domingo, 28 de janeiro de 2024

Veja a diferença entre intolerância à lactose e alergia ao leite de vaca

Originadas do mesmo alimento, o leite de vaca, a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite são condições diferentes. A primeira situação ocorre quando o intestino não produz a enzima lactase em quantidade suficiente e não é capaz de quebrar e absorver o açúcar do leite.

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Por outro lado, a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é, como já diz o próprio nome, um quadro alérgico, com um mecanismo imunológico que pode ser mediado por IgE, que é a proteína produzida pelo organismo como forma de defender o corpo contra agentes infecciosos e suas toxinas.

·        Causas da alergia e da intolerância

As causas da alergia e da intolerância também são distintas. A alergia é causada pela incapacidade do intestino em produzir lactose, que pode ser resultado de uma alimentação inadequada com alta quantidade de alimentos ultraprocessados e alteração de microbiota intestinal.

A intolerância é uma predisposição genética associada a uma exposição de proteína do leite na corrente sanguínea. “Vale ressaltar que na intolerância, tal incapacidade também se deve a uma base primária por um fator genético, muito comum em orientais e seus descendentes”, diz a nutróloga Dra. Daniela Gomes.

·        Sintomas comuns

Segundo a nutróloga Dra. Daniela Gomes, na alergia à proteína do leite de vaca não mediada, ou seja, quando o organismo não corresponde corretamente à produção de anticorpos IgE, os sintomas são gastrointestinais , por exemplo, prisão de ventre e gases.

“[Os sintomas] podem ser muito parecidos com a intolerância à lactose, porém são condições diferentes”, explica. Quando o problema é a intolerância, os seguintes sintomas podem ser constatados:

  • Distensão abdominal (gases);
  • Dor na região do abdômen;
  • Sensação de empachamento;
  • Diarreia;
  • Náusea e vômito. 

>>>> Tipos de diagnóstico s

O diagnóstico de intolerância à lactose é principalmente clínico, realizado após a pessoa sentir sintomas após consumir laticínios, podendo ser confirmado entre 3 ou 4 semanas mediante dieta sem consumo de laticínios. Além disso, o médico também pode solicitar o teste de intolerância à lactose. Nele, o paciente toma uma dose de lactose em jejum e, após algumas horas, são colhidas amostras de sangue para medir os níveis de glicose.

Enquanto o de alergia à proteína do leite é realizado medindo a glicemia sanguínea e o teste de hidrogênio expirado. Além do teste da análise do histórico clínico do paciente e dieta de exclusão.

·        Formas de tratamento 

A intolerância à lactose, quando de base genética, não tem cura. Contudo, quando causada por hábitos de estilo de vida, a melhora da alimentação e da flora intestinal pode ser feita para posterior introdução gradativa de lactose. O uso de enzima lactose também é útil nesse caso.

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Na APLV, a maioria das pessoas apresenta os sintomas por toda a vida e deve-se excluir todo e qualquer alimento à base de proteína do leite. No entanto, a solução para o contorno dessas duas condições pode ser a utilização de fórmulas extensamente hidrolisadas (FEH), como aminoácidos, soja e outros leites vegetais suplementados com cálcio. Mas a nutróloga Dra. Daniela Gomes ressalta que é sempre importante consultar um especialista.

“Apresentando qualquer sintoma citado ou desconforto na ingestão de leite e seus derivados, o paciente deverá procurar um nutrólogo, pois, somente esse profissional poderá fazer o diagnóstico e posterior indicação da dieta apropriada”, diz a médica.

·        Cuidados importantes

É importante salientar que os alérgicos à lactose jamais devem ingerir leite e/ou qualquer dos seus derivados, inclusive aqueles alimentos que têm traços de contaminação por lactose. “Há a falsa percepção de que esse grupo pode ingerir, por exemplo, leite sem lactose, o que é muito perigoso, justamente por esses traços de contaminação”, adverte a Dra. Daniela.

 

Ø  10 substituições simples e saudáveis para intolerantes ao glúten

 

O glúten é uma proteína complexa encontrada em cereais como trigo, cevada, centeio e seus derivados. Ele desempenha um papel crucial na estrutura e elasticidade de produtos de panificação. A intolerância, muitas vezes referida como sensibilidade ao glúten não celíaca, é uma condição na qual uma pessoa tem dificuldade em digeri-lo, mas não apresenta danos severos ao intestino delgado.

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Além disso, o consumo de glúten pode causar inflamação a pacientes que são intolerantes a essa proteína. “Os sintomas, normalmente, são: intestino preso ou solto, gases, inchaço e sensação de empanzinamento”, analisa Daniela de Almeida, nutricionista funcional e esportiva.

Felizmente, com a crescente conscientização sobre essa condição, surgem muitas alternativas alimentares que não apenas excluem o glúten, mas também oferecem benefícios nutricionais adicionais. Por isso, confira 10 substituições simples e saudáveis para ajudar aqueles com intolerância ao glúten a manter uma dieta equilibrada e deliciosa!

·        1. Farinha de amêndoas

Para os amantes de assados, substituir a farinha de trigo pela de amêndoas é uma excelente escolha. Além de ser livre de glúten , a farinha de amêndoas é rica em proteínas, fibras e gorduras saudáveis. Ela adiciona uma textura úmida e um sabor rico a bolos, pães e outras receitas de forno.

“As oleaginosas regulam os níveis de colesterol, reduzindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando o HDL (colesterol bom), prevenindo arteriosclerose e hipertensão, contribuindo para um coração e um cérebro mais saudável”, explica a nutricionista Natália Colombo.

·        2. Macarrão de quinoa

O macarrão de quinoa é uma alternativa ao macarrão tradicional. Não só é livre de glúten, mas também é uma fonte de proteína completa, contendo todos os nove aminoácidos essenciais. “[A quinoa] é muito proteica, fonte de vitaminas do complexo B, fibras e minerais. A qualidade de proteínas que possui é comparável às fontes de origem animal, não pela quantidade, mas pela união de vários tipos proteicos que oferecem tudo de que o organismo necessita”, diz a culinarista Guta Pudell.

·        3. Pão de tapioca

O pão de tapioca, feito a partir da fécula extraída da raiz de mandioca, é uma opção leve e saborosa para substituir o pão de trigo. É ideal para sanduíches e pode ser facilmente encontrado em versões prontas ou como mistura para preparo em casa.

·        4. Ovos

Se você procura uma alternativa para o seu café da manhã, considere substituir a torrada por uma omelete.  Os ovos  são outro alimento sem glúten e com diversos benefícios extras.

“Nos ovos, podemos encontrar todos os aminoácidos essenciais de que o nosso organismo necessita para desempenhar as funções vitais, tais como imunidade, transporte de nutrientes, fabricação de hormônios e produção de tecidos. As vitaminas e os minerais presentes também têm funções de regulação e equilíbrio no organismo”, destaca a nutricionista Simone Abreu.

·        5. Bolachas de arroz

Leves e crocantes, as bolachas de arroz são um ótimo lanche sem glúten. Elas podem ser acompanhadas de diversos toppings , como queijo, abacate ou pasta de amendoim.

·        6. Aveia certificada sem glúten

aveia , que auxilia em processos de perda de peso, naturalmente não contém glúten, mas muitas vezes é processada em locais que manipulam trigo. Optar por uma opção certificada sem glúten garante que você está consumindo um produto livre de contaminação cruzada.

“A aveia tem carboidratos de absorção lenta, que dão a sensação de saciedade por mais tempo, auxiliando no emagrecimento”, explica a nutricionista Daniela Medeiros.

·        7. Tamari

O tamari é uma alternativa sem glúten ao molho de soja tradicional. Rico em sabor umami, é perfeito para marinar carnes, temperar pratos asiáticos ou simplesmente como molho de mesa.

·        8. Cuscuz de milho

O cuscuz de milho, embora um pouco diferente em textura do cuscuz tradicional de trigo, é uma substituição viável. Ele pode ser usado em saladas, como acompanhamento ou, até mesmo, em pratos principais.

·        9. Tofu

Para vegetarianos e veganos, substituir o seitan (que é feito de glúten de trigo) por tofu é uma solução eficaz. O tofu é rico em proteínas e oferece uma textura satisfatória, sendo excelente em uma variedade de pratos, desde salteados até grelhados.

·        10. Biscoitos e bolos sem glúten

Felizmente, o mercado atual oferece uma ampla gama de biscoitos e bolos sem glúten. Essas opções são feitas com uma variedade de farinhas sem glúten e são formuladas para imitar a textura e o sabor de seus equivalentes com glúten.

“Uma dica é sempre olhar o rótulo dos produtos. Por lei, é obrigatório o fabricante deixar claro se contém ou não glúten”, indica a nutricionista Daniela de Almeida.

 

Fonte: iG Saúde

 

 

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