Festa Literária de Aratuípe (FLITA) acontece entre os dias 23 e 26 de
novembro
Edilson Espínola, 39 anos, agente de saúde do
município de Aratuípe, é, sem dúvidas, um dos moradores com a maior expectativa
para a realização da Festa Literária de Aratuípe (FLITA) deste ano. O evento -
que será realizado entre os dias 23 e 26 de novembro, com o tema Literatura e
Memória – será um marco na vida do Edilson escritor. O coordenador da equipe de
Endemias do município escreve poesias desde os 15 anos. “Comecei a escrever
quando minha mãe morreu, era uma forma de transbordar”.
A dor era tamanha que Edilson não conseguia chorar.
Então, começou a escrever. Escrevia sem pretensão, como forma de aliviar as
dores, de ressignificar o mundo após a partida de alguém tão essencial. Depois
de participar da FLITA como espectador, resolveu lançar na edição deste ano seu
primeiro livro. “A FLITA foi um despertar para mim... Se não tivesse
participado, não teria essa coragem de abrir o baú”, conta entusiasmado com o
evento de lançamento agendado para acontecer 23 de novembro, na Biblioteca
Roque Barata, na abertura oficial do evento.
O livro Poesia & Afeto, lançado pela Cogito
Editora, reúne 62 poesias, algumas ainda da época de escola. A produção
literária foi dividida em cinco partes: As Marcas, As Dores, Amore, Ciclo e
Versos Diversos. “Mostrar meu livro pra minha cidade, o lugar que eu pertenço,
será o momento mais aguardado da vida daquele menino que sofreu calado com a
perda da mãe, que tinha o choro preso no peito, um grito guardado que ecoava
dentro de si, finalmente um desabafo. É também uma forma de gratidão com os
diversos atores que marcaram a minha vida: minha família, amigos, os
professores que incentivaram desde cedo através da valorização da minha arte”,
define o escritor que participará da FLITA ao lado de grandes nomes da produção
literária baiana e nacional. Tiganá Santana, Aldri Anunciação, Luana Souza,
Sulivã Bispo, Livia Natália, Emília Nunez, Ionã Scarante, Luana Souza, Marcos
Cajé, Márcia Mendes e dezenas de outros escritores enriquecem a programação da
terceira edição da Festa Literária de Aratuípe (FLITA).
• Aratuípe
em efervescência cultural
O município de Aratuípe, localizado a 86 Km de
distância da capital baiana, terá auditórios, escolas, bibliotecas, ruas e
praças ocupadas por uma vasta programação de atividades gratuitas, como
palestras, lançamento de livros, rodas de conversa com escritores, oficinas,
saraus e apresentações artísticas que fortalecem a cultura local e popular. “No
ano do Bicentenário da Independência da Bahia, entendemos que tratar da
memória, da politização e ficcionalização das nossas memórias, bem como
discutir como a memória convoca conhecimentos sobre território, povo, culturas
e dos nossos saberes tradicionais é uma forma de iluminar o presente e
alinhavar um futuro”, pontua a curadora da FLITA, Meg Heloise.
A programação completa da festa literária já está
disponível no site www.flita.com.br. O evento terá uma exposição fixa em
homenagem ao poeta, músico e jornalista aratuipense José Leone, falecido em
1983. O objetivo da FLITA é proporcionar à comunidade um ambiente cultural
diversificado, incentivar a formação de novos leitores e valorizar a identidade
cultural do município. “A memória é um percurso coletivo. Então, será uma festa
para reverenciar nomes potentes e criar novas memórias”, reitera a curadora.
Confira
programação da 3ª edição da Festa Literária de Aratuípe
A terceira edição da Festa Literária de Aratuípe
(FLITA) vai acontecer entre os dias 23 e 26 de novembro, com o tema Literatura
e Memória. Neste ano, o evento contará com a presença de Tiganá Santana, Aldri
Anunciação, Luana Souza, Sulivã Bispo, Emília Nunez, Ionã Scarante, Marcos
Cajé, Márcia Mendes e dezenas de escritores baianos.
“No ano do Bicentenário da Independência da Bahia,
entendemos que tratar da memória, da politização e ficcionalização das nossas
memórias, bem como discutir como a memória convoca conhecimentos sobre
território, povo, culturas e dos nossos saberes tradicionais é uma forma de
iluminar o presente e alinhavar um futuro”, pontua a curadora da FLITA, Meg
Heloise.
O município de Aratuípe, localizado a 86 km de
distância da capital baiana, terá auditórios, escolas, bibliotecas, ruas e
praças ocupadas por uma vasta programação de atividades gratuitas, como
palestras, lançamento de livros, rodas de conversa com escritores, oficinas,
saraus e apresentações artísticas que fortalecem a cultura local e popular.
“O evento busca proporcionar à comunidade um
ambiente cultural diversificado, incentivar a formação de novos leitores e a
valorização da identidade cultural do município”, destaca a curadora Meg
Heloise.
A programação completa da festa literária já está
disponível no site do evento.
No dia 24, vai ser realizada a mesa “Modos de
Lembrar para Iluminar o Presente”, com Tiganá Santana e mediação de Cândida
Moraes, no auditório municipal.
No mesmo dia, acontece a mesa “Politização das
Memórias: Literatura e Diáspora” com a participação de Aldri Anunciação e
Sulivã Bispo e mediação de Amanda Julieta.
Além disso, este ano, a FLITA terá uma exposição
fixa em homenagem ao poeta, músico e jornalista aratuipense José Leone,
falecido em 1983. “A memória é um percurso coletivo. Então, será uma festa para
reverenciar nomes potentes e criar novas memórias”, conta a curadora.
Outra novidade desta edição é a Flitinha, que será
um espaço dedicado à literatura para as crianças e faz parte da programação
alternativa no espaço Conexão Flita.
Na Flitinha, além de apresentação de escolas
municipais, recitais de poesias, vai ter contação de história musicada “O Voo
da Arara”, com Laiana Vieira e Julián Alarcón, dramatização do livro “Anjo de
Barro”, de Ionã Scarante, e “As Memórias dos Oleiros de Maragogipinho”.
Já os escritores Marcos Cajé, Emília Nuñez e Deko
Lipe participam da mesa “Era uma vez... Por que ler para as crianças?” com
mediação de Ionã Scarante.
“A gente vai discutir muito a importância de ter
essa abertura de leitura para nossas crianças, especialmente para as crianças
pretas. Fazer com que esses meninos e meninas se vejam nos livros, nas
narrativas”, conta animado Marcos Cajé, escritor de literatura afro fantástica
que participa pela primeira vez da Flita.
No Conexão Flita, um dos destaques é o bate-papo
com o escritor Anderson Shon e o quadrinista Daniel Cesart. Com mediação de
Luane Motta, o público vai ser convidado a refletir sobre “E se os super heróis
fossem africanos?” durante o lançamento da HQ Estados Unidos da África.
Outro momento que promete é a mesa “Meu cabelo tem
história”. O bate-papo reúne Letícia Gambelegé e Val Benvindo e será mediado
por Samira Soares.
Fonte: Tribuna da Bahia/A Tarde
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