sexta-feira, 3 de novembro de 2023

ECONOMIA DA MORTE: The Economist mostra excitação do sistema financeiro com possibilidade de 3ª Guerra Mundial

"O que uma terceira guerra mundial significaria para os investidores", diz o texto da revista britânica neoliberal, que inclui até um ataque da China ao alertar o mercado para não subestimar o risco de um conflito global.

"Órgão europeu da aristocracia das finanças", segundo Kar Marx, a revista neoliberal britância The Economist revelou em artigo nesta segunda-feira (30) a excitação do sistema financeiro com a possibilidade de uma terceira Guerra Mundial em meio às guerras na Ucrânia e, mais recentemente, em Gaza, onde o Estado sionista de Israel realiza um verdadeiro genocídio do povo palestino.

"O que uma terceira guerra mundial significaria para os investidores", diz o título do texto, complementado pela linha fina logo abaixo: "os conflitos globais têm o hábito de se aproximar sorrateiramente dos gestores de dinheiro".

No texto, The Economist lembra a I Guerra Mundial que teria pego de supresa os agentes do sistema financeiro. 

"A Europa caminhava em direção ao matadouro há anos e, em 1914, um conflito era praticamente inevitável – esse, pelo menos, é o argumento frequentemente apresentado em retrospectiva. No entanto, na altura, como observou Niall Ferguson, historiador, num artigo publicado em 2008, os investidores não sentiam o mesmo. Para eles, a Primeira Guerra Mundial foi um choque. Até à semana anterior à sua erupção, os preços nos mercados obrigacionistas, cambiais e monetários quase não se alteraram", diz o texto.

Em seguida, a publicação fundada pelo banqueiro James Wilson em 1843, no advento do movimento sionista internacional, indaga: "estarão os mercados financeiros mais uma vez a subestimar o risco de um conflito global?".

Segundo a revista, o caminho para a terceira Guerra Mundial começou há dois anos, quando as tropas russas se concentraram na fronteira com a Ucrânia.

"Hoje, a batalha de Israel contra o Hamas tem o potencial assustador de transbordar para além das suas fronteiras. O apoio militar americano é crucial tanto para a Ucrânia como para Israel, e no Iraque e na Síria as bases da superpotência têm estado sob fogo, provavelmente por representantes do Irã", afirma.

Em seguida, a revista ainda cogita algo que está totalmente fora do cenário internacional, envolvendo diretamente a China.

"Se a China decidir que é altura de tirar partido de uma superpotência distraída e invadir Taiwan, a América poderá facilmente acabar envolvida em três guerras ao mesmo tempo", diz o que texto. "O resto do mundo corre o risco de essas guerras se interligarem e se transformarem em algo ainda mais devastador".

·         Bilhões de dólares para Israel

O artigo foi publicado no mesmo dia em que os republicanos enviaram ao Congresso um projeto de Lei no valor de US$ 14,3 bilhões (R$ 72,1 bilhões) para ajuda a Israel. O valor corresponde ao solicitado pelo presidente democrata, Joe Biden.

O objetivo do projeto é "fornecer dotações adicionais de emergência para responder aos ataques em Israel para o ano fiscal que termina em 30 de setembro de 2024 e para outros fins". A cifra não contempla, no entanto, outros conflitos onde os EUA estão envolvidos, como na Ucrânia, onde o país atua por intermédio da Organização do Tratado Atlântico Norte, a Otan.

Os EUA concentram 43% do comércio global de armamentos e as empresas que fornecem material bélico a Israel acumulam lucros e valorização na bolsa de Nova York após o início da ação sionista em Gaza.

Nesta terça-feira (31), o jornal israelense Israel Hayom, citando fonte militar, afirmou que somente '10% do plano de destruição do Hamas foi cumprido', mesmo após bombardeios constantes por parte do país.

"Talvez tenhamos percorrido cerca de 10% da rota necessária para atingir o objetivo de derrubar o Hamas", declarou a fonte, conforme reportagem do jornal.

·         Lucros da guerra

Uma das mais lucrativas do mundo, a indústria da guerra registrou altos ganhos em negócios com Israel nos últimos meses, gerando lucro para os investidores e acionistas na Bolsa de Nova York.

Com a guerra na Ucrânia, no ano passado as cinco principais empresas de armas dos EUA superaram os índices de Wall Street. As ações da Lockheed Martin, Raytheon, Boeing, Northrop Grumman e General Dynamics valorizaram 12,78% após o início da guerra entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

Antes do início do conflito no Oriente Médio, as empresas também já firmaram contratos com EUA e Israel. 

A Boeing, que fabrica os caças F-15 vendeu em 2020, US$ 2,4 bilhões para Israel por meio do Departamento de Estado dos EUA. Em fevereiro de 2021, a gigante da aeronáutica firmou outro contrato diretamente com o Ministério de Defesa de Israel no valor de US$ 9 bilhões. A Boeing também fabrica as bombas GBU-39 e GBU-31, que são usadas para atacar os alvos em Gaza.

Fabricante dos mísseis usados para armar os aviões F-15 e F-35, a RTX (Raytheon Technologies) viu as ações subirem 4% desde o início dos bombardeios pelas forças israelenses. Em 2021, a RTX fechou um contrato de US$ 237 milhões com o Exército dos EUA para fornecer sensores de radiofrequência para detectar a presença de drones.

A Raytheon também é parceira da Rafael Advanced Defense e da Israel Aerospace Industries, empresas bélicas de Israel, no desenvolvimento do chamado Domo de Ferro, sistema de defesa aéreo para interceptar e destruir mísseis de curto alcance e bombas de artilharia que são usados pelo Hamas.

Outra parceira da Rafael Defense é a Lockheed Martin, que tem contrato para construir um sistema de navegação a laser de armas usados em aviões de guerra F-16.

Maior empresa de armamento do mundo, a Lockheed Martin ainda tem parceira com a outra gigante Northrop Grumman para fabricar o F-35. A Northrop, que também fabrica satélites, viu as ações subirem 10,6% após o início do conflito na Palestina.

Já a General Diynamics, que entre outros fabrica as bombas Mark 84, além de tanques, navios e equipamentos de comunicação, viu as ações dispararem 8,1% após os ataques de Israel a Gaza.

 

Ø  Senhores da guerra: as empresas que lucram com o conflito entre Israel e Palestina

 

Fabricantes de armas dos EUA , que abastecem as Forças de Defesa de Israel, firmaram contratos vultosos antes da guerra e veem ações dispararem em semelhante proporção às mortes de crianças e inocentes.

Em publicação nas redes sociais, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, afirmou que "a única coisa que precisa entrar em Gaza são centenas de toneladas de explosivos da Força Aérea, nem um grama de ajuda humanitária".

Membro do partido de extrema direita Otzma Yehudit (Poder Judeu), Ben-Gvir foi alçado ao cargo após as eleições parlamentares de novembro de 2022, quando a legenda extremista se uniu ao governo de coalizão fascista de Benjamin Netanyahu.

Armamentista radical, contumaz propagador de ódio contra os árabes e crítico do que considerava uma frouxidão do governo Netanyahu na ação contra a Palestina, Ben-Gvir promoveu um levante para distribuir armas à população israelense, especialmente entre os colonos que vivem em assentamentos próximos a Gaza e à Cisjordânia.

Ben-Gvir é apenas uma face da crescente fascistização do governo Netanyahu. Com mais de 15 anos no comando do Estado sionista de Israel (divididos em dois mandatos), o premiê radicalizou ainda mais após ser alvo de uma série de denúncias de corrupção.

Ao mesmo tempo, o governo israelense alimenta a também crescente sanha da indústria de armas, que mesmo durante a pandemia, em 2020, registrou crescimento de 1,3%, segundo o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri).

Em 2022, com a Guerra na Ucrânia, a indústria bélica mundial voltou a bater novo recorde, pelo oitavo ano seguido, crescendo 3,7%, com negócios que chegaram a US$ 2,24 trilhões - maior que o PIB projetado pelo FMI ao Brasil para 2023, de US$ 2,13 milhões, o que colocaria o país na nona economia do mundo.

Principal parceiro de Israel, os EUA lideram com folga o ranking, com orçamento de US$ 877 bilhões, sendo responsáveis por 39% dos gastos globais com a indústria bélica. Na segunda posição, a China, em termos comparativos, gastou no período US$ 292 bilhões.

·         Senhores da guerra

O abraço caloroso de Joe Biden em Benjamin Netanyahu ao desembarcar em Tel-Aviv na quarta-feira (18) selou um acordo de cavalheiros que alimenta a ganância das principais empresas de armamentos do mundo sobre os corpos de mais de 5 mil pessoas já mortas - segundo a contagem desta quinta-feira (19) - no mais recente conflito em Gaza.

Dos 5.187 cadáveres que alimentam a indústria da guerra, 3.785 são de palestinos, em grande parte crianças e mulheres. Mas a sanha dos senhores da guerra continua e os "negócios" podem ser expandidos caso o conflito se alastre para o Líbano e o Irã - como sinalizou os EUA ao vetarem no Conselho de Segurança da ONU a resolução brasileira para uma pausa humanitária em Gaza.

Por trás da aliança sórdida entre Biden e Netanyahu, cinco empresas dos EUA lucram com a guerra na Palestina - parte delas controladas pelo movimento sionista internacional, que governa Israel.

Lockheed Martin, RTX (Raytheon Technologies), Northrop Grumman, Boeing e General Dynamics dividem com a chinesa Aviation Industry Corporation of China o topo das empresas que mais lucram com a indústria militar pelo mundo.

Sozinhas ou em parceria com empresas israelenses, elas consomem quase a totalidade do orçamento militar de Israel, que investiu US$ 23,4 bilhões na máquina de guerra, o equivalente a 4,5% do PIB do país em 2022.

Além disso, em 2023 o governo sionista já recebeu outros US$ 3,8 bilhões dos EUA para compra de armamentos - e requisitou após o início dos ataques a Gaza outros US$ 10 bilhões. O dinheiro "investido" retorna quase sempre para as gigantes da indústria da guerra estadunidenses.

·         Arsenal descomunal

As Forças de Defesa de Israel (IDF) têm um arsenal descomunal, ainda mais quando comparado aos palestinos, que sofrem boicote da indústria e só conseguem armamentos de forma clandestina, por meio de apoios de governos, como o do Irã. 

Israel conta com cerca de 170 mil soldados na ativa, além de 360 mil reservistas - todos os cidadãos são obrigados a prestarem serviço militar, de dois anos para as mulheres e três para os homens. O número é praticamente 10 vezes maior que o que se estima para a Al-Qassam, braço armado do Hamas, que teria entre 15 e 20 mil soldados.

No entanto, a maior força israelense se concentra na tecnologia e nos equipamentos de guerra fornecidos, sobretudo, pelas gigantes estadunidenses.

As Forças de Israel contam com 2,2 mil tanques, 600 aeronaves - incluindo caças - e 67 navios de guerra. A capacidade aérea do Exército sionista reúne pelo menos 27 caças F-35 de quinta geração e 175 F-15 e F-16 ativos.

Embora não seja admitido pelo governo, os israelenses também teriam cerca de 90 ogivas nucleares em seu aparato militar.

Além disso, os EUA estacionaram nos últimos dias dois porta-aviões - "USS Gerald Ford" e "USS Eisenhower" - no mar Mediterrâneo, em clara provocação ao Irã e ao grupo libanês Hezbollah. Para a escolta dos navios, foram enviados destroiers, cruzadores, submarinos e outras embarcações de combate.

·         Indústria da guerra

Uma das mais lucrativas do mundo, a indústria da guerra registrou altos ganhos em negócios com Israel nos últimos meses, gerando lucro para os investidores e acionistas na Bolsa de Nova York.

Com a guerra na Ucrânia, no ano passado as cinco principais empresas de armas dos EUA superaram os índices de Wall Street. As ações da Lockheed Martin, Raytheon, Boeing, Northrop Grumman e General Dynamics valorizaram 12,78% após o início da guerra entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

Antes do início do conflito no Oriente Médio, as empresas também já firmaram contratos com EUA e Israel. 

A Boeing, que fabrica os caças F-15 vendeu em 2020, US$ 2,4 bilhões para Israel por meio do Departamento de Estado dos EUA. Em fevereiro de 2021, a gigante da aeronáutica firmou outro contrato diretamente com o Ministério de Defesa de Israel no valor de US$ 9 bilhões. A Boeing também fabrica as bombas GBU-39 e GBU-31, que são usadas para atacar os alvos em Gaza.

Fabricante dos mísseis usados para armar os aviões F-15 e F-35, a RTX (Raytheon Technologies) viu as ações subirem 4% desde o início dos bombardeios pelas forças israelenses. Em 2021, a RTX fechou um contrato de US$ 237 milhões com o Exército dos EUA para fornecer sensores de radiofrequência para detectar a presença de drones.

A Raytheon também é parceira da Rafael Advanced Defense e da Israel Aerospace Industries, empresas bélicas de Israel, no desenvolvimento do chamado Domo de Ferro, sistema de defesa aéreo para interceptar e destruir mísseis de curto alcance e bombas de artilharia que são usados pelo Hamas.

Outra parceira da Rafael Defense é a Lockheed Martin, que tem contrato para construir um sistema de navegação a laser de armas usados em aviões de guerra F-16.

Maior empresa de armamento do mundo, a Lockheed Martin ainda tem parceira com a outra gigante Northrop Grumman para fabricar o F-35. A Northrop, que também fabrica satélites, viu as ações subirem 10,6% após o início do conflito na Palestina.

Já a General Diynamics, que entre outros fabrica as bombas Mark 84, além de tanques, navios e equipamentos de comunicação, viu as ações dispararem 8,1% após os ataques de Israel a Gaza.

 

Ø  IÊMEN: Quem são os houthi, que declararam guerra a Israel

 

Os houthi, também chamados Ansar Allah [Apoiadores de Deus], declararam guerra a Israel neste 31 de outubro e anunciaram uma série de ataques ao país.

De acordo com a agência notíciais Saba, do Iêmen, o brigadeiro general Yahya Saree anunciou "o lançamento de um grande lote de mísseis balísticos e alados, e um grande número de drones, contra vários alvos do inimigo israelense nos territórios ocupados".

Os houthi são seguidores do zaidismo, uma vertente do islã xiita. Contam com o apoio do Irã.

Na guerra civil do Iêmen, controlam Saná, a capital e pouco menos de um terço do território do país.

Os houthi enfrentam um governo com reconhecimento internacional que tem apoio dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita.

Os dois países se juntaram para bombardear intensamente os houthi, com apoio dos Estados Unidos.

LONGO ALCANCE

Os houthi dispõem de drones fabricados localmente e foguetes de longo alcance.

Israel diz que nas últimas horas evitou dois ataques: drones foram derrubados por caças e um foguete interceptado pelo sistema anti-mísseis Arrow.

Um dos alvos era o balneário israelense de Eilat, no mar Vermelho, que dobrou de população por conta de israelenses que fugiram de suas cidades.

Durante a guerra contra a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, os houthi lançaram drones e foguetes contra alvos de longa distância.

Causaram danos à infraestrutura de petróleo saudita, por exemplo.

Em 2022, numa entrevista à tv iraniana Al-Alam, um militar apoiador dos houthi disse:

Os mesmos mísseis e drones que chegaram hoje aos Emirados Árabes Unidos chegarão a Tel Aviv e ao porto de Eilat. Existem também outros mísseis e drones com maior alcance – de 2.500 km – que podem ir além da entidade sionista

Para Israel, os houthi representam uma ameaça militar muito menor que o Hezbollah, que controla o sul e outras regiões do Líbano.

Porém, é uma preocupação adicional, já que agora há ameaças vindo do norte (Líbano) e do sul (Iêmen).

Depois que o Irã e a Arábia Saudita normalizaram relações diplomáticas, a guerra civil no Iêmen experimentou uma pausa mais estável -- depois da morte de mais de 350 mil civis por conta de bombardeios, fome e falta de acesso a serviços de saúde.

 

Fonte: Fórum

 

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