sábado, 15 de junho de 2024

Oeste da Bahia bate recorde de produtividade graças a forte investimento em irrigação

Presente em quase dois milhões de hectares (1,92 milhão), o sistema por pivô central é hoje o método de irrigação mais utilizado no Brasil, sendo usado em mais de 55% das áreas de agricultura irrigada do país. Boa parte dessas terras está num dos maiores polos brasileiros de irrigação: o oeste da Bahia. Para se ter uma ideia, desses quase dois milhões de hectares cobertos por pivôs, 15,3% estão em território baiano, segundo o Mapeamento Atualizado da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais no Brasil, um estudo produzido pela Agência Nacional das Águas (ANA), com dados de 2022.

De olho nesse potencial, a 18ª edição da Bahia Farm Show que segue até o próximo dia 15 de junho (sábado), trazendo uma série de novidades tecnológicas no campo da irrigação agrícola. Um exemplo é o Custom Corner 9500CC Zimmatic, equipamento que usa o sistema de pivô corner, desenvolvido para proporcionar o máximo de aproveitamento das áreas, especialmente em terrenos com bordas irregulares.

Quem irá apresentar a novidade na feira, que será realizada no município de Luís Eduardo Magalhães, é o Grupo Pivot, rede com atuação nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Tocantins, e uma das líderes nacionais na comercialização de maquinários agrícolas e sistemas de irrigação. De acordo com João Morais, gerente da unidade da Pivot em Luís Eduardo Magalhães, o Custom Corner 9500CC é um sistema desenvolvido pela multinacional  americana Lindsay, detentora das marcas Zimmatic™ e FieldNET, que trouxe a novidade este ano para o Brasil. “A principal inovação desse sistema é a existência de um  ‘braço extra’ ajustável, que pode cobrir bordas de terrenos irregulares ou com obstáculos, ampliando a área irrigada em até 25%”, explica o gerente.

Ele conta que a Pivot estará com um estande ainda  maior este ano, para abrigar uma estrutura demonstrativa desse novo equipamento de irrigação por pivô central. João Morais também destaca o enorme potencial da agricultura irrigada no oeste baiano. “Nos últimos três anos essa região tem sido nossa maior compradora de sistemas e peças de irrigação, isso muito em função de seu grande potencial para agricultura irrigada, principalmente para culturas como soja e algodão”, destaca o gerente.

•           Alta produtividade

E parece que o investimento em tecnologia de irrigação tem dado muito certo para a região, é o que indica os números da última edição do Anuário da Região do Oeste da Bahia - Safra 2022/2023, elaborado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). De acordo com o documento, o último ciclo foi encerrado com excelentes números, tanto para a soja quanto para o algodão. Começando pela produção de soja: os dados da última safra chegaram próximo de 8 milhões de toneladas, um acréscimo de 7,5% em relação ao ciclo de 2021/2022. Outro número destacado no anuário é o da produtividade: na safra 2022/2023, a média de produção foi de 67 sacas por hectare, uma elevação de 4,5% em relação ao ciclo anterior, atingindo a melhor média de todo o Brasil. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média no país ficou próxima de 58 sacas de soja, ou seja, a média baiana está 12% superior à nacional.

Quanto ao algodão, outra cultura forte na região, o ciclo 2022/2023  também fechou com recorde em média de produtividade. Nos 312,6 mil hectares de lavouras ocupadas com a commodity, a Bahia produziu, aproximadamente, 615 mil toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade de 1.968 quilos de pluma por hectare.” Sem dúvida o investimento em irrigação, por parte dos produtores, tem sido o grande diferencial para o crescimento exponencial da agricultura no oeste baiano. Para se ter uma ideia, mesmo com uma quebra de safra, por conta da irregularidade das últimas chuvas, a região conseguiu manter uma alta produtividade, isso muito em função das propriedades que fazem uso da irrigação. Quem tem, manteve a alta produtividade, especialmente para o algodão, que está com ótimos preços e a expectativa de uma grande colheita. Inclusive, o algodão baiano, segundo os especialistas, é o que oferece hoje a fibra de melhor qualidade no mundo”, destaca o gerente da Pivot.

 

•           Expositores da agricultura familiar enxergam Bahia Farm como vitrine

Em meio ao maquinário agrícola com as mais avançadas tecnologias, um espaço atrai todo ano a atenção de quem visita a Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães, oeste da Bahia, que é a área onde expositores comercializam produtos oriundos da agricultura familiar.

O espaço conta com 32 pontos de vendas, onde os permissionários e alguns membros de associações da região expõem os mais variados produtos, tanto alimentícios quanto de artesanato.

Quem aprecia degustar algo mais doce, pode conhecer a "Baiana Bacana",  que representa o município de Cristópolis. Produtos extraídos da cana de açúcar, como o melaço de cana, bem como rapadura e açúcar mascavo podem ser encontrados por lá. E não podia faltar uma boa cachacinha entres as variadas bebidas comercializadas no espaço.

"A gente é uma das poucas empresas de cachaça regulamentadas do oeste baiano e pretendemos espalhar nossos produtos. E a feira é uma vitrine. Por isso, a gente capricha no sabor para manter a qualidade da cachaça que representa a nossa Bahia”, diz Carina Nunes, responsável pelo ponto.

 

Fonte: Comunicação sem Fronteiras/A Tarde

 

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