O que
causa acne? Saiba como prevenir e conheça os principais tratamentos
A acne é
uma condição dermatológica que afeta milhares de pessoas e tem como
característica o surgimento de cravos, espinhas e até mesmo cistos na pele. Ela
se desenvolve quando os folículos pilosos – onde surgem os pelos – ficam
obstruídos por sebo e células mortas da pele, criando um ambiente propício para
o crescimento de bactérias.
Ela
pode surgir em qualquer parte do corpo que tenha pele, mas são mais comuns no
rosto, pescoço, costas e ombros.
“Essas
áreas têm uma maior concentração de glândulas sebáceas, o que aumenta a
probabilidade de desenvolvimento de acne. Além dessas áreas mais comuns, a acne
também pode surgir nos braços, nádegas e até mesmo no couro cabeludo. A
localização da acne pode variar de pessoa para pessoa e é influenciada por
fatores genéticos, hormonais, ambientais e de estilo de vida”, explica a
dermatologista Vívian Simões Pires.
Além
disso, a acne pode afetar pessoas de todas as idades — desde bebês até adultos mais velhos. No entanto, há certos períodos da vida em que ela é mais
comum, como na adolescência, devido às mudanças hormonais que ocorrem durante a
puberdade.
Isso
porque as alterações hormonais estimulam as glândulas sebáceas a produzirem
mais sebo, aumentando o risco de obstrução dos folículos pilosos e,
consequentemente, o surgimento de acne.
“Acne
não é tudo igual. Ela pode ter a presença de cravos; pápulas (lesões
arredondadas e endurecidas); pústulas (com pus); nódulos (lesões inflamadas
podendo levar à destruição de tecidos, causando cicatrizes) e cistos, que se
expandem por camadas mais profundas da pele, deixam cicatrizes”, explica
Gislaine Sales, dermatologista.
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Fatores que contribuem para o aparecimento de acnes
- Histórico familiar: A
genética desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da acne;
- Hormônios: Mudanças
hormonais, como as que ocorrem durante a puberdade, gravidez ou
menstruação, podem aumentar a produção de sebo e contribuir para o
surgimento da acne;
- Bactérias: A
bactéria Propionibacterium acnes, presente na pele de todos,
pode se proliferar dentro dos folículos obstruídos, levando à inflamação e
formação das acnes;
- Fatores externos: Estresse,
dieta, alguns medicamentos e até mesmo o uso de produtos de pele
inadequados podem piorar a acne em algumas pessoas.
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Veja quatro dicas para evitar as acnes
Para
prevenir a acne, é essencial usar produtos de skincare adequados ao tipo de
pele, usar hidratantes que não tenham potencial de obstruir os poros, os
chamados não comedogênicos, e protetor solar.
“Isso
inclui lavar o rosto regularmente com um sabonete suave, evitar o uso excessivo
de produtos cosméticos que possam obstruir os poros, como maquiagem oleosa, e
utilizar produtos de cuidados com a pele”, explica a dermatologista Fernanda
Nichelle.
Manter
uma alimentação equilibrada, evitar alimentos processados e açúcares, também é importante para evitar o aparecimento de acnes. Assim
como ter um sono adequado para reduzir os níveis de estresse. Veja abaixo
quatro dicas.
- Limpeza facial suave: Lave
o rosto duas vezes ao dia com um sabonete suave e água morna. Evite
esfregar ou usar produtos abrasivos, pois isso pode irritar a pele
- Hidratação: Mesmo
que sua pele seja oleosa, a hidratação é crucial para manter o equilíbrio
e prevenir o ressecamento. Use um hidratante oil-free (livre de óleo) duas
vezes ao dia
- Nunca durma com maquiagem: A maquiagem pode obstruir os poros e piorar a acne.
Remova toda a maquiagem antes de dormir e lave o rosto com cuidado
- Alimentação saudável: Uma
dieta rica em frutas, legumes e grãos integrais pode contribuir para a
saúde da pele. Evite alimentos processados, gordurosos e com alto índice
glicêmico
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Tratamentos eficazes e seguros para a acne
Quando
a acne surge na pele é importante evitar espremer, pois isso pode piorar a
inflamação, aumentando as chances de infecção e pode levar à formação de
cicatrizes permanentes na pele.
Para
tratar a inflamação, os dermatologistas ouvidos pela CNN recomendam alguns
cuidados e tratamentos que são seguros quando
feitos de maneira correta e sob orientação profissional. Veja abaixo.
- Retinóides tópicos: Derivados
da vitamina A, eles promovem a renovação celular, desobstruem os poros e
reduzem a formação de acnes;
- Peróxido de benzoíla: Um
antibacteriano tópico com propriedades anti-inflamatórias, que ajudam a
reduzir a acne;
- Ácido salicílico: Um
beta-hidroxiácido que esfolia a pele, desobstrui os poros e reduzindo a
inflamação;
- Antibióticos: Em
casos mais graves, antibióticos tópicos ou orais podem ser prescritos para
combater as bactérias causadoras da acne;
- Hormônios: Para
mulheres com acne hormonal, anticoncepcionais orais podem ser uma opção de
tratamento eficaz;
- Isotretinoína: Um
medicamento oral derivado da vitamina A, indicado para casos graves de
acne que não respondem a outros tratamentos.
Ø O que é otite média bacteriana? Conheça causas, sintomas e
tratamentos
Muita
gente acha que dor de ouvido é tudo igual, mas não é bem assim. O
sistema auditivo é dividido em três partes e, dependendo de onde a infecção
está localizada, a doença receberá um nome diferente: otite externa, média
aguda e média bacteriana.
A otite
média bacteriana, como o próprio nome já sugere, ocorre quando existe uma infecção bacteriana na
porção média do ouvido, que é a região localizada atrás do tímpano. Ela é uma
infecção grave que pode levar a danos permanentes na audição e para o
equilíbrio do corpo, principalmente em crianças.
“As
principais causas desse tipo de otite são as infecções das vias
respiratórias causadas por bactérias e o acúmulo de secreções na parte
posterior do nariz”, explica José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista
do Hospital Paulista.
Essas
reações se dão por conta da passagem de micro-organismos das vias aéreas para a
orelha, ou mesmo por conta do inchaço das tubas auditivas, o que faz com que as
secreções da orelha não sejam adequadamente drenadas para a garganta e se
acumulem na orelha média.
Principais
sintomas da otite média bacteriana:
- Dor de ouvido intensa e persistente;
- Febre;
- Perda auditiva;
- Dificuldade para dormir; e
- Irritabilidade em bebês e crianças.
O
diagnóstico da otite média bacteriana é feito por um médico
otorrinolaringologista por meio de exame físico e avaliação do tímpano. O
tratamento geralmente inclui antibióticos orais e analgésicos.
“O
tratamento inicial é com uso de antibióticos, podendo necessitar, em alguns
casos, de drenagem da secreção por meio de uma perfuração no tímpano”, diz o
médico Robinson Koji Tsuji, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia
(SBO) e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia
Cérvico-Facial (ABORL-CCF).
O
uso de medicamentos ou substâncias aplicadas diretamente no ouvido só devem ser
feitas com orientação médica.
“Devemos
lembrar que deve ser tratado o nariz em conjunto, pois para o ouvido cicatrizar
ele deve receber o ar através da tuba auditiva, que fica no fundo do nariz,
portanto, se tiver congestionado, o ar não vai conseguir passar corretamente e,
sendo assim, o tratamento do ouvido fica mais difícil”, acrescenta Rogério
Swensson, que é membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.
Outros
fatores que também podem contribuir para o desenvolvimento da doença
são: falta de aleitamento materno e exposição ao tabagismo.
Para
prevenção, principalmente em crianças, é importante seguir algumas
recomendações como: lavar as mãos com frequência, evitar contato com pessoas
doentes, vacinar as crianças contra gripe e pneumococos.
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Os três tipos de otite
- Otite externa: trata-se
de uma infecção da parte que vai desde o comecinho da orelha que
enxergamos por fora, até o tímpano, causando dor, coceira e vermelhidão.
Ela está associada a pessoas que têm contato com água ou que coçam ou
manipulam muito o ouvido. Ela é causada por bactéria ou até mesmo fungos;
- Otite média aguda: uma
infecção do ouvido médio, geralmente viral, que causa dor, febre e perda
auditiva temporária; e
- Otite média bacteriana: uma
infecção bacteriana do ouvido médio, com sintomas semelhantes à otite
média aguda, mas com maior risco de complicações.
Fonte:
CNN Brasil
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