Incentivos da Sudene atraem R$ 610,3
milhões para Bahia
A Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste aprovou 13 pleitos de incentivos fiscais para a
Bahia, que representam um investimento de R$ 610,3 milhões no estado. São cinco
pleitos para a implantação de empreendimentos, cinco para modernização e três
para complementação de equipamentos. Eles são responsáveis por 10 mil empregos
diretos e indiretos e estão instalados em nove municípios.
Dentre os projetos
contemplados, dez são para redução do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e
três demandas foram pelo reinvestimento. Para o superintendente da Sudene,
Danilo Cabral, os incentivos fiscais são valiosos para o desenvolvimento da
região. “A atração de investimentos
gerada por esses incentivos é de suma importância para o fortalecimento dos
setores produtivos, assim como a geração de emprego e renda, de oportunidades
para a população e de maior competitividade no mercado”, afirmou.
Um dos destaques da
Bahia são os investimentos de R$ 401,1 milhões nos parques eólicos Pindaí I,
II, III e IV Geração de Energia S.A. O empreendimento é um complexo de quatro
parques eólicos na cidade de Pindaí (BA), cuja capacidade instalada total é de 79,9
MW. O projeto conta com 34 aerogeradores ao longo de 17 quilômetros de
extensão, o que é bastante significativo no sentido da geração de energia
renovável. A Eólica Pindaí teve quatro pleitos contemplados para a redução de
75% do IRPJ.
Outro empreendimento
que merece ser destacado é o Monsanto do Brasil Ltda, localizado em Camaçari,
que apresenta capacidade instalada para fabricação de ácido
fosfonometiliminodiacético (PIA), Hidrogênio (H2) e Ácido clorídrico (HCl). O
PIA é a principal matéria-prima para a fabricação do herbicida Roundup, uma das
marcas mais conhecidas pelo agronegócio. A empresa do Grupo Bayer teve aprovado
um investimento de R$ 137 milhões.
De acordo com o
diretor de Gestão de Fundos de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor
Freire, os incentivos fiscais são muito importantes para a atração de
empreendimentos para a região. “Só em 2023 foram investidos R$ 34,2 bilhões,
além de terem empregado 314 mil profissionais”, disse.
Além das demandas
aprovadas na Bahia, pleitos foram contemplados pleitos de Pernambuco (10), Rio
Grande do Norte (3), Alagoas (3), Espírito Santo (2), Minas Gerais, Ceará,
Paraíba e Maranhão, cada um com uma demanda. Os pleitos são referentes a
projetos de implantação, modernização, retificação de laudo, transferência e
reinvestimento. Dentre os 35 pleitos aprovados, 26 são para redução de 75% do
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica).
As empresas
contempladas na Bahia, além das duas já mencionadas, são D’Massas Indústria de
Alimentos Ltda, Borrachas Vipal Nordeste S.A, Produtos Alimentícios Gameleira
S.A, Bauminas Quimica N/NE Ltda, Águas do Porto Indústria e Comércio de Águas
Ltda, SPE Miranga S.A, Belgo Bekaert Arames Ltda e Oleoquímica Indústria e
Comércio de Produtos Químicos Ltda. Os empreendimentos estão instalados nos
municípios de Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Jequié, Mucuri, Porto
Seguro, Camaçari e na capital Salvador.
Para Silvio Carlos,
coordenador-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais e Financeiros da Sudene, o
resultado da atuação da área neste ano é positivo. “Tivemos um aumento no
número de pleitos aprovados de janeiro a maio deste ano em comparação ao mesmo
período do ano passado. São mais de 80 pleitos aprovados em 2024, em comparação
com os 23 pleitos aprovados durante o mesmo período em 2023”, comentou. Neste
ano, as empresas incentivadas pela Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste somam um investimento total de R$ 1,7 bilhão e são responsáveis por
16,4 mil empregos diretos e indiretos.
¨ Sudene e Hemobrás discutem parcerias para o fortalecimento da
cadeia produtiva da saúde
A Sudene e a Hemobrás
deram início às tratativas para a realização de parcerias visando o
fortalecimento da cadeia produtiva da saúde no Nordeste. O objetivo é investir
em inovação, pesquisa e formação e qualificação de mão de obra para atender o
setor, responsável por 10% do PIB do Brasil e um importante instrumento de
desenvolvimento socioeconômico.
Em visita à empresa
nesta segunda-feira (3), o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, e a
presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, criaram um grupo de trabalho para a
construção das parcerias. Até o segundo semestre deste ano, será acordado de
que maneira acontecerá a atuação conjunta para o fomento da cadeia produtiva da
saúde na região.
“Queremos aprofundar a
relação entre a Sudene e a Hemobrás para que a gente possa discutir novas
oportunidades de geração de desenvolvimento para o Nordeste e, em especial,
para Pernambuco. A partir de um diálogo que fizemos aqui, temos a perspectiva
de consolidar as ações previstas no Plano Regional de Desenvolvimento do
Nordeste, que aponta para a estruturação dessa importante cadeia da economia,
que é o Complexo Econômico Industrial da Saúde”, afirmou após a reunião.
O superintendente
destacou que a missão 2 da Nova Política Industrial do Brasil é o Complexo
econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do
SUS e ampliar o acesso à saúde. Tem como meta principal ampliar a participação
da produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos,
vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e
tecnologias em saúde. A Hemobrás tem um papel fundamental nesse novo cenário.
A presidente Ana Paula
Menezes frisou que a missão da Hemobrás é garantir a produção de hemoderivados
e recombinantes para a população. “ Para além disso, temos um papel no
desenvolvimento do país, especialmente da região. Nós temos o desafio em
relação à nacionalização da nossa cadeia de produção. Hoje, a empresa incorpora
a tecnologia de parceiros internacionais e respeitamos a determinação na
aquisição dos insumos. Quando finalizarmos a transferência de tecnologia e
estivermos com a produção nacionalizada, poderemos adquiri-los no Brasil,
inclusive estimulando o mercado local”, disse.
Em abril, foi inaugurada
a fábrica de medicamentos recombinantes da Hemobrás, uma nova unidade no
complexo fabril instalado em Goiana (PE). O empreendimento conta com benefício
de redução de 75% do imposto de renda concedido pela Sudene para a realização
de novos investimentos. A concessão do benefício à empresa de hemoderivados
ocorreu no final de 2023 e foi ratificada com publicação no Diário Oficial na
semana passada. De acordo com dados informados à Sudene na solicitação do
pleito, a indústria vai investir R$ 1,9 bilhão na implantação.
Segundo a presidente
Ana Paula Menezes, a empresa deve apresentar outro pleito de incentivo fiscal
no próximo ano. “É super importante para a empresa, porque a gente teve uma
redução de 75% dos nossos impostos. Isso significa mais recursos para a Hemobrás
investir no projeto das fábricas”, comentou. Ela ressaltou que a ação conjunta
com a Sudene ajudará a empresa a capitalizar recursos e desenvolver a cadeia
produtiva da saúde.
Além dos dirigentes
das instituições, também participaram do encontro o diretor
Administrativo-Financeiro da Hemobrás, André Pinho, além da chefe de Gabinete,
Adelaide Caldas, e o membro do Conselho de Administração, Diego Pessoa Gomes.
Pela Sudene, esteve presente o coordenador de Promoção do Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente, José Farias Gomes Filho.
Incentivos
A Hemobrás é uma das
sete indústrias farmacêuticas instaladas em Pernambuco que contam com
incentivos fiscais da Sudene. Também são clientes deste instrumento da
Autarquia o Aché Laboratórios Farmacêuticos e a Blau Farmacêutica, instalados
no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho; a IMEC – Indústria de
Medicamentos Custódia, no sertão do Moxotó; o Laboratório Farmacêutico de
Pernambuco (Lafepe), na capital pernambucana; Natusense Indústria e Comércio,
localizada em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife; e a Vidfarma
Indústria de Medicamentos, sediada em Pombos, no agreste do estado.
Juntas, estas empresas
informaram um investimento de mais de R$ 3,4 bilhões nos projetos localizados
em Pernambuco, gerando 2,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. ““Esta é
uma cadeia produtiva importante para nossa área de atuação e para o Brasil como
um todo. Tanto que a política estabelecida pela Nova Indústria Brasil prevê
investimentos na área industrial da saúde, para termos menor dependência
tecnológica e maior capilaridade para atender as demandas da sociedade. Da
mesma maneira, nosso plano regional trata o assunto com prioridade”,
complementou Danilo Cabral.
Fonte: Ascom Sudene
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