Esquerda e direita incendeiam conselho de ética da Câmara
As rusgas, os xingamentos e os bate-bocas entre a
esquerda e os bolsonaristas, ruído ampliado após a derrota eleitoral do
ex-presidente Jair Bolsonaro, no ano passado, foram desembocar no Conselho de
Ética da Câmara. Nunca um início de legislatura movimentou tanto o colegiado,
que já acumula 22 ações por quebra de decoro — fora algumas representações que
estão paradas na Mesa da Câmara.
Nas acusações de um lado contra outro, há uma
diversidade de ataques. Disparo de palavrões e ofensas é a tônica. Mas há
registros de algumas tentativas de agressão física, caso em que um dos filhos
do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), partiu para cima do petista Marcon
(RS). Até pisão no pé do outro, no Plenário da Câmara, virou processo no
conselho, que mais lembra uma delegacia de pequenas causas.
Qualquer desavença de um dos lados acaba em
denúncia por quebra de decoro. No passado, o Conselho de Ética julgou acusações
bem mais graves, como casos de corrupção e até parlamentares denunciados e
condenados por homicídio.
Esse acirramento dos ânimos de agora transformou as
reuniões do conselho num espaço de turbulência, com discussões e troca de
insultos, algo que nunca foi frequente. Os bolsonaristas têm levado uma claque
de sua bancada para acompanhar os casos que envolvem julgamentos dos seus, e
transformam o ambiente numa comissão normal da Câmara, onde é comum a troca de
afrontas.
Há duas semanas, o conselho livrou o deputado
Nikolas Ferreira (PL-MG) da denúncia de transfobia, apesar dos ataques que o
parlamentar fez às mulheres trans, num discurso no plenário, usando uma peruca
amarela e no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Um grupo de pelo menos
20 deputados do PL compareceu e pressionou pela absolvição.
O relator do caso de Nikolas foi o deputado
Alexandre Leite (União-SP), que, primeiro, deu um parecer para que o caso fosse
adiante, mas, depois, diante da tropa bolsonarista, recuou e mudou sua posição,
entendendo que a acusação não devia seguir. O caso foi arquivado por 12 x 5.
Enquanto se aguardava o resultado, se ouvia piadinhas dos bolsonaristas. “Tem
um rivotril aí para mim”, provocou um deles.
O deputado Chico Alencar (PSol-RJ), um dos poucos
que votou contra Nikolas, afirmou que essa decisão “autoriza qualquer
parlamentar a subir à tribuna da Câmara fantasiado de diabo, oficial nazista,
de qualquer indumentária para criticar adversários políticos”. Segundo o
parlamentar fluminense, diante de um placar tão discrepante, parecia haver um
“acordão subjacente, oculto, para mandar tudo para o arquivo, zerar tudo”.
Alencar não errou. Um deputado do próprio PT,
Washington Quaquá (RJ), propôs abertamente esse “acordão”. “Acho que o conselho
deve negar todas as admissibilidades das representações como um ato pedagógico.
Não devemos admitir todas as ações que estão no conselho”, disse o petista, que
votou a favor de Nikolas e foi elogiado por ninguém menos que pela bolsonarista
Julia Zanatta (PL-SC). “Nada como ganhar com o voto do Quaquá. Voto de
coragem”, disse ela.
Carla Zambelli (PL-SP) também foi salva no conselho
por causa do recuo do relator, João Leão (PP-BA). Acusada de xingar o colega
Duarte Junior (PSB-MA), a deputada teve também o caso arquivado. Ainda que as
notas taquigráficas e as imagens de um video mostrem a ofensa, Leão, que
primeiro estava certo da culpa da bolsonarista, entendeu depois, após pressão,
que não estava tão convicto assim.
“Se desse para ouvir bem no vídeo o que dizem que a
senhora disse, não estaria com esse parecer. Conversei com a senhora lá fora
também. E, pelo que tenho visto, vai chegar acusação mais grave aqui que a
envolve”, justificou Leão.
Em abril, Eduardo Bolsonaro partiu para cima do
deputado Marcon (PT-RS), durante uma reunião na Comissão de Trabalho. O filho
03 quis agredir o petista, que afirmou ser a facada tomada por Bolsonaro, em
2018, uma “encenação”. O filho do ex-presidente xingou Marcon de “filho da p.”
e “veado”.
Eduardo afirmou que não teria nada a responder ao
conselho pelo ato. As frases ofensivas do filho 03 até foram publicadas nas
notas taquigráficas do colegiado, mas depois foram apagadas. Só que há o vídeo
da sessão, onde se pode ver a cena.
No Conselho de Ética, a maior ofensiva da oposição
contra a esquerda se deu numa representação do PL, assinada pelo presidente da
legenda, Valdemar Costa Neto, contra seis deputadas do PSol e do PT. O partido
acusa as parlamentares de quebra de decoro durante a votação do marco temporal
das terras indígenas, no final de maio, por elas terem gritado ao microfone
“assassinos, assassinos do nosso povo indígena”. Foi preciso o partido de Jair
Bolsonaro desmembrar a denúncia e apresentar individualmente a acusação contra
cada uma. O regimento impede representação coletiva, como foi inicialmente
protocolada.
As deputadas reagiram no conselho com cartazes
contendo palavras de ordem “Não vão nos calar”, “Não vão nos intimidar” e
“Basta de machismo”. Os casos ainda tramitam no colegiado.
Foram alvos do PL as deputadas do PSol Célia
Xakriabá (MG), Sâmia Bomfim (SP), Talíria Petrone (RJ) e Fernanda Melchionna
(RS). E também as petistas Erika Kokay (DF) e Juliana Cardoso (SP).
Os 22 casos em andamento no conselho envolvem nove
deputados da esquerda e nove da direita. Alguns estão citados em mais de um
caso.
Se o Conselho de Ética da Câmara funciona com toda
essa fervura, o mesmo não se pode dizer do congênere do Senado — onde, em
quatro anos, se realizou apenas uma sessão até o ano passado. Em 2023, foram
apenas duas reuniões. A primeira, em março, foi da recondução do presidente,
Jayme Campos (União-MT).
O segundo e último encontro se deu em 14 de junho.
Foi a primeira deliberação do conselho do Senado em quase seis anos — analisou
13 pedidos, o mais antigo de 2019. Foram admitidas aberturas de processo contra
cinco senadores: Cid Gomes (PDT-CE), Jorge Kajuru (PSB-GO), Chico Rodrigues
(PSB-RR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Randolfe Rodrigues (sem
partido-AP).
O rumoroso caso de Chico Rodrigues não foi julgado
até hoje. Em outubro de 2020, uma operação da Polícia Federal (PF) que
investigou desvio de recursos públicos de uma secretaria do Estado de Roraima,
o flagrou com dinheiro escondido em partes íntimas. Depois dessa reunião, o
conselho parou.
• PC do
B derrota Bolsonaro na Justiça
Transitou em julgado, na quinta-feira, a ação
rescisória do PCdoB, que anulou uma sentença que condenava o partido a pagar a
Jair Bolsonaro uma indenização de R$ 30 mil por dano moral por uma publicação
no site oficial da legenda.
Na Justiça do Rio de Janeiro, Bolsonaro chegou a
sair vitorioso em uma das instâncias, tendo reconhecido o direito à indenização
por uma montagem relacionado o ex-presidente a um terrorista americano que
atacou uma boate LGBT+, no Estados Unidos.
O ex-presidente até tirou sarro do partido, nas
redes sociais, falando que “tomaria tubaina” bancado pela indenização que
poderia ser paga.
O problema é que o caso foi desconsiderado, já que
a punição foi imposta ao diretório estadual do partido, e não ao comitê
nacional. O PCdoB foi representado pelo escritório Carlos Henrique de Carvalho
Advogados Associados.
Nordeste
terá todos os governadores lulistas
De olho em uma aproximação com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB),
avalia migrar para o PSD, sigla que controla três ministérios do governo
federal. O movimento consolidaria uma aliança de todos os governadores da
região Nordeste ao titular do Palácio do Planalto, feito incomum nas gestões
anteriores do PT. A tucana, que já deu sinais de afastamento da cúpula de seu
partido, costurou na última semana o embarque do PSD em sua gestão estadual. A
articulação foi feita com o ministro da Pesca, André de Paula. A legenda ocupa
ainda as pastas da Agricultura e a de Minas e Energia.
Ex-deputado, Paula foi candidato ao Senado pelo PSD
em Pernambuco no ano passado. Embora emissários de Lyra e Paula declarem que
uma filiação da governadora não está pautada por ora, a entrada do PSD no
secretariado em Pernambuco é tida como primeiro passo para este movimento. A
filha do ministro, Cacau de Paula, assumiu a secretaria estadual de Turismo.
Antes, ela ocupava posto equivalente na gestão do prefeito do Recife, João
Campos (PSB), aliado de Lula.
O ministro da Pesca, que participou da cerimônia de
posse da filha na pasta, afirmou ao GLOBO que “passa a haver um caminho” para a
eventual filiação de Lyra ao PSD”, mas ponderou que a decisão é de Raquel.
— Estar em um partido de oposição, considerando o
quão Lula é querido no Nordeste, é um fator a ser considerado. Ela ir para o
PSD pode ser conveniente, do ponto de vista político, para os dois lados —
afirmou o ministro.
Dos nove estados da região Nordeste, apenas
Pernambuco elegeu no ano passado para o Executivo estadual um nome que não era
alinhado a Lula. A possível ida de Lyra para o PSD, presidido em Pernambuco
pelo ministro André de Paula, ensaia um alinhamento do Nordeste à gestão
petista que só foi registrado no início do segundo mandato de Dilma Rousseff
(PT), em 2014.
Na época, Dilma foi reeleita com apoio de todos os
governadores da região; a aliança, contudo, sofreu uma baixa em 2016, quando o
então governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, seguiu a posição do
seu partido — o mesmo PSD — e passou a apoiar o impeachment da presidente.
Ao chegar à Presidência em 2002, Lula encontrou um
cenário distinto no Nordeste, onde PSDB e PFL, então os principais partidos de
oposição ao PT, governavam quatro estados. Reeleito em 2006 já com votação
forte na região, o petista ainda teve de lidar com um opositor em Alagoas, onde
o tucano Teotônio Vilela derrotou um aliado de Lula naquele ano. Vilela se
reelegeu em 2010.
Lyra faltou na quinta-feira a uma reunião em
Brasília organizada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite,
presidente nacional do PSDB. Embora a governadora tenha cumprido agenda na
capital federal na mesma semana, ela retornou ao estado na quarta alegando
compromissos agendados. A reunião marcou um “relançamento” do programa
partidário do PSDB, buscando marcar posição distinta à do governo Lula. Leite
mira um projeto presidencial em 2026 que seja um contraponto ao PT e também ao
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Interlocutores de Lyra afirmam que a relação com
Leite é boa e que a governadora, apesar da ausência no evento, gravou um vídeo
para ser exibido no encontro tucano. Há, contudo, entre aliados dela a
avaliação de que é importante evitar desgastes com o governo federal e que a
postura de Leite nem sempre colabora com isto. O gaúcho também fez um gesto mal
recebido por aliados de Lyra, ao ensaiar uma defesa do governador de Minas,
Romeu Zema (Novo), que comparou estados do Nordeste a “vaquinhas que produzem
pouco”. Na ocasião, Leite sugeriu que Zema havia se expressado mal, mas não
criticou o discurso do colega.
Só
dois candidatos à PGR passam fácil no Senado
A Procuradoria-Geral da República tem chance de ser
comandada interinamente por uma mulher. Trata-se da procuradora Elizeta Maria
de Paiva Ramos, que já foi corregedora do órgão.
Como Zanin recebeu as críticas sobre seus primeiros
votos como ministro do STF
Sob risco de bloqueio milionário de Pix de
Bolsonaro, aliados e assessores pedem transferência para Michelle
Elizeta deve assumir a cadeira de PGR, caso o
sucessor de Augusto Aras seja escolhido e nomeado por Lula após o fim de seu
mandato, que acaba em 26 de setembro. Até hoje, Raquel Dodge foi a única mulher
a ocupar o posto de PGR.
Até o momento, o presidente ainda não bateu o
martelo sobre quem indicará para a cadeira, considerada uma das mais delicadas
e poderosas da República. O nome de Elizeta foi construído por meio de um
acordo de alas distintas do Conselho Superior do Ministério Público.
Hoje o vice-presidente do órgão é o
subprocurador-geral da República Carlos Frederico, que fica no cargo até 5 de
setembro e está à frente de investigações dos ataques golpistas de 8 de
janeiro. Frederico, que é aliado de Aras, não deve tentar a reeleição para o
posto. Em contrapartida, a ala do CSMP que faz oposição também não lançará um
nome. A escolha de consenso como candidata ao cargo entre os dois grupos é o de
Elizeta.
Membros do órgão avaliam que, mesmo que Lula faça a
indicação em breve, só dois nomes teriam agilidade na sabatina no Senado. Um
deles é o do próprio Aras, conhecido e elogiado pela classe política, mas
praticamente descartado por Lula.
O outro seria o do vice-procurador-geral-eleitoral,
Paulo Gonet. Como informou a coluna, ele conta com o apoio dos ministros do STF
(Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
A leitura dos procuradores é a de que outras
opções, como Antônio Carlos Bigonha e Mário Bonsaglia, precisariam fazer um
trabalho junto aos parlamentares antes da sabatina, por serem menos articulados
com a classe política.
Esquerda
pressiona Lula a interferir em voto de Zanin
Integrantes da cúpula do PT passaram o fim de
semana trocando mensagens e conversando pelo telefone sobre Cristiano Zanin. Ou
mais especificamente sobre o desastre que foram, à esquerda, os votos dados
pelo recém-empossado ministro do STF nas duas últimas semanas — todos alinhados
ao conservadorismo.
Há um consenso entre eles que Lula precisa ter uma
conversa com Zanin antes de quarta-feira, quando será retomado o julgamento do
processo que trata do marco temporal para demarcação de terras indígenas.
O temor é que Zanin vote pela adoção do marco
temporal, ou seja, a favor dos ruralistas e contra as diretrizes do governo
Lula.
Lula, na opinião desses petistas da cúpula do
partido, deve interferir “antes que novo desastre aconteça”, de acordo com um
deputado da legenda. “Ele não tem saída”, completa.
É o que será pedido a Lula a partir de hoje, quando
o presidente volta a despachar em Brasília, depois de uma semana de viagem pela
África.
O que vai se pedir a Lula é que ele interfira num
voto de um ministro do Supremo. Uma intromissão indevida e nada diferente do
que Jair Bolsonaro fazia — ou alguém duvida da liberdade que o ex-presidente se
dava com os seus indicados ao cargo (“Vou indicar alguém que tome uma tubaína
comigo”, disse logo depois de escolher Nunes Marques e antes de definir-se por
André Mendonça)?
Não foi à toa que Lula escolheu o seu próprio
advogado para a Corte Suprema.
Um petista com muitas décadas de partido nas costas
e próximo do presidente constata que a reação da militância nas redes sociais
nos últimos dias foi enorme:
— Essa é a primeira crise do nosso campo. O Lula
está apanhando nas redes dele, apanhando de gente de esquerda por causa dos
votos do Zanin.
Se Lula terá mesmo essa conversa com Zanin para
direcionar o seu voto no caso do marco temporal, é impossível saber neste
momento. Mais fácil é prever que a esquerda tende a ficar de cabelo em pé ainda
por muito tempo e continuar tensa nas vésperas de outras centenas de votações.
Por uma razão muito simples: Zanin, se quiser, só
se aposenta do Supremo no longínquo ano de 2050.
• Novas
decisões de Zanin podem irritar mais a esquerda
Criticado por ter votado contra a descriminalização
da maconha e a equiparação de ofensas à população LGBTQIA+ ao crime de injúria
racial, o ministro Cristiano Zanin poderá ter seus posicionamentos novamente
“testados” ao longo desta semana. Na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF)
estão julgamentos de ações sobre minorias, como o recurso que discute a aplicação
do chamado marco temporal na demarcação de terras indígenas e outro que trata
de direitos de casais homoafetivos.
A retomada de uma ação que discute reintegração de
posse requerida pela Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina de
área declarada como território indígena está prevista para a próxima
quarta-feira. Nessa questão, os magistrados da Corte debatem o destino de uma
área da Terra Indígena Ibirama-Laklanõ, espaço que é parte da Reserva Biológica
do Sassafrás.
Na prática, contudo, os ministros vão decidir se é
válida a tese de que indígenas só têm direito às terras que já eram
tradicionalmente ocupadas por eles em 5 de outubro de 1988, quando foi
promulgada a Constituição. Se aprovado esse entendimento, povos originários só
poderão reivindicar a posse de áreas que ocupavam nessa data. Até o momento, o
placar está 2×1: os ministros Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes foram
contrários ao marco temporal e Nunes Marques, a favor.
Também na quarta-feira, está pautado o julgamento
de um recurso extraordinário em que se discute a possibilidade de servidora
pública, mãe não gestante, em união estável homoafetiva, gozar de
licença-maternidade. Nesta ação, o debate gira em torno da gestação da
companheira decorrida de procedimento de inseminação artificial heteróloga.
No plenário da sessão virtual, outro julgamento
previsto que se destaca é de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta
pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), acerca das regras
para desapropriação da propriedade privada que não cumprir sua função social.
Nesse processo, a CNA questiona a Lei 8.629/93, que
violaria artigos constitucionais que definem os imóveis rurais suscetíveis de
desapropriação, por interesse social, para fins de reforma agrária. A
Confederação destaca que a redação do dispositivo “embaralhou requisitos que
não se confundem, a saber, o do grau de utilização da terra (GUT) e o de
eficiência em sua exploração (GEE)”.
Alvo de ataques de aliados do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e personalidades de esquerda devido aos votos sobre
descriminalização da maconha e a equiparação de ofensas à população LGBTQIA+ ao
crime de injúria racial, Cristiano Zanin passou a também ser criticado por
outro posicionamento considerado conservador. Ele foi contra uma ação que
relata violência da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul contra indígenas da
etnia Guarani Kaiowá.
A ação protocolada pela Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (Apib) pede que o STF determine ao estado medidas de
proteção às comunidades indígenas. Alega que a análise dos diversos casos no
Mato Grosso do Sul mostra que autoridades locais têm promovido violentas ações
de desocupação forçada contra comunidades.
O descontentamento com as posições do ex-advogado
do petista, que assumiu a vaga na Corte há três semanas, aumentou a pressão
para que o presidente escolha um nome progressista para a vaga da ministra Rosa
Weber, que vai se aposentar em outubro.
Fonte: Correio Braziliense/O Globo
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