O que
podemos fazer para ajudar o meio ambiente?
Entender o
que podemos fazer para ajudar o meio ambiente, com suas limitações, é uma
postura que pode ser adotada tanto por empresas, governos e organizações quanto
por pessoas, em várias situações. Contribuir para preservar o meio ambiente
pode ser mais fácil do que você imagina. Entenda:
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1. Alimentação
Todo
alimento, antes de ser consumido, percorreu um longo caminho e, dependendo de
sua origem, causou mais ou menos impactos socioambientais. Mas como ajudar
o meio
ambiente por meio da alimentação?
Para
isso, reduza o máximo possível de produtos de origem animal como carne, ovos
e leite; dê prioridade a alimentos de origem vegetal produzidos
localmente e de modo orgânico; e com desperdício zero. Além disso, se você
tiver uma composteira, alguns alimentos podem ser utilizados para o processo
de compostagem!
Dessa
forma, seja na hora de escolher almoçar na segunda-feira, ou planejar o
cardápio de reunião da empresa, que tal levar esses aspectos em consideração?
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2. Certificação B
Uma
empresa B é aquela que possui certificação B. Essa categoria de empreendimentos
visa como modelo de negócios o desenvolvimento social e ambiental. O sistema B
é um movimento que pretende disseminar um desenvolvimento
sustentável e equitativo por meio da certificação
de empresas no âmbito global.
Toda
empresa do sistema B possui como objetivo solucionar problemas socioambientais.
Dessa forma, por que não aderir à certificação B (se você tiver um empresa) e
incentivar empreendimentos com sistema B?
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3. Lixo zero
Para
reduzir o lixo orgânico doméstico é necessário evitar o consumo desnecessário e
o desperdício – e praticar compostagem. Da mesma forma, para ajudar o
planeta e reduzir a quantidade de outros tipos de lixo, como o de
plástico, o primeiro passo é evitar o consumo sempre que possível.
Você
precisa mesmo utilizar canudos de plástico? E copos,
pratos e talheres descartáveis? Uma opção é carregar com você um kit de
alimentação para evitar os descartáveis quando estiver na rua.
Prefira
materiais menos danosos. Ao fazer suas compras, prefira embalagens de
vidro, papel e papelão. Tome
cuidado com algumas embalagens de molho e itens longa vida, que, apesar de
parecerem ser apenas papelão, possuem finas camadas de BOPP, um plástico que dificulta a reciclagem.
Preste
atenção nos rótulos das embalagens e, se não for possível evitar o consumo de
embalagens plásticas, procure embalagens feitas de materiais recicláveis —
lembrando sempre de separar o lixo adequadamente.
Troque
sua escova de dentes de plástico por uma de bambu. Em vez de comprar lâminas de
barbear descartáveis, use um barbeador de metal – o produto é durável, compensa
financeiramente e em bem pouco tempo de uso e você evita o descarte de produtos
feitos por plástico e metal, cuja separação para reciclagem dificilmente
ocorre.
Dê
prioridade aos bioplásticos. Conheça o plástico
verde, o plástico PLA e o plástico de amido. Mas evite alguns biodegradáveis como os plásticos
oxibiodegradáveis, que não chegam a se biodegradar completamente e acabam
provocando danos ambientais. Saiba mais sobre o tema na matéria:
Existem
outros itens muito comuns em nosso dia a dia que causam um grande impacto
ambiental, como é o caso de absorventes e fraldas descartáveis. Mas já
existem soluções para esses produtos, como o coletor
menstrual, o absorvente
de pano, a calcinha
absorvente e os absorventes descartáveis
biodegradáveis.
Para
evitar os descartáveis que costumam vir com os lanches na rua e junk
food, que tal fazer suas compras a granel e cozinhar em casa, evitando a
geração de tanto lixo? De quebra, sua saúde também agradece.
Procure
lojas em que seja possível levar seus próprios recipientes e saquinhos de pano para comprar
grãos e frutas secas, por exemplo. Tome cuidado também na hora de comprar seus
utensílios domésticos, preferindo produtos de vidro ou metal aos itens de
plástico, que podem liberar bisfenol e outros disruptores endócrinos na
sua comida durante o preparo e/ou armazenamento e depois ir parar no meio
ambiente.
Se
você não puder cozinhar, opte por um restaurante com comida de verdade, servida
em pratos de louças, talheres de aço e copos de vidro.
Para
os lanches rápidos, leve seus próprios utensílios duráveis. Na hora de embalar
sua comida, evite também o filme plástico e os saquinhos
de plástico, que podem ser substituídos por sacos
de pano para pão, potes reutilizáveis ou opções como uma
cobertura semelhante ao filme plástico, mas reutilizável e feita de cera de
carnaúba.
Zere
o consumo de cosméticos com esfoliantes sintéticos, pratique upcycle, troque a esponja de louça
de poliuretano pela bucha vegetal,
pratique plogging e, se
não for possível evitar o consumo ou reutilizar, jogue o lixo de modo
consciente, praticando a reciclagem. Confira no mecanismo de busca do Portal
eCycle quais são os postos de coleta mais
próximos de você.
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4. Lar e empresa
Com
a urbanização das cidades, cada vez mais, a população se adensou em
condomínios, sejam verticais (prédios) ou horizontais. Isso faz parecer mais
difícil morar ou trabalhar em um lugar em que seja possível viver e ajudar
o meio ambiente. Mas é possível realizar algumas mudanças no local onde você já
vive.
Crie
abelhas sem ferrão; reutilize água com cisternas; compartilhe espaços e bens;
capte água da chuva e pratique a economia de água; economize no consumo de
energia elétrica; pratique compostagem e implemente a coleta seletiva no
condomínio ou na empresa. Essas são algumas práticas possíveis de serem
implementadas, seja dentro da sua casa, empresa ou no condomínio como um todo;
nesse último caso, depois de uma conversa com o síndico e os outros
moradores.
Se
você vive em uma casa térrea, também é possível transformá-la em um lar capaz
de ajudar na preservação do meio ambiente. Você já pensou em ter uma
composteira, cisternas e painéis solares? E que tal plantar o alimento das
abelhas (manjericão, goiaba, orégano, girassol, hortelã e alecrim) e criar
abelhas sem ferrão?
Quando
um móvel quebrar, que tal consertar ou reutilizar algo que seria descartado
para uma nova função? Os paletes são exemplos de upcycle para
a mobília que estão bastante na moda. Com o tempo, quem sabe você não estará
até usando banheiro
seco e praticando peecycling?
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5. Slow fashion
“Slow
fashion” é um termo em inglês que significa “moda lenta”. Ele surgiu como
uma contraposição ao fast fashion –
sistema de produção de moda atual que prioriza a fabricação em massa, a
globalização, o apelo visual, o novo, a dependência, a ocultação dos impactos
ambientais do ciclo de vida do produto e o
custo baseado em mão de obra e materiais baratos sem levar em conta aspectos
sociais da produção.
Um
dos meios de ajudar o meio ambiente é adotando o slow fashion, pois
esse movimento preza pela diversidade; prioriza o local em relação ao global;
promove a consciência socioambiental; contribui para a confiança entre
produtores e consumidores; pratica preços reais que incorporam custos sociais e
ecológicos; contribui para a preservação de recursos naturais; e mantém sua
produção entre pequena e média escalas.
Existem
várias formas de aderir ao slow fashion que vão da adoção do
hábito de remendar roupas; valorizar trabalhadores e culturas locais; optar por
peças que não saem de moda; consumir de brechós; apoiar pequenas cooperativas e
costureiras; a dar preferência a fibras têxteis com impacto reduzido, como
o algodão
orgânico.
Em
geral, adotar métodos sustentáveis para lidar com as roupas que você consome e
descarta já é de ampla ajuda ao meio ambiente. Além de adotar o slow
fashion, tente também cuidar das peças que você já tem — minimize o uso da
máquina de lavar, que além de consumir muita água, também contribui para a
poluição .
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6. Cosméticos e saúde
Qualquer
tipo de consumo pode trazer prejuízos para o meio ambiente, incluindo o
consumo de produtos cosméticos e medicamentos. Você já parou para pensar que o
autocuidado é uma forma de prevenir doenças e evitar o consumo de remédios,
muitas vezes testados em animais de modo cruel e que, após o consumo, ainda
causarão impactos, como a geração de resíduos e superbactérias? Isso
ocorre principalmente
se forem descartados de modo incorreto.
O
autocuidado pode ser praticado por meio da redução no uso de cosméticos,
produtos de limpeza e hábitos nocivos. Além de fazer bem para você,
pode ajudar o meio ambiente. Mas quando não for possível prevenir uma
doença e for necessário o uso de medicamentos, lembre-se de fazer o descarte
correto.
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7. Transporte
Já
se sabe que reduzir o consumo de carne vermelha é mais efetivo contra os
gases do efeito estufa do que parar de andar de carro. Entretanto, quando uma prática (reduzir o consumo de carne
vermelha) se une a outra (deixar de andar de carro), os benefícios aumentam.
A
poluição do ar é responsável por danos significativos e muitas vezes
irreversíveis, incluindo danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ela é
responsável, por exemplo, por um em cada sete novos casos de diabetes. Então por que não incluir mais caminhadas no seu dia a dia? Ou
até mesmo usar mais transporte público, bicicleta, patins, skate e patinete?
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8. Viva no modo consciente
Tudo
o que você consome é realmente necessário? Toda vez que for comprar algo,
repense se vale a pena e o que você financia quanto adquire determinado produto
ou serviço.
Ele
usou trabalho análogo a escravidão? Desvalorizou os trabalhadores da cadeia de
produção? Incluiu crueldade animal? Desmatou?
Algum
item do produto gera resíduos industriais que poluem o ambiente de modo
significativo? A empresa que lucra com a venda do produto se preocupa em
oferecer logística reversa? A empresa da qual você consome pratica obsolescência
programada? Quanto menos consumo, menor a pegada ambiental.
O
consumo consciente é uma premissa para uma atitude eco-friendly.
Além disso, é fundamental estender essa ideia para o coletivo, de modo que a
cultura de ajudar o meio ambiente se institucionalize e seja uma
prática acessível a todos, e não um nicho de mercado de poucos indivíduos.
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9. Seja um ativista ambiental
Um ativista
ambiental é uma pessoa que se identifica com a
luta pela proteção do meio ambiente e das pessoas e animais que ali vivem. O
ativista ambiental pode atuar em redes de interações informais que não têm
afiliação organizacional, bem como em organizações de graus variados de
formalidade que estão envolvidas em ações coletivas motivadas por identidade
compartilhada de preocupação com questões socioambientais.
Para ajudar
o meio ambiente, atue em rede e de forma engajada em ações coletivas a fim de
promover mudanças que afetem as qualidades socioambientais de determinado
evento, lugar, ideia, objeto ou cenário político.
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10. Não compre animais silvestres, e
denuncie quem o faz
O tráfico
de animais é a terceira maior atividade ilegal
do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Ele consiste no
ato de retirar animais silvestres de seus habitats naturais e comercializá-los
ilegalmente. Além de causar maus tratos, essa prática é considerada um grande
risco à biodiversidade e ao equilíbrio ecológico dos ecossistemas.
No
Brasil, o controle e a fiscalização de animais silvestres é feito pelo IBAMA e
pela Polícia Militar Ambiental. Ao identificar uma situação irregular
relacionada a animais silvestres, é possível fazer a denúncia – que pode ser
anônima ou não. Ela pode ser feita das seguintes maneiras:
- Em caso de suspeita de tráfico de animais, entre em contato
com a Linha Verde do IBAMA (0800 61 8080), passe as informações e solicite
auxílio sobre as atitudes que podem ser tomadas;
- Caso você presencie o tráfico de animais, registre o máximo
de informações possíveis, como local da ação, placa dos veículos
envolvidos, características das pessoas que estão comprando e vendendo,
quais animais, dentre outras informações;
- Caso seja avistado algum animal silvestre perdido ou
correndo riscos, entre em contato com os órgãos competentes para que o
resgate e captura sejam feitos da maneira correta. É importante nunca
tentar resgatar o animal sozinho.
Fonte:
eCycle
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