Revoltante:
Pastor André Valadão leva filhos em Harvard após dizer para fiéis não darem
estudo aos seus
Diz
a velha máxima que “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. Pois o pastor
bolsonarista André Valadão, líder da Igreja Lagoinha, que mora nos EUA, fez uma
postagem nas redes sociais debochando explicitamente de seus fiéis poucos dias
após ministrar um culto evangélico incentivando suas “ovelhas” a não mandarem
seus filhos para a faculdade, pois as garotas virariam “vagabundas” e junto com
os rapazes “iriam para o inferno”. Só que no post do clérigo ele está
justamente com os filhos jovens visitando a Universidade de Harvard, que fica
em Massachussets, nos EUA, uma das mais prestigiadas, renomadas e respeitadas
do planeta.
“Olha
aqui na localização onde estou hoje passeando com meus filhos”, escreveu o
pastor que é sucesso entre as franjas evangélicas simpáticas à extrema direita,
fazendo cara de piadista.
É
óbvio que a imensa maioria dos brasileiros não tem possibilidade alguma de
mandar os filhos estudarem em Harvard, mas mesmo no caso de uma universidade
brasileira, e privada, que pode mudar a vida desses brasileiros, Valadão
sentenciou o que acontecerá com esses estudantes em sua visão fundamentalista.
“Se
a faculdade vai acabar com a vida do teu filho, não manda ele para a
faculdade... Não manda. Vai vender picolé na garagem. ‘Ah, mas eu não criei meu
filho para isso.’ Você criou para quê? Para ele ir para o inferno?”, disse o
pastor, acrescentando que no caso de uma mulher é pior, porque ela “viraria uma
vagabunda”.
• André Valadão: criminoso que estupra
e "se arrepende" ganha perdão de Deus
O
pastor bolsonarista André Valadão, liderança da Igreja Batista da Lagoinha e
criador de inúmeras polêmicas em suas redes e pregações, soltou mais uma. Ele
afirmou nesta segunda-feira (24), em seu stories do Instagram, ao ser
perguntado “o que diria como pastor pra um estuprador que se arrependeu?”
Valadão,
que já afirmou, entre outras coisas que Deus mandaria matar gays se pudesse,
não vacilou e disse que “não há malignidade, perversidade, que o amor de Deus
não seja maior”.
“Eu
diria pra ele que a grandeza da misericórdia de Jesus, a grandeza do amor de
Jesus é infinitamente maior”, disse ele. “Que não há uma malignidade, não há
uma perversidade nesse mundo que o amor de Deus não seja maior que aquilo ou
aquela realidade. Jesus morreu por todos e aquele que genuinamente se arrepende
pode receber a salvação”, encerrou.
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Faculdade
Em
uma de suas últimas polêmicas, Valadão publicou um vídeo em que incentiva seus
fiéis a não mandarem seus filhos para a faculdade. Segundo ele, as instituições
de ensino superior podem “acabar com a vida” dos estudantes.
“Não
manda o seu filho para a faculdade. Vai vender picolé na garagem. ‘Ah, mas eu
não criei meu filho para isso’. Você criou para quê? Para ele ir para o
inferno? Criou sua filha para virar uma vagabunda, rodada, ou para ser uma
mulher santa, digna, de família e cheia de Deus?”, disse sob aplausos. “Aí ela
tem um diploma e é rodada, é doida”, emendou.
• Bolsonaro ecoa Valadão e ataca
"instituições de ensino" alinhadas ao "sistema com Lula"
Pegando
carona nas declarações de André Valadão,
líder da Igreja Batista da Lagoinha, que iniciou uma série de ataques às
universidades para tentar impedir que evangélicos enviem os filhos ao ensino
superior, Jair Bolsonaro (PL) criticou na rede X as "instituições de
ensino" alinhadas ao "sistema com Lula".
Fruto
de uma dinastia religiosa e conhecido por ostentar roupas e adornos caríssimos
de grifes nas redes, Valadão iniciou a polêmica criminosa ao pedir para os
fiéis não mandarem os filhos às universidades e, em vez disso, "vender
picolé na garagem".
Em
publicação neste sábado (22) na rede de Elon Musk, o ex-presidente usou uma
propaganda do governo sionista de Israel, de que teriam sido encontradas
"armas em Universidade de Gaza usada como quartel-general do Hamas",
o ex-presidente mirou o sistema de ensino superior do Brasil.
"Terroristas
usando instituições de ensino e como já amplamente divulgados também hospitais
e casas de civis inocentes como base? Quem poderia imaginar?", escreveu
Bolsonaro na publicação.
"No
Brasil as coisas não são muito diferentes. Talvez isso explique o alinhamento
perfeito do sistema com Lula", emendou.
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Longo histórico
Jair
Bolsonaro tem um longo histórico de desprezo e ataques às universidades,
especialmente as federais, que sofreram um corte drástico no orçamento durante
seu governo.
“Sabemos
que, nas universidades, a militância é enorme. É um ‘carnaval’ contra a minha
pessoa. Eu estou quase contra tudo e contra todos”, disse em outubro de 2022,
após o bloqueio de R$ 2,4 bilhões no orçamento da Educação.
Cerca
de um mês depois, Bolsonaro tirou mais R$ 244 milhões das universidades
federais e R$ 122 milhões dos institutos em novo bloqueio, zerando o caixa das
universidades, que ficaram sem dinheiro até mesmo para pagamentos de contas de
luz e água.
Entre
2019 e 2022, período do governo Bolsonaro, as universidades federais do país
perderam 14,4% de seu orçamento. Em termos comparativos, os valores passaram de
62,2 bilhões de reais em 2019 para R$ 53,2 bilhões em 2022, segundo pesquisa
realizada pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência
(Sou_Ciência) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
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Plantações de maconha
Os
ataques às universidades começaram logo no início do governo Bolsonaro. Em
abril de 2019, o segundo ministro da Educação do governo, Abraham Weintraub,
disse a um site bolsonarista que haviam "plantações extensivas de
maconha" nas universidades federais.
"Foi
criada uma falácia que as universidades federais precisam ter autonomia. Justo,
autonomia de pesquisa, ensino. Só que essa autonomia acabou se transfigurando
em soberania. Então, o que você tem? Você tem plantações de maconha mas não são
três pés de maconha, são plantações extensivas", afirmou.
Na
mesma entrevista, o ministro afirmou, sem prova alguma, que há laboratórios de química que estão
"desenvolvendo laboratórios de droga sintética, de metanfetaminas"
porque a polícia não poderia entrar nos campi.
Meses
depois, Bolsonaro fez coro e disse em evento no Tocantins que aluno de
universidades brasileiras "faz tudo, menos estudar".
"Entre
as 200 melhores universidades do mundo, tem algum brasileira? Não tem! Isso é
um vexame! O que que se faz em muitas universidades e faculdades do Brasil, o
[que o] estudante faz? Faz tudo, menos estudar", afirmou.
• Pastor Hermes detona Valadão por
ataques a universitários
Em
resposta a seguidores nas redes sociais, o pastor Hermes Fernandes detonou o
obscurantismo de André Valadão, líder da
Igreja Batista da Lagoinha, que iniciou uma série de ataques para tentar
impedir que os evangélicos enviem os filhos às universidades, classificado por
ele como "lugares de "trevas".
Fruto
de uma dinastia religiosa e conhecido por ostentar roupas e adornos caríssimos
de grifes nas redes, Valadão iniciou a polêmica criminosa ao pedir para os
fiéis não mandarem os filhos às universidades e, em vez disso, "vender
picolé na garagem".
“Não
manda o seu filho para a faculdade. Vai vender picolé na garagem. ‘Ah, mas eu
não criei meu filho para isso’. Você criou para quê? Para ele ir para o
inferno? Criou sua filha para virar uma vagabunda, rodada, ou para ser uma
mulher santa, digna, de família e cheia de Deus?”, disse sob aplausos. “Aí ela
tem um diploma e é rodada, é doida”, afirmou em vídeo que viralizou nas redes.
A
polêmica suscitou dúvidas nos fiéis, que indagaram Hermes Fernandes sobre um
vídeo antigo, em que ele classifica nominalmente Valadão e Silas Malafaia como
"mensageiros de satanás".
À
época, o pastor rebateu os discursos homofóbicos dos dois colegas alinhados ao
bolsonarismo e deu "nome aos bois".
"O
espinho na carne de um homossexual não é seu desejo. É a homofobia. Porque esse
mundo está cheio de mensageiros de satanás. É gente subindo ao púlpito não para
pregar amor, graça, mas para pregar ódio. André Valadão, eu espero que você me
ouça, você está sendo um mensageiro de satanás. Silas Malafaia você está sendo
um mensageiro de satanás", disparou o pastor no vídeo.
Nesta
sexta-feira (21), Fernandes foi indagado se "ainda acha que André Valadão
é um mensageiro de satanás" e explicou o sermão que viralizou à época,
enfocando também os ataques aos universitários.
"Se
você se refere ao que eu disse um ano atrás, saiba que eu não retrocedo um
único milímetro", iniciou.
"A
diferença é que antes eu achava que André Valadão fosse mensageiro de satanás
para a população LGBTQIAPN+. Hoje, eu me dei conta de que ele é um mensageiro
de satanás para toda nossa juventude", emenda.
O
pastor, em seguida, comenta a fala do líder da Lagoinha sobre não enviar filhos
às universidades.
"Cristo
é o que nos chama a avançar. Dizer que pais que matriculem seus filhos numa
universidade preferem vê-los no inferno? Dizer que uma menina cristã que ingresse
numa faculdade se torna uma vagabunda? Se isso não é ser mensageiro de satanás,
o que é então?", indagou.
"Infelizmente
ele não está só. Como ele há muitos usando seus púlpitos para criar pânico
moral e promover o nosso retrocesso social", concluiu.
• Pastor bolsonarista é expulso do Muro
das Lamentações em Israel ao tentar pregar sobre Jesus
O
bolsonarismo virou motivo de chacota internacional neste domingo (23). O pastor
evangélico Alan Chaves, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi ao Muro
das Lamentações em Jerusalém, Israel, e tentou pregar sobre Jesus Cristo em um
dos locais mais sagrados para o judaísmo.
Acontece
que os judeus não cultuam Jesus como é feito entre os evangélicos. Tal como é
observado em manifestações bolsonaristas, em que evangélicos, totalmente
alheios à realidade, tentam se associar a Israel através da religião, Alan
Chaves tentou impor sua fé diante dos presentes, mas acabou frustrado.
O
pastor foi cercado por crianças que cantavam, para abafar sua pregação, músicas
judaicas. Enquanto isso, adultos exibiam cópias do Torá, o livro sagrado do
judaísmo, para tapar a Bíblia que Alan Chaves segurava enquanto repetia, em
inglês macarrônico, frases como "Jesus is wonderful" ("Jesus é
maravilhoso") e "Jesus is alive" ("Jesus está vivo").
• Mendonça fala em
"ponderação" sobre fake news: "desinformação é um conceito
aberto"
Alçado
ao Supremo Tribunal Federal (STF) na cota "terrivelmente evangélica"
de Jair Bolsonaro (PL), André Mendonça falou que a Justiça Eleitoral precisa
ter "ponderação" ao tratar das fake news e ressaltou que a
"desinformação é um conceito aberto" durante evento da
Controladoria-Geral do Município de São Paulo.
A
palestra foi feita nesta segunda-feira (24). Nesta terça-feira (25), Mendonça
assume a cadeira de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
fará par com o também bolsonarista Kássio Nunes Marques, que assumirá a
presidência da corte em 2025, após o mandato de Cármen Lucia.
"Concordo
que as fake news têm que ser combatidas, não há dúvida. Mas precisamos ter
equilíbrio, ter ponderação, para não nos tornarmos censores das vontades ou das
manifestações das pessoas", declarou Mendonça.
Ex-ministro
da Justiça e ex-Advogado-Geral da União, Mendonça atuou em total submissão à
Bolsonaro para ser levado ao STF, onde segue propagando fake news.
Na
semana passada, o presidente da suprema corte repreendeu e denunciou o
"tom panfletário" do colega no julgamento da descriminalização do
porte da maconha. Em seu voto, Mendonça afirmou que a maconha é porta de
entrada para outras drogas, contrariando estudos cientifícos que, em muitos
casos, mostram exatamente o contrário.
Na
palestra em São Paulo, Mendonça sinalizou que deve ter posição branda contra as
fake news, principal arma de campanha da ultradireita fascista comandada por
Jair Bolsonaro.
"Fake
news é um mal, mas precisamos ter um calibre adequado na aplicação dos
dispositivos [contra elas]", afirmou.
O
ministro ainda ressaltou que nem sempre é possível definir o que é
"verdade" que, assim como a "desinformação", segundo ele, é
um "conceito aberto".
"O
conceito de verdade precisamos ter cuidado, por que quem diz exatamente o que é
verdade?", indagou.
Fonte:
Fórum
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