Venezuela:
a fabricação de uma mentira
Segundo
relatos, Donald Trump manteve uma conversa telefônica surpresa com o presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, na semana passada. Dias depois, o Departamento de
Estado dos EUA designou formalmente o Cartel de los Soles da Venezuela como uma
organização terrorista estrangeira e, além disso, declarou que Maduro é o líder
dessa organização terrorista estrangeira.
Portanto,
como o Cartel de los Soles é “responsável pela violência terrorista em todo
nosso hemisfério, bem como pelo tráfico de drogas para os Estados Unidos”, a
primeira alegação coloca a guerra com a Venezuela na agenda, e a segunda coloca
um golpe contra Maduro na mesma pauta.
Há
apenas um problema: o governo Trump está tendo dificuldade em convencer suas
próprias agências e parceiros internacionais mais próximos de qualquer uma
dessas alegações. A administração também não os convenceu de que a Venezuela é
um estado “narcoterrorista”, ou de que a solução de Trump para o problema —
bombardear pequenas embarcações que supostamente transportariam fentanil e
outras drogas para os Estados Unidos — é legal.
O
problema em designar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista é
que não existe um “Cartel de los Soles” da forma como o governo Trump alega.
Conforme relata o The New York Times, “Cartel de los Soles não é
uma organização literal”, mas “uma figura de linguagem”. É uma referência
jocosa, de três décadas, à insígnia de sol que os generais venezuelanos usam e
aos oficiais militares corrompidos pelo dinheiro das drogas.
“Não
existe algo como uma reunião de diretoria do ‘Cartel de los Soles’. Não existe
esse bicho. A organização não existe como tal”, disse Phil Gunson, analista
sênior do International Crisis Group, ao Times.
Além
disso, disse Jeremy McDermott, cofundador do InSight Crime, um centro de
estudos focado em crime e segurança na América Latina: “O Cartel dos Soles
tornou-se uma expressão genérica para o tráfico de drogas infiltrado no Estado,
mas estes não são integrados — a mão esquerda não sabe o que a mão direita está
fazendo. Absolutamente não é uma organização, per se“, afirmou,
acrescentando: “Se você vai para a guerra, a terminologia importa.”
Além
disso, analistas de inteligência não concordam que Maduro seja o “chefe” de
qualquer cartel, muito menos de um que não existe.
Um
memorando de “consenso da comunidade” de 26 de fevereiro sobre outro designado
terrorista por Trump, a organização criminosa Tren de Aragua (TDA), que reuniu
as conclusões das 18 agências da comunidade de inteligência dos EUA
subordinadas ao Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, concluiu que a
TDA “não agia sob a direção do governo Maduro e que as duas partes são, na
verdade, hostis uma à outra”.
Aparentemente,
de acordo com o Times, o Gabinete do Diretor de Inteligência
Nacional ordenou a um analista de inteligência sênior que “repensasse” a
análise de fevereiro e apresentasse uma nova avaliação. O novo memorando,
datado de 7 de abril, “confirmou a avaliação original da comunidade de
inteligência” e continuou a contradizer a alegação do governo sobre Maduro,
concluindo que “o regime Maduro provavelmente não tem uma política de
cooperação com a TDA e não está direcionando o movimento e as operações da TDA
para os Estados Unidos”.
A
comunidade de inteligência manteve naquele memorando que “não observou o regime
direcionando a TDA”. Em vez disso, o memorando constata que “os serviços de
inteligência, militares e policiais venezuelanos veem a TDA como uma ameaça à
segurança e atuam contra ela de maneiras que tornam altamente improvável que as
duas partes cooperem de forma estratégica ou consistente”.
O novo
memorando, no entanto, acrescentou uma visão mais matizada da posição do FBI,
que concordou com a avaliação, mas discordou ao afirmar que alguns elementos do
governo venezuelano ajudam a facilitar a migração de membros da gangue TDA para
os EUA e os usam como proxies para avançar os objetivos do
regime.
Semanas
após o segundo relatório, Michael Collins, presidente interino do Conselho
Nacional de Inteligência, e Maria Langan-Riekhof, sua vice, foram demitidos. O
Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional negou que tivesse qualquer relação
com os memorandos e limitou-se a dizer que “a Diretora (Tulsi Gabbard) está
trabalhando junto ao presidente Trump para acabar com a instrumentalização e
politização da Comunidade de Inteligência”. No entanto, uma pessoa
familiarizada com a situação disse à Reuters que “está claro que Collins foi
demitido apenas por fazer seu trabalho”.
Os EUA
não tiveram mais sucesso em convencer seus parceiros de que a Venezuela é
sequer uma fonte significativa de fentanil ou outras drogas que entram nos
Estados Unidos.
Autoridades
atuais e anteriores dos EUA afirmam que a maioria das embarcações atingidas
pelos militares americanos estava na passagem entre a Venezuela e Trinidad e
Tobago — uma passagem não utilizada para transportar fentanil nem outras drogas
para os Estados Unidos. A maconha domina, com 80% das drogas que fluem por essa
passagem, e a maior parte do restante é cocaína. E essas drogas não se destinam
aos EUA, mas à África Ocidental e à Europa.
De
acordo com a Administração de Combate às Drogas dos EUA (DEA), 90% da cocaína
que transita para os EUA entra pelo México, não pela Venezuela. E a Venezuela
não é uma fonte de fentanil. O Relatório Mundial sobre Drogas 2025 do UNODC
avalia que a Venezuela “consolidou seu status como um território livre do
cultivo de folhas de coca, cannabis e cultivos similares” e que “apenas 5% das
drogas colombianas transitam pela Venezuela”.
Até o
momento, houve pelo menos 20 ataques a embarcações supostamente transportando
drogas, e 80 pessoas foram mortas sem serem acusadas ou julgadas. Existem
sérias preocupações internas quanto à legalidade desses ataques. Hegseth está
em apuros esta semana devido a questões sobre se ele ordenou ou não um segundo
ataque letal a uma embarcação, matando sobreviventes.
Em 16
de outubro, o almirante Alvin Holsey, chefe do Comando Sul dos EUA, que
supervisiona todas as operações na América Central e do Sul, anunciou que
estava deixando o cargo em meio a relatos de “verdadeiras tensões políticas em
relação à Venezuela” entre o almirante e o secretário de Defesa, Pete Hegseth.
Autoridades atuais e anteriores dos EUA afirmam que Holsey “tinha levantado
preocupações sobre a missão e os ataques às supostas embarcações de drogas”.
O Washington
Post relata que o governo Trump “repetidamente ignorou ou contornou
advogados do governo que questionavam se a política provocativa era legal”.
Assim como os oficiais militares e de inteligência, muitos advogados e
funcionários preocupados “deixaram o governo ou foram realocados ou removidos”.
Muitos
dos principais aliados dos Estados Unidos também não estão convencidos. O Reino
Unido parou de compartilhar inteligência com os EUA sobre embarcações suspeitas
de tráfico de drogas na costa da Venezuela porque acredita que os ataques
“violam o direito internacional”. O Reino Unido é um dos aliados mais próximos
e um dos parceiros de compartilhamento de inteligência mais importantes dos
EUA. Eles têm muitos ativos de inteligência baseados no Caribe.
E o
Reino Unido não é o único aliado próximo a agir com base em sua preocupação. O
Canadá, que tradicionalmente ajudou os EUA a interceptar traficantes de drogas
no Caribe, também notificou os EUA de que não quer que sua inteligência seja
usada para ajudar a direcionar embarcações para ataques letais. O Canadá afirma
que seu compartilhamento de inteligência na região é “separado e distinto”
desses ataques e que o país “não tem envolvimento” nos ataques dos EUA a
embarcações venezuelanas.
Jean-Noël
Barrot, ministro das Relações Exteriores da França, também afirmou que a França
está preocupada porque os ataques “violam o direito internacional”. E
autoridades holandesas já haviam restringido o compartilhamento de inteligência
com os EUA devido a preocupações de que a “politização da inteligência” pudesse
ser usada em “violações de direitos humanos”.
A
Colômbia também parou de compartilhar inteligência com os EUA “porque
estaríamos colaborando com um crime contra a humanidade”.
Se você
não consegue convencer outras nações — e seu próprio povo — de seu direito de
usar a força militar, talvez esteja errado em usá-la. Parece que Trump tem uma
tarefa muito maior de convencimento a fazer.
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Parceria Rússia-Venezuela mira 2030 e chega a patamar
inédito com 42 projetos em 10 áreas
A 19ª
Comissão Intergovernamental de Alto Nível (CIAN) entre Rússia e Venezuela foi realizada
no fim de novembro em um formato híbrido, combinando sessões presenciais em
Moscou com a realização da sessão plenária de forma online. A modalidade
permitiu manter o ritmo técnico das negociações e assegurar a participação
direta das equipes ministeriais, reafirmando a solidez e a continuidade do
mecanismo bilateral.
Em 24
de novembro, o presidente Nicolás Maduro confirmou que a delegação venezuelana já se encontrava em
Moscou, avançando nos distintos capítulos de negociação, e que as equipes
estavam trabalhando em uma agenda ampla com o objetivo de
concretizar “novos convênios e planos de ação em cooperação petroleira,
financeira, militar, cultural,
educativa, científica e tecnológica”. Ele destacou que se tratava de
jornadas prolongadas de trabalho orientadas à assinatura de instrumentos e à
atualização de compromissos estratégicos.
A CIAN, criada em 2001 como o mecanismo de maior hierarquia
dentro do vínculo entre ambas as nações, vem funcionando há mais de duas
décadas como a plataforma que organiza, monitora e projeta a cooperação entre
Caracas e Moscou. Seu caráter intergovernamental tornou-a um
instrumento-chave para estruturar projetos em múltiplos setores e garantir sua
continuidade.
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A 19ª edição
Em sua
19ª edição, a Comissão adquire relevância significativa devido ao incremento
substantivo no número de instrumentos assinados e à incorporação de novos
projetos alinhados com o Plano de Cooperação 2030. Este salto
quantitativo e qualitativo responde ao novo marco político estabelecido entre
ambos os governos, que elevou a relação ao nível de aliados estratégicos. Assim afirmou a
vice-presidenta executiva Delcy Rodríguez ao destacar que “esta 19ª edição da
CIAN se dá no marco do Tratado de Associação Estratégica e Cooperação que o
presidente Maduro firmou com o presidente Putin”, sublinhando que esta é a
primeira Comissão Intergovernamental realizada sob esse status. A sessão,
portanto, consolida a nova arquitetura bilateral. “E com essa bênção, esta
Comissão se realiza em condições extraordinárias para avançar e aprofundar o
Plano 2030”, acrescentou a vice-presidenta.
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Balanço dos presidentes da Comissão: Dmitry Chernyshenko e Delcy Rodríguez
Dmitry
Chernyshenko abriu sua intervenção destacando o respaldo integral de
Moscou diante das pressões externas que a Venezuela enfrenta. Em suas palavras:
“Em nome do governo da Federação da Rússia, expressamos nosso apoio ao governo
de Nicolás Maduro e nossa solidariedade com o irmão povo venezuelano na defesa
da soberania nacional frente às ameaças externas”.
Em
relação aos resultados concretos, Chernyshenko informou que a 19ª CIAN culminou
com a assinatura de 18 documentos bilaterais e uma ata final, expressão de
um trabalho firme para diversificar e modernizar as áreas de cooperação.
Destacou
a apresentação de 42 novos projetos em 10 áreas, iniciativas que serão
avaliadas pelas agências russas competentes para sua incorporação ao Plano
2030.
Acolhemos
com satisfação o interesse da parte venezuelana em ampliar a carteira de
iniciativas bilaterais. As novas propostas (42 projetos em 10 áreas) serão
revisadas pelas agências russas pertinentes e incluídas no plano.Dmitry Chernyshenko
Segundo
ele,
o cumprimento desses objetivos permitirá elevar o comércio bilateral a 400
milhões de dólares em 2030, colocando a Venezuela entre os dez principais
sócios comerciais da Rússia na América Latina.
Essa
projeção se apoia em um dado determinante: as importações russas provenientes
da Venezuela triplicaram em 2025, impulsionadas pelo crescente interesse russo
em cacau, café e produtos do mar venezuelanos.
Esse
avanço está em plena consonância com os compromissos assumidos durante o
encontro entre o presidente Maduro e o presidente Putin, ocasião em que ambos
os mandatários reafirmaram a necessidade de ampliar a cooperação econômica e
fortalecer as capacidades de intercâmbio.
Naquela
reunião, o presidente Putin sublinhou: “Nosso comércio
mútuo, que se estima em 200 milhões de dólares, está abaixo de nossas
aspirações, mas a tendência é muito positiva: no ano passado, nosso comércio
aumentou 64%, o que é um sinal de bom progresso.”
Por sua
vez, a vice-presidenta executiva Delcy Rodríguez definiu o balanço como muito positivo, enfatizando que
“estão sendo propostas 42 novas ações em 10 âmbitos”. “Sabemos que nossa
relação é indetenível e indestrutível”, acrescentou. Em referência ao
mandato presidencial, Rodríguez afirmou:
Estes
acordos começarão a se tornar realidade muito em breve, é a instrução que o
presidente Maduro deu à delegação venezuelana; e nós podemos agradecer por
contar com uma grande potência como a Rússia em todas as dimensões.Delcy Rodríguez
Ela
explicou que, na área agroalimentar, avançarão na exportação de cacau e café
venezuelanos para território russo, assim como de produtos do mar, razão pela
qual foram assinados protocolos especiais de exportação.
“Esperamos
incrementar o intercâmbio comercial em 400 milhões de dólares”, reafirmou a
vice-presidenta.
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Petróleo
Na área
energética, a também ministra dos Hidrocarbonetos enfatizou que a Assembleia
Nacional venezuelana estendeu por 15 anos a vigência dos acordos com
Petroperijá e Petroboquerón, e informou que empresas como Petromonagas,
Petrovictoria e Petropiar mantêm níveis satisfatórios de produção. Também
confirmou que avança o acordo com uma empresa russa que está dando passos
acelerados na produção e exportação de gás, um movimento especialmente
relevante no contexto regional.
E isso,
apesar da guinada do atual governo de Trinidad e Tobago (subordinado aos
interesses políticos promovidos por Marco Rubio), que vem desperdiçando as
vantagens estratégicas de desenvolver plenamente sua cooperação gasífera com a
Venezuela.
Assim,
Caracas não interrompeu sua projeção energética nem suas vias de diálogo. Pelo
contrário, acelera a marcha em coordenação com a Rússia, consolidando um ponto
de inflexão na cooperação gasífera bilateral e abrindo novos espaços para uma
integração energética de maior alcance.
O
vice-primeiro-ministro russo também apresentou um balanço setorial da
cooperação estratégica. Recordou que as empresas mistas do setor petroleiro já
representam mais de 11% da produção total da Venezuela, demonstrando que
esta área constitui uma base sólida da relação bilateral.
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Economia e minerais estratégicos
No
âmbito financeiro, Rodríguez anunciou um passo estratégico para a soberania dos
sistemas de pagamento: os venezuelanos poderão utilizar seus cartões bancários
nacionais na Rússia por meio do sistema MIR. Qualificou esse avanço como um
“novo mecanismo financeiro diante do bloqueio criminoso”, capaz de garantir
fluidez comercial sem interferências externas.
Quanto
à área da mineração, a representante abordou novos acordos relacionados aos
minerais estratégicos, descrevendo-os como “notícias extraordinárias para ambos
os povos”.
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Medicina
No
campo da saúde, Chernyshenko informou que “aproximadamente 800 médicos
venezuelanos já participaram de programas de capacitação organizados por
agências e empresas farmacêuticas russas competentes”, e que o Centro
Russo-Venezuelano para o Estudo da Prevenção de Enfermidades Infecciosas
realizou mais de 16 mil estudos conjuntos.
Reiterou
ainda que mais de 65 empresas russas estão prontas para fornecer produtos
agrícolas de alta qualidade à Venezuela, destacando o avanço em projetos para
montar veículos Kamaz e GAZ em território venezuelano. Sua mensagem final foi
inequívoca: “Estamos dispostos a cooperar o mais estreitamente possível e
alcançar os máximos resultados mediante esforços conjuntos em benefício de
nossos povos”.
Um dos
anúncios mais destacados feitos pela vice-presidenta Rodríguez foi a assinatura
de protocolos para o desenvolvimento de vacinas contra o câncer,
qualificando-os como “uma das maiores contribuições da Rússia para a
humanidade”. Enfatizou que a Venezuela deseja acompanhar esse avanço histórico
e confirmou que, para 2026, o país estará produzindo insulinas graças à
transferência tecnológica russa.
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Rússia, uma irmã mais velha da Venezuela
Em um
contexto de tensões geopolíticas, Rodríguez agradeceu as expressões de
solidariedade da Rússia frente às graves ameaças de agressão militar que a
Venezuela enfrenta, reafirmando que o país não se renderá.
Inclusive,
diante do abuso de algumas companhias aéreas que suspenderam voos para a
Venezuela nos últimos dias, Rodríguez anunciou que Caracas e Moscou assinaram um acordo em matéria
de transporte aéreo, com o objetivo de ampliar os voos entre ambos os países e
aprofundar o intercâmbio turístico.
Por sua
vez, expressou que Moscou e Caracas levantam juntas as bandeiras da paz, da
estabilidade e do comércio justo, e que a participação do presidente Maduro nos
atos do Dia da Vitória levou o espírito antifascista e anti-imperialista do
povo venezuelano à Praça Vermelha.
A líder
chavista concluiu afirmando: “A Rússia sempre poderá contar com a Venezuela,
assim como sei que a Venezuela conta com a Rússia”. Assim, qualificou Moscou
como uma irmã mais velha nesse processo de construção da ordem multipolar.
Nessa
mesma linha de luta contra o fascismo, Chernyshenko destacou que neste ano
ambas as nações comemoraram dois fatos históricos: o 80º aniversário da vitória
na Grande Guerra Patriótica e o 80º aniversário do estabelecimento de relações
diplomáticas entre Rússia e Venezuela.
Também
destacou a presença do presidente Maduro nos atos do Dia da Vitória e a
inauguração, em Caracas, de um monumento aos combatentes contra o fascismo,
afirmando que tais gestos “confirmam a solidariedade do povo venezuelano com a
Federação Russa”.
O
balanço conjunto apresentado por Chernyshenko e Rodríguez deixou claro que a
19ª CIAN não foi um exercício pontual, mas a confirmação de que a política
exterior conjunta entre Rússia e Venezuela amadureceu até se converter em uma
estrutura estável, uma plataforma estratégica sustentada na construção de uma
nova cosmovisão geopolítica.
A
assinatura de 18 documentos, a expansão do portfólio estratégico, o
relançamento energético e científico e a articulação financeira frente às
pressões externas consolidam a nova aliança estratégica.
Fonte: Por
Ted Snider, no Responsible Statecraft | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras
Palavras/Diálogos do Sul Global

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