:
Sputnik Brasil
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