sábado, 15 de fevereiro de 2025

Juliana Cardoso: Partidos de extrema direita escondem anos de fome e miséria do governo Bolsonaro

O Brasil vive um novo momento. A economia voltou a crescer, o desemprego cai de forma contínua e milhões de brasileiros estão recuperando a sua dignidade.

Mas, partidos da extrema direita apostam na amnésia. Eles insistem em espalhar mentiras para confundir a população. Investem suas ações nas redes sociais para apagar da memória os trágicos anos de fome e miséria impostos pelo governo Bolsonaro.

Esquecem de maneira proposital que, durante o governo anterior, a inflação dos alimentos chegou a 56,1%. No último ano de Bolsonaro, o aumento foi de 13,2%, um dos mais altos da história recente do nosso País.

E o resultado desse desgoverno foram cenas vergonhosas como a fila dos ossos em açougues, doações de peles de frango e a volta do Brasil ao Mapa da Fome.

Precisamos lembrar que o governo Bolsonaro levou o País para o descalabro. E precisamos comparar com os dias atuais.

Todos que hoje defendem a anistia aos golpistas de 8/1, assim como a volta do inelegível a concorrer à presidência do Brasil compactuam de alguma forma com esse plano de governo da fome! 

Agora, no governo Lula 3, a realidade é outra. Os dados estão aí para comprovar tempos melhores, ainda com alguns problemas é verdade, mas os tempos são melhores sim.

Em 2023, a inflação na alimentação foi negativa: -0,52%. E nesses dois primeiros anos, o acumulado foi de apenas 8,22% de alta nos preços dos alimentos.

Isso significa que foi retomado o controle da economia, garantindo comida na mesa do povo e acabando com a miséria. Em apenas dois anos de governo Lula, 24 milhões de brasileiros saíram do flagelo da fome, e a pobreza atingiu o menor nível desde 2012.

Somente em 2023, 8,7 milhões saíram da pobreza e 3,1 milhões saíram da extrema pobreza.

E quando olhamos os números recentes, constatamos a continuidade desse avanço.

Dados do IPCA de dezembro de 2024 e janeiro de 2025 mostram que os preços de diversos alimentos básicos caíram de forma significativa: a batata-inglesa teve queda acumulada de -38,59%. A cebola caiu -26,02%. O maracujá -24,22%. A cenoura -22,29%. O tomate -13,4%. A melancia, -13,77%.

Agora o governo Lula priorizou para implementar este ano políticas de governo para reduzir os preços dos alimentos como a isenção de itens da cesta básica, inclusive carnes, por exemplo.

A agricultura familiar voltou a receber incentivos.

Tudo isso significa comida mais acessível para o trabalhador, sem necessidade de recorrer à fila dos ossos, como no governo anterior. É uma diferença brutal que o bolsonarismo tenta esconder.

E não podemos esquecer o absurdo que foi a proposta do então ministro da Fazenda, Paulo Guedes, que sugeriu que restos de comida de restaurantes fossem destinados aos mais pobres. Isso mostrou a total insensibilidade social e descaso de um governo que virou as costas para quem mais precisava.

Hoje, a realidade é diferente: os pobres estão no orçamento e o Brasil avança.

Esse é o caminho: combater a fome, gerar empregos e garantir que nunca mais tenhamos que ver brasileiros humilhados revirando lixo em busca de comida. É a verdade vencendo a mentira e o Brasil reconstruindo a dignidade do povo!

¨      A hipocrisia da direita e o falso patriotismo: os brasileiros algemados nos EUA

Não é de hoje que a direita brasileira se veste com a bandeira do patriotismo para defender seus interesses. Eles gritam “Brasil acima de tudo”, erguem a bandeira nacional em protestos e se dizem os verdadeiros defensores da soberania do país. Mas, quando a realidade bate à porta e exige coerência, o que vemos? Um silêncio ensurdecedor. Ou, pior, uma defesa descarada de quem humilha e oprime os nossos compatriotas.  

O caso dos brasileiros que chegaram algemados e deportados dos Estados Unidos é a prova cabal dessa hipocrisia. Enquanto cidadãos brasileiros eram tratados como criminosos, algemados e expostos como se fossem uma ameaça à “grande nação americana”, onde estavam os supostos patriotas? Onde estavam aqueles que juram amor ao Brasil e à sua gente? Estavam, pasmem, defendendo o governo dos Estados Unidos.  

É inacreditável, mas não surpreende. A direita brasileira, que tanto se gaba de seu nacionalismo, revela-se, na prática, profundamente globalista e subserviente aos interesses estrangeiros. Enquanto um patriota de verdade estaria ao lado dos seus compatriotas, exigindo respeito e dignidade para os brasileiros que foram humilhados, esses falsos patriotas preferem ficar do lado do opressor. Para eles, o que importa não é o Brasil ou o seu povo, mas sim a manutenção de uma narrativa que sempre coloca os Estados Unidos no papel de “exemplo a ser seguido”.  

E não se enganem: essa não é uma postura isolada. É sintomática de um projeto político que, há décadas, enxerga o Brasil como mero coadjuvante no cenário global. Eles não defendem a soberania nacional; defendem os interesses de uma elite que sempre se curvou aos desmandos das potências estrangeiras. São, na essência, antipatriotas.  

O verdadeiro patriotismo não se resume a discursos inflamados ou bandeiras tremulando ao vento. Ele se manifesta na defesa intransigente dos direitos dos cidadãos, no respeito à dignidade humana e na luta por um país mais justo e soberano. E, nesse momento, os brasileiros algemados nos EUA precisam de patriotas de verdade, não de hipócritas que trocam a bandeira do Brasil pela estrela da bandeira americana.  

Portanto, companheiros e companheiras, fiquemos atentos. A máscara caiu, e a hipocrisia da direita está exposta para quem quiser ver. Enquanto eles aplaudem a humilhação dos nossos compatriotas, cabe a nós, que verdadeiramente amamos este país, levantar a voz em defesa daqueles que foram injustiçados. O Brasil não merece falsos patriotas. Merece gente que lute por ele de verdade.  

¨      Bancada do agro brasileiro vê risco de novas barreiras comerciais impostas por Trump

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar tarifas sobre a importação de aço e alumínio gerou preocupação entre parlamentares ligados ao agronegócio no Brasil.

O receio é que a estratégia protecionista se estenda ao setor agrícola, fundamental para a economia brasileira, conforme reportado pelo colunista Paulo Capelli, no Metrópoles.

O deputado Pedro Lupion (PP-PR), líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), avaliou o impacto da medida e a possibilidade de novas restrições comerciais.

“Causa receio. É natural. É um movimento que o presidente americano tem feito em todas as negociações. Tem muita bravata também, movimentos feitos para chamar [os demais países] para a mesa de negociação, como nos casos do México, Panamá e Canadá. O Partido Republicano é mais protecionista”, afirmou.

Lupion evitou críticas diretas a Trump, destacando a proximidade da bancada do agronegócio com Jair Bolsonaro (PL), aliado político do ex-presidente norte-americano.

A medida tarifária foi anunciada nesta terça-feira, 11, e estabelece uma taxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

Os principais exportadores desses produtos para os EUA são Canadá, Brasil e México, seguidos por Coreia do Sul e Vietnã, conforme dados do governo norte-americano e do American Iron and Steel Institute.

Os impactos para o Brasil podem ser significativos. Em 2022, os EUA foram destino de 49% das exportações brasileiras de aço, segundo o Instituto Aço Brasil. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil no fornecimento do insumo para os americanos.

Caso o protecionismo alcance o setor agropecuário, a exportação de soja, milho e carne bovina pode ser afetada, comprometendo o desempenho da economia brasileira.

¨      Eliara Santana: JN, a velha parceria reeditada, pilantrice sem disfarce

Na edição dessa terça-feira, 11-02, a velha e escrota parceria reeditada. Mesmo modus operandi, mesmo tom, mesmíssimo repertório – que estava ressurgindo aos poucos, havia vários indícios pela mídia.

A reportagem mostra o relatório de uma ONG internacional que já manteve tradicional parceria com a Operação Lava Jato a percepção de corrupção em vários países, incluindo o Brasil.

Por aqui, segundo a tal sondagem, que ouve grupos bem específicos, a percepção de corrupção aumentou – e isso já basta para condenar o país e o governo Lula. Com mais de cinco minutos, a reportagem do JN traz à cena o velho repertório que foi a cola da parceria mais calhorda de que se tem notícia neste país em tempos recentes: JN e Lava Jato.

Até o jornalista foi o mesmo das reportagens que garantiram a Sergio Moro o status de herói: Vladimir Neto.

Com voz empostada, o mesmo Vladimir amigo de Moro e Dallagnol, que foi realocado pra cobrir meio ambiente, volta para anunciar que a tal ONG ouviu “especialistas” em 180 países e que o Brasil ficou na posição 137, com apenas 34 pontos – “pior índice desde que o ranking foi criado, há 12 anos”.

É indecente, pra dizer o mínimo.

Na semana em que emerge o escândalo do Congresso, em que o relatório da PF sobre a tentativa de golpe do presidente anterior está pronto e será apresentado pelo PGR, o jornal repete a mesma fórmula fraudulenta de trazer o repertório corrupção para macular um governo do PT.

E com aquela estrategiazinha bem vagabunda de trazer uma voz internacional para não deixar dúvidas. É podre.

A reportagem informa que, segundo a tal ONG, entre os pontos negativos que pesaram sobre o desempenho do Brasil está “o silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção”.

É um acinte uma colocação dessas, uma vergonha, uma safadeza, com esse Congresso e as emendas, com todos os casos do governo Bolsonaro.

E não para por aí, vejam bem o nível da cretina desonestidade, pela voz de Vladimir Neto: “Segundo a Organização Internacional, dos 465 discursos registrados no Portal da Presidência da República entre 2023 e 2024, Lula citou “corrupção” em apenas 15 ocasiões”.

Tudo reproduzido com a imagem em destaque do presidente. É tão absurda essa construção, tão sem vinculação a um fato concreto que mostre que há corrupção, que não dá sequer pra fazer uma análise, só constatação: é pilantrice sem disfarce.

Claro, o relatório da tal ONG cita o novo PAC e a ”falta de transparência”. Lembro aqui minha amiga, a professora Maria Luiza Alencar que, em 2023, numa conversa num evento, disse que esse discurso da corrupção iria se voltar contra o PAC, porque o programa é muito importante, especialmente para o Nordeste.

O relatório também cita a Petrobras – empresa quase destruída pela versão 2014 da parceria Mídia-Lava Jato – e aponta “ingerência política”.

Para não ficar tão feio, eles citam também as emendas parlamentares, bem rapidamente.

O relatório ainda aponta como índice prejudicial as anulações “em série, determinadas pelo STF, decorrentes da anulação de provas produzidas pelo acordo de leniência firmado pelo Grupo Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato”.

O documento é tão estapafúrdio que faz uma vinculação absurda ao crime organizado, levando à inferência de que isso se dá no âmbito do governo Lula:

“O ano de 2024 foi mais um a consolidar no Brasil esta trajetória de captura do Estado, de cada vez mais difícil reversão. As evidências de que entramos no estágio avançado deste fenômeno já estão se tornando claras: a presença cada vez maior e explícita do crime organizado nas instituições de Estado”.

E aí vem o representante da tal ONG para dizer que a situação, agora, é muito séria e existe um risco, pois o “nível de corrupção sistêmica é uma ameaça real e permanente à democracia”. Ameaça à democracia.

Está instituído o medo. Lula não pronunciar a palavra corrupção equivale à trama golpista que pretendia matá-lo e ao ataque às instituições e à Praça dos Três Poderes. Inacreditável.

No finalzinho da reportagem de mais de cinco minutos, um pequeno espaço para a nota da CGU dizer que a percepção sofre impacto nos países em que a corrupção é combatida, afirmar que a tal pesquisa é feita com nichos muito específicos, como empresários, e mostrar que o Brasil ampliou sim a transparência e o combate à corrupção.

Uma reportagem que reintroduz o tema/repertório corrupção, como se fez lá atrás, em 2014. Uma reportagem porca, desonesta, com o mesmo modus operandi, até o mesmo jornalista que se presta de novo a esse papel.

Eu sabia que esse tema seria reeditado, pois o repertório “crise econômica” não surtiu o efeito desejado na imagem do governo e de Lula, como mostrou a pesquisa Quaest mais recente. É um jogo bruto, desonesto e pilantra. De novo.

 

Fonte: Viomundo/O Cafezinho

 

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