ORCRIM
BOLSONARISTA: celulares de Wassef preocupam Bolsonaro em fase final da
investigação
O
conteúdo analisado pela Polícia Federal (PF) nos aparelhos celulares do
advogado Frederick Wassef preocupam a defesa de Jair Bolsonaro (PL) na reta
final das investigações sobre o furto de joias que pertencem à União para serem
vendidas nos EUA.
A
conclusão do inquérito estava prevista para este mês, mas só deve ser concluída
em agosto devido à descoberta de novas informações relevantes no celular de
Wassef, segundo Camila Bonfim, da GloboNews.
Investigadores
teriam dito que as novas conversas e dados corroboram outros achados da
investigação, oferecendo mais subsídios para indiciamento de Bolsonaro e
Wassef. Além dos dois, outro advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten também
deve ser indiciado.
• Recompra do Rolex
Wassef
atuou juntamente com o tenente coronel Mauro Cid na recompra do kit de joias
contendo um anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) e o relógio da
marca Rolex nos EUA.
Alertado
por Fabio Wajngarten, ex-Secretário de Comunicação da Presidência e também
assessor de Bolsonaro, de que o TCU pediria as peças, Cid entrou em contato com
Wassef para encomendar a missão de recompra do Rolex. Wassef embarcou para os
EUA em 11 de março rumo a Fort Lauderdale, na Flórida, e voltou ao Brasil no
dia 29 de março, já com o relógio recomprado.
O
nome de Wassef aparece nos recibos de recompra do relógio Rolex de ouro branco
cravejado de diamantes que havia sido vendido pela Organização Criminosa de
Bolsonaro na loja Precision Watches, da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Após
a descoberta, a PF apreendeu quatro celulares de Wassef em uma operação em uma
churrascaria localizada dentro de um shopping na zona sul de São Paulo. Na
ocasião, agentes que investigam sua participação no escândalo de desvios e
revenda de joias da União apreenderam os aparelhos e revistaram seu veículo,
que estava irregularmente estacionado em uma vaga para pessoas com deficiência.
Um
desses aparelhos, inclusive, era usado exclusivamente para que Wassef se
comunicasse diretamente com Bolsonaro.
• Ofensiva
Mesmo
com o provável indiciamento pela Polícia Federal, Jair Bolsonaro já teria
avisado interlocutores que pretende manter sua agenda costurando candidaturas a
prefeitos pelo Brasil.
Ele
estará no Rio no início de julho em um ato ao lado de Alexandre Ramagem,
investigado pela PF como mentor da Abin Paralela e pré-candidato à prefeitura
do Rio.
Segundo
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, o objetivo da sigla é conquistar ao
menos 1 mil prefeituras pelo país nas eleições de outubro.
• Carlos Bolsonaro será indiciado pela
PF por espionagem ilegal, diz emissora
Carlos
Bolsonaro deve ser indiciado pela Polícia Federal no caso da 'Abin paralela',
afirma a jornalista Tainá Falcão da CNN Brasil. Segundo a jornalista, o órgão
já está preparando o inquérito, que deve ser entregue até agosto deste ano.
O
vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é apontado
como peça-chave no esquema que espionava diversos cidadãos brasileiros e
possíveis inimigos políticos do regime bolsonarista.
Alexandre
Ramagem (PL-RJ) também deve ser indiciado no caso, mas a expectativa é que os
casos sejam tratados com cautela para evitar impactos nas eleições municipais
deste ano.
<><>
Carlos Bolsonaro e a "Abin paralela"
Em
janeiro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi alvo de operações de
busca e apreensão da Polícia Federal que recolheram 3 notebooks, 11
computadores e 4 celulares em endereços ligados a ele.
De
acordo com a investigação, ele seria integrante do chamado “núcleo político” da
organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
para praticar espionagem ilegal de cidadãos brasileiros.
Diversas
figuras teriam sido espionadas, como Camilo Santana, Otto Alencar, Omar Aziz,
Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues, Rogério Carvalho, Humberto Costa, João
Dória, Luis Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Roberto
Bertholdo e Rodrigo Maia.
Aliados
de Bolsonaro, como os generais Heleno e Santos Cruz, além de outras figuras
públicas do bolsonarismo, como Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação,
também estariam entre os espionados.
Além
de Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, o general Augusto Heleno também foi
investigado no âmbito da operação sobre a Abin Paralela e teve de prestar
inquérito por ser o superior do Gabinete de Segurança Institucional, órgão que
abrigava a agência.
• Gilmar Mendes descarta anistia a
golpistas e alívio para Bolsonaro
O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), descarta a
possibilidade de ser concedida uma anistia aos condenados pelos atos golpistas
de 8 de janeiro de 2023 e também não acredita que o ex-presidente Jair
Bolsonaro consiga reverter sua inelegibilidade.
Em
entrevista à CNN de Portugal, nesta segunda-feira (24), Mendes disse que
"não há clima" no Brasil para que isso ocorra e, sobre a situação de
Bolsonaro especificamente, relembrou que o STF dificilmente reforma decisões do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corte que tornou o ex-presidente inelegível.
"Não
acredito que haja clima no Brasil para um debate sobre anistia diante da
gravidade dos fatos que ocorreram", declarou o ministro do STF.
Com
relação à inelegibilidade de Bolsonaro, o magistrado afirmou que acha
"muito difícil" a situação ser revertida. "Acho muito difícil.
Vamos aguardar a deliberação do tribunal, mas tudo tende a manter a decisão que
já foi tomada, essa tem sido a rotina em casos semelhantes", pontuou.
Gilmar
Mendes está em Portugal para o encontro do Fórum Jurídico do Instituto de
Direito Público (IDP), instituição que preside e que reunirá outros ministros
do STF, ministros do governo Lula, parlamentares e outras autoridades.
<><>
Bolsonarista radical vai relatar anistia para golpistas na Câmara
A
bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara, escolheu nesta quarta-feira (5) o também bolsonarista
Rodrigo Valadares (União-SE) para ser o relator do projeto que visa anistiar
presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Apoiador
radical de Jair Bolsonaro, já tendo participado de atos públicos de apoio ao
ex-presidente, Valadares também é autor de uma Proposta de Emenda à
Constituição que ficou conhecida como "PEC da Blindagem", pois exige
que medidas judiciais contra parlamentares tenham aprovação da Mesa Diretora da
Câmara ou do Senado.
O
deputado foi nomeado como relator do projeto para anistiar golpistas após a
deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) ter deixado a CCJ. Ela relataria a proposta,
mas não foi indicada pelo PSOL para seguir na comissão.
Ao
escolher Valadares para o posto, Caroline de Toni afirmou que seguiu
"critérios técnicos".
"É
uma pessoa formada em direito, que tem noção do processo penal e do devido
processo legal. E também teve contato com inúmeros casos concretos",
declarou a parlamentar.
Carol
de Toni já adiantou que pretende beneficiar Jair Bolsonaro com o projeto e
incluí-lo entre os anistiados. O ex-presidente é investigado pela Polícia
Federal (PF), no âmbito de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), como
autor intelectual do movimento golpista que culminou nos atos depredatórios às
sedes dos Três Poderes.
• Choro, cela e oração: como foi a
visita de senadores a ex-chefe da PRF
Ex-chefe
da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo Bolsonaro, Silvinei Vasques
recebeu a visita dos senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Izalci Lucas
(PL-DF) na manhã desta terça-feira (25/6) na Papuda, em Brasília, onde ele está
preso preventivamente desde agosto de 2023.
Autorizada
pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na semana passada, a visita durou
cerca de uma hora e meia. Silvinei conversou com os senadores em um auditório
reservado pela direção do presídio. Durante todo o tempo, o ex-chefe da PRF
esteve acompanhado de policiais penais.
Na
conversa, segundo apurou a coluna, Silvinei fez um relato sobre sua rotina no
presídio e sobre sua saúde. O ex-policial contou, por exemplo, estar com um
problema na próstata. Ele também relatou que passa horas do dia estudando para
o exame da OAB na biblioteca da Papuda.
O
ex-chefe da PRF também fez um relato aos senadores sobre sua estratégia de
defesa junto ao Supremo Tribunal Federal. Segundo apurou a coluna, ele contou
aos parlamentares que costuma escrever, de dentro do presídio, alguns dos
memoriais apresentados por seus advogados à Justiça.
Silvinei
ainda agradeceu às manifestações em sua defesa feitas por Damares e Izalci na
já encerrada CPI mista do 8 de Janeiro no Congresso Nacional. De acordo com
relatos, o ex-policial chegou a chorar quando abraçou a senadora, que encerrou
o encontro fazendo uma oração.
Além
da conversa no auditório, Damares e Izalci visitaram a cela onde o ex-chefe da
PRF está preso. A vistoria ocorreu durante o banho de sol dos presos. Silvinei
divide a cela com outros dois homens. Eles estão em uma ala destinada a
ex-policiais que cometeram delitos.
Estado
emocional do ex-chefe da PRF
Após
o encontro, os senadores disseram a interlocutores terem se surpreendido
positivamente com o estado emocional de Silvinei. “Fiscamente ele está abatido,
mas emocionalmente ele está mais forte que eu imaginava”, afirmou um dos
parlamentares a aliados.
Silvinei
está preso sob a suspeita de usar o cargo de comandante da PRF para planejar
blitze, no segundo turno das eleições presidenciais de 2023, com o objetivo de
prejudicar o trânsito de eleitores no Nordeste, região que historicamente
costuma dar mais votos a Lula.
Fonte:
Fórum/Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário