Na
termodinâmica do pensamento, vivemos hoje a era do fascismo cósmico
Nós,
ocidentais e ocidentalizados, acostumamo-nos a pensar nossos modos de
compreensão sobre o mundo apartados do próprio mundo, como se houvesse uma
separação radical entre as coisas. Alguns povos, como os nativos, por exemplo,
tendem a compreender essa relação de maneira mais holística e, há décadas, nos
alertam sobre os perigos de nossa obsessão capitalista.
“O
fato de nós, o ‘povo da mercadoria’ [nos termos de Davi Kopenawa], não
reconhecermos e sobretudo negarmos ativamente esse vínculo primordial entre
mente e ambiente consiste no motivo principal da ‘queda do céu’. Visto que a
atual destruição do clima se deve à máxima aceleração entrópica das atividades
produtivas em todas as áreas da existência humana – é o que chamamos de
Antropoceno –, faz todo sentido questionar que tipo de atitude existencial e
forma de pensamento contribui para desintegrar ou regenerar a Terra viva”,
provoca Marco Antonio Valentim, em entrevista por e-mail ao Instituto Humanitas
Unisinos – IHU.
Ainda
que seja leviano afirmar que a filosofia moderna seja responsável pela
derrocada planetária de que somos testemunhas, afinal não existe filosofia
moderna no singular, a filosofia transcendental ocupa um papel importante na
separação radical entre o “epistemológico ou ontológico, entre mente e
ambiente, performando assim, espiritualmente, a ‘impossível’ antinatureza”,
explica Valentim.
Mais
do que isso, o mundo que vivemos se tornou incompreensível por meio das
racionalidades modernas “porque os desafios políticos da contemporaneidade
escapam de todo às categorias tradicionais da filosofia política moderna, como
Estado, direito, poder, democracia etc. Porque o complexo de desejos que anima
esse mundo transtornado em que vivemos é de outra natureza que o desejo que
inspirou o ideal moderno de normatividade. Porque já não faz absolutamente
nenhum sentido, nem sequer pragmático, supor que a natureza é conforme os fins
da racionalidade humana”, afirma o entrevistado.
<><>
Confira a entrevista:
·
Eu gostaria de introduzir o tema para
leitores não iniciados no debate filosófico de fundo que sustenta a construção
de seu mais recente livro, intitulado Antropoceno e termodinâmica do
pensamento. Neste sentido, cabe a pergunta: que tipo de pensamento esquenta e
qual outro esfria o mundo?
Marco
Antonio Valentim – Sim, a pergunta cabe inteiramente porque o ponto de partida
da investigação que tentei empreender reside na constatação de que há uma
relação imanente entre mente e ambiente. Disposições e atividades mentais estão
intrinsecamente ligadas a configurações e processos ambientais. Sua dependência
recíproca perfaz a estrutura do cosmo. Isso vale não apenas no caso da relação
entre seres humanos e ecossistemas, mas também no caso de quaisquer seres,
humanos ou não, com respeito aos ecossistemas a que pertencem como partes
agentes. Essa constatação é uma das principais “palavras dadas” por Davi
Kopenawa em A queda do céu. Todo e qualquer ato de pensamento conspira, em
maior ou menor grau, para a sustentação ou derrocada do ambiente cósmico
delimitado por céu e terra.
O
fato de nós, o “povo da mercadoria”, não reconhecermos e sobretudo negarmos
ativamente esse vínculo primordial entre mente e ambiente consiste no motivo
principal da “queda do céu”. Visto que a atual destruição do clima se deve à
máxima aceleração entrópica das atividades produtivas em todas as áreas da
existência humana – é o que chamamos de Antropoceno –, faz todo sentido
questionar que tipo de atitude existencial e forma de pensamento contribui para
desintegrar ou regenerar a Terra viva.
A
resposta é tão complexa quanto a diversidade das culturas, de temperatura
sempre variável, mas o mínimo que se pode dizer é que pensar e agir, particular
ou coletivamente, como se a humanidade constituísse uma ordem emancipada do
conjunto da vida, como se a natureza pudesse ser simplesmente reduzida a
estoque e esgoto para o “clube da humanidade”, segundo diz Ailton Krenak,
conduz inevitavelmente à destruição ambiental em escala planetária. O
antropocentrismo é, sem dúvida, a cosmologia do Antropoceno. Essa cosmologia se
efetiva por meio do uso massivo de combustíveis fósseis pela civilização
industrial e digital assim como, e não menos, mediante o desempenho livre e
autônomo da vontade universal do indivíduo. Devido ao seu isolamento
sistemático, somente possível por meio de uma ruptura antrópica do metabolismo
cósmico, o pensamento que conspira para a conflagração da Terra é gélido. Assim
são, cosmologicamente, a razão pura e a lógica do capital.
·
Recolocando a questão em termos mais
acadêmicos, o que são antropia e entropia e qual a relação entre os conceitos?
Marco
Antonio Valentim – De maneira bastante concisa, antropia é a ação humana tomada
em seu impacto ambiental, e entropia, o processo de desordem interna de um
sistema natural. Pensar a relação entre antropia e entropia significa
determinar o potencial ambientalmente destrutivo da humanidade. Em perspectiva
filosófica, o Antropoceno resulta de uma composição catastrófica de antropia e
entropia: em escala cósmica, a antropia tornou-se desastrosamente entrópica, a
ponto de colocar em risco a dinâmica da vida na Terra. No limite, um planeta
completamente “antropizado” pela predação econômica constitui um sistema físico
morto, cuja entropia chegou ao máximo devido à dissipação de toda energia
metabólica, viva.
IHU
– Como a questão da termodinâmica do pensamento implica consequências políticas
de fundo e que hoje, ao que parece, se tornaram incontornáveis?
Marco
Antonio Valentim – Penso que a relação entre termodinâmica e política acontece
em vários níveis, não só no das consequências, mas também no das causas e, mais
importante, no nível dos processos. O fenômeno de que procurei tratar ocorre
neste último nível, o da formação de complexos político-termodinâmicos ou
termopolíticos. Nisso, segui uma pista valiosa oferecida pelo filósofo
canadense Brian Massumi, que interpreta as sociedades como sistemas
termodinâmicos movidos por diferentes “atratores”.
Há,
por exemplo, o atrator “fascista”, pelo qual uma sociedade evolui como sistema
fechado a exportar desordem para o exterior (sua ordem expansiva implica e se
alimenta de desordem externa crescente) e, assim, no sentido de sua morte
térmica; e o atrator “anárquico”, pelo qual uma sociedade evolui como sistema
aberto capaz de transformar-se em função do ambiente externo (sua ordem
“autoevasiva” se comunica com e depende da oscilação externa entre ordem e
desordem), adiando, com isso, indefinidamente o equilíbrio térmico mortal.
Nessa
ideia, há um eco da célebre distinção antropológica proposta por [Claude]
Lévi-Strauss entre “sociedades quentes”, destinadas a explodir, e “sociedades
frias”, feitas para durar. Portanto, se o desenvolvimento do enorme complexo de
sociedades que chamamos de mundo moderno está intrinsecamente associado à
catástrofe socioambiental planetária, isso não acontece por acaso, como se a
tal consequência nefasta pudesse ter sido evitada. Não há salvação para esse
mundo, porque ele se constituiu desde logo e funciona até hoje como “máquina de
desintegração cósmica” (a expressão é de Lévi-Strauss) que opera por expansão
ilimitada, assimilação compulsória e aniquilação da exterioridade. O mundo
moderno é insustentável ecológica e cosmologicamente – e politicamente, pois
não há política senão a partir de fundamentos e condições ambientais. As
sociedades humanas são (também) sistemas termodinâmicos cosmicamente situados.
·
O que significa a existência de diferentes
mundos em um mesmo ambiente cósmico e como isso aponta para alternativas diante
do novo regime climático global?
Marco
Antonio Valentim – Não aprecio a noção de “novo regime climático global”. Ela
parece dissimular, no fundo, um estado de exceção universal. O clima não é
regimental, nem a Terra, uma totalidade global. Quando se emprega essa noção,
pressupõe-se que os acontecimentos extraordinários e catastróficos que temos
vivido podem ser subsumidos a uma única escala, que se torna normativa. Mas
tais acontecimentos são multiescalares, envolvendo uma complexidade exorbitante
de fatores de natureza e magnitude diversa.
Quem
defende a existência de um “regime climático global” costuma menosprezar modos
de vida e agência ambiental, apesar de sua incontestável eficácia cósmica, como
insuficientes dentro da escala normativa. Como se alguma solução ecumênica
pudesse advir da ONU ou, sobretudo, da União Europeia – o que, sabemos, jamais
sucederá. Enquanto isso, comunidades indígenas que contam, no máximo, com
algumas centenas de pessoas são diretamente responsáveis pela conservação de um
complexo ambiental gigantesco como a Amazônia, entre outros ecossistemas mundo
afora. Não há comparação em termos de efetividade socioambiental entre o que os
povos indígenas conseguem e o que estados e corporações julgam poder. Nenhuma
governança global será capaz de evitar o pior. A saída terá de ser
necessariamente ancestral, pois o Antropoceno é nada menos que uma idade da
Terra.
·
De um ponto de vista imanente, o que são
forças cosmogênicas e quem são os agentes cosmocidas na atual configuração da
Terra?
Marco
Antonio Valentim – Eu ousaria pensar que a cosmogenesia, ou seja, a capacidade
e o fato de participar ativamente, como agente, da generatividade do ambiente
cósmico, é um predicado necessário a todo existente. Quando a agência de um
existente se torna paradoxalmente contrária às suas condições ambientais de
existência, ela se torna “cosmocida” (a expressão é de Jean-Christophe
Goddard). Tratando-se de existentes humanos, a lista é bastante numerosa, porém
definível, incluindo corporações e estados, sociedades e indivíduos, culturas e
tradições, epistemologia e espiritualidades, etc. Muito perspicazmente, Davi
Kopenawa restringe a lista a uma única entidade principal, completamente
estrangeira aos povos da floresta: o “povo da mercadoria”.
Em
suas palavras, essa designação tem uma profundidade semântica abissal, indo
muitíssimo além da sociologia econômica. Trata-se de uma forma excepcionalmente
monstruosa, sobretudo “canibal”, de existência, “imagem”. Seria pouco dizer que
se trata de uma política estética, pois Kopenawa demonstra, mais além, uma
percepção cosmológica ancestral, relativa à chamada “história profunda” da
espécie humana (na acepção mais ampla possível).
Segundo
Antonio Bispo dos Santos, o cosmocídio é a consequência ambiental de uma
disposição espiritual: a “cosmofobia”, “a grande doença da humanidade”. Mais
uma vez, o alcance de uma percepção como essa é tremendamente ancestral. E, não
obstante, como ambos dão a entender, a excepcionalidade cosmocida é
incrivelmente recente, tendo poucos séculos de idade. Agora, como pode uma
forma de vida ser eminentemente destrutiva de suas próprias condições de
existência? Talvez a pergunta seja ingênua, mas ela me deixa perplexo.
Só
para dar um exemplo: em De rerum natura, o poema cosmológico de Lucrécio (séc.
I AEC), por mais que aí possamos enxergar sinais dessa forma existencial, ela
jamais é afirmada por meio de algum testemunho, sendo tão ou mais impossível,
segundo a “natureza das coisas”, quanto o “nada”. Menciono o poema de Lucrécio
porque é uma obra de cosmologia antiga em que o problema da desintegração
entrópica do cosmo é pensado e imaginado com enorme profundidade, quase
obsessivamente. É o enigma da antinatureza. O que tornou possível algo como o
Antropoceno? Como é possível, cosmologicamente, a efetividade do capital?
·
Em que sentido a filosofia moderna
contribuiu para a destruição material da Terra?
Marco
Antonio Valentim – Creio ter respondido parcialmente essa questão mais acima.
Embora ela seja muitíssimo complexa, pois a filosofia moderna é muitas coisas,
abrangendo formas de pensamento diversas e inconciliavelmente divergentes,
gostaria de dizer por ora uma coisa a mais. Em termos espirituais de expressão
filosófica, uma filosofia moderna que contribuiu e contribui grandemente para o
atual cosmocídio é aquela baseada no pensamento e na atitude transcendentais. A
filosofia transcendental pressupõe fundamentalmente e conta com a possibilidade
da separação, seja em nível lógico, seja em nível epistemológico ou ontológico,
entre mente e ambiente, performando assim, espiritualmente, a “impossível”
antinatureza. Penso que nunca e em nenhuma outra parte a filosofia moderna
pretendeu uma alienação mais radical da humanidade frente à natureza.
·
Em linhas gerais, o que caracteriza a
diferença entre um pensamento domesticado (a rigor, o pensamento filosófico) e
um pensamento selvagem (dos povos nativos)?
Marco
Antonio Valentim – Para responder, eu só poderia remeter à leitura de O
pensamento selvagem, de Lévi-Strauss, autor dessa distinção, como diria ele, de
grande rendimento antropológico e filosófico. Contudo, é preciso ressaltar que
a distinção lévi-straussiana é entre formas de pensamento, e não entre povos
pensantes. O pensamento domesticado e o pensamento selvagem são modos e
estruturas de pensamento que, segundo o antropólogo, ocorrem em toda sociedade
humana de que se tem notícia. Por isso mesmo, pensamento selvagem não é algo
diverso da filosofia, pois a diferença entre domesticado e selvagem é interna
ao próprio discurso filosófico, uma tensão permanente constitutiva desse
discurso.
Tanto
é assim que o próprio Lévi-Strauss emprega por diversas vezes a expressão
“filosofia selvagem”, seja para qualificar concepções extramodernas (em O
pensamento selvagem) ou para caracterizar concepções modernas (como a de
[Henri] Bergson, em Totemismo hoje). Acredito que toda pessoa que filosofa sabe
muito bem, seja qual for a sua atitude a respeito, o que significa seguir a
linha reta do pensamento domesticado ou arriscar-se na curva selvagem do
pensamento. É uma experiência filosófica íntima.
·
Ampliando a questão posta anteriormente, o
que implica estarmos diante de um pensamento que, ao contrário da perspectiva
moderna produtora de abismos entre o que é da ordem da cultura e o que é da
natureza, funda-se no contágio mútuo entre objeto e sujeito?
Marco
Antonio Valentim – Significa estar diante de uma “alteridade cultural radical”,
como diz [Eduardo] Viveiros de Castro. Coisa que não deveria, ao contrário do
que sucede, espantar quem trabalha com filosofia, pois o diálogo extemporâneo
com outras tradições de pensamento inclusive “canônicas” – por exemplo, a
filosofia greco-romana, alexandrina e até renascentista – comporta a lida com
diversas formas de alteridade espiritual radical. Ao separar a cultura da
natureza, o pensamento moderno fechou as portas a essas formas de alteridade,
sejam de que tempo e espaço forem. Pois essa lida pressupõe uma ideia de
conhecimento como “reciprocidade de perspectivas” (Lévi-Strauss), em que o
suposto objeto é um outro “sujeito”.
Colocando-se
as coisas em termos assim gerais, não se trata de uma prerrogativa exclusiva de
povos indígenas, no sentido que costumamos dar ao termo. Quem estranha, em
filosofia, se ver confrontado com uma espécie de pensamento cuja
inteligibilidade depende de uma transformação da sua própria maneira de pensar,
rechaça, a meu ver, a própria filosofia. Nosso ofício implica lidar, o mais
profunda e intensamente possível, com “outras mentes”, inclusive não humanas.
Não concebo a possibilidade da filosofia sem a disposição para um exercício
constante de metamorfose espiritual, isto é, como os gregos chamavam, de
metempsicose.
·
Por que o mundo atual se tornou
incompreensível pela racionalidade moderna?
Marco
Antonio Valentim – Porque a catástrofe socioambiental colocou definitivamente
em xeque a partição moderna entre natureza e cultura. Porque proliferam no
mundo formas de pensamento que não se ajustam à estrutura de faculdades da
mentalidade moderna e, muito menos, à própria condição anímica de sujeito.
Porque os desafios políticos da contemporaneidade escapam de todo às categorias
tradicionais da filosofia política moderna, como Estado, direito, poder,
democracia etc. Porque o complexo de desejos que anima esse mundo transtornado
em que vivemos é de outra natureza que o desejo que inspirou o ideal moderno de
normatividade.
Porque
já não faz absolutamente nenhum sentido, nem sequer pragmático, supor que a
natureza é conforme os fins da racionalidade humana. (Nem mesmo o mundo que
constituiu a partir desse mesmo princípio se mostra hoje em conformidade com
ele.) Porque, como dizem [Deborah] Danowski e Viveiros de Castro em Há mundo
por vir?, “o mundo vai deixando de ser kantiano”. Porque estamos todos diante
de uma tarefa, ao que tudo indica, impossível para nós, segundo Luiz Marques em
Capitalismo e colapso ambiental, a de fazer com que a humanidade, em suas mais
diversas configurações, possa voltar a caber na biosfera sem que isso implique
a sua destruição cataclísmica. Porque, enfim, a História, tão celebrada pelo
pensamento moderno majoritário, simplesmente acabou, e da pior maneira
possível.
·
O que é o fascismo cósmico?
Marco
Antonio Valentim – Como o ponto é extremamente polêmico, essa resposta eu deixo
a quem ler o livro e julgar que a proposição possa ter relevância. Limito-me
aqui a repetir o que escrevi: “O Antropoceno é o tempo do fascismo cósmico”.
·
É possível fazer a desintegração entrópica
do mundo humano e, por consequência, promover a regeneração cósmica da Terra
viva?
Marco
Antonio Valentim – A desintegração entrópica do mundo humano não é exatamente
uma tarefa. É um processo que está aí, infiltrando-se em todas as dimensões da
nossa existência e pensamento. Não há como, nem seria desejável, recuperar a
“civilização” junto com a “barbárie” que ela tem por condição de sustentação.
Já foi… Por isso, digo no livro que esse processo é o seu “objeto”, sem que
isso se confunda com o seu objetivo.
Por
sua vez, o objetivo principal do livro é conspirar filosoficamente, mesmo que
em medida mínima, para a regeneração da Terra viva, esta sim uma tarefa
incontornável e de absoluta urgência. Os meios para tanto precisam ainda ser
encontrados, mas me arrisco a supor que, em parte, já estão dados em todas as
atividades humanas. Essa é uma obra de todos, em sua existência mais cotidiana,
local, microcósmica. Pois o microcosmo, como ensina a melhor tradição
hermética, modifica e constitui o macrocosmo pelo qual é concernido.
Necessitamos recuperar nossas capacidades mágicas e infundir magia em tudo o
que fazemos, a fim de assegurar a continuidade do ambiente cósmico ao qual
devemos todas as nossas condições de existência e pensamento.
·
Deseja acrescentar algo?
Marco
Antonio Valentim – Uma prece: por mais difícil que seja a cada vez, que jamais
cedamos à “paixão de abolição” que a todos nos acossa.
Fonte:
Entrevista com Marco Antonio Valentim, para Baleia Comunicação/IHU
Nenhum comentário:
Postar um comentário