quinta-feira, 20 de junho de 2024

Queijo pode colaborar com envelhecimento saudável e feliz, sugere estudo

Um novo estudo descobriu que aumentar o consumo de queijo pode contribuir para um maior bem-estar e um envelhecimento mais saudável. A descoberta, publicada na revista científica Nature Human nesta terça-feira (18), foi realizada por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Jiao Tong, em Xangai, na China.

pesquisa buscava entender qual era o efeito do bem-estar mental no envelhecimento, afinal, diversos estudos já mostraram que existe uma conexão entre a saúde mental, saúde física e longevidade. No entanto, a natureza causal desta relação ainda permanecia desconhecida.

Para sanar essa dúvida, os pesquisadores analisaram dados genéticos disponíveis publicamente de mais de 2,3 milhões de pessoas. Eles descobriram que os indivíduos com melhor bem-estar mental tendem a experimentar um envelhecimento mais saudável, caracterizado por uma maior resiliência, melhor autoavaliação de saúde e longevidade.

Os cientistas observaram, ainda, que a renda, a educação e a ocupação profissional estavam todos associados a um melhor bem-estar mental, e que o aumento da renda estava fortemente relacionado ao maior bem-estar.

Além disso, após a triagem de 106 candidatos a mediadores, os pesquisadores relataram que a redução de hábitos sedentários, como maior tempo assistindo à TV, e do tabagismo podem levar a melhorias no bem-estar e no envelhecimento saudável. Foi nesse momento que os pesquisadores descobriram, também, que comer mais queijo e frutas também pode contribuir para envelhecer mais feliz.

As conclusões do estudo destacam a importância de integrar o apoio à saúde mental nas políticas de saúde pública e na investigação sobre o envelhecimento. Os autores sugerem que as intervenções destinadas a melhorar o bem-estar mental podem ser uma estratégia viável para o envelhecimento saudável.

No entanto, os autores ressaltam que o estudo foi realizado apenas em indivíduos de ascendência europeia, o que representa a necessidade de mais estudos que abranjam grupos étnicos mais diversos para reforçar as descobertas.

¨      Componente do café contribui para saúde muscular no envelhecimento, diz estudo

Um estudo recente descobriu que uma molécula natural presente no café, chamada trigonelina, pode melhorar a saúde e a função muscular, principalmente durante o envelhecimento. Esse componente também é encontrado no feno-grego (planta medicinal da espécie Trigonella foenum-graecum) e é produzido naturalmente no microbioma intestinal de humanos.

O trabalho foi feito por um consórcio de pesquisa liderado pela Nestlé Research, na Suíça, e pela Yong Loo Lin School of Medicine, da Universidade Nacional de Cingapura (NUS Medicine). Também estiveram envolvidas no estudo a Universidade de Southampton, a Universidade de Melbourne, a Universidade de Teerã, a Universidade do Sul do Alabama, a Universidade de Toyama e a Universidade de Copenhague. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Metabolism, em março.

O estudo descobriu que os níveis de trigonelina eram menores em idosos com sarcopenia, uma condição que leva à perda de massa muscular, principalmente durante o envelhecimento. Na sarcopenia, o cofator celular NAD+ diminui, enquanto as mitocôndrias, centros energéticos das células, produzem menos energia.

Os pesquisadores descobriram que o fornecimento de trigonelina em modelos pré-clínicos resultou no aumento dos níveis de NAD+ e no aumento da atividade mitocondrial, contribuindo para a manutenção da função muscular durante o envelhecimento. Além do componente encontrado no café, os níveis de NAD+ podem ser aumentados com aminoácidos, como o L-triptofano, e formas de vitamina B3, como o ácido nicotínico, nicotinamida, ribosídeo de nicotinamida e mononucleotídeo de nicotinamida.

A atual pesquisa foi feita baseada em um estudo colaborativo anterior, publicado na Nature Communications, que descreveu novos mecanismos da sarcopenia humana.

“Nossas descobertas expandem a compreensão atual do metabolismo do NAD+ com a descoberta da trigonelina como um novo precursor do NAD+ e aumentam o potencial de estabelecimento de intervenções com produção de vitaminas para longevidade saudável e aplicações em doenças associadas à idade”, comenta Vincenzo Sorrentino, professor assistente do Programa de Pesquisa Translacional de Longevidade Saudável da NUS Medicine, em comunicado à imprensa.

Além disso, os pesquisadores também reforçam a necessidade de uma boa alimentação e a prática de atividade física para manter os músculos saudáveis ao longo do envelhecimento.

“Ficamos entusiasmados ao descobrir, através de investigação colaborativa, que uma molécula natural dos alimentos interage com as características celulares do envelhecimento. Os benefícios da trigonelina no metabolismo celular e na saúde muscular durante o envelhecimento abrem aplicações translacionais promissoras”, diz Jerome Feige, Chefe do Departamento de Saúde Física da Nestlé Research, também no comunicado.

 

¨      Subir escadas pode ajudar na longevidade, mostra estudo

Subir escadas pode estar relacionado à longevidade, de acordo com um novo estudo apresentado na última sexta-feira (26) no ESC Preventive Cardiology 2024, congresso científico da Sociedade Europeia de Cardiologia.

De acordo com o estudo, isso acontece porque subir escadas é um tipo de atividade física acessível e prática e que pode estar relacionada a um menor risco de doenças cardiovasculares e morte prematura.

“Se você tiver a opção de usar escadas ou elevador, use as escadas, pois isso ajudará seu coração”, disse a autora do estudo, Sophie Paddock, da Universidade de East Anglia e Norfolk and Norwich University Hospital Foundation Trust, Norwich, no Reino Unido, em comunicado à imprensa. “Mesmo breves períodos de atividade física têm impactos benéficos para a saúde, e períodos curtos de subida de escadas devem ser uma meta alcançável para integração nas rotinas diárias.”

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram evidências científicas já disponíveis sobre o tema e conduziram uma meta-análise.

Ao todo, foram analisados nove estudos com 480.479 participantes. Foram incluídos participantes saudáveis e pessoas com histórico de ataque cardíaco ou doença arterial periférica. A idade dos participantes variou de 35 a 84 anos, e 53% eram mulheres.

Segundo o estudo, subir escadas foi associado a uma redução de 24% no risco de morte por qualquer causa e a uma probabilidade 39% menor de morrer de doença cardiovascular. Subir escadas também foi associado a um risco reduzido de doenças cardiovasculares, incluindo ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e AVC (acidente vascular cerebral).

“Com base nesses resultados, encorajaríamos as pessoas a incorporarem a subida de escadas em suas vidas diárias. O nosso estudo sugeriu que quanto mais escadas subirmos, maiores serão os benefícios – mas isto precisa de ser confirmado. Então, seja no trabalho, em casa ou em outro lugar, use as escadas”, afirma Paddock.

 

Fonte: CNN Brasil

 

Nenhum comentário: