Julimar Roberto: Um
ano da vitória contra o fascismo - o que mudou no Brasil com Lula
Há
um ano, o povo brasileiro foi às urnas para decidir o futuro do país. Em uma
eleição histórica e acirrada, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o então
presidente Jair Bolsonaro (PL), com 50,90% dos votos válidos. Foi a primeira
vez que um candidato à reeleição - com a máquina pública nas mãos e um pesado
esquema de fakenews -, é derrotado desde a redemocratização.
A
vitória de Lula representou não apenas a volta de um dos líderes políticos mais
populares do mundo ao poder, mas também o fim de um ciclo de retrocessos,
ataques à democracia e à cidadania, desmonte do Estado e isolamento
internacional que marcaram os quatro anos do governo Bolsonaro.
Desde
que assumiu a presidência, em 1º de janeiro de 2023, Lula tem se empenhado em
reconstruir o país, recuperar a economia, fortalecer as instituições, ampliar
os direitos sociais, promover a inclusão e o diálogo e restaurar a imagem do
Brasil no cenário global.
Até
bolsonaristas ‘de carteirinha’ reconhecem que o país, em apenas dez meses de
governo Lula, já deu um salto excepcional. E não tem como negar.
Em
julho, a revista Veja publicou que a taxa de desemprego havia chegado em 7,9%,
a menor no período desde 2014. O Globo se rendeu e precisou reconhecer que a
massa salarial atual ‘é a maior da história’. No G1, a publicação sobre o
orçamento de 2014 trouxe o primeiro aumento no salário mínimo após seis anos.
Com ênfase, a CNN divulgou o recorde histórico da balança comercial que
alcançou superávit de US$ 8,9 bi em setembro. Isso sem contar com a recriação
do programa Bolsa Família, com um valor médio de R$ 600 por família – mais R$
50, no caso de bebês de até seis meses - e condicionantes como a matrícula
escolar e a vacinação das crianças. Vale ressaltar que o BF beneficia cerca de
40 milhões de brasileiros em situação de pobreza e extrema pobreza e contribui
para reduzir as desigualdades e estimular o consumo. Tanto o Globo quanto o
Valor tiraram o chapéu e publicaram que ‘três milhões de pessoas deixaram a
pobreza em 2023 com o Bolsa Família’.
Mas
não fica só nisso. ‘O novo Minha Casa, Minha Vida terá parcelas gratuitas e os
imóveis terão varanda e bicicletário’, saiu no Poder 360. Novamente, o G1
anunciou o maior número de carteiras assinadas nos últimos oito anos. E como
esquecer do maior acordo comercial da história, celebrado com a China, em torno
de R$ 50 bi? Todo os veículos de comunicação noticiaram.
E
quanto às montadoras chinesas e europeias que estão se instalando no Brasil
para fabricar automóveis em solo brasileiro e exportar para toda a América
Latina?
Essa
nossa lista parece não ter fim e ela ainda vai longe. Mas para finalizar, anote
o Desenrola Brasil que tirou oito milhões de pessoas da inadimplência e a
liberação de R$ 20 bi para empresas e R$ 1 tri para pequenos e médios
empreendedores.
Esses
são apenas alguns exemplos do compromisso do governo Lula com a democracia, a
cidadania, a soberania e o desenvolvimento do Brasil. Esses são motivos pelos
quais, um ano após a vitória contra o fascismo, podemos celebrar os avanços e
renovar a esperança de um país mais justo, solidário e feliz para todos e
todas.
·
Em
meio a discussão sobre meta fiscal, Lula diz que 'dinheiro bom é dinheiro
transformado em obra'
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta
sexta-feira (3) que o governo faça investimentos e disse que "dinheiro bom
é dinheiro transformado em obra". A declaração ocorreu em reunião com
ministros da área de infraestrutura, no Palácio do Planalto.
A
fala do presidente ocorre em meio a uma discussão envolvendo a meta fiscal do
governo para o ano que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava na
reunião desta sexta, defende a meta de zerar o déficit das
contas públicas em 2024.
Já
a ala política do governo defende uma
meta com déficit de até 0,5%, para evitar corte de gastos em ano de
eleições municipais. O próprio presidente já afirmou que a meta de déficit zero
"dificilmente" será alcançada no ano que vem.
"Para
quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro que está no Tesouro, mas para
quem está na Presidência dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. É
dinheiro transformada em estrada, em escola, em escola de primeiro, segundo,
terceiro grau, saúde", disse o presidente nesta sexta.
Lula
afirmou aos ministros que o dinheiro previsto para as pastas deve ser
executado.
"Se
o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo que um político quer e
que um presidente deseja", acrescentou.
O
presidente disse ainda que deseja que eles sejam "os melhores gastadores
do dinheiro" em obras e citou a nova versão do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), que reúne uma cartilha de empreendimentos em infraestrutura
com previsão de investir R$ 1,4 trilhão até 2026.
"Queremos
que vocês [ministros] sejam os melhores ministros deste país, os melhores
executores deste país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse
do povo brasileiro", disse Lula.
·
Foco em execução
Lula
também afirmou que não deseja que os ministros criem novos projetos. A intenção
do governo é executar as propostas que já foram acordadas neste primeiro ano de
governo.
"Ninguém
precisa inventar nada novo neste país. Está tudo determinado. A gente vai fazer
essas obras. A gente tem até 2026 para que a gente execute parte dessas
obras", afirmou.
Lula
relatou que pretende fazer novas reuniões setoriais, com ministros da área
social e de serviços. Ele também planeja, ao fim do ano, uma reunião com os 38
ministros, para fazer um balanço de 2023.
"Toda
e qualquer falha que a gente tenha percebido neste primeiro ano, não poderá se
repetir no segundo ano", afirmou.
Após
a reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que Lula cobrou da
equipe "eficiência" na execução dos recursos públicos.
"O
presidente quer eficiência do gasto público. Se tem um hospital, uma escola que
foi iniciada, ela tem que ser concluída, tem que servir à população. Não
adianta ficar com o dinheiro no caixa do ministério, e o povo sem a escola, sem
a saúde, sem a estrada feita. Tem que ter eficiência na execução, foi essa a
palavra do presidente", disse Rui.
Segundo
o ministro, independente da discussão sobre mudança da meta fiscal, 'não há
possibilidade' de o governo ampliar gastos em 2024 em razão do arcabouço
fiscal, a nova regra das contas públicas.
O arcabouço limita o crescimento das
despesas públicas,
que poderão crescer acima da inflação, desde que respeite uma margem de 0,6% a
2,5% de crescimento real ao ano.
Se
o governo conseguir deixar as contas dentro da meta, o crescimento de gastos
fica limitado a 70% do crescimento das receitas primárias. Por outro lado, caso
o resultado primário fique abaixo da meta, o limite para os gastos cai para 50%
do crescimento da receita.
O
governo, no entanto, avalia modificar a meta fiscal de
2024 para
evitar bloqueio de gastos que podem atrasar obras de infraestrutura.
·
Reunião de infraestrutura
Lula
comanda reunião com ministros da área de infraestrutura — Foto: TV
Globo/Reprodução
O g1 apurou
que a reunião foi convocada para fazer um balanço do trabalho dos ministérios,
além de discutir a situação de obras.
O
governo lançou neste ano uma nova versão do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), que reúne as principais obras previstas para as 27 unidades
da federação.
Participaram
da reunião:
- Geraldo
Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços;
- Rui Costa,
ministro da Casa Civil;
- Fernando
Haddad, ministro da Fazenda;
- Renan Filho,
ministro dos Transportes;
- Silvio Costa,
ministro de Portos e Aeroportos
- Alexandre
Silveira, ministro de Minas e Energia;
- Juscelino
Filho, ministro das Comunicações;
- Waldez Góes,
ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
- Jader Filho,
ministro das Cidades;
- Paulo Pimenta,
ministro da Secretaria de Comunicação Social;
- Miriam
Belchior, secretária-executiva da Casa Civil;
- Mauricio
Muniz, secretário de Articulação e Monitoramento da Casa Civil.
Lula
decidiu retomar as reuniões setoriais de sua equipe ministerial, a exemplo do
que fez no primeiro semestre.
A
reunião desta sexta foi a primeira com ministros da área de infraestrutura
desde que Lula nomeou Silvio Costa Filho para a pasta de Portos e Aeroportos,
em setembro.
Ø
Bolsonaro é o
quarto líder político com maior rejeição na Argentina, aponta Atlas
Uma
pesquisa recente realizada pelo Instituto Atlas Intel revelou informações
valiosas sobre a avaliação de líderes políticos mundiais por parte dos
argentinos. Os resultados destacam Jair Bolsonaro (PL) como o quarto líder
político mais rejeitado.
Segundo
o levantamento, 16 nomes de líderes políticos foram avaliados pelos argentinos,
e os resultados revelaram que 54% dos entrevistados têm uma percepção negativa
de Jair Bolsonaro, enquanto 24% têm uma visão positiva. Além disso, 22% dos
entrevistados não souberam responder.
À
frente de Bolsonaro na lista de rejeição, encontram-se o presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, com uma taxa de rejeição impressionante de 74%,
seguido por Vladimir Putin, presidente da Rússia, com 66%, e Donald Trump, com
56%.
38%
dos entrevistados têm uma visão positiva do presidente brasileiro Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), enquanto 24% não souberam responder. A pesquisa englobou um
total de 16 líderes políticos atuais e antigos, com Barack Obama, dos Estados
Unidos, destacando-se como o líder mais bem avaliado, com uma aprovação de 63%
e uma taxa de rejeição de 15%. Em segundo lugar está o ex-presidente uruguaio
Pepe Mujica, com 58% de avaliação positiva e 14% de rejeição.
Nayib
Bukele, presidente de El Salvador, ocupa o terceiro lugar, com 49% de avaliação
positiva e 15% de rejeição. Lula encontra-se em quarto lugar, com um nível
significativo de aprovação. Jair Bolsonaro ocupa a oitava posição na lista.
Este
estudo foi conduzido entre os dias 1 e 3 de novembro e contou com a
participação de 3.218 entrevistados. Vale ressaltar que o Instituto Atlas foi o
único a acertar o resultado do primeiro turno nas eleições argentinas, prevendo
a liderança de Sergio Massa em relação ao candidato de extrema direita, Javier
Milei. No entanto, na pesquisa mais recente, o instituto projeta a vitória de
Milei no segundo turno.
·
Bolsonaro
e aliados mudam o discurso sobre a delação de Cid
Jair
Bolsonaro e seus apoiadores alteraram a retórica em relação à colaboração
premiada de Mauro Cid.
Quando
a homologação do acordo de delação de seu ex-ajudante de ordens veio à tona,
Bolsonaro resistia a acreditar que o acordo o implicava de maneira direta.
O
ex-presidente, entretanto, começou a suspeitar que, de fato, ele era o foco
central da delação, quando o conteúdo do acordo começou a ser divulgado. Um dos
aspectos foi tornando público pelo O GLOBO, que noticiou que Cid revelou em sua
delação que o ex-presidente se encontrou com líderes das Forças Armadas para
discutir um esboço de plano golpista, após sua derrota para Lula.
Dois
meses após o ex-assessor firmar seu acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro
modificou sua narrativa. Agora, ele passou a afirmar que os acontecimentos
teriam sido “inventados” por Cid, como uma forma de se “livrar” dos erros que o
ex-presidente atribui ao tenente-coronel.
Uma
das principais fontes de frustração para a família Bolsonaro é o fato de o
militar ter mantido em sigilo o conteúdo de seu telefone celular. Essa atitude
contrasta com a de Jair Bolsonaro, que evita discutir questões comprometedoras
por meio de ligações telefônicas.
O
jornalista do “UOL”, Aguirre Talento, divulgou um trecho adicional da delação
de Cid. De acordo com a reportagem, Cid afirmou que Bolsonaro pretendia
ocultar, no Palácio da Alvorada, indivíduos alvos da Polícia Federal.
O
ex-presidente e as pessoas próximas a ele negam a informação, atribuindo a
culpa a Cid e apontando o ex-aliado, agora antagonista, como o intermediário
com os extremistas que compunham a base de apoio bolsonarista.
Ø
Bolsonaristas
votam contra taxar super-ricos
Após
violento jogo de chantagens, finalmente a Câmara Federal aprovou nesta
quarta-feira (25) o Projeto de Lei 4173/23, proposto pelo governo Lula, que
taxa os chamados “fundos dos super-ricos” e as aplicações em offshores –
empresas sediadas em paraísos fiscais. Foram 323 votos favoráveis e 119
contrários. O partido do ex-presidente fujão, o PL, declarou formalmente posição
contra a taxação dos ricaços. Dos 98 deputados da legenda, 73 votaram a favor
dos abutres financeiros e 13 se abstiveram. O que chamou a atenção é que 12
integrantes romperam com a bancada bolsonarista, com o destaque para o
“palhaço” Tiririca.
Conforme
registrou o jornal O Globo, “o aceno por parte da sigla ocorreu de nomes
distantes do núcleo duro bolsonarista, que já votaram com o governo Lula em
outras ocasiões. São eles Daniel Agrobom (GO), Ícaro de Valmir (SE), Jorge
Goetten (SC), João Maia (RN), João Bacelar (BA), Luciano Vieira (RJ), Junior
Lourenço (MA), Matheus Noronha (CE), Rosângela Reis (MG), Samuel Viana (MG),
Robinson Faria (RN) e Tiririca (SP)”. Prova de que a crise no PL é brava, três
destes deputados – Junior Lourenço, João Bacelar e Matheus Noronha – já tinham
sido punidos por terem votado a favor da reestruturação ministerial
implementada pelo presidente Lula.
·
Pobres no Orçamento e ricos no Imposto de Renda
Como
explica reportagem do site do PT, “o projeto de lei reflete o cumprimento da
promessa de campanha do presidente Lula de ‘incluir o pobre no orçamento e o
rico no Imposto de Renda’, para promover justiça tributária e reduzir
desigualdades. A proposta também tem potencial de aumentar a arrecadação de
impostos, o que permitiria ao governo ampliar os investimentos necessários ao
fortalecimento da economia, à geração de empregos e ao aprimoramento das
políticas públicas”.
Para
a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o PL-4173 reduz os
privilégios dos super-ricos. “Ver a extrema-direita reclamando no plenário que
é uma medida contra os ricos é de matar. Taxação dos offshore vai ser para
lucros acima de R$ 50 mil por ano e a dos fundos é para quem tem investimento
acima de 10 milhões de reais. Vamos em frente, ainda tem que tributar lucros e
dividendos. Se o povo paga imposto de renda os muito ricos também têm que
pagar. O nome é justiça, só assim vamos reduzir as desigualdades”.
Já
o jornal Folha de S.Paulo destaca que a aprovação representou uma expressiva
vitória do governo Lula. “A medida é parte importante do pacote do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo federal e
tentar zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. A estimativa do
governo com a proposta original era que, em 2024, os ganhos com as mudanças em
fundos passariam de R$ 13 bilhões… O governo defende que a proposta aprovada,
além de garantir maior arrecadação, busca alcançar mais justiça tributária.
Hoje, os donos desses recursos acabam não recolhendo Imposto de Renda sobre
rendimentos devido a brechas previstas na própria legislação”.
Fonte:
DCM/g1/O Cafezinho
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