quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Entenda a relação entre trombose e embolia pulmonar

A embolia pulmonar é uma condição médica grave e potencialmente fatal, se não tratada há tempo. É uma das consequências da trombose, doença que assombra pessoas que trabalham sentadas, viajantes de longas distâncias, pacientes hospitalizados, gestantes e usuárias de pílulas anticoncepcionais.

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“A embolia pulmonar é a grande complicação de uma trombose venosa profunda, que é caracterizada pelo desenvolvimento de um coágulo sanguíneo no interior das veias das pernas devido à circulação inadequada”, explica a Dra. Aline Lamaita, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Ainda segundo a médica, em casos mais graves, “esse coágulo se desprende da parede da veia e corre pela circulação até chegar ao pulmão, causando uma embolia pulmonar que pode resultar até mesmo em morte súbita”.

Conforme a médica, grande parte dos quadros de trombose são acompanhados de embolia. “Porém, os êmbolos provenientes de tromboses de veias mais calibrosas são os mais perigosos, pois causam um dano maior ao pulmão e são causa importante de morte súbita”, acrescenta.

·         Sintomas da trombose

Para prevenir complicações, a Dra. Aline Lamaita ressalta que é importante prestar atenção aos sinais da trombose, que incluem dor na perna, principalmente na panturrilha, associada a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão. Mudança de cor na região e dificuldade de locomoção também podem indicar a presença de um coágulo sanguíneo nas pernas.

 “E a atenção com a doença deve ser redobrada por aqueles que possuem fatores individuais que agravam os riscos de trombose, como obesidade, tabagismo, uso de hormônios e pílulas anticoncepcionais, portadores de câncer, pessoas com maior predisposição a coagulação sanguínea, gestantes, idosos, deficientes físicos e portadores de varizes”, alerta.

·         Sintomas da embolia pulmonar

Caso presencie os sintomas, o mais importante é procurar tratamento médico quanto antes para evitar que a trombose evolua para uma embolia pulmonar, que possui como sintomas dor no peito, tosse, cansaço e falta inesperada de respiração.

·         Tratamentos para trombose e embolia pulmonar

Como dito, o atendimento médico é extremamente importante para evitar complicações das doenças. “Geralmente, o tratamento da trombose inclui o uso de medicamentos anticoagulantes que vão ajudar na redução da viscosidade do sangue e na dissolução do coágulo, impedindo assim que esse cresça e avance para outras regiões e também evitando a ocorrência de novos quadros de trombose”, afirma a cirurgiã vascular.

Segundo a Dra. Aline Lamaita, os anticoagulantes também são usados no tratamento da embolia venosa. “Em casos mais graves, drogas para desfazer os coágulos ou cirurgias para retirá-los também podem ser indicados”, acrescenta.

·         Prevenindo a trombose

Geralmente, a trombose resolve-se com o tratamento. Porém, o problema pode retornar, principalmente em pessoas com predisposição à doença. Dessa forma, é importante tomar alguns cuidados voltados para a prevenção do problema. Para isso, segundo a médica, é recomendado parar de fumar, consumir bastante água, adotar uma alimentação balanceada, realizar exercícios físicos regularmente e evitar passar muito tempo na mesma posição.

De acordo com a Dra. Aline Lamaita, o uso de meias elásticas também pode ser indicado, já que elas comprimem os vasos sanguíneos, melhorando o retorno venoso e, consequentemente, prevenindo problemas vasculares como varizes e trombose.

“Porém, o mais importante é que você consulte um cirurgião vascular regularmente, principalmente se você tiver predisposição ou agravantes individuais associados à doença. Apenas ele poderá acompanhar sua situação, realizar um diagnóstico correto e, se for o caso, indicar o melhor tratamento para você”, finaliza.

 

Ø  Conheça a síndrome da carteira e seus sintomas

 

Síndrome da carteira é o nome popular dado à síndrome do piriforme, caracterizada por uma dor na região glútea e que pode irradiar para a parte posterior ou lateral da coxa, para as pernas e os pés. Esses sintomas lhe parecem familiares? Pois bem, essa dor é semelhante à dor ciática.  

·         Relação do músculo com a síndrome da carteira

O piriforme é um músculo rotador externo do quadril, do tamanho médio de um polegar, e está localizado exatamente na altura do bolso traseiro da calça, local em que normalmente se coloca a carteira. Sendo assim, a síndrome da carteira é provocada pelo hábito que o homem tem de usar o objeto no bolso de trás, normalmente do lado direito, comprimindo, assim, o nervo ao se sentar.

·         Sintomas da doença

O médico ortopedista e professor do curso de Medicina da Unic Beira Rio Dr. Nauro Hudson Monteiro detalha que o nervo ciático sai da região lombar e se estende pela região da perna com várias ramificações, possuindo variações anatômicas, podendo o nervo femoral (ciático) passar abaixo do músculo, no ventre do músculo ou acima dele.

“Quando há contratura deste músculo , ocorre uma compressão direta do nervo, causando parestesia, dor, desconforto para sentar, dor irradiada para nádegas, coxa e perna, além de dificuldades para andar e, dependendo do grau de dor, torna-se incapacitante”, esclarece o especialista.

·         Como fazer o diagnóstico e o tratamento

O médico explica que o diagnóstico é clínico, realizado por um ortopedista, e que o tratamento envolve a indicação de analgésicos, relaxantes musculares e fisioterapia (que auxilia no alongamento do músculo piriforme). Ainda, em determinados casos, adota-se a aplicação de toxina botulínica , um composto que paralisa temporariamente o músculo com o intuito de atenuá-lo.

Mais comum em homens adultos, a síndrome da carteira pode ser uma barreira na qualidade de vida, já que a inflamação do nervo ciático pode gerar neuropatias crônicas e dores limitantes. “Nervos sensoriais, motores e sistema nervoso podem ser afetados pela neuropatia. Diante de qualquer sinal, a recomendação é que um médico especializado acompanhe o quadro clínico e, para evitar o surgimento da síndrome, deixar de colocar objetos no bolso de trás da calça é um primeiro passo relevante”, conclui o Dr. Nauro Hudson.

 

Fonte: Portal EdiCase

 

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