sexta-feira, 14 de junho de 2024

Por que a recuperação do agronegócio será lenta no RS

Na vizinhança de Sérgio Renato de Freitas, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, propriedades rurais inteiras estão arrasadas. As perdas provocadas pelas chuvas extremas do fim de abril vão muito além da atual colheita: grandes extensões de solo fértil foram varridas pela água. No lugar, ficaram pedras e enormes rasgos na terra.

Freitas, produtor de médio porte, perdeu entre 20 mil e 24 mil sacas de soja. Os grãos apodreceram com a umidade e não terão uso. Para reconstruir tudo, ele fará empréstimos no banco e calcula que em cinco anos estará bem novamente.

"A tragédia aqui foi algo que a gente nunca imaginou que pudesse acontecer. Eu tive sorte, não perdi máquinas e não tive muita erosão. Mas se a gente conta como está o entorno, as pessoas nem acreditam", narra Freitas à DW.

Por onde anda desde as inundações, Guilherme Passamani, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), vê desolação. Muitas famílias de pequenos produtores perderam tudo – casa, animais de criação, hortas, cultivos. Em muitos locais, por enquanto, não há esperança de recuperação.

"Muitas famílias não vão ter a capacidade de recomeçar e provavelmente sairão da atividade agropecuária, promovendo um êxodo rural que é imensurável", diz Passamani sobre os prejuízos materiais, sociais e os traumas psicológicos que a tragédia deixou.

As enchentes levaram uma camada muito importante do solo em algumas propriedades, que foi trabalhado por milhares de anos até se tornar arável, diz Passamani. Apesar de uma avaliação mais detalhada ainda estar em andamento, o especialista afirma que, em algumas localidades, plantar e colher será impossível por muitos anos.

•           Cifras do prejuízo

O primeiro levantamento feito pelo Emater e governo do estado estima que 206.604 propriedades foram impactadas. Isso equivale a quase a metade de todos os imóveis rurais no Rio Grande do Sul – atualmente 536.510 estão registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

"Se nós formos trabalhar só a correção de solo, por exemplo, levando em conta esses 270 milhões de hectares impactados, estamos falando tranquilamente de um custo de R$ 16 bilhões. Os números são bem impactantes", estima Ronaldo Santini, secretário estadual de Desenvolvimento Rural, em entrevista à DW.

É como se uma área equivalente a 54 vezes a cidade de Porto Alegre precisasse de algum tipo de intervenção para voltar a ser fértil. Em muitas dessas terras estavam os animais de criação perdidos – foram mais de 14 mil suínos e 2.400 cabeças de gado mortos.

Em Bento Gonçalves, maior polo de processamento de uvas no estado e segundo maior produtor da fruta, a maioria das vinícolas passou praticamente ilesa. O  município tem cerca de 4.600 hectares de cultivo da fruta e a estimativa, por enquanto, é que entre 180 e 200 hectares tenham sido atingidos – menos de 5%.

Nas poucas propriedades afetadas, os estragos foram severos. "Dos quatro distritos, dois foram atingidos. Lá os impactos são tão fortes que os produtores vão precisar de apoio para continuar na propriedade. O que sobrou dos vinhedos vai ser de difícil manejo em virtude dos destroços que estão no entorno", avalia Tompson Didione, da Emater.

O setor sofreu 30% de queda na produção no ano passado. O motivo também está ligado ao clima: o inverno registrou temperaturas mais altas que o normal. Quando o frio tardio chegou, ele travou o crescimento das plantas. E depois foi o excesso de chuva de setembro e novembro de 2023 que atrapalhou.

•           O que aconteceu com a soja

No estado, a maior perda de produção foi na cultura da soja: 2,71 milhões de toneladas. A estimativa pré-catástrofe era de uma colheita de 22,24 milhões de toneladas, que agora caiu para 19,5 milhões de toneladas.

A safra de 2024 marcaria o retorno da pujança do setor no estado depois de dois anos consecutivos de seca no Sul. Se tudo saísse como o planejado pelos produtores, o aumento na colheita seria de 71,5% em relação ao ano anterior. Mas a chegada do El Niño intenso com a influência das mudanças climáticas, como mostrou uma pesquisa recente, dobrou a chance de um evento climático extremo de chuvas acontecer.

Para Irineu Orth, senador e atual presidente da Aprosoja do Rio Grande do Sul, a próxima safra do grão é uma incógnita.

"Não vai ter condições de recuperar tudo numa safra só. O estado é muito grande, não tem nem fornecedores que vão ter os insumos suficientes para fazer isso. E o maior problema: os agricultores não vão ter dinheiro para bancar isso", diz à DW.

Apesar dos anos em série de perdas por conta de extremos de seca ou de chuva, as mudanças climáticas ainda não entraram na pauta do representante do setor no estado – e no Congresso.

"Tem esse pessoal que fica levantando essas hipóteses, é a atividade deles. Mas eu não acredito nessa questão desse pessoal ambientalista aí, que tem outros objetivos", responde Orth quando questionado sobre os impactos das mudanças climáticas.

•           Diálogo difícil

Todo este solo fértil varrido apareceu na investigação das causas e extensão da catástrofe feita por Eduardo Vélez, pesquisador que integra a rede Mapbiomas. "A gente tem registros fotográficos, e a própria cor da água mostra que teve uma perda de solos muito grande. Toda essa lama é solo agrícola que foi varrido pelas enxurradas", explica à DW.

O biólogo diz que o impacto do volume extremo de chuva poderia ter sido menos severo se os limites exigidos pelas leis ambientais tivessem sido respeitados. Em algumas bacias hidrográficas, como a do alto Jaqui, sobrou menos de 20% de vegetação nativa. Pelo Código Florestal, incluindo área de preservação permanente e reserva legal, essa taxa teria que ser em torno dos 30%.

"Se a vegetação nativa estivesse em maior quantidade e melhor distribuída, com todas as propriedades respeitando a área mínima de preservação, a enchente teria menos velocidade. Haveria mais tempo para fugir, achar mecanismos de resposta, menor altura da linha d'água e menor quantidade de solo perdido", diz Velez à DW.

A ciência mostra que a vegetação nativa (florestas, campos, brejos e pântanos, entre outros) garante uma boa infiltração da água no solo e, consequentemente, retarda inundações nos rios. Ela também protege o próprio solo, evitando que ele seja arrastado com as águas.

No Rio Grande do Sul, o Pampa tem enfrentado grande pressão. A maior perda tem sido para grandes cultivos de soja nas últimas décadas, aponta o levantamento anual do MapBiomas. Conservado, este bioma ajuda na infiltração de água, na retenção dos sedimentos e impede erosão.

Heinrich Hasenack, doutor em agronegócios e professor no Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pontua que um mosaico de áreas com vegetação nativa, onde a água demora mais pra escoar, com áreas de lavoura, onde ela corre mais rápido, já teria grande efeito.

"Se a legislação fosse seguida o mínimo possível, já seria um grande avanço. Para aumentar a resiliência do estado frente às mudanças climáticas, a participação das propriedades rurais é vital, porque só as áreas de conservação, que são pequenas no estado, não são suficientes", afirma Hasenack.

Velez reflete se, neste momento de emergência climática, o que a lei diz hoje é suficiente para enfrentar o desafio. Mas a resistência dos produtores é grande.

"Sempre o tema ambiental é difícil de ser assimilado pelo setor do agronegócio, que tem dificuldade de reconhecer a importância da vegetação nativa. A gente produz os dados, mas o diálogo é difícil", argumenta o biólogo.

•           O custo de não preservar

Para recompor o setor, o secretário Ronaldo Santini espera que o governo federal mantenha linhas de crédito com juros subsidiados e perdoe dívidas passadas.

"É a terceira vez que o produtor perde tudo e reconstrói tudo. Então, a capacidade de endividamento já está comprometida. Sozinho, eles não vão conseguir", justifica, sem conseguir estimar os prejuízos dos últimos desastres.

Ao mesmo tempo, Santini reconhece que mudanças precisam entrar em definitivo para a agenda. Por muitos anos, diz, os produtores seguiram o conceito de que a ampliação da área plantada é garantia de sustento da família.

"Vamos trabalhar mais com o tema da sustentabilidade. Nós vamos incentivar programas de recuperação e preservação de nascentes, de florestas, de melhor manejo do pasto", comenta.

O reflorestamento teria que entrar neste planejamento desde o início, defende Sérgio Leitão, do Instituto Escolhas. Um estudo recente da entidade apontou que o estado tem 11.600 quilômetros quadrados de áreas de preservação permanente e reserva legal para recuperar.

"Seriam investidos cerca de R$ 20 bilhões neste plano, mas os benefícios são cinco vezes maiores", diz Leitão à DW, mencionando a geração de empregos para produção e plantio de cerca de um bilhão de mudas estimadas e a produção de até nove milhões de toneladas de alimentos em sistemas agroflorestais.

"Recuperar esta vegetação faz parte da recuperação econômica do estado e gera a infraestrutura verde necessária para enfrentar a crise climática que se agrava", conclui Leitão.

 

•           Assentamento do MST em Eldorado aguarda análise do solo para voltar a produzir: ‘começar antes do zero’

Grande parte dos alimentos que abastecem as feiras ecológicas de Porto Alegre, como as dos bairros Menino Deus e Auxiliadora, assim como a Feira de Agricultores Ecologistas (FAE), no Bom Fim, é produzida no assentamento Integração Gaúcha, em Eldorado do Sul. Assim como toda a cidade, a zona rural de Eldorado ficou embaixo d’água por semanas no mês de maio, o que destruiu toda a produção de hortaliças que estavam prontas para serem levadas para as feiras. A estimativa é de a que produção das 64 famílias assentadas no local, que também tinha lavouras de arroz agroecológico e uma agroindústria, só comece a ser retomada em 90 dias.

“Agora é mais do que começar do zero, porque, na semana passada, vieram pesquisadores da UFRGS coletar amostra de solo para fazer análise. A gente não tem ideia do que a enchente impactou na produção”, diz Márcia Riva, que trabalha na agroindústria Pão da Terra e cultiva cogumelos na área do assentamento. “O que a gente sabe é que as águas passaram por indústrias químicas, tem esgoto, enfim. E a gente tem muito cuidado e muita responsabilidade na produção agroecológica. Então, precisamos ter uma ideia do que tem no solo para tentar fazer esse processo de regeneração e só depois cultivar e poder abastecer de novo.”

O Integração Gaúcha é um assentamento criado no início dos anos 1990, quando o conflito agrário explodia em diversas partes do Brasil. No Rio Grande do Sul, um confronto na Praça da Matriz entre policiais militares e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) resultou na morte do cabo Valdeci de Abreu Lopes, em 8 de agosto de 1990.

Um ano mais tarde, a família de Márcia, natural de Entre Rios do Sul, começaria a se assentar na região de Eldorado do Sul, junto a outros militantes do MST. A primeira a chegar foi a irmã dela, Marinês. “Nós plantávamos fumo na região norte do estado e a gente largou tudo aquilo porque estávamos envenenados, doentes. Uma família de seis filhos, sem perspectiva”, diz Márcia.

 A terra foi conquistada em um espaço que antes era usada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) para experiências, mas foi abandonado. Era um campo vazio, com árvores esparsas, onde foram instaladas as primeiras lonas pretas dos agricultores sem terra. No início, as mulheres iam até a cidade trabalhar como domésticas. Já os homens se dividiam entre a construção civil e os primeiros passos no trabalho na terra. Aquela renda inicial foi sendo usada para comprar ferramentas, insumos e mudas. Trinta e três anos depois, transformou-se em uma das principais regiões de produção de arroz agroecológico e sede de uma agroindústria que ocupa um galpão de 165 m², além da produção de leite e de mais de 100 variedades de hortaliças.

Então, veio a água.

Em linha reta, a Rua Che Guevara, que marca o início do assentamento, está 5 km distante do Rio Jacuí. Ali, apesar de Eldorado ser uma cidade com histórico de alagamentos, a água não costumava chegar. “A gente não estava acreditando na situação, porque todo ano aqui dá enchente. Embora nesse ano tinha muita chuva, mas a gente não imaginava que a água fosse chegar”, diz Márcia.

Começou a subir ainda no dia 2 de maio. Às 10h da manhã daquele dia, integrantes da Defesa Civil estiveram na sede da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), localizada na Estrada da Arrozeira, para alertar do risco de alagamento, mas sem informações precisas, recorda Márcia. Às 16h, o local já estava inacessível.

Subiram móveis dentro de casa, tentaram organizar a agroindústria colocando geladeiras e freezers em cima de mesas de inox, levaram animais para um galpão em um terreno mais alto. Nada adiantou. Márcia ficou entre os dias 2 e 18 hospedada na casa de clientes da feira ecológica no bairro Jardim Lindóia, em Porto Alegre. Na noite da quinta-feira, a água já passava por cima do portão e já não dava mais pé. Um membro de cada família chegou a ficar para cuidar dos animais. Precisaram ser resgatados de barcos e helicópteros.

“Os cachorros, a gente salvou mais da metade. As vacas, a perda foi maior. Nós temos um vizinho aqui que tinha 26 vacas, perdeu 14. E ele tentou por muito tempo remanejar, levou até a BR com barco, mas a correnteza era muito forte aqui”, diz Márcia.

As perdas na agroindústria foram quase totais. Uma das salas armazenava três toneladas de matérias primas, como açúcares, farinhas, nozes, castanha, uva passa e cafés. As pilhas chegavam até a altura de um ar condicionado, posicionado próximo ao teto. No entanto, como os açúcares estavam embaixo e foram derretendo à medida que a água foi tomando conta do espaço, tudo se perdeu. Outra sala abrigava uma tonelada de produtos prontos, já embalados. Tudo perdido também. “Foram dois dias de carrinho de mão para tirar toda a nojeira”, diz Márcia.

Alguns dos equipamentos puderam ser salvos, mas a estimativa é de perdas de R$ 440 mil na agroindústria, somando maquinário e estoques.

 Márcia cultiva cogumelos do tipo Shimeji — cinza, preto e salmão — e trabalha na agroindústria. A sua estufa tinha capacidade de produção de 900 sacos de substrato simultâneos, posicionados em esteiras colocadas sob taquaras. Tinha estrutura de controle de temperatura, de umidade e de CO2, telas para impedir a entrada de organismos externos. Tudo foi perdido ou jogado fora. Hoje, só resta a estrutura de fora e, mesmo a brita do chão, ainda precisará ser trocada, porque está contaminada.

O arroz agroecológico é a principal fonte de renda dos assentados. Márcia estima que 60% da safra já tinha sido colhida. “A gente perdeu 40%, mais ou menos, na lavoura, mais os maquinários que não deu tempo de tirar. Só que nos anos anteriores, nessa época, o arroz já estava todo colhido, mas a enchente de novembro atrasou o plantio. As hortas, a gente já tinha perdido no ano passado. Fizemos de novo. Agora que tava tudo bonito, no ápice das colheitas”, diz.

A produtora explica que o assentamento é dividido em duas agrovilas. Uma delas localizada em uma área mais baixa, onde moram 36 famílias. “Todos os anos, a água destrói as hortas nessa agrovila. É raro o ano que não dá enchente. E, nesse ano, as famílias não querem mas nem voltar para as casas”, diz.

A pauta, então, é a do reassentamento. Márcia explica que os ministros Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, assim como os presidentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi, já estiveram na região nas últimas semanas para discutir, entre outras coisas, a questão. Contudo, Márcia não crê que o tema seja resolvido rapidamente. “E, nessa lógica de assentamento, como vai acontecer esse novo reassentamento? Porque o projeto de reforma agrária não é mais o da década de 80, que tem uma fazenda em algum lugar, desapropria e joga as famílias lá”, pontua.

Ainda assim, outra parte das famílias, o que inclui a de Márcia, pretende ficar. Ela destaca que o primeiro sentimento que teve ao chegar no assentamento em 18 de maio foi de desespero ao se deparar com a destruição. “Era um lugar que a gente não reconhecia”.

Aos poucos, os primeiros a retornar foram limpando o local. Inicialmente, usando a água que permanecia da enchente para tirar a lama, já que o abastecimento da Corsan estava parado e não era possível acessar os poços artesianos. Foram alguns dias dormindo em um salão utilizado para atividades holísticas, que está em um ponto mais alto.

 As lavouras agora já estão limpas e aguardando o resultado das análises do solo para saber quando poderão ser retomadas. O resultado deve sair já na próxima semana. Alguns produtores se antecipam e iniciam o plantio de alimentos para subsistência.

“A gente é muito corajoso no sentido de retomar o território, até por uma certa desesperança de não termos expectativa de que esse reassentamento vai acontecer tão cedo, por ter sido a primeira vez que nós pegamos a água. Então, o pessoal aqui de cima vai cultivar as hortas tão logo a gente tenha os resultados. Agora, é um pouco angustiante, essa visão de futuro a gente não tem. A gente tinha até um mês e meio atrás. Hoje, até a gente está tentando recompor as nossas casas, que foi a nossa prioridade e se perguntando: ‘Bom, eu vou botar uma pia, eu vou botar um sofá, até quando?’ ‘Eu vou comprar uma cama boa, um colchão bom para descansar depois de um dia de trabalho.’ ‘Mas eu vou pagar um produto caro, talvez até o ano que vem ou talvez até setembro, que historicamente setembro faz enchente’. Então, é um lugar de uma certa desesperança, sabe, e de não ter perspectiva. Isso é um pouco assustador”, diz Márcia.

Por outro lado, Márcia saúda o fato de existir uma organização que dê suporte para as famílias assentadas. Com recursos angariados em uma vaquinha do MST, contrataram máquinas para realizar a retirada dos entulhos da propriedade. Também é esperado auxílio para compra de novas mudas para as hortas, de adubo e outros insumos necessários. “Vocês não vão ver aqui as montanhas de lixo que viram na cidade, aquilo é pavoroso. Isso tudo é fruto da nossa auto-organização”, afirma.

A visita dos ministros resultou na doação de cestas básicas distribuídas pela Conab, mas há ainda a expectativa do apoio financeiro governamental para a recuperação da produção. As famílias assentadas têm como grande parte de sua renda a produção comprada pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “A gente tem tido só ajuda de parceiros, de outros agricultores feirantes. Infelizmente, até agora, do governo do Estado a gente não espera nada mais, mas do governo federal não veio nada ainda”, diz.

 Fonte: Deutsche Welle/Sul 21 

 

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