quinta-feira, 23 de maio de 2024

Em plano da Sudene, Transnordestina é obra fundamental para integrar Nordeste

A Transnordestina é a principal obra integradora dos estados nordestinos, de acordo com o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, elaborado pela Sudene. A ferrovia tem o potencial de alavancar a reestruturação da malha ferroviária da região e de promover a interligação de diferentes modais de transporte, fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico regional.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou que a construção do trecho Eliseu Martins (PI) ao Porto de Pecém (CE) está em andamento, inclusive com recursos da Sudene, através do FDNE. “O governo federal assegurou a viabilização da linha Salgueiro (PE) ao Complexo de Suape (PE). A partir desta obra, vamos recuperar as linha dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Assim, com essa malha reestruturada, daremos um salto na logística e na integração da região”, afirmou o gestor durante a retomada do Crea Convida, nesta terça-feira (21), na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco, na capital deste estado.

Durante a apresentação, Danilo Cabral elencou os eixos estratégicos do PRDNE e destacou que o avanço na infraestrutura da região é apontado como um fator necessário para o aumento da competitividade dos estados nordestinos. “As ações previstas no Plano estão consignadas com os estados e a elas se somam os projetos do Novo PAC. Está previsto um grande volume de investimento público no Nordeste que trará avanços importantes para a região”, frisou.

A integração logística intermodal possibilita o transporte a custo competitivo de diversos tipos de carga para os portos dos estados, principalmente Pernambuco, Alagoas, Paraiba e Rio Grande do Norte. Favorece, por exemplo, a exportação de produtos, como grãos, gesso, frutas, combustíveis, a custo competitivo, além dos minérios que serão transportados através do trecho cearense. “Chamamos a atenção que a Transnordestina, integrada aos demais modais, reduz a disputa entre os estados, pois facilita o transporte de diversos tipos de produtos, favorecendo as atividades econômicas locais”, ressaltou Danilo Cabral.

O presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, anfitrião do evento, na abertura, disse que acompanha a obra desde 2008. “A discussão que fazemos hoje é importante, pois o que desejamos é que a ferrovia realmente tenha o traçado original concluído”, declarou. Já o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, organizador do debate, realçou que a obra é fundamental para o Brasil, especialmente para o Nordeste e mais ainda para Pernambuco.

“Nossa visão é o desenvolvimento do país. A Transnordestina, de 2006 até 2024, não é a que gostaríamos, mas nem por isso vamos baixar a cabeça. Vamos juntar pessoas, valorizar as instituições e lutar para que a ferrovia seja concluída em sua totalidade”, frisou Adriano Lucena.

O evento reuniu empresários, representantes da academia, da sociedade civil organizada, pesquisadores, integrantes de entidades de classe. Após a apresentação do superintendente da Sudene, houve um debate sobre o andamento da obra da Transnordestina e sua importância regional. O engenheiro civil Carlos Calado foi o mediador do encontro, que teve como debatedores o engenheiro civil e professor Maurício Pina e o engenheiro de produção e administrador Marcílio Cunha, também consultor em logística.

REFINA BRASIL ANUNCIA PRO REFINO NO BAHIA OIL & GAS

A necessidade de construir 33 refinarias independentes em todo o país para suprir o déficit diário de 650 mil barris do mercado nacional, como parte do programa Pro Refino, foi o destaque da apresentação de Evaristo Pinheiro, presidente da Refina Brasil, na manhã desta quarta-feira (22), durante o evento Bahia Oil & Gas, que ocorre até o dia 24 no Centro de Convenções da Bahia.

Fundada há um ano, a Refina Brasil reúne as oito refinarias independentes do país, representando 20% do mercado de refino brasileiro, em contraste com os 60% da Petrobras e os 20% dos importadores de combustível. A entidade tem um faturamento de R$ 67 bilhões, paga R$ 18 bilhões em tributos e gera mais de 2,5 mil empregos diretos e 20 mil indiretos na cadeia de produção.

Evaristo destaca que a implementação do Pro Refino colocará o país em outro patamar de abastecimento e distribuição de combustíveis e será uma fonte de atração de investidores estrangeiros, algo importante para manter um crescimento econômico sustentável. “Para se uma ter ideia da oportunidade de negócios, o Brasil tem uma população de 203 milhões e apenas 18 refinarias (dentre públicas e privadas). Os Estados Unidos, com uma população pouco maior dos que os 300 milhões, possui quase 120 refinarias privadas, o que demonstra o dinamismo e a capacidade de expansão desse mercado”, afirmou Evaristo.

Além de suprir o déficit diário de barris, o Pro Refino tem outras vantagens. As novas refinarias privadas poderão ser construídas mais próxima dos centros consumidores, o que diminui os custos de distribuição; ficam prontas em um prazo menor do que as grandes refinarias e têm um custo por barril bem menor que as grandes plantas, o que gera um prazo de cashback mais rápido. Além disso, podem se adaptar mais rapidamente às realidades do biorrefino, uma exigência dentro das metas de carbono zero até 2050. Por fim, não demandariam subsídios ou financiamentos públicos, já que todas as etapas de construção seriam custeadas pela iniciativa privada.

FIEB DESTACA IMPORTÂNCIA DO REFINO PARA ECONOMIA DA BAHIA

Durante abertura do Bahia Oil & Gas Energy, feira de negócios voltada para toda a cadeia produtiva das áreas de petróleo, gás, petroquímica, naval e integração energética do Norte e Nordeste, promovida até sexta-feira (26), no Centro de Convenções Salvador, o  presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, destacou a importância das indústrias de refino na Bahia para economia do estado.

Segundo Carlos, o setor está crescendo no estado e é de vital importância para o desenvolvimento do segmento. “O setor de petróleo e gás é refino no estado e muito grande. A FIEB destaca a importância desse evento de interiorização do setor para Bahia como um pilar muito importante para o desenvolvimento do estado. Hoje a Bahia é referência no ramo e pode se tornar referência mundial”.

 

Fonte: Ascom Sudene/Bahia Econômica

 

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