sábado, 15 de fevereiro de 2025

Elias Jabbour: A China zomba dos “ajustes fiscais”

Antes de tudo, um relato pessoal. Ainda em Xangai e em uma conversa com uma grande autoridade brasileira, em um posto de relevância estratégica ao bloco dos BRICS, o assunto do endividamento local chinês veio à tona. Quem acompanha os panfletos da ortodoxia universal sabe muito bem que uma das grandes apostas contra o “modelo” chinês está na suposta insustentabilidade dos débitos dos entes subnacionais acumulados desde a reação chinesa à crise de 2007/2008.

De forma tranquila procurei demonstrar que o “modelo” chinês tem como base fiscal e monetário um grande fato: moeda criada pelo Estado sob intermediação financeira pública que é emprestada para empresas do Estado, províncias, municípios e empresas não públicas. Ou seja, a mim está clara uma das características de uma economia de projetamento, na forma como surge na China. Trata-se do casamento entre monopólio do Partido Comunista sobre a grande propriedade pública, na indústria e na finança, e o exercício consciente de sua soberania monetária para fins de entrega de bens e serviços. Como diria o pai da “Economia do Projetamento”, Ignacio Rangel, “projetamento é a busca da razão, na relação entre custo e benefício de cada projeto”.

Na China, a moeda é um bem público – ao contrário do Brasil, onde, dado o poder do sistema financeiro sobre os destinos da política monetária, a moeda é quase um ente privado. Continuando a conversa, ainda com muita tranquilidade, disse que o endividamento local não é uma contradição do “modelo”, mas um atributo da dinâmica de desenvolvimento. Uma sobrevivência das relações entre governo central e províncias desde a milenaridade do modo de produção asiático. A minha conclusão foi objetiva e assustadora a quem ouvia. “Em breve, a China vai encontrar uma solução para isto”. Algumas semanas depois, precisamente na primeira semana de novembro, o governo central anunciou um grande pacote fiscal de US$ 1,4 trilhão, tanto para aplacar as dívidas locais quanto para recomprar a concessão de terras a incorporadas atingidas pela crise imobiliária.

Foi apenas um entre outros 14 pacotes fiscais, anunciados entre setembro de 2024 e dezembro de 2025. O primeiro anúncio de 2025 já foi feito com um aumento-surpresa nos salários de 48 milhões de servidores públicos chineses. Esse aumento equivale a uma injeção de quase três bilhões de dólares na economia do país. Ou seja, o governo chinês já inicia o ano com uma medida com algum impacto sobre a capacidade de consumo de milhões de pessoas. Mas o que se pode esperar em termos de políticas fiscal e monetária para 2025?

Como nos acostumamos no Brasil e observar o fiscal e o monetário fins em si mesmos, e parte de uma operação simplesmente contábil, pode parecer estranho relacionar a submissão do monetário e o fiscal aos objetivos estratégicos de um país e, mesmo às suas ambições geopolíticas. Não deveria ser novidade, desde o momento que observamos que a Inglaterra pós-Revolução Industrial transformou a dívida pública em poderosa arma política. Da mesma forma que a China deverá manter políticas cada vez mais ousadas e expansivas nos campos monetário e fiscal. As razões são domésticas (necessidade de geração anual de 12 milhões de empregos urbanos/ano) e, sobretudo geopolíticas/tecnológicas, pois o país está disputando palmo a palmo a liderança da atual revolução técnico-científico em vários níveis, com ênfase nas indústrias relacionadas à transição energética. Voltarei a isso.

Políticas monetárias e fiscais expansivas também se impõem diante da corrida chinesa pela autonomia nas chamadas infraestruturas dos semicondutores e na Inteligência Artificial. Se Biden e, agora, Trump, lançaram mão de trilhões de dólares para jogar à frente a fronteira tecnológica nestes setores, a China faz o mesmo em termos de catching-up. Ou seja, enquanto o Brasil, fiel à ultrapassada teoria quantitativa da moeda, discute se os pobres têm o direito de uma velhice digna sem afetar o “equilíbrio fiscal”, na China (e nos Estados Unidos) queima-se, em linguagem figurada, “dinheiro em praça pública” – para ver quem chega primeiro no topo da montanha na corrida pela dianteira da fronteira do conhecimento.

Ciência, tecnologia e inovação custam trilhões de dólares a fundo perdido. Entre 2025 e 2030 a previsão é de investimentos da ordem de US$ 1,4 trilhão na China, somente em Inteligência Artificial. Em 2024, somente em circuitos integrados foram quatro pacotes, da ordem de US$ 40 bilhões cada. Voltando aos investimentos em energias limpas, como não estão consolidados os números de 2025, vale lembrar que tal movimento é parte do esforço de liderança do país nestas áreas, mas também busca acelerar outra transição. Uma economia que durante décadas foi sustentada por imensos investimentos em infraestruturas e no setor imobiliário passou a se desenvolver-se com base em investimentos vultosos na fronteira tecnológica.

Nada indica que isso irá mudar em 2025, ainda mais levando em conta o empenho dos Estados Unidos em manter e ampliar seu bullying tecnológico contra a China. Abrindo um parêntese, vale lembrar que a fase anterior levava em conta a necessidade de abrigar dezenas de milhões de chineses em trânsito do campo para a cidade. Para termos ideia, entre 2014 e 2023, duzentos milhões de pessoas tornaram-se cidadãos urbanos na China, o que demanda um esforço de planificação deste processo que as ciências sociais não estão preparadas para mensurar.

Em 2023, o crescimento dos investimentos em energia limpa foi 40% maior que o verificado em 2022, alcançando US$ 890 bilhões. Este nível de inversões é comparável ao PIB de países como a Suíça ou a Turquia, destacando a escala do compromisso da China com a energia limpa. A contribuição do setor de energia limpa para a economia chinesa foi de US$ 1,6 trilhão em 2023, refletindo um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Esse crescimento fez dos setores de energia limpa o maior motor da expansão econômica da China, respondendo por 40% do crescimento total do PIB. Sem seu avanço, o PIB da China teria ficado abaixo da meta do governo, alcançando apenas 3%, em vez dos 5,2% almejados naquele ano.

Resumindo a ópera, nada indica uma mudança nos rumos da política fiscal e monetária chinesa para 2025. Ao contrário, nesta luta existencial pela autonomia tecnológica, muito dinheiro deverá continuar a ser “queimado em praça pública”. A lógica de contabilidade que domina a mente de países que desistiram de si mesmos não combina com o fundamental no mundo, desde o surgimento do sistema interestatal moderno: a riqueza das nações.

¨      China reage à proposta de desescalada militar de Trump

O governo chinês reagiu à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realizar uma reunião trilateral com Rússia e China para discutir a redução de armamentos nucleares e cortes nos orçamentos de defesa. 

Durante coletiva regular de imprensa do Ministério das Relações Exteriores chinês nesta sexta-feira (14), em Pequim, o porta-voz Guo Jiakun afirmou que a China reconhece a importância do desarmamento, mas destacou que os EUA e a Rússia controlam mais de 90% das armas nucleares do mundo e, portanto, cabe a eles liderar esse processo.

Guo ressaltou que o desarmamento nuclear deve seguir o princípio básico de “manutenção da estabilidade estratégica global” e “segurança inalterada para todos”. 

“Sentados sobre os maiores arsenais nucleares do mundo, os EUA e a Rússia devem cumprir seriamente sua responsabilidade especial e primária pelo desarmamento nuclear, promovendo reduções drásticas e substanciais em seus arsenais nucleares, criando assim as condições necessárias para que outros Estados com armas nucleares possam participar do processo de desarmamento nuclear. Há um amplo consenso sobre isso na comunidade internacional”, enfatizou.

O porta-voz comentou ainda que a modernização chinesa será alcançada por meio do desenvolvimento pacífico e que a China segue uma política de “não primeiro uso” de armas nucleares e adota uma estratégia nuclear focada na autodefesa. 

O país asiático, informou Guo, mantém sua força nuclear no nível mínimo necessário para a segurança nacional e nunca participa de uma corrida armamentista com ninguém. 

“A China está pronta para trabalhar com todas as partes para apoiar firmemente o regime de controle de armas multilaterais com a ONU como núcleo e contribuir para a paz e a segurança mundiais”, assegurou.

Sobre os gastos militares, Pequim criticou os elevados investimentos dos EUA em defesa, que representaram 40% do total global em 2024 e aumentaram ainda mais com a Lei de Autorização de Defesa Nacional para 2025

O porta-voz chinês afirmou que, se os EUA defendem o lema “América Primeiro”, deveriam ser os primeiros a reduzir suas despesas militares.

A China argumentou que seus gastos com defesa são transparentes e proporcionais às suas necessidades, sendo significativamente menores do que os dos EUA em relação ao PIB e aos gastos per capita. 

Segundo Guo Jiakun, o país seguirá adotando uma postura defensiva e atuando como um fator de estabilidade na segurança global, mantendo investimentos militares apenas para proteger sua soberania e interesses estratégicos.

“Os fatos já provaram e continuarão provando que a China realiza gastos militares limitados para proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, além de contribuir para a manutenção da paz mundial”, finalizou.

<><> Entenda a proposta de Trump

Durante conversa com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca nesta quinta-feira (13), Trump afirmou que pretende retomar as negociações de controle de armas nucleares com a Rússia e a China, propondo que os três países reduzam seus orçamentos de defesa pela metade. 

Segundo Trump, os investimentos bilionários em armamentos poderiam ser direcionados para áreas mais produtivas.

"Estamos todos gastando muito dinheiro que poderíamos estar investindo em outras coisas que, com sorte, seriam muito mais produtivas," afirmou.

O presidente dos EUA criticou a corrida armamentista e alertou que a China poderá alcançar a capacidade de destruição nuclear dos EUA e da Rússia nos próximos cinco ou seis anos. 

"Uma das primeiras reuniões que quero ter é com o presidente Xi, da China, e o presidente Putin, da Rússia. E quero dizer: ‘Vamos cortar nosso orçamento militar pela metade.’ E podemos fazer isso. E acho que seremos capazes.”

Trump disse ainda que só pretende iniciar conversas sobre desarmamento após resolver conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.

Além disso, o presidente estadunidense reiterou seu desejo de reintegrar a Rússia ao G7, grupo do qual o país foi suspenso em 2014 após a anexação da Crimeia. Ele afirmou que a exclusão de Moscou foi um erro e revelou que pretende se encontrar separadamente com Vladimir Putin para discutir um possível acordo de paz na Ucrânia.

Essa postura marca um afastamento das políticas adotadas durante o governo Biden, período em que a Rússia suspendeu sua participação no tratado de redução de armas nucleares New Start, enquanto os EUA e os russos ampliaram investimentos em seus arsenais.

<>< > Xi lidera a transformação das forças militares da China

Sob a liderança de Xi Jinping, a China implementou reformas significativas para modernizar e fortalecer suas forças armadas com o objetivo de transformá-las em uma potência militar de classe mundial até 2050. Essas reformas abrangem desde a reestruturação organizacional até o combate à corrupção dentro das fileiras militares.

Em 2015, Xi anunciou uma redução de 300 mil soldados no Exército de Libertação Popular (ELP), diminuindo o efetivo para 2 milhões de militares. Essa medida foi vista como um gesto de paz e uma estratégia para reduzir custos e modernizar as forças armadas. 

Além disso, o número de comandos teatrais foi reduzido de sete para cinco, e os quatro departamentos gerais autônomos do ELP foram substituídos por 15 agências diretamente subordinadas à Comissão Militar Central (CMC). Foram também criadas novas forças, como a Força de Suporte Estratégico e a Força de Suporte Logístico Conjunto.

Xi tem enfatizado a erradicação da corrupção e a garantia de lealdade dentro do ELP. Nos últimos 18 meses, pelo menos 15 oficiais superiores foram destituídos por acusações de corrupção, incluindo o ex-ministro da Defesa, Li Shangfu. Essas ações visam fortalecer a integridade e a eficácia das forças armadas chinesas.

O orçamento militar oficial da China mais que dobrou sob a liderança de Xi, atingindo um recorde de US$ 224 bilhões em 2023. O país tem investido significativamente na expansão de sua marinha, adicionando mais navios de guerra, submarinos e embarcações de apoio do que o total da marinha do Reino Unido entre 2014 e 2018. Em 2017, a China estabeleceu sua primeira base naval no exterior, em Djibouti, e tem ampliado seu arsenal nuclear, com estimativas de alcançar mil ogivas até 2030.

O governo chinês tem integrado a educação militar no currículo escolar, promovendo o patriotismo e preparando a população para potenciais conflitos. Crianças a partir de seis anos participam de atividades como exercícios militares e manuseio de réplicas de armas, refletindo o nacionalismo crescente sob a liderança de Xi.

<><> História das Forças Armadas da China

O Exército de Libertação Popular (ELP) é a força militar da República Popular da China e um dos principais pilares do Partido Comunista Chinês (PCCh). A história do ELP está profundamente ligada à luta do povo chinês contra o imperialismo, à libertação nacional e à construção de uma China socialista forte e unificada.

O ELP tem suas origens no Exército Vermelho Chinês, fundado em 1º de agosto de 1927, data celebrada anualmente como o Dia do Exército na China. A criação da força militar ocorreu durante a Rebelião de Nanchang, liderada pelo PCCh contra o governo do Kuomintang (KMT), em um momento de forte repressão contra os comunistas. Esse evento marcou o início da resistência armada do PCCh e é considerado o nascimento do ELP.

Durante a Longa Marcha (1934-1935), o Exército Vermelho demonstrou grande resiliência ao enfrentar o cerco das forças do Kuomintang, cruzando milhares de quilômetros e consolidando a liderança de Mao Zedong dentro do partido. Esse período é visto pelo PCCh como um momento heroico que garantiu a sobrevivência da revolução.

Na Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), o ELP se aliou temporariamente ao Kuomintang para combater a invasão japonesa. O ELP desempenhou um papel decisivo na resistência contra os invasores e na mobilização do povo chinês para a guerra, especialmente através da guerrilha e das bases revolucionárias no interior do país.

Após a rendição do Japão em 1945, o ELP retomou o conflito com o Kuomintang na Guerra Civil Chinesa (1946-1949). Utilizando táticas militares eficazes e contando com o apoio camponês, as forças comunistas derrotaram o KMT e proclamaram a República Popular da China em 1º de outubro de 1949. O ELP, sob a liderança de Mao Zedong, foi fundamental para essa vitória, sendo exaltado como o libertador do povo chinês.

<><> Forças Armadas da República Popular da China

Com a fundação da República Popular, o ELP foi reorganizado e passou a ser uma força nacional unificada, subordinada ao PCCh. Durante a década de 1950, o exército se modernizou com assistência soviética e desempenhou um papel crucial na Guerra da Coreia (1950-1953), onde ajudou a derrotar os "imperialistas dos EUA" e proteger a soberania da China e da Coreia do Norte.

Na década de 1960, sob a liderança de Mao, o ELP se tornou um exército popular baseado na doutrina de "guerra popular prolongada", enfatizando o apoio das massas e o uso de táticas assimétricas contra inimigos superiores. Durante a Revolução Cultural (1966-1976), o ELP também atuou como força política e ideológica, ajudando a consolidar a liderança maoísta.

Com a ascensão de Deng Xiaoping em 1978, o ELP passou por uma grande reforma, focada na modernização militar e na redução de seu papel político. Deng enfatizou que o exército deveria se profissionalizar e acompanhar o desenvolvimento econômico do país. Nesse período, o orçamento militar foi reduzido, e o foco se voltou para a modernização tecnológica.

A partir da década de 1990, o governo chinês intensificou o investimento na defesa, incorporando novas tecnologias e desenvolvendo forças modernas, incluindo uma marinha mais poderosa e um programa espacial militar.

O presidente Xi Jinping, desde 2012, tem conduzido a maior reestruturação militar da história do ELP, consolidando seu controle sobre as forças armadas e estabelecendo metas ambiciosas para transformar o exército em uma força de classe mundial até 2050. A narrativa oficial destaca que essa modernização é essencial para garantir a soberania nacional, a reunificação da China (especialmente em relação a Taiwan) e a estabilidade global.

O Exército de Libertação Popular, segundo o PCCh, representa a força central da defesa nacional da China e é um instrumento indispensável para a proteção dos interesses do país. Sua trajetória é retratada como uma história de sacrifício, luta e triunfo, refletindo a ascensão da China como uma potência global.

<><> China, EUA e Rússia: as três maiores potências militares do mundo

As forças armadas de China, Estados Unidos e Rússia são as mais poderosas do mundo, mas cada país adota estratégias e estruturas distintas. Enquanto os EUA mantêm o maior orçamento de defesa e a maior presença global, a China está em rápida modernização e a Rússia aposta na dissuasão nuclear e no poder terrestre.

Os Estados Unidos lideram os investimentos militares, com um orçamento de US$ 895 bilhões em 2025, representando 40% dos gastos globais. A China, segunda colocada, destinou cerca de US$ 224 bilhões para defesa em 2023, enquanto a Rússia, apesar da falta de transparência, estima-se que gaste entre US$ 100 e 120 bilhões.

Em termos de efetivo, a China possui o maior exército do mundo, com 2 milhões de soldados ativos, enquanto os EUA têm 1,3 milhão e a Rússia, cerca de 1 milhão. No mar, a China também superou os EUA em número de embarcações, com cerca de 360 navios, mas a marinha americana mantém vantagem em tecnologia e poder ofensivo global.

No campo nuclear, os arsenais de EUA e Rússia ainda são muito superiores ao da China. A Rússia possui cerca de 5.889 ogivas nucleares, seguida pelos EUA, com 5.244, enquanto a China, embora menor, está expandindo rapidamente, com cerca de 500 ogivas e previsões de crescimento até 1.000 armas nucleares em 2030.

As estratégias militares também diferem. Os EUA apostam na projeção de poder global, com 750 bases militares ao redor do mundo e forte presença em alianças como a OTAN. A China, por sua vez, tem foco no Indo-Pacífico, buscando fortalecer sua marinha e desenvolver armas hipersônicas, além de reforçar sua presença na questão de Taiwan. Já a Rússia se concentra na dissuasão nuclear e guerra terrestre, com forte influência na Eurásia e no Ártico.

Enquanto os EUA ainda lideram o poder militar global, a China avança rapidamente, ampliando sua presença naval e tecnológica. A Rússia, apesar de sua economia menor, mantém um papel estratégico por sua capacidade nuclear e influência em conflitos regionais, como na Ucrânia. O cenário global continua dinâmico, com essas três potências disputando influência e redefinindo o equilíbrio militar no século 21.

 

Fonte: Outras Palavras/Fórum

 

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