Secos & Molhados: a história da banda que desafiou a ditadura
Gerson Conrad estava pintando o rosto, ao lado de
Ney Matogrosso e João Ricardo, quando sentiu o chão do vestiário tremer.
Não se tratava de um abalo sísmico; mas da abertura
dos portões do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. "Foi algo
assustador", recorda o caçula dos três integrantes do Secos &
Molhados, hoje com 71 anos.
Dali a pouco, Moracy do Val entrou no camarim
improvisado e, ofegante, deu a notícia que todos esperavam ouvir: “Tudo lotado!”.
“Quantas pessoas cabem aqui?”, perguntou João, enquanto dava os últimos
retoques da pintura na boca. “Umas vinte mil!”, calculou o empresário. Havia
outras 20 mil do lado de fora.
Quando tocou a terceira campainha, rolou nervosismo
entre os integrantes da banda para saber quem entraria primeiro. Se não lhe
falha a memória, Gerson foi o primeiro a pisar no palco.
O show do Maracanãzinho, no dia 10 de fevereiro de
1974, foi um dos 369 que, pelas contas do artista, o grupo fez em um ano de
turnê.
Quem estava lá, naquela tarde de domingo, era o
poeta Paulinho Mendonça. Coautor de Sangue Latino – um dos maiores hits do
grupo – e responsável por sugerir o sobrenome artístico a Ney Matogrosso, ele
conta que a polícia havia interditado a quadra e liberado apenas a
arquibancada.
Mas, como não havia mais lugar disponível no anel
superior do ginásio, o público teve que descer para a pista central. Foi
recebido a golpes de cassetete.
Diante da truculência policial, Ney interrompeu o
show e gritou com os guardas. "Deixa os caras ficarem aí!". A tropa
de choque, sob o comando do coronel Ardovino Barbosa, recuou. E o público pôde,
finalmente, assistir ao show à beira do palco.
“Em plena ditadura, o Ney teve a coragem de
confrontar a polícia”, espanta-se Paulinho.
• Era uma
vez em Ubatuba…
A ideia de fundar o Secos & Molhados, um dos
maiores fenômenos da indústria fonográfica brasileira, partiu de João Ricardo.
Português de Arcozelo, ele chegou ao Brasil no dia
28 de março de 1964, acompanhado da família – seu pai, o jornalista João
Apolinário (1924-1988), fugia da ditadura salazarista.
São de autoria de Apolinário cinco letras do Secos
& Molhados: Amor e Primavera nos Dentes, do primeiro álbum da banda,
lançado em 1973, e Flores Astrais, Voo e Angústia, do segundo, de 1974.
No Brasil, pai e filho trabalharam em redações de
jornais: o primeiro deu plantão no Última Hora e o segundo se revezou entre
três empregos: no Última Hora, pela manhã; na TV Globo, à tarde; e na TV
Record; à noite.
Cinco anos depois de desembarcar no Brasil, João
conheceu Gerson, um jovem estudante de Arquitetura que morava na mesma rua, a
Alameda Ribeirão Preto, na Bela Vista, e logo ficaram amigos. Juntos,
compuseram a primeira canção do Secos & Molhados: El Rey.
O grupo, aliás, teve incontáveis formações. A mais
famosa delas, com Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad, durou apenas
dois anos: de 1973 a 1974.
Certa manhã de 1971, João estava em Ubatuba (SP),
curtindo as férias, quando se deparou com o letreiro de um velho armazém.
Pensativo, perguntou aos amigos se Secos & Molhados daria um bom nome a uma
banda de rock. Todos riram. Logo, teve a certeza que sim.
A formação original, de 1971, era composta por João
Ricardo, no violão de doze cordas e na gaita; Fred, na percussão; e Antônio
Carlos de Lima, nos vocais, e chegou a se apresentar no Kurtisso Negro, uma
boate em São Paulo. Quando o vocalista pediu para sair, João saiu à procura de
um novo cantor.
Foi a cantora Luhli, nome artístico de Heloísa
Orosco (1945-2018), quem sugeriu um tal de Ney de Souza Pereira, no Rio de
Janeiro. Luhli é autora de três letras do Secos & Molhados: O Vira e Fala,
do primeiro disco, e Toada & Rock & Mambo & Tango & Etc, do
segundo.
João e Gerson viajaram até o Rio só para conhecer
Ney, um jovem ator hippie que fazia artesanato em couro. Em poucas horas,
viraram amigos de infância.
Em janeiro de 1972, já em São Paulo, começaram a
ensaiar o repertório do primeiro disco.
Enquanto Ney assumia o papel de principal cantor do
grupo com seu timbre agudo, João e Gerson se revezavam nos vocais de apoio e
também nos violões de seis e doze cordas.
• Sob a
lente do sucesso
O primeiro show do Secos & Molhados com a nova
formação aconteceu na Casa de Badalação e Tédio, do Teatro Ruth Escobar, em São
Paulo, no dia 10 de dezembro de 1972. João chegou a sugerir que eles subissem
ao palco usando boinas como se fossem guerrilheiros, mas Ney e Gerson não
aprovaram a ideia.
No ano seguinte, João conheceu duas figuras
importantes para o sucesso do grupo: o jornalista Moracy do Val, em janeiro de
1973, e o fotógrafo Ary Brandi, em novembro.
Como empresário, Moracy do Val realizou duas
proezas: fechou contrato com a Continental – antes dele, o grupo havia recebido
recusas da EMI-Odeon, Phonogram e RCA Victor – e agendou shows pelo Brasil
inteiro, e até duas apresentações no México, em junho de 1974, para o
lançamento do disco Secos y Mojados.
À época, o que o grupo ganhava era dividido em
quatro partes iguais: 25% para João, Ney, Gerson e Moracy.
Já Ary Brandi tornou-se o fotógrafo oficial do Secos
& Molhados. Fotografava Ney, João e Gerson nos quartos de hotéis, nos
estúdios de gravação, nos camarins dos ginásios...
“Tinha carta branca para fotografar o que quisesse.
Ninguém nunca disse ‘Não faça isso’ ou ‘Não faça aquilo’. Era proibido proibir”,
afirma o fotógrafo que, ano que vem, pretende fazer uma exposição com as fotos
do grupo.
“Não fazia ideia do que estava acontecendo. Se
soubesse que estava testemunhando um fenômeno da indústria fonográfica, teria
tirado mais fotos. Em vez de gastar um filme, teria gasto uns dez”, brinca.
• Versos
subversivos
O primeiro álbum da banda, intitulado simplesmente
de Secos & Molhados, foi gravado em apenas 15 dias no Estúdio Prova, na
capital paulistana, entre 23 de maio e 8 de junho de 1973.
Além do trio principal, contou com o baixista Willy
Verdaguer, o pianista Emílio Carrera, o guitarrista John Flavin, o flautista
Sérgio Rosadas e o baterista Marcelo Frias. É de Marcelo, aliás, a quarta
cabeça da capa do disco. A princípio, ele topou fazer parte do grupo, mas,
depois, preferiu continuar como músico contratado.
Quem também participou da gravação do LP foi o
cantor e compositor Zé Rodrix (1947-2009). Tocou, entre outros instrumentos,
sanfona em O Vira e sintetizador em Fala.
Willy, Emílio, John e Marcelo tocavam no espetáculo
A Viagem, uma adaptação de Carlos Queiroz Telles para Os Lusíadas, do poeta
português Luís de Camões. Um dia, Ney Matogrosso, um dos 72 figurantes do
musical, convidou a trupe para assistir ao show do Secos & Molhados. “Nosso
som tinha atitude”, orgulha-se Emílio.
O repertório do álbum de estreia da banda trazia
versões musicadas de grandes nomes da literatura brasileira, como Vinícius de
Moraes (Rosa de Hiroshima), Manuel Bandeira (Rondó do Capitão), Cassiano
Ricardo (Prece Cósmica e As Andorinhas) e Solano Trindade (Mulher Barriguda).
“Musicar poemas de autores já publicados foi uma
esperteza do João para enfrentar a censura”, relata o jornalista Miguel de
Almeida, autor de Primavera nos Dentes – A História dos Secos & Molhados
(Record).
“A censura, sempre ignorante, não atentou para o
caráter sedicioso de alguns versos. Afinal, livros de poesia nunca venderam
muito no país. Por essa razão, não representavam um perigo para a sociedade”.
• Banquete
antropofágico
Terminada a gravação, a próxima etapa seria fazer a
capa do disco. Foi João Apolinário quem sugeriu o nome do fotógrafo Antônio
Carlos Rodrigues. Os dois foram colegas de redação do jornal Última Hora.
Convite aceito, Antônio Carlos logo se lembrou de
outra foto que fizera não havia muito tempo para um ensaio da revista
Fotoptica. Nela, sua mulher, a modelo Ceni Câmara, aparece com a cabeça sobre
um prato de papelão prateado. E sugeriu fazer algo parecido para a capa do
disco.
Os integrantes do grupo estranharam a proposta,
mas, logo em seguida, mudaram de ideia. Menos Marcelo Frias, o baterista, que
se recusou a pintar o rosto. “Sou músico, não palhaço”, teria reclamado,
segundo o jornalista Julio Maria em Ney Matogrosso – A Biografia (Cia das
Letras).
Numa noite gelada de junho de 1973, Antônio Carlos
montou o cenário em seu estúdio no Jardim Europa e, para produzir a foto,
comprou, entre outros ingredientes, pão, cebola, vinho, linguiça e azeite.
“Levamos uma noite inteira para fazer a foto da
capa do disco”, relata João Ricardo em um vídeo no canal do Secos &
Molhados no YouTube. “Fazia muito calor em cima, por causa dos holofotes, e
muito frio em baixo, porque estávamos sentados em tijolos”.
Entre um show e outro no Teatro Itália, o Secos
& Molhados foi convidado a gravar dois videoclipes para o Fantástico, da TV
Globo. As músicas escolhidas por Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, os
responsáveis pelos quadros musicais do programa, foram Sangue Latino e O Vira.
Bem, eles não chegaram a ouvir as músicas. No dia
combinado, tomaram um porre daqueles. Mas, durante uma reunião com Augusto
César Vannucci, usaram como critério de seleção a capa do disco. “Quais
músicas?”, quis saber o diretor. “As duas primeiras do lado A”, arriscaram.
Para sorte deles, Vannucci aprovou a indicação.
• Morte
no envelope
A Continental não botou muita fé no grupo. Tanto
que mandou imprimir apenas 1, 5 mil cópias. Mal sabiam os executivos da
gravadora que aquela tiragem não duraria nem 10 dias. Logo, tiveram que
produzir mais e mais discos: em 60 dias, o Secos & Molhados vendeu 250 mil
cópias. Em três meses, 350 mil e, em sete, quase 800 mil.
Com a crise do Petróleo, a Continental precisou
derreter os discos encalhados de outros artistas para fabricar vinis. Em um
ano, o Secos & Molhados vendeu, segundo estimativas, 1 milhão de cópias e
colecionou discos de ouro, platina e diamante. Em 1997, com o relançamento do
LP em CD, foram mais 250 mil cópias vendidas.
As letras “políticas e contundentes”, nas palavras
de Miguel de Almeida, passaram despercebidas pelos militares. Mas, o visual
andrógino do grupo, e a dança provocativa de Ney Matogrosso, não.
“Volta e meia, eu botava a cara para fora da janela
e via dois agentes à paisana dentro de um Dodge Dart com um binóculo”, recorda
Gerson. Não foi o único. Ney chegou a receber cartas anônimas com ameaças de
morte. Mas não se intimidou.
• Apuros
na estrada
Com o disco tocando em todas as rádios, o grupo
caiu na estrada. Percorreram diversas capitais como Rio, Salvador e Porto
Alegre. “Tínhamos um Galaxie Landau”, recorda Gerson, referindo-se ao maior e
mais luxuoso carro da época. “Viajávamos sempre os quatro, revezando a
direção.”
No dia 20 de fevereiro, Ney teve que sair de um
show no ginásio Geraldo Magalhães, o Geraldão, no Recife (PE), escoltado pela
polícia e dentro de um camburão. Não havia cordão de isolamento que acalmasse
os ânimos dos fãs.
Naquela noite, Ney só conseguiu respirar aliviado
quando fechou a porta do quarto do hotel.
O trio principal não foi o único a passar
perrengue. Sobrava até para a banda.
Mal terminava o show e os músicos saíam correndo do
palco, rumo ao carro que tinham alugado ao chegar à cidade.
Certa ocasião, não funcionou. Emilio Carrera virou
a chave de ignição, mas o motor não deu sinal de vida. Tentou uma, duas, três
vezes... e nada.
Em poucos minutos, a Variant já estava cercada por
uma multidão ensandecida.
“No meio daquele show de horrores, o motor pegou.
Mas, eu não podia mais sair com o carro. Se saísse, atropelaria meio mundo”,
relata o pianista que não sabe o que teria acontecido se o regimento da polícia
montada não tivesse dispersado os fãs.
Em 22 de março, o grupo se apresentou em Brasília
(DF). A sogra do então ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueki, implicou com
o peito nu do vocalista. Chegaram a cortar a luz do ginásio Nilson Nelson. Mas,
de nada adiantou. Ney se recusou a vestir uma camisa e o show teve que
continuar.
Logo no início, tentaram proibir alguns shows, mas
não conseguiram. “Os netos dos generais adoravam o Secos & Molhados”,
explica Moracy. Em Santo André (SP), um juiz tentou proibir uma apresentação,
mas o neto não deixou. “Quando você conquista a criança, conquista a família
inteira”, completa.
O Vira caiu nas graças do público – do netinho à
avó. Foi tocada em festa de aniversário e baile de Carnaval. Se o Secos &
Molhados conquistou a garotada pelo aspecto lúdico, atraiu a atenção da
mulherada pelo lado sensual. “Até hoje, o público feminino se esgoela nos shows
do Ney Matogrosso”, observa Miguel.
O grupo fazia shows de terça a domingo – às vezes,
até mais de um por dia. Tirava a segunda para descansar. Certa ocasião, João
convidou Gerson para ir ao Shopping Iguatemi, em São Paulo. Queria prestigiar a
inauguração da loja de discos de um amigo. Chegar lá foi fácil; difícil foi
sair. Mesmo de cara limpa, foram reconhecidos. A multidão cercou a loja e
ameaçou invadir. “Fomos resgatados pelos bombeiros”, recorda.
• O
início do fim
Concluída a agenda de shows, o Secos & Molhados
voltou aos estúdios. A banda que gravou o segundo álbum era praticamente a
mesma – a única exceção foi o baterista Norival D’Angelo, que substituiu
Marcelo Frias.
Dessa vez, foram musicados poemas de Júlio Cortázar
(Tercer Mundo), Fernando Pessoa (Não: Não Digas Nada) e Oswald de Andrade (O
Hierofante).
No repertório do novo disco, três músicas sofreram
censura: Pasárgada, baseada no poema Vou-me Embora Pra Pasárgada, de Manuel
Bandeira, por causa do verso “Tem alcalóide à vontade”; Tristeza Militar, com
letra e música de João Ricardo; e Tem Gente com Fome, versão de João Ricardo
para poema de Solano Trindade.
Quando voltaram do México, Ney e Gerson descobriram
que Moracy do Val tinha sido demitido da banda.
Com o desligamento dele, João Apolinário assumiu os
negócios do grupo e propôs uma nova divisão dos lucros: Ney e Gerson deixariam
de ser sócios e passariam a empregados. Revoltado, Ney teria rasgado a minuta
do contrato.
Ao fim das gravações do segundo disco, não houve
coletiva de imprensa, nem turnê de lançamento. Apenas a gravação de um
videoclipe da música Flores Astrais para o Fantástico.
No dia 11 de agosto de 1974, o programa dominical
da TV Globo anunciou o fim do grupo.
Indagado sobre o que levou ao fim precoce do Secos
& Molhados, se foram divergências artísticas ou financeiras, Moracy do Val
dispara: "foi burrice mesmo!". “Mataram a galinha dos ovos de ouro!”,
lamenta.
• 'Vítimas
do próprio sucesso'
Não foi por falta de planos que o Secos &
Molhados chegou ao fim. João pretendia lançar um disco com poemas de autores de
língua inglesa.
Moracy planejava uma turnê pelo exterior com show
de encerramento em Hiroshima, e até um filme, no melhor estilo Os Reis do
Iê-Iê-Iê, dos Beatles, com direção de Luís Sérgio Person.
“É bom que eu repita o que venho dizendo há
décadas: não tenho nenhum ressentimento em relação ao João Ricardo”, declara Ney
no livro de memórias Vira-Lata de Raça (Tordesilhas).
“Pelo contrário. Sou muito grato ao Secos &
Molhados e a ele. A palavra que resume minha história com o grupo é gratidão.
Foi uma experiência que me trouxe muitos ensinamentos. O maior deles foi a compreensão
de que era um artista de verdade”.
Fã do Secos & Molhados, Danilo Fiani, de 41
anos, não tinha sequer nascido quando o grupo estourou, em 1973.
Quarenta e cinco anos depois, o cantor teve a ideia
de criar, em 2018, o espetáculo Flores Astrais e convidou Luiz Lopez e Mario
Vitor para integrar o projeto. No tributo que revisita os dois LPs da banda,
Danilo, Luiz e Mario interpretam Ney, João e Gerson, respectivamente.
O baixista Alan James e o baterista Rike Frainer
completam a formação. O espetáculo Flores Astrais já passou pelo Rio, São Paulo
e Minas Gerais.
Proibida em 1974, a música Tem Gente com Fome
entrou no álbum Seu Tipo, o quinto da carreira solo de Ney, em 1979.
Para gravá-la, ele convidou João Ricardo. Foi a
última vez que entraram em um mesmo estúdio. “O Secos & Molhados foi vítima
do próprio sucesso”, filosofa Miguel. “Ao morrerem jovens, criaram uma lenda”.
Gerson conta que, em 1984, recebeu um telefonema de
uma TV alemã. Cada integrante ganharia US$ 1,5 milhão por um show acústico do Secos
& Molhados. Segundo ele, João nem quis ouvir a proposta.
“Se esse show tivesse rolado, minha situação
financeira hoje seria completamente diferente”, admite.
João se recusou também a participar da série
Primavera nos Dentes, que o biógrafo Miguel de Almeida adaptou e dirigiu para o
Canal Brasil.
O fundador do Secos & Molhados, a princípio,
aceitou o convite. Mas, no último minuto, mudou de ideia. Pior: não quis
liberar suas canções. O jeito foi entrar na Justiça e pedir a liberação.
“O sucesso do Secos & Molhados não pertence ao
João Ricardo. Pertence ao João Ricardo, ao Ney Matogrosso e ao Gerson Conrad. E
aos cinco músicos que tocaram com eles nos discos e nos shows”, afirma Miguel.
A previsão é que a série Primavera nos Dentes, em
quatro episódios de 60 minutos cada, seja exibida em outubro.
“O Secos & Molhados foi um cometa que riscou o
céu do Brasil. Um cometa que deixou muito brilho por onde passou”, afirma o
letrista Paulinho Mendonça.
“Tinham fôlego e talento para muito mais. Poderiam
ter chegado muito mais longe. O segundo LP, por exemplo, é tão sofisticado
quanto o primeiro. É um álbum belíssimo”.
Fonte: BBC News Brasil
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