Ucrânia deixa de cumprir convenções em
matéria de direitos humanos
A Ucrânia revisou os
parâmetros de derrogação das suas obrigações ao abrigo da Convenção Europeia
dos Direitos do Homem e do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e
Políticos durante a lei marcial.
Kiev apresentou por
escrito um pedido de revisão ao Conselho da Europa no início de abril, mas a
mídia apenas agora prestou atenção ao fato.
"Em conexão com a
introdução da lei marcial na Ucrânia, os direitos e liberdades constitucionais
do Homem e do Cidadão previstos nos artigos 30-34, 38, 39, 41-44, 53 da
Constituição da Ucrânia podem ser temporariamente restritos pelo período da lei
marcial", aponta o comunicado.
Desta forma,
aplicam-se restrições aos artigos da Constituição ucraniana sobre a
inviolabilidade da habitação, o sigilo da correspondência, a não interferência
na vida privada e familiar, a liberdade de circulação, o direito à liberdade de
pensamento e de expressão, o direito de participar na gestão dos assuntos
públicos, de livremente eleger e ser eleito, entre outros.
As medidas aplicadas
na Ucrânia durante a lei marcial podem ser consideradas uma derrogação da
Convenção sobre a Proteção dos Direitos do Homem e do Pacto sobre os Direitos
Civis e Políticos. Estes incluem: expropriação de propriedade para as
necessidades do Estado, toque de recolher, regime especial de entrada e saída
do país, buscas, proibição de reuniões e manifestações, proibição ou restrição
de escolha de residência.
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Pacote de ajuda à
Ucrânia de Washington 'abre porta para a destruição da nação', diz instituto
O novo pacote de ajuda
à Ucrânia é um convite para o desastre, resultando tanto em desperdício de
dinheiro e, ainda mais preocupante, em desperdício de vidas ucranianas, de
acordo com George Beebe, colaborador do Quincy Institute for Responsible
Statecraft e ex-analista da CIA.
O pacote de ajuda de
US$ 61 bilhões (cerca de de R$300 bilhões) poderia sustentar as esperanças de
Kiev por mais alguns meses, mas não pode ajudar a Ucrânia a evitar a derrota,
argumentou George Beebe, ex-chefe de análise da Rússia na CIA, em seu mais recente
artigo de opinião.
O analista apontou que
do total anunciado, apenas US$ 14 bilhões serão gastos na aquisição de armas
para a Ucrânia, enquanto US$ 8 bilhões em apoio financeiro serão usados para
manter o governo ucraniano à tona.
No entanto, a maioria
do pacote será destinada ao reabastecimento dos estoques militares esgotados
dos EUA, "o que levará anos para ser concluído", e para financiar as
operações mais amplas dos EUA na região.
"O pacote não vai
fechar a enorme lacuna entre a produção de artilharia, bombas e mísseis da
Rússia e a da Ucrânia e de seus apoiadores ocidentais, porque o Ocidente
simplesmente não possui capacidade de fabricação para atender às enormes
necessidades da Ucrânia, e isso será o caso por muitos anos", escreveu
Beebe, acrescentando que os EUA têm falta de mecânicos e outros funcionários
qualificados para novas fábricas.
Os países ocidentais
aumentaram o seu apoio militar à Ucrânia depois que a Rússia lançou a sua
operação militar especial em 24 de fevereiro de 2022.
Desde então, milhares
de mercenários de mais de 60 países chegaram à Ucrânia, disse o Ministério da
Defesa russo em janeiro de 2024.
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Polônia deveria
colocar minas terrestres na fronteira com a Rússia, diz general
O ex-vice-ministro da
Defesa da Polônia, general Waldemar Skrzypczak, afirmou que é necessário
colocar campos minados e construir fortificações na fronteira da Polônia com a
Rússia, em Kaliningrado, e com Belarus.
"A experiência na
Ucrânia mostra que o conhecimento de como construir fortificações, posições
defensivas, campos minados para deter o inimigo é novamente relevante",
afirmou o general em entrevista ao portal Delfi.
"Acredito que as
fronteiras da Polônia e da Lituânia com a Rússia precisam de ser reforçadas com
camadas de campos minados agora, em tempos de paz. Em tempos de guerra, pode
ser tarde demais para construir fortificações nas zonas fronteiriças."
Ao mesmo tempo, o
general polonês enfatizou de que "não há ameaça de uma guerra em grande
escala na Europa". "No entanto, precisamos de nos preparar, criar uma
força armada composta por soldados bem armados e motivados. Se formos fortes, nenhuma
guerra irá eclodir", disse ele.
A Polônia tem se
utilizado de um discurso russofóbico para incrementar seus gastos em Defesa.
Recentemente, o presidente polonês, Andrzej Duda, afirmou que está aberto a
receber armas nucleares da OTAN.
O presidente russo,
Vladimir Putin, em entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, explicou
detalhadamente que Moscou não vai atacar os países da OTAN, e que isso não faz
sentido.
O líder russo observou
que os políticos ocidentais intimidam regularmente as suas populações com uma
ameaça russa imaginária, a fim de desviar a atenção dos problemas internos, mas
"pessoas inteligentes compreendem perfeitamente que isto é uma farsa".
Putin acrescentou que
os países ocidentais começaram a compreender que a derrota estratégica da
Rússia no conflito com a Ucrânia é impossível, por isso devem pensar nos seus
próximos passos, enquanto a Federação da Rússia está pronta para o diálogo.
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Coreia do Norte
critica política 'mesquinha' dos EUA de oferecer mísseis de longo alcance à
Ucrânia
Pyongyang vê de forma
muito negativa o fornecimento de mísseis ATACMS a Kiev, e disse estar certa de
que o "heroico Exército e o povo russo" repelirão "qualquer
armamento ou apoio militar de última geração".
A Coreia do Norte
condenou na segunda-feira (29) os Estados Unidos por enviarem mísseis táticos
de longo alcance ATACMS à Ucrânia para serem usados contra a Rússia, escreve a
agência norte-coreana KCNA.
A Casa Branca
confirmou na semana anterior que os EUA enviaram um número
"significativo" de projéteis do seu sistema de mísseis táticos do
Exército (ATACMS, na sigla em inglês) para a Ucrânia para uso contra as forças
da Rússia.
Em resposta, um membro
do departamento de assuntos militares estrangeiros do Ministério da Defesa da
Coreia do Norte indicou que Washington, um "assediador" da paz, não
pode mudar a maré da guerra com essa política "mesquinha".
"Os mísseis de
longo alcance oferecidos pelos EUA nunca farão a balança pender a favor da
Ucrânia no campo de batalha, apenas vão alimentar a imprudente histeria de
confronto da clique fantoche do [presidente ucraniano Vladimir] Zelensky",
disse ele.
Segundo o funcionário,
os EUA tentam usar esses mísseis de longo alcance contra a Rússia em uma
tentativa inútil de inclinar a balança da guerra.
"Os EUA nunca
poderão derrotar o heroico Exército e o povo russo com qualquer armamento ou
apoio militar de última geração."
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Guarda-chuva antiaéreo
sobre a Ucrânia está ficando cada vez mais desgastado, diz general polonês
O ex-vice-ministro da
Defesa da Polônia, general Waldemar Skrzypczak, declarou que "o
guarda-chuva antiaéreo sobre a Ucrânia" está se tornando "cada vez
mais desgastado".
"O problema com a
falta de mísseis para sistemas de defesa antiaérea dos ucranianos consiste
naquilo que o guarda-chuva antiaéreo sobre a Ucrânia, que era muito eficaz até
recentemente, está ficando cada vez mais desgastado. Como resultado, a defesa
antiaérea ucraniana não é capaz de derrubar todos os mísseis inimigos,
aeronaves e todos os drones inimigos", disse o general polonês em uma
entrevista ao portal Delfi.
Recentemente, o jornal
Financial Times observou que os aliados da União Europeia (UE) e da OTAN estão
pressionando fortemente a Grécia e a Espanha para fornecer à Ucrânia sistemas
de defesa aérea. Neste mês, Kiev solicitou sete sistemas adicionais de defesa
aérea Patriot. Entretanto, apenas a Alemanha anunciou o fornecimento de um
sistema.
Por sua vez, Moscou
afirmou repetidamente que a assistência militar ocidental não augura nada de
bom para a Ucrânia e apenas prolonga o conflito, e que qualquer carregamento de
armas se torna um alvo legítimo para o Exército russo.
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Exército ucraniano
retira tanques Abrams do front devido a expectativas muito altas, diz mídia
As Forças Armadas
ucranianas estão se recusando a usar tanques Abrams fabricados nos EUA devido
às expectativas superestimadas, de acordo com o jornalista Christoph Wanner na
publicação do canal Die Welt no YouTube.
De acordo com o
jornalista Christoph Wanner as forças de Kiev estão se recusando a usar tanques
Abrams fabricados nos EUA no front. No final de setembro de 2023, a Casa Branca
confirmou que os tanques Abrams tinham começado a chegar à Ucrânia. No total, a
administração Biden prometeu dar a Kiev 31 tanques.
"Provavelmente
eles não trouxeram o que se esperava deles, então agora estão abandonando
temporariamente os tanques Abrams ainda intactos", disse o jornalista,
comentando a retirada dos tanques Abrams da Ucrânia da linha de frente.
Wanner observou que o
uso dos tanques é complicado pelos drones com visão em primeira pessoa (FPV, na
sigla em inglês) e kamikaze operados pelas Forças Armadas russas.
O equipamento militar
norte-americano e europeu foi inicialmente aclamado como
"wunderwaffe" (arma milagrosa, em alemão), que mudaria a maré de
Kiev. No entanto, estas expectativas enfrentaram uma dura realidade: drones
russos baratos podem facilmente transformar caros tanques ocidentais em sucata.
"Não podemos
viver em um mundo onde drones que custam alguns milhares de dólares tenham
liberdade para atacar tanques de US$ 10 milhões [cerca de R$ 51,1 milhões] onde
são mais vulneráveis: de cima", lamentou recentemente o jornal britânico
The Telegraph.
O Ministério da Defesa
da Rússia informou que cinco tanques Abrams já foram dizimados. Anteriormente,
o meio de comunicação norte-americano The National Interest admitiu que a
Ucrânia é uma "lixeira" de armas do lixo ocidental. O fato de os tanques
Abrams terem sido retirados do campo de batalha indica que os soldados
ucranianos são considerados ainda mais dispensáveis do que o armamento
ultrapassado.
Em fevereiro, a mídia
ucraniana informou que as Forças Armadas ucranianas usavam Abrams há mais de um
mês na área de Avdeevka, de onde mais tarde se retiraram. Em 6 de março, o
comandante de uma unidade militar russa disse à Sputnik que as forças russas destruíram
pela primeira vez um Abrams fabricado nos EUA na área de Avdeevka durante uma
batalha de tanques.
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Ex-funcionário da NSA
pega 22 anos de prisão por suposta tentativa de enviar informações à Rússia
Jareh Sebastian Dalke,
ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), de
32 anos, foi condenado por um tribunal dos Estados Unidos a quase 22 anos de
prisão por tentativa de transferir informações confidenciais para a Rússia.
As informações foram
divulgadas à imprensa nesta segunda-feira (29) por meio de um comunicado feito
pelo Departamento de Justiça americano.
Segundo o documento,
ele era da cidade de Colorado Springs e foi condenado a 262 meses de prisão por
"tentativa de espionagem em conexão com seus esforços para transmitir
informações confidenciais da Defesa Nacional a um agente da Federação da Rússia".
Em outubro de 2023,
ele se declarou culpado de seis acusações de tentativa de transmissão de
informações confidenciais a um agente estrangeiro.
Dalke trabalhou para a
NSA como designer de segurança de sistemas de informação entre junho e julho de
2022, de acordo com o comunicado.
Entre agosto e
setembro de 2022, ele usou trechos de três documentos confidenciais para uma
pessoa que ele acreditava ser um agente russo, conforme as investigações. No
entanto, a pessoa era um agente disfarçado do Departamento Federal de
Investigação (FBI, na sigla em inglês), a polícia federal estadunidense.
Dalke solicitou US$ 85
mil (cerca de R$ 435 mil) por mais informações que poderiam ser valiosas para a
Rússia, declarou a Justiça americana.
O FBI prendeu Dalke
depois de ele transferir informações ultrassecretas como parte da operação
policial. Até o momento, o governo da Rússia não comentou o caso.
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Oposição da França
critica Macron após suas palavras sobre as armas nucleares do país
Membros de vários
partidos atacaram as declarações do presidente francês, que defendeu o
compartilhamento das armas nucleares francesas com a União Europeia.
A oposição francesa
criticou o presidente do país por suas palavras sobre o possível uso de armas
nucleares francesas para defender a UE.
Recentemente, durante
um discurso em Sorbonne sobre o futuro da Europa, Emmanuel Macron afirmou que a
UE precisa de uma estratégia de defesa comum e que as armas nucleares francesas
podem ser um componente fundamental. Segundo ele, tal proporcionaria as garantias
de segurança que a Europa espera, e também permitiria ter relações de
vizinhança com a Rússia.
No entanto, suas
declarações foram criticadas por todos os partidos políticos.
"Não é apropriado
que o chefe de Estado diga tais coisas. Macron diz que quer iniciar discussões
sobre o compartilhamento de armas nucleares com os países europeus. Isso é
extremamente sério porque toca na questão da soberania francesa", disse no
domingo (28) François-Xavier Bellamy, líder da lista do Partido Republicano
para as eleições do Parlamento Europeu, ao canal francês CNews.
Thierry Mariani, um
eurodeputado do partido Reagrupamento Nacional (Rassemblement National, em
francês) de Marine Le Pen, afirmou no domingo (28) que Macron se tornou uma
"ameaça à nação".
"As armas
nucleares serão seguidas pelo lugar da França como membro permanente do
Conselho de Segurança da ONU, que também será dado à União Europeia [...]
Macron está se tornando uma ameaça à nação!", escreveu o político na rede
social X.
Enquanto isso, o
partido de esquerda França Insubmissa (LFI, na sigla em francês) apontou que
"o chefe de Estado desferiu outro golpe na credibilidade das armas
nucleares francesas. Ele está juntando tudo em uma única pilha. Compartilhar
armas nucleares? Perder nossa soberania? Essa decisão não pertence ao
presidente, mas ao povo".
Mathilde Panot, líder
da facção do LFI na Assembleia Nacional francesa, referiu na rádio RTL que ela
"não acredita em um guarda-chuva nuclear comum da UE".
"Não recorreremos
ao uso de armas nucleares por causa de outro país", disse ela, chamando as
propostas de Macron de loucura e irresponsabilidade, pois aumentam o risco de
guerra nuclear na Europa.
Bastien Lachaud,
deputado do LFI, também notou no X que Macron "quer abandonar a doutrina
de dissuasão nuclear francesa".
Por sua vez, Florian
Philippot, o chefe do partido Os Patriotas, chamou Macron de
"traidor" no X, lembrando no domingo (28) as palavras do general
Charles de Gaulle, que foi presidente da França entre 1944 e 1946, bem como
entre 1959 e 1969.
De Gaulle argumentou
em 1959: "A defesa da França deve ser francesa, [...] é essencial que a
defesa seja nossa, que a França se defenda, por si e à sua maneira. Se fosse de
outra forma, se se admitisse durante muito tempo que a defesa da França deixou
de estar no quadro nacional e que se confundiu, ou se fundiu com outra coisa,
não seria possível mantermos um Estado no nosso país."
Fonte: Sputnik Brasil
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