quinta-feira, 13 de junho de 2024

Tentativa de interferência política de Israel nos EUA abala relação entre aliados

Acostumados a acusar a Rússia de interferência política, EUA foram alvo de campanha secreta promovida por Israel, um de seus maiores aliados. À Sputnik Brasil, especialistas afirmam que, além de criar uma saia justa para Washington, o flagrante tem potencial para alterar a aliança entre os países.

O governo de Israel pagou pelo menos US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) em uma campanha secreta para influenciar politicamente congressistas americanos no intuito de angariar apoio à ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

A denúncia veio à tona em um relatório divulgado pela agência de checagem israelense Fake Reporter e cria um embaraço na tradicional relação entre Washington e Tel Aviv.

Segundo o relatório, a campanha utilizou perfis falsos criados nas redes sociais para postar comentários pró-Israel nas redes de 128 congressistas americanos, a maioria do Partido Democrata, do presidente Joe Biden. Por vezes, os comentários postados traziam links com artigos de páginas falsas.

Ainda de acordo com a Fake Reporter, pelo menos 600 perfis falsos postaram mais de 2 mil comentários por semana apoiando as ações militares de Israel, atacando grupos de direitos humanos palestinos e rejeitando acusações de abusos dos direitos humanos por parte de Tel Aviv. O relatório circulou nos meios de comunicação dos EUA, trazendo à tona uma saia justa para Washington.

A Sputnik Brasil conversou com especialistas que analisaram como a revelação pode afetar a relação entre EUA e Israel, abalada por conta da ofensiva em Gaza, e que embaraços políticos podem resultar do fato de os EUA terem sido alvo de uma campanha de desinformação perpetrada por seu aliado incondicional.

·        Flagrante aumenta o isolamento de Israel?

Rodrigo Amaral, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), chama a atenção para o fato de que, dias após a divulgação do relatório, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) aprovou uma resolução, construída pelos EUA, por um cessar-fogo em Gaza.

"O Hamas considerou bem-vinda essa resolução, o que significa que Israel evidentemente vai estar pressionado a encerrar suas operações militares. Vamos ver se isso de fato ocorrerá", afirma.

Ele acrescenta que a notícia é boa porque pavimenta o caminho para um cessar-fogo, já que Washington é até hoje "o maior financiador e garantidor das operações militares israelenses em Gaza", e porque revela "os mecanismos de pressão que têm feito os EUA alterarem sua postura tradicional, que era uma postura de aliança" com Israel.

Nesse contexto, Amaral afirma que o relatório da Fake Reporter é mais um elemento de pressão somado a outros, como os protestos universitários pró-Palestina nos EUA, que levaram o governo Biden a mudar sua postura "de um EUA apoiador cego de Israel para um EUA mais moderado, no sentido de demandar soluções o mais breve possível para a questão de Gaza".

"Esse relatório que vaza essa informação de que Israel estaria usando de inteligência artificial, a criação de perfis robôs para pressionar no sentido inverso, ou seja, falar que esses movimentos universitários seriam antissemitas, ou que haveria qualquer tipo de mobilização antissemita nos EUA, e esse dinheiro usado para pressionar congressistas americanos é mais um elemento que pega mal que circulou no noticiário norte-americano nestes últimos dias. Ele soma mais um elemento negativo para a postura norte-americana [de apoio a Israel]", destaca Amaral.

Por sua vez, José Renato Ferraz da Silveira, professor de relações internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), aponta que a mudança de tom dos EUA em relação a Israel reflete um comportamento ambivalente na questão externa e uma preocupação interna de Joe Biden com a opinião pública.

"Avalio que quanto mais a guerra prolongar-se, Joe Biden, pragmaticamente, será obrigado a endurecer o discurso contra Israel à medida que aumenta o número de vítimas crianças e mulheres. Para muitos analistas, a provável sequela pós-guerra será a emergência de uma nova dinâmica dessa relação."

Ele acrescenta que a revelação da campanha secreta israelense "demonstra o jogo arriscado, oportunista, estratégico e consciente de Israel de manipular e influenciar a opinião pública dos EUA e dos congressistas americanos".

"É certo que Israel utiliza, com êxito, ao longo da história, uma 'política de bullying' baseada no vitimismo e no ressentimento contra pessoas, grupos, instituições e países que contrariam ou discordam das suas ações. Normalmente quem critica Israel é chamado de antissemita e rotulado como 'nazista', 'fascista', 'persona non grata', entre outras expressões contundentes", afirma Silveira.

·        Por que o alvo era o Partido Democrata?

Segundo Amaral, o principal alvo da campanha israelense foi o Partido Democrata porque a legenda reúne a maior parte dos críticos da ofensiva israelense.

"Partiam principalmente dos democratas as pressões contra o próprio governo de Joe Biden, que teve baixas no seu corpo técnico de governo justamente por conta dessa responsabilidade que os EUA tinham em financiar, em armar Israel, em um momento que atinge 38 mil civis palestinos mortos nesse conflito. Então, sem dúvida nenhuma, essa operação secreta israelense tinha como objetivo reverter essa onda [de críticas]. Não reverteu, porque inclusive vazou essa informação. O tiro saiu pela culatra."

Ele acrescenta que Israel faz uso de sua capacidade tecnológica e de espionagem para promover a chamada Hasbará, termo que designa os esforços empregados por Tel Aviv para difundir uma propaganda positiva de Israel.

"É justamente um termo usado pelo governo israelense para falar dessa ação que seria algo muito próximo de uma ideia de poder brando [também chamado de soft power], de uma ação mais leve em termos de difusão de informação, a ideia de dominação de narrativas. A Hasbará está dentro dessa lógica, e eu acho que que essa ação [campanha secreta] é uma ação encoberta, mas ela está dentro dessa lógica da Hasbará", explica.

Porém, segundo Amaral, o "tiro pela culatra" que resultou da campanha secreta, sem dúvida nenhuma, vai aumentar o isolamento de Israel.

"Acho que essa é mais uma gota d'água num copo cheio, em que Israel está cada vez mais isolado, e agora vê até mesmo a potência que o favorece, que são os EUA, conseguindo trazer uma proposta de cessar-fogo, aprovada no Conselho de Segurança da ONU."

Silveira compartilha da opinião de Amaral sobre o fato de o Partido Democrata ser o principal alvo da campanha israelense por ser mais crítico à ofensiva do que o Partido Republicano, e cita como exemplo um recente episódio ocorrido na Câmara dos Representantes dos EUA, liderado pelos republicanos, no qual foi aprovado "um projeto de lei que institui sanções ao Tribunal Penal Internacional [TPI] pela decisão de solicitar mandados de prisão a autoridades israelenses devido à guerra em Gaza".

"A proposta foi aprovada por 247 votos a 155, com 42 democratas se juntando aos republicanos em apoio à medida. Não houve votos contra de republicanos, embora dois tenham optado pela abstenção. É pouco provável que o texto seja efetivamente convertido em lei, mas reflete o apoio contínuo do Congresso americano a Israel em meio a críticas internacionais pela campanha do país do Oriente Médio na Faixa de Gaza. O lobby de Israel dentro do Congresso norte-americano é muito forte."

·        EUA têm experiência em interferência política

Questionado sobre o fato de os EUA, acostumados a acusar a Rússia de tentar interferir politicamente no país, terem de lidar com esse tipo de manobra partindo justamente de um de seus principais aliados, Amaral enfatiza que, na verdade, há um histórico muito grande dos Estados Unidos de interferência em questões políticas.

"Vale mencionar, por exemplo, o golpe de 1964 no Brasil, que em 1963 e 1962 houve uma grande participação de atores norte-americanos no intuito de tentar afetar os rumos políticos brasileiros, tentar evitar que a onda esquerdista, digamos assim, que estava sendo conduzida com o presidente João Goulart na época, se mantivesse. A tendência era essa na época, e os EUA fizeram diversas mobilizações através de institutos e think tanks para tentar colocar essa onda no Brasil como associada à lógica comunista. Isso foi muito forte e acarretou no apoio de uma parte importante da elite brasileira ao golpe de 1964, que era um golpe justamente antidemocrático", afirma.

Ele destaca que a interferência política é uma arma de potências hegemônicas contra Estados mais fracos que desejam manipular, e que com a ascensão da inteligência artificial "isso se torna cada vez mais temoroso".

"Acho que isso é um ponto central. Sem dúvida nenhuma nós falaremos de inteligência artificial nas eleições dos EUA, falaremos de inteligência artificial nas eleições aqui no Brasil. Porque é um novo artifício para essa velha prática de interferência através de mecanismos indiretos, mecanismos secretos, de mecanismos brandos ou pouco perceptíveis."

Já Silveira aponta que "guerra ou campanhas de desinformação são velhas formas e expressões políticas, mas com novas roupagens e estratagemas para enfraquecer, derrotar, influenciar, manipular, conter, destruir 'inimigos' internos e externos".

Ele afirma que o cenário atual vivenciado por Washington aponta para o chamado mundo BANI, "que se refere aos desafios enfrentados no século presente, com a sigla BANI significando originalmente 'Brittle, Anxious, Non-linear, Incomprehensible' — em português 'Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível'".

"Os EUA estão diante de uma saia justíssima nessa situação em especial, e de um dos inúmeros desafios do mundo BANI. Nenhum país está imune a campanha de desinformação. Os avanços tecnológicos já propiciam certo controle, total ou parcial, dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos, e guerras ditas em nome da paz já fazem parte da realidade deste mundo tão similar ao romance '1984', de George Orwell."

 

¨      Biden defende a democracia na Europa e Trump a enfraquece nos EUA

presidente Joe Biden está na Europa, alertando sobre o mal totalitário e os perigos para a democracia. O possível candidato do partido Republicano, Donald Trump, está de volta ao país, buscando um favor do líder russo, Vladimir Putin, planejando vingança e difamando as eleições nos EUA.

O ex-presidente está apresentando o caso de seu oponente para 2024 – que o Ocidente está sendo desafiado por ameaças sem precedentes ao Estado de direito por forças hostis tanto externas quanto internas.

Mas a força de Trump também sugere que a peça central da viagem de Biden – uma homenagem na sexta-feira na Normandia a um dos maiores discursos do ex-presidente Ronald Reagan – pode cair em muitos ouvidos surdos na América. O ex-presidente demonstra, em cada discurso e aparição pública, que a sedução da demagogia, a demonização de estrangeiros e a linguagem extremista são tão potentes agora quanto eram antes da Segunda Guerra Mundial.

As comemorações do 80º aniversário da invasão do Dia D, que levou à libertação da Europa, se transformaram em um ponto de encontro para os líderes ocidentais alertando que as forças mais sombrias do extremismo político estão despertando. Eles também usaram suas reuniões e discursos para traçar paralelos entre o ataque vicioso de Putin à Ucrânia e a blitzkrieg de Adolf Hitler.

Não há nada de novo em um presidente moderno dos EUA viajando para a Europa para evocar a história compartilhada da vitória sobre a tirania. Mas nenhum outro líder fez isso depois que seu antecessor tentou destruir a democracia para permanecer no cargo. A possibilidade de Biden perder a reeleição – e a ameaça de um retorno ao caos que Trump infligiu aos aliados europeus – lançou uma sombra sinistra sobre a viagem.

Na sexta-feira (7), Biden enviou uma mensagem inequívoca ao cooptar o legado de Reagan – um dos maiores presidentes republicanos – para sugerir que seu rival é uma afronta aos valores dos EUA e do Partido Republicano. Em 1984, no alto de um penhasco invadido pelos Rangers do Exército dos EUA em 6 de junho de 1944, conhecido como Pointe du Hoc, o 40º presidente americano denunciou o isolacionismo dos EUA. Ele também invocou a guerra contra o nazismo para convocar o Ocidente para uma luta renovada e, em última análise, bem-sucedida, contra outra forma de extremismo – o comunismo ao estilo do Kremlin. Biden implicou que Trump, com sua política externa “America Primeiro”, ataques à integridade da eleição livre e justa de 2020 e o uso da retórica extrema anti-imigrante que ecoa a dos nazistas, está convocando as mesmas forças que desencadearam a guerra global.

·        Reagan pode levar Biden à vitória?

Biden, que certamente será o último presidente dos EUA a nascer durante a Segunda Guerra Mundial, está pedindo aos americanos que reúnam o mesmo compromisso com os valores democráticos da maior geração cujos últimos representantes estão agora se afastando. “Em memória daqueles que lutaram aqui, morreram aqui, literalmente salvaram o mundo aqui, sejamos dignos de seu sacrifício”, disse Biden na quinta-feira (6), cercado pelos túmulos de mais de 9 mil americanos. “Vamos ser a geração que, quando a história for escrita sobre o nosso tempo – em 10, 20, 30, 50, 80 anos a partir de agora – será dito: ‘Quando o momento chegou, nós o enfrentamos. Ficamos firmes. Nossas alianças se tornaram mais fortes. E nós salvamos a democracia em nosso tempo também.'”

Que um presidente precise fazer tal argumento mostra como o clima político mudou desde que Reagan ficou no mesmo local, 40 anos atrás, e encheu muitos olhos de lágrimas ao se dirigir aos veteranos e dizer: “Estes são os rapazes de Pointe du Hoc. Estes são os homens que escalaram os penhascos. Estes são os campeões que ajudaram a libertar um continente. Estes são os heróis que ajudaram a ganhar uma guerra.”

Naquela época, o Partido Republicano era um partido internacionalista e pró-democracia. Orgulhosamente se gabava de como Reagan venceu a Guerra Fria até que Trump misturou seu coquetel de isolacionismo e populismo, que olha com mais simpatia para Putin do que para os aliados dos EUA. É essa mudança de perspectiva que pode significar que o discurso de Biden é uma peça eficaz do teatro político, mas tem apelo político limitado. A Casa Branca e a campanha de Biden não esperam que evocar o espírito de Ronald Reagan prejudique o bloqueio de Trump aos eleitores da base republicana.

Mas o presidente está tentando conquistar republicanos descontentes com a segurança nacional, nostálgicos pelos dias em que uma política externa agressiva era vista como uma perna do lendário banquinho da política conservadora. E ele está especialmente buscando atrair parte das dezenas de milhares de republicanos que votaram na ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, nas primárias do partido muito depois de ter suspendido a campanha. A ex-embaixadora das Nações Unidas sob Trump pode ter endossado seu ex-chefe e acusado Biden de fraqueza no cenário global. Mas ela está muito mais alinhada com a visão global do atual presidente e desdém pelos ditadores do que com a marca de apaziguamento do estilo autoritário de Trump.

·        Trump de volta à campanha

A visita de Biden à Europa coincidiu com o retorno de seu antecessor à campanha após sua condenação na semana passada em um julgamento em Nova York. Trump escolheu o momento para emitir sua mais recente abertura para Putin, um acusado de crime de guerra perante o qual ele se curvou enquanto presidente. O suposto candidato republicano insistiu que ele seria capaz de libertar um repórter americano preso.

Evan Gershkovich, repórter do The Wall Street Journal que está sendo mantido pela Rússia, será libertado quase imediatamente após a eleição”, disse Trump em um vídeo postado no Truth Social na terça-feira. “Mas definitivamente antes de assumir o cargo, ele estará em casa, ele estará seguro. Vladimir Putin, presidente da Rússia fará isso por mim … e não acredito que o faça por mais ninguém.”

Esta não foi a primeira vez que Trump tentou demonstrar influência especial com Putin. Afinal de contas, uma vez disse, durante uma coletiva de imprensa em Helsinque, que acreditava no líder russo, que estava ao seu lado, em vez das agências de inteligência dos EUA que liderava, sobre a questão da interferência eleitoral no Kremlin.

A politização de Trump do caso Gershkovich foi notável, pois vem depois de meses de esforços pacíficos do governo dos EUA para libertar o repórter e outro americano preso, o ex-fuzileiro naval Paul Whelan. Isso levanta a possibilidade de que os russos possam simplesmente manipular qualquer negociação na suposição de que Trump possa dar-lhes um acordo melhor ou que o governo de Biden possa estar preparado para pagar um preço mais alto antes da eleição. Se o Kremlin finalmente libertar o repórter para Trump, pode ser um golpe para ele e garantirá que ele ficasse em dívida com Moscou.

O contato de Trump com Putin vem em um momento em que o presidente russo é isolado da comunidade internacional pelos ataques bárbaros contra civis na Ucrânia e quando ele representa a maior ameaça à integridade da Europa continental desde a guerra que Biden atravessou Atlântico para comemorar. Usar o sofrimento de um americano no cruel sistema penal russo para ganhar pontos políticos também é um dos truques de campanha mais cínicos da era moderna. A Rússia ignorou os comentários de Trump na quinta-feira, dizendo que a libertação de Gershkovich só aconteceria como resultado de reciprocidade.

Depois que Trump se mostrou amigável com Putin, o presidente em exercício fez questão de denunciar o líder russo, que não foi convidado para os eventos do Dia D, apesar do papel decisivo da União Soviética na derrota do nazismo. “Ele não é um homem decente – ele é um ditador, e ele está lutando para garantir que ele mantenha seu país unido enquanto ainda mantém esse ataque”, disse Biden à ABC News em uma entrevista. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estava lá em seu lugar.

Enquanto isso, o primeiro evento de campanha de Trump como criminoso na quinta-feira ilustrou por que a eleição pode estar tão acirrada. Ele estava diante de uma multidão de apoiadores selecionados em um Town Hall da Turning Point Action e fez um apelo demagógico que é eficaz com os eleitores da base republicana. Ele renovou suas mentiras sobre fraude nas últimas eleições, insistindo que planejava ganhar um mandato em novembro que era “grande demais para ser fraudado.” Ele atacou o sistema legal após sua condenação por um júri de seus pares, insistindo sem fundamento que o veredito foi “fraudado”.

E no estado fronteiriço do Arizona, ele disparou a retórica anti-imigração, grande parte da qual era alarmista e falsa sobre a crise na fronteira, mas que pode se provar um contraponto eficaz à tentativa de Biden esta semana de reduzir drasticamente as reivindicações de asilo. O ex-presidente tem se recusado constantemente a garantir que aceitará o resultado da eleição de novembro. E várias vezes nesta semana, ele também insinuou que usaria o poder presidencial para processar seus oponentes políticos, ameaçando um novo ataque ao Estado de direito.

“Bem, a vingança leva tempo, vou dizer isso, e às vezes a vingança pode ser justificada, Phil, eu tenho que ser honesto”, disse Trump durante uma entrevista com “Dr. Phil Primetime”, que foi ao ar na quinta-feira. “Você sabe, às vezes pode.”

No Town Hall de quinta-feira, o ex-presidente se maravilhou com o fato de que muitas de suas perguntas, de uma multidão amigável, eram sobre o alto custo de vida, a luta da população do Arizona para comprar mantimentos e sua percepção de que estão inseguros devido à chegada descontrolada de imigrantes indocumentados na fronteira.

Esta pode ser a equação eleitoral decisiva em poucas palavras: Trump usará questões econômicas e de imigração para contrariar os avisos de Biden de que as tendências antidemocráticas e autocráticas de seu rival o tornam inapto para ser presidente novamente.

 

Fonte: Sputnik Brasil/CNN Brasil

 

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