Os maiores salários recebidos por oficiais
generais no Brasil, surpreenda-se: entre os 1% mais ricos e poderosos
As dúvidas acerca do
salário dos militares nos últimos postos das carreiras nas três Forças Armadas
ainda são muitas. Pouca gente na verdade sabe quanto ganha um almirante, um
general ou um brigadeiro e o discurso predominante veiculado pela cúpula da Marinha,
Exército e Força Aérea diz que o militar recebe um salário baixo comparado com
outras profissões no Brasil. Entretanto, consultados, alguns militares explicam
que não é bem assim, que somente os salários da base da estrutura hierárquica
são baixos se comparados com militares nos mesmos postos e graduações nas
polícias militares e corpos de bombeiros.
Os esclarecimentos
recebidos deixam claro que na cúpula armada os salários e regalias são
atraentes e que dificilmente um oficial general recebe só o salário militar
básico, sempre há os chamados penduricalhos e compensações para um general que
está na ativa, como o uso de um imóvel funcional em condomínio fechado das
Forças Armadas, motoristas particulares e indenizações pelas transferências
frequentes.
As vantagens incluem
até um adicional de 10% sobre os salários, a título de representação, que
permite que os generais façam uma poupança, facilitando a compra de imóveis
próprios e possibilitando até investimentos. Quando são transferidos de uma
organização militar para outra, o que pode ocorrer a cada dois anos para os
generais, os oficiais recebem até quatro salários completos como indenização, o
que hoje equivale a cerca de 120 mil reais, sem contar passagens e outras
indenizações.
• Conchavos políticos
Outra questão bastante
mencionada são os “conchavos” políticos estabelecidos enquanto ocupam funções
no serviço ativo. Comandando grandes contingentes militares e estruturas
gigantescas com máquinas e veículos, o oficial general tem possibilidade de
movimentar as forças armadas na sua região de forma que as ações lhes rendam
capital político e este pode ser utilizado no momento em que for necessário. A
indicação para cargos comissionados depois da transferência para a reserva é
uma das formas mais frequentes de utilizar o capital político acumulado, quando
normalmente passam a ocupar funções executivas em estatais como a IMBEL e
EMGEPRON.
• Bate Boca entre Carlos Bolsonaro e
oficial general: eu te admirava vs e eu nunca te admirei
O ex-comandante da
Força Aérea, Tenente Brigadeiro Baptista Júnior, tem se tornado cada vez mais
persona não grata entre aliados de Jair Bolsonaro. O oficial general, que vez
por outra protagoniza discussões com apoiadores do ex-presidente, essa semana entrou
no ringue do “X” justamente com Carlos Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro
reclamou após ter sido bloqueado por Baptista Jíunior. O filho do ex-presidente
disse ainda que era um admirador do brigadeiro, mas que agora não nutre mais o
mesmo sentimento por conta de elogios do oficial á “propalada direita sensata”.
Carlos se referiu a postagem de Baptista Júnior sobre uma entrevista publicado
no Estadão onde Luiz Felipe D’Avila, do Novo, fala sobre a necessidade de a
direita se unir para retirar o PT do poder..
“Que este movimento
cresça ao redor de princípios e valores, pelo nosso futuro como nação.
Precisamos nos livrar dos “salvadores da pátria” de todos os matizes
políticos.”, disse Batpista Júnior no X, ao mencionar o artigo no Estadão.
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<><> A
reclamação de Carlos Bolsonaro
“Apenas expressei
minha opinião educada e honesta dizendo que um dia admirei este senhor, e hoje
não mais, frente o tal brigadeiro elogiar efusivamente a propalada “direita
sensata”, aclamada por Dirceu… e ele me bloqueou. Fico feliz em saber disso,
mas não fico frustrado, caro “bota suja”. Apenas aprendendo com a vida para não
cometer os mesmo erros. Desejo que seja feliz assim como fico ao ajudar a
revelar o que determinados realmente são e eles têm que dormir com a verdade se
revirando na caminha do poodle da esposa na varanda. Com todo respeito, pegue
suas estrelas e enfie onde mais desejar e sabemos onde é. O povo é quem julga
tipos como vocês! Um abraço.”, disse Carlos Bolsonaro
• Pesquisador defende pensões militares,
critica reforma da previdência e acusa governo de golpe
Em artigo publicado no
site do Clube Militar nesta sexta-feira, 24 de maio, o Perito Criminal e
pesquisador Gerhard Erich Boehme defendeu as pensões militares e criticou a
postura do governo em relação ao tema.
Segundo Boehme, o
governo, apesar de estar plenamente ciente da realidade das pensões militares,
opta por não divulgá-la, o que resulta na imagem negativa dos militares perante
a população.
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“A população do País
ainda enxerga em cada militar um privilegiado, não raro exposto à execração
pública“, afirmou.
Boheme demonstrou
preocupação com a nova reforma da previdência, temendo que traga mais prejuízos
para os militares.
Ele destacou a falta
de sindicatos e a impossibilidade de greve como fatores que agravam a situação
dos militares. “Não temos sindicatos para defender os nossos interesses e não
podemos fazer greves”, ressaltou.
Boehme também fez uma
análise histórica sobre as contribuições dos militares para as pensões,
lembrando que, desde o início das Forças Armadas no Brasil, os militares
contribuíam voluntariamente para um sistema conhecido como Montepio Militar,
que visava beneficiar viúvas e filhas.
Em 1960, o governo
incorporou os recursos do Montepio ao Tesouro e assumiu o pagamento das
pensões, o que, segundo Boehme, foi um excelente negócio para o governo, que
obteve uma grande quantia e se comprometeu a pagar prestações ao longo dos
anos. Mas um negócio ruim para os militares.
Com a Constituição de
1988, Boehme aponta que houve um novo golpe, quando o governo ofereceu o
pagamento integral das pensões, mas aumentou as contribuições dos militares.
Em 2000, as
contribuições aumentaram ainda mais, e os militares passaram a ser os únicos
funcionários federais a continuar contribuindo na inatividade.
O professor criticou a
imagem de privilégio associada aos militares e destacou que, em muitos países,
as aposentadorias militares são diferenciadas.
Ele exemplificou que,
após mais de 50 anos de contribuição, um militar deixa uma pensão muito
inferior ao valor que teria se o antigo sistema de 20 vezes a contribuição
ainda estivesse em vigor.
Boehme, por fim,
acusou o governo de irresponsabilidade fiscal, alegando que recorre a
sucessivos golpes contra os militares para resolver problemas financeiros.
“Desse rápido estudo
fica claro que o Governo, para resolver seus problemas de caixa, aplica
seguidos golpes em cima dos militares”, concluiu.
• Precisamos muito das Forças Armadas,
ainda que muitos brasileiros relutem em admitir
Talvez o maior legado
dos militares para o Brasil seja a defesa da Pátria, ou a garantia da soberania
nacional, da liberdade do nosso povo para sermos uma nação livre, ainda que, de
forma pouco visível e reconhecida pelo brasileiro. Mas o fato do Brasil ser o
maior país da América Latina com uma imensa faixa de fronteira terrestre,
marítima e com um espaço aéreo de quase 23 milhões de km².
Sendo ainda o país
mais rico do continente, o Brasil necessita da garantia de defesa militar
bélica conforme o previsto no Art. 142 da nossa Constituição Federal.
Estar preparado para a
guerra em tempos de paz é um exercício diário de homens e mulheres que optam
por seguir a carreira militar. E talvez ser militar seja desistir de ser um
cidadão brasileiro com todos os seus direitos plenos, o militar não pode se filiar
em partido político, não pode fazer greve e nem se sindicalizar.
• Delegada contesta posição do Exército
sobre as mulheres: argumentos baseados unicamente na fisiologia
O debate sobre a
participação de mulheres em funções militares combatentes tem sido acalorado,
especialmente diante da posição defendida pelo Exército brasileiro em proibir
tal atuação, citando diferenças fisiológicas como principal justificativa. No
entanto, essa perspectiva tem sido desafiada por exemplos de outros exércitos
ao redor do mundo.
O Exército brasileiro
sustenta que as diferenças fisiológicas entre homens e mulheres impactam
negativamente o desempenho em combate, sobretudo em áreas como Cavalaria,
Infantaria, Artilharia e Engenharia, que demandam habilidades específicas como
manejo de armas, operação de blindados e construção de pontes improvisadas. No
entanto, tais argumentos são frágeis diante da crescente tecnologização da
guerra, que reduz a dependência do esforço físico.
Fonte: Revista
Sociedade Militar
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