Oeste da
Bahia bate recorde de produtividade graças a forte investimento em irrigação
Presente
em quase dois milhões de hectares (1,92 milhão), o sistema por pivô central é
hoje o método de irrigação mais utilizado no Brasil, sendo usado em mais de 55%
das áreas de agricultura irrigada do país. Boa parte dessas terras está num dos
maiores polos brasileiros de irrigação: o oeste da Bahia. Para se ter uma
ideia, desses quase dois milhões de hectares cobertos por pivôs, 15,3% estão em
território baiano, segundo o Mapeamento Atualizado da Agricultura Irrigada por
Pivôs Centrais no Brasil, um estudo produzido pela Agência Nacional das Águas
(ANA), com dados de 2022.
De
olho nesse potencial, a 18ª edição da Bahia Farm Show que segue até o próximo
dia 15 de junho (sábado), trazendo uma série de novidades tecnológicas no campo
da irrigação agrícola. Um exemplo é o Custom Corner 9500CC Zimmatic,
equipamento que usa o sistema de pivô corner, desenvolvido para proporcionar o
máximo de aproveitamento das áreas, especialmente em terrenos com bordas
irregulares.
Quem
irá apresentar a novidade na feira, que será realizada no município de Luís
Eduardo Magalhães, é o Grupo Pivot, rede com atuação nos estados da Bahia,
Goiás, Minas Gerais e Tocantins, e uma das líderes nacionais na comercialização
de maquinários agrícolas e sistemas de irrigação. De acordo com João Morais,
gerente da unidade da Pivot em Luís Eduardo Magalhães, o Custom Corner 9500CC é
um sistema desenvolvido pela multinacional
americana Lindsay, detentora das marcas Zimmatic™ e FieldNET, que trouxe
a novidade este ano para o Brasil. “A principal inovação desse sistema é a
existência de um ‘braço extra’
ajustável, que pode cobrir bordas de terrenos irregulares ou com obstáculos,
ampliando a área irrigada em até 25%”, explica o gerente.
Ele
conta que a Pivot estará com um estande ainda
maior este ano, para abrigar uma estrutura demonstrativa desse novo
equipamento de irrigação por pivô central. João Morais também destaca o enorme
potencial da agricultura irrigada no oeste baiano. “Nos últimos três anos essa
região tem sido nossa maior compradora de sistemas e peças de irrigação, isso
muito em função de seu grande potencial para agricultura irrigada,
principalmente para culturas como soja e algodão”, destaca o gerente.
• Alta produtividade
E
parece que o investimento em tecnologia de irrigação tem dado muito certo para
a região, é o que indica os números da última edição do Anuário da Região do
Oeste da Bahia - Safra 2022/2023, elaborado pela Associação de Agricultores e
Irrigantes da Bahia (Aiba). De acordo com o documento, o último ciclo foi
encerrado com excelentes números, tanto para a soja quanto para o algodão.
Começando pela produção de soja: os dados da última safra chegaram próximo de 8
milhões de toneladas, um acréscimo de 7,5% em relação ao ciclo de 2021/2022.
Outro número destacado no anuário é o da produtividade: na safra 2022/2023, a
média de produção foi de 67 sacas por hectare, uma elevação de 4,5% em relação
ao ciclo anterior, atingindo a melhor média de todo o Brasil. Segundo dados da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média no país
ficou próxima de 58 sacas de soja, ou seja, a média baiana está 12% superior à
nacional.
Quanto
ao algodão, outra cultura forte na região, o ciclo 2022/2023 também fechou com recorde em média de
produtividade. Nos 312,6 mil hectares de lavouras ocupadas com a commodity, a
Bahia produziu, aproximadamente, 615 mil toneladas de algodão beneficiado
(pluma), com produtividade de 1.968 quilos de pluma por hectare.” Sem dúvida o
investimento em irrigação, por parte dos produtores, tem sido o grande
diferencial para o crescimento exponencial da agricultura no oeste baiano. Para
se ter uma ideia, mesmo com uma quebra de safra, por conta da irregularidade
das últimas chuvas, a região conseguiu manter uma alta produtividade, isso
muito em função das propriedades que fazem uso da irrigação. Quem tem, manteve
a alta produtividade, especialmente para o algodão, que está com ótimos preços
e a expectativa de uma grande colheita. Inclusive, o algodão baiano, segundo os
especialistas, é o que oferece hoje a fibra de melhor qualidade no mundo”,
destaca o gerente da Pivot.
• Expositores da agricultura familiar
enxergam Bahia Farm como vitrine
Em
meio ao maquinário agrícola com as mais avançadas tecnologias, um espaço atrai
todo ano a atenção de quem visita a Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães,
oeste da Bahia, que é a área onde expositores comercializam produtos oriundos
da agricultura familiar.
O
espaço conta com 32 pontos de vendas, onde os permissionários e alguns membros
de associações da região expõem os mais variados produtos, tanto alimentícios
quanto de artesanato.
Quem
aprecia degustar algo mais doce, pode conhecer a "Baiana
Bacana", que representa o município
de Cristópolis. Produtos extraídos da cana de açúcar, como o melaço de cana,
bem como rapadura e açúcar mascavo podem ser encontrados por lá. E não podia
faltar uma boa cachacinha entres as variadas bebidas comercializadas no espaço.
"A
gente é uma das poucas empresas de cachaça regulamentadas do oeste baiano e
pretendemos espalhar nossos produtos. E a feira é uma vitrine. Por isso, a
gente capricha no sabor para manter a qualidade da cachaça que representa a
nossa Bahia”, diz Carina Nunes, responsável pelo ponto.
Fonte:
Comunicação sem Fronteiras/A Tarde
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