Bolsonaro em pânico com celulares de Frederick Wassef:
"inconsequente"
O ex-presidente Bolsonaro (PL), seu filho, o
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e Fabrício Queiroz estão em pânico com o que
a Polícia Federal (PF) pode encontrar nos celulares do advogado Frederick
Wassef, que foram apreendidos pela instituição no âmbito da investigação do
caso das joias.
De acordo com informações do blog da jornalista
Andréia Sadi, no G1, um interlocutor do núcleo duro dos Bolsonaro revelou que
eles estão preocupados com o conteúdo dos aparelhos apreendidos pela PF, pois
Wassef é tido como alguém "inconsequente" e que "não joga em
grupo".
Há um temor de que Wassef possa ter gravado
conversas travadas com Bolsonaro, Flávio ou com Fabrício Queiroz. Além disso,
também temem que autoridades do Judiciário e do Ministério Público também
tenham sido gravadas.
A maior preocupação gira em torno da figura do
senador Flávio Bolsonaro, pois o filho mais velho do ex-presidente Bolsonaro
era muito próximo de Wassef, que fazia questão de divulgar sua proximidade com
o "filho 01" de Bolsonaro.
• PF
quebra senhas de celulares de Wassef
De posse de quatro celulares do advogado Frederick
Wassef, que presta serviços ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Polícia
Federal (PF) finalmente conseguiu, nesta segunda-feira (21), quebrar as senhas
dos aparelhos para ter acesso aos seus conteúdos. Um desses aparelhos,
inclusive, era usado exclusivamente para que Wassef se comunicasse com
Bolsonaro.
A quebra das senhas permitirá que os investigadores
analisem o conteúdo guardado nos aparelhos. O celular usado para trocar
mensagens com o ex-presidente é aquele cujos dados tem causado mais
expectativas de novas revelações.
Wassef foi abordado pela Polícia Federal na última
quarta-feira (16) em uma churrascaria localizada dentro de um shopping na zona
sul de São Paulo. Na ocasião, agentes que investigam sua participação no
escândalo de desvios e revenda de joias da União apreenderam os aparelhos e
revistaram seu veículo, que estava irregularmente estacionado em uma vaga para
pessoas com deficiência.
No dia anterior Wassef havia confirmado à imprensa
que recomprou com dinheiro vivo um Rolex cravejado em diamantes desviado do
acervo da República e vendido por Mauro Cid nos EUA. O item teria sido recebido
por Bolsonaro durante viagem à Arábia Saudita.
Investigação
contra filho 4 surta a ‘familícia’
O clima na família Bolsonaro nunca foi o mais
cordial possível.
Agora, com a investigação focada em Jair Renan, o
filho 04 do ex-presidente, a coluna soube por fontes próximas que os irmãos
mais velhos cobram do pai uma postura mais rígida em relação ao caçula.
Isso porque na visão de Eduardo e Carlos Bolsonaro
(PL), o pai sempre deixou que Renanzinho aprontasse sem muita trégua. Pois a
conta chegou.
Alvo de busca e apreensão da Polícia Civil do
Distrito Federal, Renan se dedica a conteúdo e parcerias nas redes sociais sem
o menor critério.
Esses acordos têm despertado interesse também da
polícia, já que tudo era administrado pelo seu então empresário Maciel
Carvalho, também alvo de investigação.
O único que veio a público defender o irmão
encrencado até o momento foi o senador Flávio Bolsonaro (PL), que se disse
contra a ação policial que mira um grupo suspeito dos crimes de estelionato,
falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Para Flávio, não há razão para suspeitas contra o
caçula, que “não tem onde cair morto”.
Renanzinho vive atualmente em Balneário Camboriú
(SC) com salário de auxiliar parlamentar acima de 9 mil reais e apartamento
avaliado em mais de 1 milhão de reais.
Michelle
Bolsonaro se pronuncia após debochar da PF e anunciar novo empreendimento
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro voltou a ser
notícia e um dos principais assuntos nas redes sociais neste final de semana,
pois durante um evento do PL Mulher, Michelle debochou da investigação da
Polícia Federal sobre o esquema de revenda de joias.
Ao falar para o público, Michelle anunciou que vai
lançar um novo empreendimento, o "Mijoias". "Mas vocês pediram
tanto, falaram tanto de joias que em breve teremos o lançamento das Mijoias para
vocês. Mas sabem o que aconteceu? Vou fazer limonada docinha desse limão. Vou.
E vou dizer a vocês: aquele que me colocou aqui vai me fortalecer, que é
Deus", declarou Michelle Bolsonaro.
O deboche de Michelle Bolsonaro teve ampla
repercussão nas redes sociais e a hashtag "Mijoias" foi parar nos
trending topics. A ex-primeira-dama foi duramente criticada pela zombaria
direcionada à PF.
Após um breve silêncio, Michelle Bolsonaro se
pronunciou em seu perfil no Instagram e, ao compartilhar uma publicação de um
padre, insinuou que é vítima de intrigas e calúnias. Veja abaixo:
• PF
intima Bolsonaro, Michelle e todos os envolvidos no caso das joias para
depoimento simultâneo
Somente nesta terça-feira (22), Jair Bolsonaro foi
alvo de duas intimações da Polícia Federal (PF). No início da tarde, a
corporação convocou o ex-presidente para prestar novo depoimento relativo ao
inquérito que investiga uma conspiração golpista tratada em grupo virtual de
empresários. Já na parte da noite, a PF fez mais uma intimação: o ex-mandatário
deverá depor sobre o escândalo das vendas de joias e artigos de luxo entregues
por autoridades estrangeiras em viagens oficias.
O depoimento sobre o caso das joias terá um
componente insólito que deve complicar ainda mais a situação de Bolsonaro:
também foram intimados para prestarem esclarecimentos à PF, de maneira
simultânea, todos os envolvidos no escândalo. São eles:
• Michelle
Bolsonaro (esposa de Bolsonaro e ex-primeira-dama)
• Mauro
Cid (tenente-coronel, ex-ajudante de ordens, que está preso)
• Mauro
César Lourena Cid (pai de do tenente-coronel)
• Frederick
Wassef (advogado de Bolsonaro)
• Fabio
Wajngarten (advogado de Bolsonaro)
• Osmar
Crivelatti (assessor de Bolsonaro)
Os depoimentos estão marcados para o dia 31 de
agosto. O objetivo da PF ao realizar as oitivas de forma simultânea é evitar
que os envolvidos combinem versões.
Bolsonaro
chama de "canalhice" nova linha de investigação da PF com FBI
Em meio à enxurrada de denúncias desde que deixou a
Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) dá mostras que sentiu os efeitos
da nova linha de investigação da Polícia Federal (PF), que em parceria com o
FBI (Federal Bureau of Investigation, a agência de investigação federal dos
EUA) apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro do ex-presidente e de seu
advogado, Frederick Wassef com compra de imóveis nos estados da Flórida e Nova
Jersey.
Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro
classificou a ação da PF como "mais uma canalhice".
A nova linha de investigação foi destacada do
inquérito que apura a atuação da Organização Criminosa que traficou e vendeu
joias recebidas pelo governo brasileiro nos EUA.
A investigação mira a aquisição de ao menos 20
casas e apartamentos nos estados da Flórida e Nova Jersey, que teriam sido
comprados em nomes de terceiros - os chamados "laranjas" - para
usufruto de Bolsonaro.
Um dos imóveis é um apartamento de cerca de 300
metros quadrados com três quartos, dois banheiros, varanda com vista para o
mar, avaliado em 1,2 milhão de dólares.
O imóvel localizado na 21050 Point PL, unidade
2006, em Aventura, Miami, foi comprado em 13 de setembro de 2021, está no nome
de Wassef e é administrado pela ex-esposa, Maria Cristina Boner.
O esquema de lavagem de dinheiro com imóveis já
havia sido denunciada por Maria Christina Mendes Caldeira à TV Democracia em
dezembro de 2022.
Na ocasião, a ex-esposa de Valdemar da Costa Neto,
presidente do PL, afirmou que existe uma investigação nos EUA que aponta para
um esquema de sonegação de propriedades da família Bolsonaro nos EUA.
"Existe uma investigação sobre imóveis aqui em
Miami sonegados. Em 2017, começou uma operação na época da Lava-Jato de
pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não declarou. Essa pesquisa no Brasil foi
enterrada, e aqui seguiu", disse Maria Christina.
Segundo ela, são casas e apartamentos "de um
monte de gente que não declara no Brasil o imóvel, ou seja, é sonegado. Essa
operação foi enterrada e aqui ela andou", completou Maria, que afirma ter
colaborado com as investigações.
"Dentro desta operação, estão 30 e poucos
imóveis da família Bolsonaro via dois laranjas. Os laranjas são a família do
Wassef, que é a Cristina Bonner e as filhas, e o corretor de imóveis
[inaudível]", afirma.
O QUE A PF E FBI INVESTIGAM DA ORCRIM BOLSONARISTA
A Polícia Federal (PF) investiga, em parceira com o
FBI (Federal Bureau of Investigation) um suposto esquema entre Jair Bolsonaro e
seu advogado, Frederick Wassef, sobre compra e ocultação de imóveis nos EUA.
Segundo informações da revista Crusoé, a nova linha
de investigação foi destacada do inquérito que apura a atuação da Organização
Criminosa que traficou e vendeu joias recebidas pelo governo brasileiro nos
EUA.
A investigação mira a aquisição de ao menos 20
casas e apartamentos nos estados da Flórida e Nova Jersey, que teriam sido
comprados em nomes de terceiros - os chamados "laranjas" - para
usufruto de Bolsonaro.
Um dos imóveis é um apartamento de cerca de 300
metros quadrados com três quartos, dois banheiros, varanda com vista para o
mar, avaliado em 1,2 milhão de dólares.
O imóvel localizado na 21050 Point PL, unidade
2006, em Aventura, Miami, foi comprado em 13 de setembro de 2021, está no nome
de Wassef e é administrado pela ex-esposa, Maria Cristina Boner.
O esquema de lavagem de dinheiro com imóveis já
havia sido denunciada por Maria Christina Mendes Caldeira à TV Democracia em
dezembro de 2022.
Na ocasião, a ex-esposa de Valdemar da Costa Neto,
presidente do PL, afirmou que existe uma investigação nos EUA que aponta para
um esquema de sonegação de propriedades da família Bolsonaro nos EUA.
"Existe uma investigação sobre imóveis aqui em
Miami sonegados. Em 2017, começou uma operação na época da Lava-Jato de
pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não declarou. Essa pesquisa no Brasil foi
enterrada, e aqui seguiu", disse Maria Christina.
Segundo ela, são casas e apartamentos "de um
monte de gente que não declara no Brasil o imóvel, ou seja, é sonegado. Essa
operação foi enterrada e aqui ela andou", completou Maria, que afirma ter
colaborado com as investigações.
"Dentro desta operação, estão 30 e poucos
imóveis da família Bolsonaro via dois laranjas. Os laranjas são a família do
Wassef, que é a Cristina Bonner e as filhas, e o corretor de imóveis
[inaudível]", afirma.
EX DE VALDEMAR DENUNCIOU
Uma entrevista de Maria Christina Mendes Caldeira à
TV Democracia feita em dezembro de 2022 ressurgiu nas redes sociais após a revelação
do envolvimento de Frederick Wassef no esquema de venda e recompra dos
presentes dados a Bolsonaro.
A ex-esposa de Valdemar Costa Neto - que não
hesitou em revelar os crimes do presidente do PL, afirmou que existe uma
investigação nos EUA que aponta para um esquema de sonegação de propriedades da
família Bolsonaro nos EUA.
>>> Entenda:
• Segundo
a denúncia feita por Maria Christina, a ex-esposa de Frederick Wassef, Cristina
Boner, suas filhas e um corretor de imóveis nos EUA serviriam de laranjas para
os Bolsonaro.
• "Existe
uma investigação sobre imóveis aqui em Miami sonegados. Em 2017, começou uma
operação na época da Lava-Jato de pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não
declarou. Essa pesquisa no Brasil foi enterrada, e aqui seguiu", disse
Maria Christina.
• "Isso
vai vir à tona", disse. "São imóveis de um monte de gente que não
declara no Brasil o imóvel, ou seja, é sonegado. Essa operação foi enterrada e
aqui ela andou", completou Maria, que afirma ter colaborado com as
investigações.
• "Dentro
desta operação, estão 30 e poucos imóveis da família Bolsonaro via dois
laranjas. Os laranjas são a família do Wassef, que é a Cristina Bonner e as
filhas, e o corretor de imóveis [inaudível]", afirma.
Cristina Boner é ex-esposa de Frederick Wassef,
advogado de Bolsonaro que defendeu Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no suposto esquema
das rachadinhas e acolheu Fabrício Queiroz em seu sítio na cidade de Atibaia,
em São Paulo, quando este estava foragido da Justiça.
Entre janeiro de 2019 e junho de 2020, Cristina recebeu
mais de R$ 40 milhões do governo Bolsonaro através de sua empresa, Globalweb
Outsourcing, que prestava serviços para
o Ministério da Educação e para o BNDES.
À época, a Fórum revelou com exclusividade uma
série de contratos que Cristina Boner mantinha com o governo federal, em
especial com o Ministério da Educação.
Bolsonaro
diz que sofreu calúnia e processa hacker por acusá-lo de grampear Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma
queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti, o Vermelho, por calúnia. O
processo corre no 3º Juizado Especial Criminal de Brasília.
A defesa de Bolsonaro afirma que o hacker mentiu ao
acusá-lo de grampear o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), em depoimento na CPI do 8 de Janeiro.
“O presidente entrou em contato comigo. Nesse
contato, segundo ele, teria um grampo do ministro Moraes. Segundo ele
(Bolsonaro), teria conversas comprometedoras do ministro e eles precisavam que
eu assumisse a autoria desse grampo”, disse Delgatti na comissão parlamentar.
O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que
representa o ex-presidente, argumenta que a acusação é “mentirosa” e ofendeu a
honra de Bolsonaro. O criminalista afirma que a conduta foi ainda mais grave
por causa da repercussão na internet e na imprensa.
“A defesa do presidente Bolsonaro se mostra
indignada com as declarações mentirosas, irresponsáveis e evidentemente
dirigidas do senhor Delgatti, razão porque houve por bem promover a queixa por
crime de calúnia”, afirma o advogado.
Delagatti também acusa Bolsonaro de ter prometido
assinar um indulto caso ele conseguisse invadir os sistemas da urna eletrônica.
O hacker alega que se encontrou com o então presidente no Palácio do Planalto
para tratar sobre a invasão. Ele também afirmou que aceita uma acareação com
Bolsonaro na comissão parlamentar. Em entrevista ao Estadão, ex-presidente
afirmou que “se tiver que fazer, a gente faz”, mas questionou uma acareação
apenas com base na palavra do hacker. “É um estelionatário contumaz”, reagiu.
Walter Delgatti ficou conhecido por hacker os
celulares da força-tarefa da Lava Jato e do então juiz Sergio Moro. Ele foi
condenado a 20 anos de prisão pelo crime.
Fonte: Fórum/Veja/Agencia Estado
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