sexta-feira, 24 de maio de 2024

Índice de aprovação de Biden cai para o nível mais baixo em 2 anos

O índice de aprovação do presidente Joe Biden caiu 2% no período entre março e abril, marcando o nível mais baixo em dois anos.

É o que revelou uma nova pesquisa da Reuters divulgada nesta terça-feira (21). O levantamento mostrou que 36% dos americanos aprovam o desempenho de Biden no cargo, uma queda de 2% em relação a abril.

A pesquisa mostra que Biden segue atrás de seu provável adversário político nas eleições de novembro, Donald Trump, especialmente nos estados dos EUA considerados cruciais para determinar o vencedor das eleições, disse o comunicado.

A questão que mais contribui para o declínio do índice de aprovação de Biden é a difícil situação econômica dos EUA (para 23% dos entrevistados), pontua a pesquisa. 40% dos entrevistados disseram que Trump tinha melhores políticas para a economia.

Outra questão importante que influencia o declínio do índice de aprovação de Biden é o nível recorde de imigração ilegal (referido por 13% dos entrevistados), afirmou o comunicado publicado na agência de notícias.

·        Biden acusa Trump de usar 'linguagem de Hitler' em vídeo apagado das redes sociais

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O presidente dos EUA, Joe Biden, acusou o seu rival nas eleições presidenciais de novembro, Donald Trump, de usar "linguagem hitlerista" por causa de um vídeo publicado na página do republicano que mencionava um "Reich unificado".

"Este é o mesmo cara que usa a linguagem de Hitler, não a da América. Não é de admirar quando ele disse há cerca de quatro meses, acho que talvez 'um pouco mais', que Hitler fez 'algumas coisas boas'", afirmou Biden.

"Não se trata da minha vitória, mas sim de ele não ter vencido", acrescentou o presidente.

Na segunda-feira (20), a página Truth Social de Trump postou um vídeo de campanha, com cerca de 30 segundos, que incluía "manchetes inventadas" imaginando um cenário com a vitória do republicano. Junto às falsas manchetes apareciam também, ao fundo do vídeo, frases sobre a "criação de um Reich unificado" e a "força da indústria alemã".

A publicação do vídeo atraiu a atenção da mídia norte-americana e da Casa Branca, que teceram duras críticas contra o ex-presidente, acusando-o de utilizar retórica nazista.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (21) que era "nojento, estúpido e vergonhoso para qualquer pessoa promover conteúdo relacionado ao governo nazista da Alemanha".

Depois que o vídeo virou motivo de escândalo, ele foi retirado da página de Trump. A equipe de campanha do político informou que o material era uma repostagem feita por um funcionário da campanha e que o próprio ex-presidente desconhecia o conteúdo da publicação.

¨      Trump: Justiça dos EUA autorizou o FBI a usar força letal na invasão de sua residência na Flórida

O ex-presidente estadunidense Donald Trump disse que recebeu relatórios indicando que o Departamento de Justiça dos EUA autorizou o FBI a usar força letal em incursão à sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

"Acabei de sair do julgamento de caça às bruxas de Biden em Manhattan, […] e me mostraram relatórios de que o Departamento de Justiça do fraudulento [presidente dos EUA] Joe Biden, em sua incursão ilegal e inconstitucional a Mar-a-Lago, autorizou o FBI a usar força letal. Agora sabemos, com certeza, que Joe Biden é uma séria ameaça à democracia. Ele é mentalmente inapto para ocupar o cargo – 25ª emenda", escreveu Trump na rede social Truth Social.

A congressista estadunidense Marjorie Taylor Greene disse que a informação era motivo para o impeachment do procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, e do diretor do FBI, Christopher Wray.

Mais cedo na terça-feira (21), o portal Newsweek informou que uma nova solicitação judicial revelou que agentes do FBI foram autorizados a usar força letal durante a incursão na residência de Trump de Mar-a-Lago em agosto de 2022.

O relatório acrescentou que os agentes no local foram instruídos a usar camisas polo ou com colarinho sem designação e levar armas emitidas por padrão, munições, algemas e alicates.

·        Advogados de Trump encerram etapa de julgamento sobre suborno sem convocá-lo para depor

A equipe de defesa de Donald Trump encerrou etapa do julgamento sobre suborno, nesta terça-feira, sem chamar o ex-presidente dos Estados Unidos para depor.

Os advogados de Trump convocaram duas testemunhas em sua defesa. O juiz Juan Merchan disse que os jurados retornariam na próxima terça-feira para ouvir os argumentos finais, com as deliberações provavelmente começando no dia seguinte.

Os advogados de Trump pediram a Merchan que encerrasse o caso antes que ele chegasse ao júri, argumentando que ele se baseia no depoimento de uma testemunha, o ex-advogado de Trump Michael Cohen, que tem um histórico bem documentado de mentiras.

Essas moções de dispensa raramente são bem-sucedidas, e Merchan indicou na segunda-feira que estava inclinado a deixar que os jurados avaliassem a credibilidade de Cohen por si mesmos. Os promotores dizem que o depoimento dele é reforçado por outras provas.

Cohen, a última testemunha da acusação, encerrou seu depoimento na segunda-feira, abrindo caminho para os advogados de Trump apresentarem suas próprias testemunhas e provas.

O advogado Robert Costello, a segunda testemunha convocada pela defesa de Trump, testemunhou na segunda-feira que Cohen lhe disse que não tinha nenhuma informação incriminatória sobre Trump.

O comportamento de Costello no banco das testemunhas aparentemente irritou Merchan na segunda-feira. Costello voltou a depor nesta terça-feira, antes de a defesa encerrar sua etapa.

Trump é acusado de encobrir um pagamento de 130.000 dólares que comprou o silêncio da estrela pornô Stormy Daniels, que nas últimas semanas antes da eleição presidencial de 2016 estava vendendo sua história de um encontro sexual com o então candidato republicano.

Embora o pagamento em si não seja ilegal, Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registros comerciais para ocultar seu reembolso a Cohen, que inicialmente pagou pela transação.

Trump se declarou inocente e nega ter cometido qualquer delito. Ele diz que nunca teve relações sexuais com Daniels e tem classificado o julgamento como uma tentativa politicamente motivada de prejudicar seus esforços para retornar à Casa Branca na eleição de 5 de novembro deste ano.

Cohen testemunhou que conversou várias vezes com Trump sobre o pagamento a Daniels na reta final da campanha presidencial de 2016, quando Trump estava enfrentando várias acusações de má conduta sexual.

Ele disse que Trump temia que Daniels prejudicasse seu apelo junto ao eleitorado feminino se a história se tornasse pública. A equipe jurídica do ex-presidente diz que ele fez o pagamento para proteger sua família de constrangimentos.

Cohen admitiu no banco das testemunhas na segunda-feira que havia roubado dinheiro dos negócios de Trump, dizendo que estava com raiva por seu bônus ter sido cortado depois que ele lidou com o pagamento a Daniels.

·        Trump diz que processará filme que o mostra estuprando ex-mulher

O ex-presidente americano Donald Trump afirmou que vai processar o diretor Ali Abbasi por cenas do filme "The Apprentice".

O longa, que foi exibido em Cannes, se concentra na ascensão de Trump entre os anos 1980 e 1990, de herdeiro de uma empresa familiar arcaica, afundada em problemas, a salvador de uma Nova York decadente.

Em uma das cenas, Ivana, primeira mulher do americano, chega em casa com um presente um livro sobre como encontrar o ponto G. Tomado por mais desprezo pela mulher do que por raiva, ele a joga no chão e a estupra.

Ivana, morta há dois anos, relatou o caso no final dos anos 1980, mas voltou atrás e retirou as acusações.

Em um comunicado nas redes sociais, a equipe do magnata classificou o longa de "lixo" e "pura ficção".

"Entraremos com uma ação judicial contra as afirmações flagrantemente falsas desses supostos cineastas", disse o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, à revista Variety. "Esse lixo é pura ficção que sensacionaliza mentiras há muito desmascaradas".

Cheung afirmou ainda que o filme é uma forma de a elite de Hollywood interferir nas eleições. "Eles sabem que Trump irá retomar à Casa Branca e derrotar o seu candidato eleitoral [Biden] porque nada do que fizeram funcionou."

O diretor de "The Apprentice", Ali Abbasi, disse que quer encontrar Trump para mostrar o filme a ele. "Não acho necessariamente que este seja um filme que ele não gostaria de ver". O cineasta disse ainda que deve lançar o filme em setembro em meio a um dos debates das eleições americanas.

Além da fúria de Trump, Abbasi precisa lidar com a insatisfação de um financiador do longa. De acordo com a revista Variety, o bilionário Dan Snyder, amigo do ex-presidente, investiu no longa achando que a produção iria retratar Trump de forma elogiosa.

Quando viu um corte do filme, percebeu que a narrativa seria crítica ao ex-presidente e teria ficado furioso. Snyder investiu na produção por meio da empresa Kinematics, que agora está tentando impedir o lançamento de "The Apprentice".

¨      Mesmo diante do luto, os EUA não evitam 'impor o seu pensamento ocidental' sobre o Irã

A afirmação do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, de que "os iranianos estão provavelmente em melhor situação" após a morte do seu presidente Ebrahim Raisi demonstra mais uma vez que Washington não pretende respeitar o povo iraniano e exerce diplomacia "amigável", disse o internacionalista Alejandro Martínez Serrano à Sputnik.

Na quarta-feira (22), Antony Blinken declarou que "os iranianos provavelmente estão em melhor situação [agora]" após a morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi em um acidente aéreo. Além disso, garantiu que Washington "certamente não lamenta a sua morte".

O responsável norte-americano respondeu desta forma durante uma audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, na qual foi criticado pela publicação de uma breve declaração do Departamento de Estado em que Washington "expressa as suas condolências oficiais pela morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi".

Ao ser questionado pelo teor da nota, o alto responsável defendeu que oferecer condolências pela morte do presidente iraniano é algo "normal" na diplomacia, mas que isso não altera a política de Washington em relação a Teerã.

Para o internacionalista e acadêmico da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e da Universidade La Salle, Alejandro Martínez Serrano, as afirmações de Blinken, vistas à luz do âmbito protocolar da diplomacia, são, antes de tudo, de "mau gosto".

"Em primeira instância [...], a afirmação é, na área do protocolo diplomático, de mau gosto, tendo em conta que o povo iraniano ainda está de luto por essa tragédia", afirmou o especialista em geopolítica do Oriente Médio e conflitos internacionais contemporâneos.

Além disso, destacou que é implausível que, através dos canais oficiais, Blinken tenha expressado condolências em nome do país norte-americano e, posteriormente, em declaração pública, tenha manifestado uma posição completamente oposta.

·        Ofensa ao luto e à hegemonia ocidental

"Também vamos levar em consideração que a opinião de Blinken pode ser na esfera privada — e obviamente ele tem as suas opiniões, mas em uma declaração pública, ele está ofendendo um período de luto da nação iraniana", afirmou o acadêmico.

Por outro lado, o especialista observou que esta é uma manifestação clara de que Washington "não pretende respeitar" o povo iraniano e, pelo contrário, pretende mais uma vez "impor a sua forma ocidental de pensar".

Questionado sobre as repercussões que as declarações de Blinken poderão ter na relação entre os dois países diante das próximas eleições presidenciais, o analista destacou que a nação persa não espera "mais do que uma resposta dessa natureza do governo dos EUA".

No último domingo (19), o helicóptero que transportava Raisi, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, e vários outros funcionários caiu no noroeste do Irã quando a delegação regressava de uma visita ao Azerbaijão Oriental, província iraniana.

Várias horas depois, o vice-presidente iraniano Mohammad Mokhber – que assumirá como chefe de Estado interino durante os próximos 50 dias até a realização de novas eleições presidenciais – confirmou a morte de Raisi e da sua comitiva.

Por sua vez, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou cinco dias de luto pela morte do presidente Raisi e dos seus companheiros.

 

 

Fonte: Sputnik Brasil/Reuters/FolhaPress

 

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