Anemia hemolítica: o que é, sintomas e como tratar
A anemia
hemolítica autoimune (AHAI) é uma doença autoimune que se
caracteriza pela destruição de glóbulos vermelhos. Ela é causada pelos próprios
anticorpos do organismo, os chamados “autoanticorpos”, que se ligam a antígenos
na membrana dos glóbulos vermelhos. A produção de anticorpos contra os próprios
glóbulos vermelhos desencadeia essa condição.
Além disso, segundo o Núcleo de Apoio Técnico ao
Judiciário (Natjus), a anemia
hemolítica “também pode surgir após infecções, como as
provocadas por vírus como Epstein-Barr ou Parvovírus B19, ou por bactérias como
a Mycobacterium pneumoniae ou Treponema pallidum quando provoca sífilis
terciária”.
Segundo relatório do Ministério da Saúde, existem três
tipos diferentes dessa condição: quente, fria e mista. O mecanismo
fisiopatológico dominante é a falha em manter a autotolerância..
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Anemia hemolítica quente
Na anemia autoimune
quente, os anticorpos quentes reagem mais fortemente à temperatura corporal de
37°C.
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Anemia hemolítica fria
Na anemia
hemolítica autoimune fria, a destruição dos glóbulos vermelhos
acontece a temperaturas entre 4º e 18ºC pelos anticorpos frios.
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Anemia hemolítica mista
Na forma mista, há a presença de anticorpos quentes
e frios que coexistem.
A anemia
hemolítica autoimune pode estar associada a doenças crônicas, como
a hemoglobinúria paroxística, ao uso de medicamentos ou a neoplasias.
Entretanto, é uma condição bastante rara.
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Quais são os sintomas da
anemia hemolítica?
Os sintomas mais comuns da anemia hemolítica são dispneia
(desconforto para respirar), fadiga, palpitações e dor de cabeça. A condição
também pode causar palidez e icterícia.
Em crianças, a anemia hemolítica autoimune é geralmente autolimitada (tem
período limitado e determinado). Em adultos, é usualmente crônica, podendo
apresentar exacerbação e remissão ao longo do tempo.
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Quais os riscos da anemia
hemolítica?
Em casos graves da doença, o paciente pode
desenvolver doenças cardíacas, pulmonares ou cerebrovasculares. Por conta
disso, é importante compreender suas causas, como diagnosticá-la e seus
possíveis tratamentos.
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O que causa anemia
hemolítica?
Nem sempre é possível identificar a causa da AHAI.
No entanto, ela pode surgir de forma secundária associada a outras doenças
autoimunes, como:
- Artrite reumatoide
- Lúpus
- Câncer
- Reação a antibióticos e outros medicamentos
Ela ainda pode ocorrer após infecções por bactérias
(como a Mycobacterium pneumoniae) ou vírus (como o Parvovírus B19 e o
Epstein-Barr).
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Qual exame detecta anemia
hemolítica?
Existem várias formas de diagnóstico da anemia hemolítica. Uma delas é por
meio do hemograma com contagem de plaquetas, sendo a contagem de reticulócitos
(glóbulos vermelhos jovens) um indicador valioso.
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Como identificar anemia
hemolítica no hemograma?
Uma das características laboratoriais dessa anemia
é o aumento da bilirrubina indireta, por conta do catabolismo hemoglobínico
exagerado.
Também é possível diagnosticar por meio dos testes
imunológicos, como o teste de Coombs (direto ou indireto), comprovação de
hemólise intravascular e de antiglobulina direta; entre outros.
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Tratamento
O tratamento tem por objetivo reduzir o grau de
destruição dos glóbulos vermelhos, gerando elevação dos níveis de hemoglobina e
melhora dos sintomas. Se a doença for ocasionada pelo uso de remédios, é
necessário suspendê-los.
A correta identificação do tipo de anemia hemolítica é fundamental,
pois o tratamento e o curso da doença são distintos. Por exemplo, nos casos em
que as proteínas da membrana das hemácias possuem um defeito poligênico
(esferocitose) a cirurgia de retirada do baço ou de parte dele (esplenectomia)
é uma cura possível.
Há especialistas da área que defendem o tratamento
com ácido fólico, uma vez que a deficiência de ácido fólico pode resultar em
crise megaloblástica, que é quando a medula óssea não consegue fabricar hemácias
adequadamente, acarretando anemia grave.
Na anemia
hemolítica quente são utilizados glicocorticoides, esplenectomia ou
imunossupressores.
Na anemia
hemolítica fria o tratamento é feito basicamente com proteção
contra o frio. O paciente é orientado a se manter aquecido mesmo durante o
verão. A proteção das extremidades (cabeça, pés e mãos) é altamente recomendada
nesses casos.
Na forma primária, as taxas de resposta ao
tratamento são baixas, geralmente inferiores a 20%, de forma que indicação de
tratamento farmacológico, geralmente com imunossupressores ou citotóxicos, é
feita apenas nos casos com maior prejuízo na qualidade de vida.
Outra modalidade terapêutica é a plasmaferese,
técnica de transfusão que permite retirar plasma sanguíneo de um doador ou de
um doente. Com o tratamento, espera-se uma redução no grau de destruição dos
glóbulos vermelhos. Assim acarretando elevação dos níveis de hemoglobina e
melhora dos sintomas da anemia
hemolítica.
Fonte: eCycle
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