quarta-feira, 29 de maio de 2024

Os maiores salários recebidos por oficiais generais no Brasil, surpreenda-se: entre os 1% mais ricos e poderosos

As dúvidas acerca do salário dos militares nos últimos postos das carreiras nas três Forças Armadas ainda são muitas. Pouca gente na verdade sabe quanto ganha um almirante, um general ou um brigadeiro e o discurso predominante veiculado pela cúpula da Marinha, Exército e Força Aérea diz que o militar recebe um salário baixo comparado com outras profissões no Brasil. Entretanto, consultados, alguns militares explicam que não é bem assim, que somente os salários da base da estrutura hierárquica são baixos se comparados com militares nos mesmos postos e graduações nas polícias militares e corpos de bombeiros.

Os esclarecimentos recebidos deixam claro que na cúpula armada os salários e regalias são atraentes e que dificilmente um oficial general recebe só o salário militar básico, sempre há os chamados penduricalhos e compensações para um general que está na ativa, como o uso de um imóvel funcional em condomínio fechado das Forças Armadas, motoristas particulares e indenizações pelas transferências frequentes.

As vantagens incluem até um adicional de 10% sobre os salários, a título de representação, que permite que os generais façam uma poupança, facilitando a compra de imóveis próprios e possibilitando até investimentos. Quando são transferidos de uma organização militar para outra, o que pode ocorrer a cada dois anos para os generais, os oficiais recebem até quatro salários completos como indenização, o que hoje equivale a cerca de 120 mil reais, sem contar passagens e outras indenizações.

•        Conchavos políticos

Outra questão bastante mencionada são os “conchavos” políticos estabelecidos enquanto ocupam funções no serviço ativo. Comandando grandes contingentes militares e estruturas gigantescas com máquinas e veículos, o oficial general tem possibilidade de movimentar as forças armadas na sua região de forma que as ações lhes rendam capital político e este pode ser utilizado no momento em que for necessário. A indicação para cargos comissionados depois da transferência para a reserva é uma das formas mais frequentes de utilizar o capital político acumulado, quando normalmente passam a ocupar funções executivas em estatais como a IMBEL e EMGEPRON.

 

•        Bate Boca entre Carlos Bolsonaro e oficial general: eu te admirava vs e eu nunca te admirei

O ex-comandante da Força Aérea, Tenente Brigadeiro Baptista Júnior, tem se tornado cada vez mais persona não grata entre aliados de Jair Bolsonaro. O oficial general, que vez por outra protagoniza discussões com apoiadores do ex-presidente, essa semana entrou no ringue do “X” justamente com Carlos Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro reclamou após ter sido bloqueado por Baptista Jíunior. O filho do ex-presidente disse ainda que era um admirador do brigadeiro, mas que agora não nutre mais o mesmo sentimento por conta de elogios do oficial á “propalada direita sensata”. Carlos se referiu a postagem de Baptista Júnior sobre uma entrevista publicado no Estadão onde Luiz Felipe D’Avila, do Novo, fala sobre a necessidade de a direita se unir para retirar o PT do poder..

“Que este movimento cresça ao redor de princípios e valores, pelo nosso futuro como nação. Precisamos nos livrar dos “salvadores da pátria” de todos os matizes políticos.”, disse Batpista Júnior no X, ao mencionar o artigo no Estadão.

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<><> A reclamação de Carlos Bolsonaro

“Apenas expressei minha opinião educada e honesta dizendo que um dia admirei este senhor, e hoje não mais, frente o tal brigadeiro elogiar efusivamente a propalada “direita sensata”, aclamada por Dirceu… e ele me bloqueou. Fico feliz em saber disso, mas não fico frustrado, caro “bota suja”. Apenas aprendendo com a vida para não cometer os mesmo erros. Desejo que seja feliz assim como fico ao ajudar a revelar o que determinados realmente são e eles têm que dormir com a verdade se revirando na caminha do poodle da esposa na varanda. Com todo respeito, pegue suas estrelas e enfie onde mais desejar e sabemos onde é. O povo é quem julga tipos como vocês! Um abraço.”, disse Carlos Bolsonaro

 

•        Pesquisador defende pensões militares, critica reforma da previdência e acusa governo de golpe

Em artigo publicado no site do Clube Militar nesta sexta-feira, 24 de maio, o Perito Criminal e pesquisador Gerhard Erich Boehme defendeu as pensões militares e criticou a postura do governo em relação ao tema.

Segundo Boehme, o governo, apesar de estar plenamente ciente da realidade das pensões militares, opta por não divulgá-la, o que resulta na imagem negativa dos militares perante a população.

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“A população do País ainda enxerga em cada militar um privilegiado, não raro exposto à execração pública“, afirmou.

Boheme demonstrou preocupação com a nova reforma da previdência, temendo que traga mais prejuízos para os militares.

Ele destacou a falta de sindicatos e a impossibilidade de greve como fatores que agravam a situação dos militares. “Não temos sindicatos para defender os nossos interesses e não podemos fazer greves”, ressaltou.

Boehme também fez uma análise histórica sobre as contribuições dos militares para as pensões, lembrando que, desde o início das Forças Armadas no Brasil, os militares contribuíam voluntariamente para um sistema conhecido como Montepio Militar, que visava beneficiar viúvas e filhas.

Em 1960, o governo incorporou os recursos do Montepio ao Tesouro e assumiu o pagamento das pensões, o que, segundo Boehme, foi um excelente negócio para o governo, que obteve uma grande quantia e se comprometeu a pagar prestações ao longo dos anos. Mas um negócio ruim para os militares.

Com a Constituição de 1988, Boehme aponta que houve um novo golpe, quando o governo ofereceu o pagamento integral das pensões, mas aumentou as contribuições dos militares.

Em 2000, as contribuições aumentaram ainda mais, e os militares passaram a ser os únicos funcionários federais a continuar contribuindo na inatividade.

O professor criticou a imagem de privilégio associada aos militares e destacou que, em muitos países, as aposentadorias militares são diferenciadas.

Ele exemplificou que, após mais de 50 anos de contribuição, um militar deixa uma pensão muito inferior ao valor que teria se o antigo sistema de 20 vezes a contribuição ainda estivesse em vigor.

Boehme, por fim, acusou o governo de irresponsabilidade fiscal, alegando que recorre a sucessivos golpes contra os militares para resolver problemas financeiros.

“Desse rápido estudo fica claro que o Governo, para resolver seus problemas de caixa, aplica seguidos golpes em cima dos militares”, concluiu.

 

•        Precisamos muito das Forças Armadas, ainda que muitos brasileiros relutem em admitir

Talvez o maior legado dos militares para o Brasil seja a defesa da Pátria, ou a garantia da soberania nacional, da liberdade do nosso povo para sermos uma nação livre, ainda que, de forma pouco visível e reconhecida pelo brasileiro. Mas o fato do Brasil ser o maior país da América Latina com uma imensa faixa de fronteira terrestre, marítima e com um espaço aéreo de quase 23 milhões de km².

Sendo ainda o país mais rico do continente, o Brasil necessita da garantia de defesa militar bélica conforme o previsto no Art. 142 da nossa Constituição Federal.

Estar preparado para a guerra em tempos de paz é um exercício diário de homens e mulheres que optam por seguir a carreira militar. E talvez ser militar seja desistir de ser um cidadão brasileiro com todos os seus direitos plenos, o militar não pode se filiar em partido político, não pode fazer greve e nem se sindicalizar.

•        Delegada contesta posição do Exército sobre as mulheres: argumentos baseados unicamente na fisiologia

O debate sobre a participação de mulheres em funções militares combatentes tem sido acalorado, especialmente diante da posição defendida pelo Exército brasileiro em proibir tal atuação, citando diferenças fisiológicas como principal justificativa. No entanto, essa perspectiva tem sido desafiada por exemplos de outros exércitos ao redor do mundo.

O Exército brasileiro sustenta que as diferenças fisiológicas entre homens e mulheres impactam negativamente o desempenho em combate, sobretudo em áreas como Cavalaria, Infantaria, Artilharia e Engenharia, que demandam habilidades específicas como manejo de armas, operação de blindados e construção de pontes improvisadas. No entanto, tais argumentos são frágeis diante da crescente tecnologização da guerra, que reduz a dependência do esforço físico.

 

Fonte: Revista Sociedade Militar

 

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