Veja a diferença entre intolerância à
lactose e alergia ao leite de vaca
Originadas do mesmo
alimento, o leite de vaca, a intolerância à lactose e a alergia à proteína do
leite são condições diferentes. A primeira situação ocorre quando o intestino
não produz a enzima lactase em quantidade suficiente e não é capaz de quebrar e
absorver o açúcar do leite.
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Por outro lado, a
alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é, como já diz o próprio nome, um
quadro alérgico, com um mecanismo imunológico que pode ser mediado por IgE, que
é a proteína produzida pelo organismo como forma de defender o corpo contra agentes
infecciosos e suas toxinas.
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Causas da alergia e da intolerância
As causas da alergia e
da intolerância também são distintas. A alergia é
causada pela incapacidade do intestino em produzir lactose, que pode ser
resultado de uma alimentação inadequada com alta quantidade de alimentos
ultraprocessados e alteração de microbiota intestinal.
A intolerância é uma predisposição
genética associada a uma exposição de proteína do leite na corrente sanguínea.
“Vale ressaltar que na intolerância, tal incapacidade também se deve a uma base
primária por um fator genético, muito comum em orientais e seus descendentes”,
diz a nutróloga Dra. Daniela Gomes.
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Sintomas comuns
Segundo a nutróloga
Dra. Daniela Gomes, na alergia à proteína do leite de vaca não mediada, ou
seja, quando o organismo não corresponde corretamente à produção de anticorpos
IgE, os sintomas são gastrointestinais , por exemplo, prisão de ventre e gases.
“[Os sintomas] podem
ser muito parecidos com a intolerância à lactose, porém são condições
diferentes”, explica. Quando o problema é a intolerância, os seguintes sintomas
podem ser constatados:
- Distensão abdominal (gases);
- Dor na região do abdômen;
- Sensação de empachamento;
- Diarreia;
- Náusea e vômito.
>>>> Tipos
de diagnóstico s
O diagnóstico de intolerância à lactose é principalmente clínico, realizado após a pessoa sentir
sintomas após consumir laticínios, podendo ser confirmado entre 3 ou 4 semanas
mediante dieta sem consumo de laticínios. Além disso, o médico também pode
solicitar o teste de intolerância à lactose. Nele, o paciente toma uma dose de
lactose em jejum e, após algumas horas, são colhidas amostras de sangue para
medir os níveis de glicose.
Enquanto o de alergia
à proteína do leite é realizado medindo a glicemia sanguínea e o teste de hidrogênio expirado. Além do teste da análise
do histórico clínico do paciente e dieta de exclusão.
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Formas de tratamento
A intolerância à
lactose, quando de base genética, não tem cura. Contudo, quando causada por
hábitos de estilo de vida, a melhora da alimentação e da flora intestinal pode
ser feita para posterior introdução gradativa de lactose. O uso de enzima
lactose também é útil nesse caso.
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Na APLV, a maioria das
pessoas apresenta os sintomas por toda a vida e deve-se excluir todo e qualquer
alimento à base de proteína do leite. No entanto, a solução para o contorno
dessas duas condições pode ser a utilização de fórmulas extensamente
hidrolisadas (FEH), como aminoácidos, soja e outros leites vegetais suplementados com cálcio. Mas a nutróloga Dra. Daniela Gomes
ressalta que é sempre importante consultar um especialista.
“Apresentando qualquer
sintoma citado ou desconforto na ingestão de leite e seus derivados, o paciente
deverá procurar um nutrólogo, pois, somente esse profissional poderá fazer o
diagnóstico e posterior indicação da dieta apropriada”, diz a médica.
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Cuidados importantes
É importante salientar
que os alérgicos à lactose jamais devem ingerir leite e/ou qualquer dos seus
derivados, inclusive aqueles alimentos que têm traços de contaminação por
lactose. “Há a falsa percepção de que esse grupo pode ingerir, por exemplo,
leite sem lactose, o que é muito perigoso, justamente por esses traços de
contaminação”, adverte a Dra. Daniela.
Ø
10 substituições simples e saudáveis para
intolerantes ao glúten
O glúten é uma
proteína complexa encontrada em cereais como trigo, cevada, centeio e seus
derivados. Ele desempenha um papel crucial na estrutura e elasticidade de
produtos de panificação. A intolerância, muitas vezes referida como
sensibilidade ao glúten não celíaca, é uma condição na qual uma pessoa tem
dificuldade em digeri-lo, mas não apresenta danos severos ao intestino delgado.
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Além disso, o consumo
de glúten pode causar inflamação a pacientes que são intolerantes a essa
proteína. “Os sintomas, normalmente, são: intestino preso ou solto, gases,
inchaço e sensação de empanzinamento”, analisa Daniela de Almeida,
nutricionista funcional e esportiva.
Felizmente, com a
crescente conscientização sobre essa condição, surgem muitas alternativas
alimentares que não apenas excluem o glúten, mas também oferecem benefícios
nutricionais adicionais. Por isso, confira 10 substituições simples e saudáveis
para ajudar aqueles com intolerância ao glúten a manter uma dieta equilibrada e
deliciosa!
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1. Farinha de amêndoas
Para os amantes de
assados, substituir a farinha de trigo pela de amêndoas é uma excelente
escolha. Além de ser livre de glúten ,
a farinha de amêndoas é rica em proteínas, fibras e gorduras saudáveis. Ela
adiciona uma textura úmida e um sabor rico a bolos, pães e outras receitas de
forno.
“As oleaginosas
regulam os níveis de colesterol, reduzindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando
o HDL (colesterol bom), prevenindo arteriosclerose e hipertensão, contribuindo
para um coração e um cérebro mais saudável”, explica a nutricionista Natália Colombo.
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2. Macarrão de quinoa
O macarrão de quinoa é
uma alternativa ao macarrão tradicional. Não só é livre de glúten, mas também é
uma fonte de proteína completa, contendo todos os nove aminoácidos essenciais.
“[A quinoa] é muito proteica, fonte de vitaminas do complexo B, fibras e
minerais. A qualidade de proteínas que possui é comparável às fontes de origem
animal, não pela quantidade, mas pela união de vários tipos proteicos que
oferecem tudo de que o organismo necessita”, diz a culinarista Guta Pudell.
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3. Pão de tapioca
O pão de tapioca,
feito a partir da fécula extraída da raiz de mandioca, é uma opção leve e
saborosa para substituir o pão de trigo. É ideal para sanduíches e pode ser
facilmente encontrado em versões prontas ou como mistura para preparo em casa.
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4. Ovos
Se você procura uma
alternativa para o seu café da manhã, considere substituir a torrada por uma
omelete. Os ovos são
outro alimento sem glúten e com diversos benefícios extras.
“Nos ovos, podemos
encontrar todos os aminoácidos essenciais de que o nosso organismo necessita
para desempenhar as funções vitais, tais como imunidade, transporte de
nutrientes, fabricação de hormônios e produção de tecidos. As vitaminas e os
minerais presentes também têm funções de regulação e equilíbrio no organismo”,
destaca a nutricionista Simone Abreu.
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5. Bolachas de arroz
Leves e crocantes, as
bolachas de arroz são um ótimo lanche sem glúten. Elas podem ser acompanhadas
de diversos toppings , como queijo, abacate ou pasta de
amendoim.
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6. Aveia certificada sem glúten
A aveia , que auxilia em processos de perda
de peso, naturalmente não contém glúten, mas muitas vezes é processada em
locais que manipulam trigo. Optar por uma opção certificada sem glúten garante
que você está consumindo um produto livre de contaminação cruzada.
“A aveia tem
carboidratos de absorção lenta, que dão a sensação de saciedade por mais tempo,
auxiliando no emagrecimento”, explica a nutricionista Daniela Medeiros.
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7. Tamari
O tamari é uma
alternativa sem glúten ao molho de soja tradicional. Rico em sabor umami, é
perfeito para marinar carnes, temperar pratos asiáticos ou simplesmente como
molho de mesa.
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8. Cuscuz de milho
O cuscuz de milho,
embora um pouco diferente em textura do cuscuz tradicional de trigo, é uma
substituição viável. Ele pode ser usado em saladas, como acompanhamento ou, até
mesmo, em pratos principais.
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9. Tofu
Para vegetarianos e
veganos, substituir o seitan (que é feito de glúten de trigo) por tofu é uma
solução eficaz. O tofu é rico em proteínas e oferece uma textura satisfatória,
sendo excelente em uma variedade de pratos, desde salteados até grelhados.
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10. Biscoitos e bolos sem glúten
Felizmente, o mercado atual
oferece uma ampla gama de biscoitos e bolos sem glúten. Essas opções são feitas
com uma variedade de farinhas sem glúten e são formuladas para imitar a textura
e o sabor de seus equivalentes com glúten.
“Uma dica é sempre
olhar o rótulo dos produtos. Por lei, é obrigatório o fabricante deixar claro
se contém ou não glúten”, indica a nutricionista Daniela de Almeida.
Fonte: iG Saúde
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