sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

O que são enzimas digestivas e para que servem

As enzimas digestivas são substâncias produzidas pelo organismo que auxiliam na quebra de proteínas, carboidratos e gorduras, permitindo a absorção dos nutrientes necessários. A falta de enzimas digestivas pode levar a uma variedade de sintomas gastrointestinais e desnutrição, mesmo se você tiver uma dieta saudável.

Certas condições de saúde podem interferir na produção de enzimas digestivas. Nesse caso, é possível suplementar enzimas digestivas antes das refeições para ajudar o organismo a processar os alimentos com eficiência.

·        Qual é a função das enzimas digestivas?

O corpo produz enzimas no sistema digestivo, incluindo boca, estômago e intestino delgado. Mas a maior parte é trabalho do pâncreas.

As enzimas digestivas possuem um papel fundamental no processo digestivo, ajudando o organismo a quebrar carboidratos, gorduras e proteínas em moléculas menores. Isso é necessário para permitir a absorção de nutrientes e manter a saúde em dia. Sem essas enzimas, os nutrientes presentes na comida são desperdiçados.

Quando a falta de ação das enzimas digestivas leva a má digestão e desnutrição, é chamada de insuficiência pancreática exócrina (IPE). Nesse caso, a reposição de enzimas digestivas pode ser uma opção. Algumas enzimas digestivas exigem receita médica e outras são vendidas sem receita.

·        Como funcionam as enzimas digestivas?

As enzimas digestivas que atuam como artificiais substituem as enzimas naturais, ajudando a quebrar carboidratos, gorduras e proteínas. Quando os alimentos são decompostos, os nutrientes são absorvidos pelo corpo através da parede do intestino delgado por meio de reações químicas e distribuídos pela corrente sanguínea. As enzimas que atuam como artificiais devem ser tomadas antes da refeição. Dessa forma, elas podem atuar quando a comida atinge o estômago e o intestino delgado.

·        Tipos de enzimas digestivas

Os principais tipos de enzimas são:

  • Amilase: decompõe carboidratos ou amidos em moléculas de açúcar. Amilase insuficiente pode levar à diarreia.
  • Lipase: é responsável por trabalhar com a bile do fígado para quebrar as gorduras, liberando colesterol, ácidos graxos e glicerol. Se você não tiver lipase suficiente, estará faltando vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K.
  • Protease: é responsável pela quebra das proteínas em aminoácidos. Também ajuda a manter bactérias, leveduras e protozoários fora do intestino. A falta de protease pode levar a alergias ou toxicidade no intestino.
  • Lactase: auxilia na quebra da lactose açúcar do leite transformando-a em glicose e galactose. A falta da lactase pode fazer com que a pessoa desenvolva alergias e intolerância à lactose.

Os medicamentos e suplementos enzimáticos são apresentados de várias formas, com ingredientes e dosagens variadas.

A terapia de reposição enzimática pancreática (TREP) está disponível mediante receita médica. Estes medicamentos são geralmente feitos a partir do pâncreas de porcos.

Algumas enzimas contêm pancrelipase, que é composta de amilase, lipase e protease. Esses medicamentos geralmente são revestidos para impedir que os ácidos do estômago digiram o medicamento antes que ele atinja o intestino.

A dosagem varia de pessoa para pessoa com base no peso e nos hábitos alimentares. O seu médico ou médica provavelmente indicará a dose mais baixa possível, fazendo os ajustes necessários.

·        Quem precisa de enzimas digestivas?

Você pode precisar de enzimas digestivas se tiver deficiência na sua produção. Algumas das condições que podem deixar você com poucas enzimas digestivas são:

  • Pancreatite crônica
  • Cistos pancreáticos ou tumores benignos
  • Bloqueio ou estreitamento do ducto pancreático ou biliar
  • Câncer de pâncreas
  • Cirurgia pancreática
  • Fibrose cística
  • Diabetes

Em caso de baixa produção de enzimas digestivas, a digestão pode ser lenta e desconfortável. Também pode deixá-lo desnutrido. Os sintomas podem incluir:

  • Inchaço
  • Gases excessivos
  • Cólicas após as refeições
  • Diarreia
  • Fezes amarelas e oleosas que flutuam
  • Fezes fétidas
  • Perda de peso, mesmo se você estiver comendo bem

Mesmo se você não tiver deficiência em produção de enzimas digestivas, poderá ter problemas com certos alimentos. A intolerância à lactose é um bom exemplo disso. Um suplemento de lactase pode ajudar a digerir alimentos que contêm lactose. Ou se você tiver problemas para digerir o feijão, poderá se beneficiar de um suplemento de alfa-galactosidase.

·        Quais os efeitos colaterais de enzimas digestivas?

O efeito colateral mais comum das enzimas digestivas é a constipação. Outros podem incluir:

  • Náusea
  • Cólicas abdominais
  • Diarreia

Se você tiver sinais de uma reação alérgica, procure orientação médica imediatamente.

O sistema digestivo requer um equilíbrio delicado. As enzimas podem não funcionar bem se o intestino delgado estiver com um pH muito ácido devido à falta de bicarbonato. Outra questão pode ser que você não está tomando a dose ou proporção certa de enzimas.

Certos medicamentos podem interagir com as enzimas digestivas, por isso é importante informar o seu médico ou médica sobre quaisquer medicamentos e suplementos que você esteja tomando atualmente.

Se você estiver tomando enzimas e tiver problemas, procure orientação médica.

·        Como aumentar as enzimas digestivas naturalmente?

<< Certos alimentos contêm enzimas digestivas, incluindo:

Complementar sua dieta com alguns desses alimentos pode ajudar na digestão.

 

Ø  Saiba quais os alimentos ruins para o intestino

 

Alimentos ruins para o intestino podem gerar problemas à saúde, de longo ou curto prazo. O intestino é um órgão em formato de tubo, que faz parte do sistema digestivo humano. Ele é rico em bactérias que facilitam o processo de digestão. No entanto, quando não são controladas — com uma boa alimentação — podem resultar em mal-estar.

·        Quais os piores alimentos para o intestino?

Antes de citar os piores alimentos para o intestino, é importante entender que o que beneficia a saúde de alguém, nesse quesito, pode não beneficiar a de outro. Isso porque algumas pessoas têm intolerância ou alergia a certas comidas, que em tese fazem bem ao intestino.

Por isso, antes de sair adotando novos alimentos na sua dieta, certifique-se de que eles não representam nenhum risco à sua saúde. Converse com um médico antes de fazer qualquer mudança drástica na dieta.

·        Proteína animal

A proteína animal tem os seus benefícios, porém, quando consumida em excesso ela pode impactar seriamente a saúde. Estudos de 2017 revelam que pessoas com uma dieta rica em carne vermelha têm maior risco de desenvolverem doença intestinal inflamatória. Uma outra pesquisa, de 2019, também revelou que esse consumo está relacionado a maiores riscos de ataque cardíaco e derrame.

·        Alimentos ricos em antibióticos

Para reduzir os riscos de infecções graves, produtores de carne geralmente usam antibióticos para tratar os animais. O uso desses medicamentos de maneira irresponsável pode resultar na criação de superbactérias.

As superbactérias são microorganismos que ficam mais fortes que os antibióticos, devido ao uso contínuo do remédio, fazendo com que eles percam a sua eficácia. O consumo excessivo de carnes resultantes deste tipo de produção contribui para o surgimento desses organismos. Além disso, o consumo de antibióticos, quando em grandes quantidades, também pode matar as bactérias boas presentes no intestino. 

·        Alimentos fritos

Por serem fritos em óleos ricos em gorduras trans e saturadas, esses alimentos não são digeridos da forma adequada pelo corpo. Por isso, podem causar diarreia, gases e dores no estômago. Outro fator alarmante é que esse tipo de comida causa o crescimento de bactérias ruins que afetam a saúde intestinal. 

·        Comida altamente processada

Alimentos processados contêm aditivos não-saudáveis, como açúcar, conservantes pobres em fibras e sódio. Em um estudo, de 2019,  foi apontado que existe uma relação entre dietas ricas em alimentos processados e a inflamação na microbiota intestinal. 

Sendo assim, uma forma de evitar alimentos ruins para o intestino é cortando o consumo de alimentos ultraprocessados. Você pode investir em refeições mais naturais, ricas em frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais.

·        Álcool e outras bebidas 

A ingestão constante de bebidas alcoólicas pode alterar a microbiota do intestino e promover o crescimento de bactérias ruins, o que gera desequilíbrio no funcionamento do órgão. Esse fator se manifesta principalmente através do aumento da permeabilidade do intestino, que pode resultar em diversos problemas para a saúde, como alergias alimentares.

Além do álcool, o café, o refrigerante e o chocolate aumentam o consumo de cafeína, o que impacta a saúde do intestino. A ingestão excessiva dessas bebidas está comumente relacionada ao surgimento de quadros de diarreia.

·        Derivados do leite 

Derivados do leite que não são fermentados podem desequilibrar a saúde da microbiota intestinal. Por exemplo, o leite não fermentado altera a flora bacteriana, ajudando no crescimento de bactérias ruins, que criam colônias e impactam a existência das bactérias boas. 

Pessoas com intolerância ou alergia à lactose são propensas a desenvolverem problemas intestinais graças ao consumo desses alimentos. Por isso, se você sofre com uma dessas condições, opte por alternativas vegetais do leite.

 

Fonte: eCycle

 

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