Veja como surge uma fake news bolsonarista
e como destruí-la
O ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, mostrou ao Brasil nesta quarta-feira (22) como se deve
proceder quando uma fake news espalhada pelos bolsonaristas é identificada. O
fato ocorreu durante uma sessão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara
dos Deputados e acabou por desarmar totalmente o autor da mentira deslavada,
deputado Filipe Barros (PL-PR).
Haddad foi questionado
pelo parlamentar de extrema direita com base numa informação totalmente
distorcida de que o atual governo, liderado pelo presidente Lula (PT), teria o
pior déficit primário da História do Brasil. O radical trouxe até um gráfico
para mostrar que, de fato, o índice em 2023 foi o pior já visto. No entanto, é
infantilmente simples explicar os números: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
em seu último ano de mandato, o de 2022, deixou o maior calote de todos os
tempos, sobretudo com os estados da federação, que precisou ser pago por seu
sucessor no ano seguinte. Ou seja, Lula gastou um caminhão de dinheiro para
saldar as dívidas do antecessor.
“Eu queria me deter um
pouco na fala do deputado Filipe [Barros]... Deputado, não leve a mal o que eu
vou dizer, e eu vou dizer com a mesma calma que eu tenho tido aqui... Não vale
a pena trabalhar com fake news, não é uma coisa que vai ajudar o país... Eu vou
dar um exemplo pro senhor: o senhor tá colocando na conta deste governo o
pagamento do calote de precatórios do governo anterior... O senhor... O senhor,
eu não sei quanto gosta dos livros, porque o senhor está pedindo para eu voltar
aos livros, mas eu recomendaria que o senhor se detivesse aos comunicados que a
Fazenda faz... Quando a gente paga o calote do governo anterior, o senhor
colocar isso na conta do governo do presidente Lula, que nunca deu calote... Só
teve dois presidentes que deram calote desde a redemocratização: o Collor e o
Bolsonaro... Ninguém mais deu calote aqui, você podia fazer oposição e tal,
podia ser situação, não importa... Fernando Henrique, Lula, Dilma... Ninguém
deu calote... O Collor deu calote, quase destruiu aí parte da economia
brasileira, e o Bolsonaro deu calote... Aí vem um presidente e paga o calote...
‘Ah, olha o déficit que o presidente Lula fez’... Esse déficit, deputado, não é
nosso... O filho é teu! Tem que assumir! Tem paternidade... Faz um exame de DNA
que o senhor vai saber quem deu o calote”, começou dizendo Haddad para um
Filipe Barros totalmente sem-graça e desconcertado.
O ministro ainda deu
outras explicações óbvias para refutar a baboseira do deputado bolsonarista,
que não gostou da resposta e ainda teve que ouvir aplausos de parte das pessoas
que acompanhavam a sessão.
• Haddad humilha Kim Kataguiri e deputado
fica desconcertado
Durante a sessão da
Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, realizada nesta
quarta-feira (22) e que contou com a presença do ministro da Fazenda Fernando
Haddad, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), conhecido por suas
postagens nas redes sociais, tentou fazer graça com o representante do governo
Lula, mas acabou sendo humilhado e ficando sem palavras. A discussão girava em
torno do imposto sobre compras digitais.
Em resposta a uma
provocação de Kim Kataguiri, Fernando Haddad afirmou ao parlamentar que a
medida criticada por eles foi tomada pelos governadores estaduais que ele apoia
e desafiou o representante do MBL a criticar o governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Vocês querem
ideologizar o debate, isso é ruim. Vocês passaram pano para o contrabando,
estimularam o contrabando. O deputado Kim não sabe que o ICMS é um imposto
estadual? O senhor sabe que é um imposto estadual. O senhor deveria estar
criticando os governadores. Eu sou a favor do que eles fizeram, eu agradeci
aqui […] o ICMS que é cobrado dos marketplaces é estadual. O senhor está
querendo atribuir ao governo federal um imposto estadual. Na minha opinião, foi
uma decisão correta dos governadores”, iniciou Fernando Haddad.
“O senhor vai criticar
publicamente os governadores que o senhor apoia? Não, né. Não fará isso. Pegue
o microfone e fale mal do Tarcísio. Vamos lá, coragem!”, debochou o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad. O deputado Kim Kataguiri ficou desconcertado e sem
palavras. Confira no vídeo abaixo.
Quem também acabou
sendo humilhado por Fernando Haddad foi o deputado bolsonarista Abilio Brunini
(PL-MT). “Deputado, eu gosto da cultura e sei que o bolsonarismo tem
dificuldades com as artes. Vocês têm! Vocês não gostam [das artes]. Vocês vão
ter que aprender a respeitar um dos maiores patrimônios deste país”, disse
Haddad, que foi interrompido por Brunini: “Tipo o show da Madonna?”, “Deputado,
isso não é problema, não vá ao show da Madonna”, disparou o ministro.
• Moraes detona Eduardo Bolsonaro:
"cabo, soldado e coronel estão todos presos"
Em um discurso no
Tribunal Superior Eleitoral, o ministro da corte e do Supremo Tribunal Federal
Alexandre de Moraes provocou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Moraes falou sobre a
resistência da corte a uma tentativa de golpe de Estado perpetrada pelo
bolsonarismo contra o tribunal, e relembrou a fatídica fala do filho do
ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a medida.
O discurso foi feito
durante uma sessão do tribunal eleitoral sobre inteligência artificial,
democracia e eleições.
"Todos se
recordam que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal
Federal. O cabo, o soldado, o coronel estão todos presos e o Supremo Tribunal
Federal aberto e funcionando. Mas se disse que bastaria um cabo e um
soldado", afirmou Moraes.
"Como não foi um
cabo e um soldado, foram milhares de pessoas que destruíram o prédio do Supremo
Tribunal Federal. Se foi para o confronto, para o confronto ao Judiciário para
tentar exatamente garantir esse novo populismo", completou.
Veja o vídeo:
<><>
Relembre a fala de Eduardo
Eduardo Bolsonaro
falou em 2018, no ano da eleição do neofascista-mor da nação, durante um
discurso, que, em caso de conflito entre a corte e o executivo, seria simples
dar um golpe de Estado.
A fala ocorreu no
cursinho Alfacon. Eduardo já era deputado federal. “O pessoal até brinca lá: se
quiser fechar o STF, você sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe.
Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não”,
completa.
• PF realiza ação sobre monitoramento
eletrônico após bolsonaristas quebrarem tornozeleiras e fugirem
A Polícia Federal
deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a 27ª fase da Operação Lesa Pátria,
que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Além de mandados de busca e
apreensão, os agentes focam em dois mandados de monitoramento eletrônico, sobre
o uso de tornozeleira de investigados pelos crimes.
A ação acontece dias
após ser revelado que pelo menos 10 bolsonaristas condenados ou investigados
pelos atos golpistas quebraram o aparato e fugiram do Brasil.
"Ao todo, estão
sendo cumpridos 20 mandados judiciais (18 mandados de busca e apreensão e 2 de
monitoramento eletrônico – tornozeleira eletrônica), expedidos pelo Supremo
Tribunal, nos Estados de Paraná (7), Goiás (1), Mato Grosso (1), São Paulo (7)
e Rondônia (2)", diz a PF em nota.
Os mandados
determinaram a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados.
Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar
à cifra de R$ 40 quarenta milhões.
Segundo a PF, os fatos
investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação
criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem
especialmente protegido.
"As investigações
continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com
atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos,
pessoas capturadas e foragidas", diz a nota.
• Tornozeleiras
Apoiadores de Jair
Bolsonaro (PL) que promoveram o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes em 8 de
janeiro de 2023 estão quebrando as tornozeleiras eletrônicas e fugindo do país
ao terem a liberdade provisória decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Levantamento feito por
Eduardo Militão no portal Uol, divulgado nesta terça-feira (14), revela que ao
pelo menos 10 bolsonaristas condenados ou investigados pelos atos golpistas
quebraram o aparato e fugiram do Brasil.
Moraes tem colocado
alguns dos golpistas em liberdade provisória, condicionada ao uso da
tornozeleira e à entrega do passaporte.
Segundo a reportagem,
seis dos 10 fugitivos são mulheres e a maioria de Santa Catarina, Paraná e São
Paulo.
Sete deles foram
condenados a mais de 10 anos de prisão pela participação nos atos golpistas.
Eles fugiram para a Argentina e o Uruguai.
Na última semana, o
Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, pediu aos ministérios da
Justiça e das Relações Exteriores a inserção dos nomes de 8 dos fugitivos na
lista de difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional. Seis deles
teriam quebrado a tornozeleira eletrônica e outros dois apenas fugido.
Caso tenham o nome
incluído na lista da Interpol, um alerta internacional constando suas fotos e
dados completos será emitido a todas as autoridades de fronteiras de países
onde possam buscar refúgio. Será praticamente impossível que consigam realizar
viagens internacionais sem serem pegos. Caso detidos, enfrentarão longos
processos de extradição para, uma vez extraditados, voltarem ao banco dos réus
no STF.
• PRF prende golpista bolsonarista que
tentava fugir para a Argentina
A Polícia Rodoviária
Federal prendeu nesta quinta-feira (23) um golpista bolsonarista condenado
pelas ações ocorridas em 8 de janeiro de 2023, quando extremistas seguidores do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram dar um golpe de Estado no Brasil, invadindo
as sedes dos Três Poderes, em Brasília, destruindo tudo. O criminoso estava
fugindo para a Argentina quando foi parado, após realizar uma ultrapassagem
proibida na BR-163, na altura do município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
Considerado foragido
pela Justiça, o bolsonarista que não teve a identidade revelada estava na
companhia da mãe idosa, e tinha arrancado ilegalmente a tornozeleira eletrônica
que o monitorava na noite anterior. Quando questionado sobre o problema judicial
que aparecia no sistema da PRF, o criminoso admitiu ser um dos golpistas do 8
de janeiro, enquanto sua mãe revelou que eles fugiam para a Argentina por medo
de que na próxima decisão do STF o filho fosse cumprir pena na cadeia.
O fugitivo encontrado
ao acaso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal de Naviraí (MS)
para aguardar seu recolhimento a um estabelecimento prisional, após audiência
com juiz.
Fonte: Fórum
Nenhum comentário:
Postar um comentário