A tragédia
climática do Rio Grande do Sul vivida por surdos
Na
noite de 3 de maio, as águas do rio Guaíba avançavam rapidamente pelas calçadas
do bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre – um dos mais afetados pelas
enchentes na capital gaúcha. O casal de idosos surdos Anita Silveira da Silva,
70 anos, e Ery Garcez da Silva, 75, sentiu durante a madrugada um cheiro de
esgoto emanando do andar inferior da casa onde moram há quatro décadas.
O
cheiro forte fez com que eles despertassem sentindo náuseas e ânsia de vômito.
Ao descer o lance de escadas que levava ao térreo, “a água já estava na altura
do peito”, contou a costureira aposentada à Agência Pública na Língua
Brasileira de Sinais (Libras).
O
bairro já estava isolado do resto da cidade havia uma semana, mas o casal ainda
conseguia percorrer algumas ruas, fazer compras no supermercado e visitar os
vizinhos. Apesar dos alertas familiares, decidiram ficar em casa, confiantes de
que o nível da água baixaria, como aconteceu em outros anos. Mas, como se viu,
as chuvas mudariam drasticamente o histórico de alagamentos daquela região.
A
falta de audição colocou Anita e o marido em risco de morte. Durante a
madrugada, barcos e lanchas da Defesa Civil e de voluntários passavam com
apitos, sirenes e alto-falantes, pedindo a evacuação do bairro e buscando
resgatar pessoas que haviam ficado para trás, cercadas pela água em suas casas.
Mas o casal não conseguia ouvi-los. Por não conseguirem se comunicar através da
fala, eles também não podiam gritar por socorro e chegaram a colocar uma
bandeira vermelha na janela para facilitar a localização pelo resgate.
A
falta de acessibilidade do noticiário de imprensa e dos alertas da Defesa
Civil, aliada à barreira do português (nem todos os surdos dominam o idioma),
impediu que essa população compreendesse plenamente a gravidade da tragédia
climática no Rio Grande do Sul. “Nós não sabíamos de nada, não tínhamos noção
da dimensão que as enchentes poderiam tomar”, explica a aposentada.
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Por que isso importa?
- As falhas ou ausência de planos de evacuação afetaram a
população gaúcha como um todo, mas impôs dificuldades especiais às pessoas
com deficiência.
- A Sociedade dos Surdos do Rio Grande do Sul estima que mais
de 1.500 pessoas surdas foram impactadas pelas enchentes no estado.
Na
manhã seguinte, os filhos do casal conseguiram, com dificuldade, avisá-los por
mensagem de WhatsApp que haviam acionado a Defesa Civil para que os dois fossem
resgatados de casa. “Teve uma hora em que eles ficaram incomunicáveis, pois
caiu a internet geral no bairro… minha irmã teve a ideia de colocar créditos no
celular dos nossos pais à distância, para que eles voltassem a ter internet e
conseguirmos falar com eles”, conta Tiago da Silva, filho mais novo do casal.
Anita
e o marido decidiram colocar documentos, medicamentos e celulares dentro de
várias sacolas plásticas e aguardar o resgate no piso superior. “Pegamos o que
deu para pegar, subimos algumas coisas para o andar de cima e, quando vimos, o
volume da água já tinha dobrado”, conta.
Horas
depois, à tarde, o casal foi, enfim, resgatado por uma equipe composta por Defesa
Civil e Corpo de Bombeiros. A idosa, que enfrenta dificuldades de mobilidade
devido a uma prótese no fêmur, precisou sair pela parte térrea da residência,
enquanto a água alcançava seu pescoço. “Tive que nadar naquela água fedorenta,
contaminada. Foi horrível, horrível”, relembra emocionada.
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Mais de 1.500 surdos podem ter sido
afetados pelo desastre
A Pública apurou
que o caso de Anita e Ery não foi isolado. A comunicação foi um desafio para
pessoas surdas que deram depoimentos à reportagem. Para muitos, o celular é o
único meio de se comunicar com pessoas ouvintes. Sem acesso a essa tecnologia,
é como se fossem estrangeiros em seu próprio país.
“Quando
chegamos na triagem das pessoas resgatadas, tinha uma fila enorme para entrar
num ônibus e sair dali. Os voluntários ficavam nos puxando, ninguém nos
entendia e nós não entendíamos nada. Em nenhum momento tinha um intérprete
falando conosco. Faltou acessibilidade, faltou alguém que soubesse Libras para
nos orientar. Tive que me comunicar por gestos e pedir para que falassem
devagar, para que eu pudesse fazer leitura labial”, sinaliza Anita.
Segundo
a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) do estado do Rio
Grande do Sul, 2.035 pessoas com deficiência foram desalojadas devido às
enchentes que afetaram a região. Entre elas, 35 indivíduos afirmaram ter
deficiência auditiva. Entretanto, não foram divulgados dados específicos sobre
a população surda afetada pela tragédia climática.
A
Sociedade dos Surdos do Rio Grande do Sul (SSRS) estima que mais de 1.500
pessoas surdas foram impactadas pelas enchentes em todo o estado. Na região
metropolitana de Porto Alegre, pelo menos 50 delas foram desalojadas de suas
residências.
“Recebemos
relatos de surdos que foram pegos de surpresa pela água invadindo suas camas.
Um rapaz surdo precisou nadar com um braço só para se salvar, segurando o
celular com a outra mão, temendo ficar incomunicável”, relata Renata
Heinzelmann, presidenta da SSRS.
Ela
menciona também que a falta de comunicação entre os vários abrigos
disponibilizados no estado e a falta de sensibilização dos voluntários foram
outras barreiras significativas durante o processo. “Em muitos abrigos, os
voluntários sequer sabiam que havia surdos abrigados ali. Eles achavam que a pessoa estava nervosa ou que não queria falar, mas não sabiam que na verdade se tratava de uma
pessoa surda. E, como as equipes de voluntários mudavam todo dia, elas não tinham como saber quem era quem”, explica.
No
caso de Anita e Ery, seus filhos só conseguiram localizá-los e resgatá-los
graças à geolocalização enviada pelo casal pelo WhatsApp. Para Tiago, foi
angustiante tanto tempo sem notícias dos pais. “Desde criança, eu e meus irmãos
sempre fomos o elo dos meus pais com o resto da sociedade. Quando perdemos o
contato com eles, a gente não sabia se eles tinham deixado cair o celular na
água, se tinha acabado a bateria, se tinham sido resgatados”, diz.
Ao
voltar para casa após a água ter baixado, Anita e Ery encontraram um cenário
devastador que se tornou comum a muitos gaúchos: móveis, documentos, fotos,
tudo destruído pela inundação.
·
Sem internet, casal idoso surdo ficou dias
ilhado
Gino
Luiz Comelli, 74 anos, e Iara Terezinha de Bittencourt Comelli, 73, foram outro
casal de surdos moradores do bairro Humaitá que sofreu com as enchentes. Quando
acordaram, na manhã de 5 de maio, a região tinha sido evacuada, e o nível da
água já havia atingido o primeiro andar do prédio. “Eu moro lá desde os anos
1970, sempre vi o bairro alagar em momentos de chuvas muito intensas. A gente
não imaginava que a água subiria tanto. Quando acordamos, o nível já estava
batendo no peito, ali embaixo, na rua. Então, para sair de casa, só de barco
mesmo. Foi assustador”, sinaliza Gino em Libras.
Devido
à falta de eletricidade no prédio, que deixou seus celulares sem bateria, o
casal se viu isolado no apartamento, desconectado do mundo exterior. Eles
sobreviveram apenas com os alimentos que haviam estocado nos dias anteriores.
“Minha filha ficou muito nervosa. Ela não conseguia falar conosco, nem nós com
ela. Estávamos todos muito preocupados”, completa o aposentado.
Amigos,
familiares e filhos ficaram sem notícias do casal por três dias. Vanessa, a
filha mais nova, conta que o irmão percorreu dezenas de abrigos na cidade em
busca dos pais, sem sucesso. “Passamos o sábado inteiro naquela angústia, sem
nenhuma notícias deles. No domingo, vi um vídeo mostrando que a água tinha
invadido o condomínio dos meus pais. Me bateu um desespero. Eu não sabia como
chegar lá, como resgatá-los, se eles já tinham sido resgatados ou não, se
tinham o que comer”, relata a filha.
Ela
e o irmão decidiram então utilizar as redes sociais para pedir ajuda e tirar os
pais do apartamento. Receosa pela dificuldade de comunicação entre eles e as
equipes de resgate, gravou um vídeo em Libras, solicitando que fosse mostrado
aos pais para encorajá-los a aceitar ajuda e deixar o local.
“Eles
são idosos e teimosos, fiquei com receio que eles não quisessem sair de casa
com um desconhecido”, explica Vanessa. Ciente dos apelos de socorro dos filhos,
um amigo da família, que mora no mesmo condomínio, conseguiu chegar até o
prédio. Enfrentando água até o tórax, o homem escalou pelas janelas até
alcançar o apartamento de Gino e Iara.
Ao
encontrá-los, entregou um bilhete com uma mensagem escrita, explicando que
precisavam arrumar suas coisas e sair dali. Apesar de Gino ser analfabeto e
Iara ter conhecimentos de leitura básica em português, o casal compreendeu a
situação e concordou em deixar o apartamento. Com ajuda de uma lancha, um grupo
de voluntários da vizinhança conseguiu resgatar o casal. Em seguida, foram
levados para a Arena do Grêmio, estádio de futebol próximo, que estava servindo
como abrigo provisório para pessoas afetadas pela enchente.
No
caso deles, a barreira da comunicação também impossibilitou que avisassem seus
familiares sobre o resgate e localização após serem socorridos. “Por sorte, um
amigo nosso viu meus pais bem na hora, no meio de um monte de gente resgatada.
Eu desabei num choro de alívio quando reencontrei os dois”, relembra Vanessa.
Gino
e Iara foram levados por conhecidos até a casa da filha em Canoas, na região
metropolitana de Porto Alegre, onde permanecem até o momento da publicação
desta reportagem. “Ainda bem que tive amigos que nos ajudaram, nos resgataram e
puderam avisar nossos filhos. Mas o mais difícil nessa situação toda foi a
barreira da comunicação, com certeza”, avalia o aposentado.
·
Vulnerabilidade social de pessoas surdas
Após
o período mais crítico da tragédia climática, as pessoas surdas no Rio Grande
do Sul alegam que agora enfrentam o desafio adicional da falta de
acessibilidade ao tentar acessar os auxílios oferecidos pelos governos federal
e estadual.
Na
sede da SSRS, em Porto Alegre, além de receber e distribuir doações de roupas,
produtos de higiene e de limpeza, voluntários ouvintes e fluentes em Libras
organizam mutirões para auxiliar a comunidade surda afetada pelas enchentes a
obter gratuitamente novas vias de documentos extraviados e a acessar os
auxílios e benefícios disponibilizados pelos governos federal e estadual.
É o
caso do Pix SOS RS e o Programa Volta por Cima, lançados pelo governo estadual, que beneficiarão,
respectivamente, famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza e
famílias que recebem até três salários-mínimos. No programa Pix SOS RS, serão
destinados R$ 2 mil a 25,5 mil famílias, enquanto o Programa Volta por Cima
beneficiará 40 mil famílias com um auxílio de R$ 2.500. Já o governo
federal anunciou um repasse de R$ 5.100 às famílias diretamente afetadas.
O
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
(MDS) também anunciou uma
série de medidas, como a antecipação do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). Porém, segundo a Rede Observatório BPC (associação que atua na defesa dos direitos do benefício
de prestação continuada das famílias de pessoas com deficiências ou pessoas
idosas em situação de vulnerabilidade), familiares de pessoas com autismo,
deficiências diversas e idosos afetados pelas enchentes têm tido dificuldades
de acessar o pagamento extra do benefício.
Um
dos voluntários da SSRS, Jorge Curtis, advogado ouvinte fluente em Libras, diz
ter prestado atendimento assistencial a mais de 1.500 pessoas surdas. “Se um
surdo precisa de informações que são dadas por telefone, como é que ele vai
ligar? Então a gente ajuda ligando para o 135, do INSS, que é uma burocracia
enorme, ligando pra Caixa, porque às vezes falta uma senha, ou o cadastro está
equivocado, e as pessoas não podem ir até a agência porque muitas foram
atingidas pela água”, explica Curtis.
“O
governo está oferecendo auxílios, mas como essas pessoas vão solicitar essas
ajudas se muitas perderam computador, celular e toda sua documentação? Aí a
prefeitura manda ir nos Cras [Centros de Referência de Assistência Social], mas
as filas são enormes, ninguém se comunica em Libras e os atendentes não têm
paciência de ficar escrevendo num papel para se comunicar”, acrescenta o
advogado.
·
O que diz o poder público
Procurada
pela reportagem, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH)
do estado do Rio Grande do Sul se manifestou por meio de nota. O órgão alegou
que o governo estadual possui “contrato vigente e em plena execução com a
plataforma ICOM, que realiza a interpretação de Libras a partir de aplicativo
disponível em qualquer smartphone, para utilização 24h por dia, nos sete dias
da semana”. Ainda segundo a SJCDH, o canal de comunicação foi divulgado pelas
redes sociais do estado desde o início das cheias. A secretaria ressaltou
também que “todos os serviços de atendimento ao público do Governo do Estado
estão autorizados a utilizar a comunicação em Libras a partir do aplicativo
ICOM, ampliando a oferta desse serviço para todos os abrigos que acolheram
pessoas atingidas pelas enchentes”.
Quanto
aos comunicados oficiais, a SJCDH respondeu que “todos os alertas do Governo do
Estado são publicados em texto no site da Defesa Civil”, e que há no site SOS
Enchentes um botão que direciona diretamente a eles. Além disso, informou que
“todos os vídeos postados nos canais digitais do governo têm legenda e todos os
cards são postados com utilização do mecanismo de ‘texto alternativo’”.
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Leia aqui a
íntegra da resposta:
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NOTA PARA IMPRENSA - INFORMAÇÕES PARA O SITE AGÊNCIA PÚBLICA
O
Censo, que coleta in loco informações sobre as características e o
funcionamento dos abrigos está em andamento e pode ser acompanhado, desde o
início dos eventos catastróficos pelas redes sociais do Governo do Estado do
Rio Grande do Sul (informações disponíveis em www.sosenchentes.rs.gov.br/abrigos).
Já
foram levantadas informações relativas a 973 abrigos, 69.231 pessoas e 18.121
famílias em 114 municípios. Foram identificadas 2035 pessoas com deficiência
(dados consolidados até 20/06/2024). Do total das pessoas com deficiência, a
Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), identificou 35
pessoas que declararam possuir deficiência auditiva.
O
abrigamento é de responsabilidade dos municípios, com apoio, orientação e
acompanhamento da Defesa Civil do Estado e da Secretaria de Desenvolvimento
Social do Estado (Sedes). Emergencialmente, diversas instituições privadas
acolheram pessoas com deficiência e seus familiares, tendo sido desenvolvido
por parte do Governo do Estado a estratégia de visitas periódicas e
fornecimento de auxílios emergenciais, mediante a distribuição de colchões,
cobertores, roupas, alimentos, água e ajudas técnicas como cadeiras de rodas,
cadeiras de banho, bengalas, muletas, andadores, entre outras.
A
FADERS - Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para
Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no RS - também tem atuado no
apoio às vítimas e seus familiares, prestando suporte contínuo, auxiliando no
levantamento de necessidades, ajudando nos encaminhamentos quando necessários e
também no envio de donativos recebidos pela Defesa Civil.
Em
uma ação conjunta com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a
Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, a Secretaria de
Desenvolvimento Social, da qual a Faders é vinculada, e o Instituto Social
Pertence de Porto Alegre, foi desenvolvido um formulário de mapeamento para
auxiliar essa população, identificar suas reais necessidades e fazer os
encaminhamentos necessários.
Abrigos
específicos para pessoas surdas foram disponibilizados por duas instituições
privadas, a Escola Frei Pacífico em Porto Alegre, e a colônia de férias da
Sociedade de Surdos do Rio Grande do Sul em Capão da Canoa, tendo sido ambas
visitadas pelo Governo do Estado e oferecido os auxílios emergenciais já
citados.
O
Governo do Estado possui contrato vigente e em plena execução com a plataforma
ICOM, que realiza a interpretação de Libras a partir de aplicativo disponível
em qualquer smartphone, para utilização 24h por dia, nos sete dias da semana. O
canal de comunicação tem sido divulgado pelas redes sociais do Estado, desde o
início das cheias. Ressalta-se que todos os serviços de atendimento ao público
do Governo do Estado estão autorizados a utilizar a comunicação em Libras a
partir do aplicativo ICOM, ampliando a oferta desse serviço para todos os
abrigos que acolheram pessoas atingidas pelas enchentes.
Todos
os alertas do Governo do Estado são publicados em texto no site da Defesa
Civil. Há ainda no site SOS Enchentes, um botão que direciona direto para eles.
Além disso, todos os vídeos postados nos canais digitais do governo têm
legendas. E todos os cards são postados com utilização do mecanismo de
"texto alternativo".
O
estado do Rio Grande do Sul enfrenta a maior catástrofe climática da sua
história. Já são 478 municípios afetados (dos 497 que compõem o estado),
2.398.255 gaúchos afetados, 806 feridos, 37 desaparecidos, 77.874 pessoas e
12.543 animais já resgatados, 28.165 efetivo estadual mobilizado, 740 efetivo
de outros estados, 312 efetivo da Força Nacional. No pico da crise tivemos
81.403 pessoas em abrigos e 581.638 desalojados. Infelizmente, temos 177 óbitos
confirmados e, desses, nenhuma pessoa com deficiência.
O
governo do Estado disponibilizou duas medidas de auxílio financeiro direto aos
atingidos pela enchente, que são o programa Volta Por Cima e o repasse do PIX
SOS Rio Grande do Sul. Qualquer cidadão que se enquadre nos critérios,
detalhados no site sosenchentes.rs.gov.br, está apta a receber.
ASS.:
Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - Governo do Estado do Rio
Grande do Sul
Fonte:
Por Augusta Lunardi, da Agência Pública
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