Índice de aprovação de Biden cai para o
nível mais baixo em 2 anos
O índice de aprovação
do presidente Joe Biden caiu 2% no período entre março e abril, marcando o
nível mais baixo em dois anos.
É o que revelou uma
nova pesquisa da Reuters divulgada nesta terça-feira (21). O levantamento
mostrou que 36% dos americanos aprovam o desempenho de Biden no cargo, uma
queda de 2% em relação a abril.
A pesquisa mostra que
Biden segue atrás de seu provável adversário político nas eleições de novembro,
Donald Trump, especialmente nos estados dos EUA considerados cruciais para
determinar o vencedor das eleições, disse o comunicado.
A questão que mais
contribui para o declínio do índice de aprovação de Biden é a difícil situação
econômica dos EUA (para 23% dos entrevistados), pontua a pesquisa. 40% dos
entrevistados disseram que Trump tinha melhores políticas para a economia.
Outra questão
importante que influencia o declínio do índice de aprovação de Biden é o nível
recorde de imigração ilegal (referido por 13% dos entrevistados), afirmou o
comunicado publicado na agência de notícias.
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Biden acusa Trump de
usar 'linguagem de Hitler' em vídeo apagado das redes sociais
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O presidente dos EUA,
Joe Biden, acusou o seu rival nas eleições presidenciais de novembro, Donald
Trump, de usar "linguagem hitlerista" por causa de um vídeo publicado
na página do republicano que mencionava um "Reich unificado".
"Este é o mesmo
cara que usa a linguagem de Hitler, não a da América. Não é de admirar quando
ele disse há cerca de quatro meses, acho que talvez 'um pouco mais', que Hitler
fez 'algumas coisas boas'", afirmou Biden.
"Não se trata da
minha vitória, mas sim de ele não ter vencido", acrescentou o presidente.
Na segunda-feira (20),
a página Truth Social de Trump postou um vídeo de campanha, com cerca de 30
segundos, que incluía "manchetes inventadas" imaginando um cenário
com a vitória do republicano. Junto às falsas manchetes apareciam também, ao fundo
do vídeo, frases sobre a "criação de um Reich unificado" e a
"força da indústria alemã".
A publicação do vídeo
atraiu a atenção da mídia norte-americana e da Casa Branca, que teceram duras
críticas contra o ex-presidente, acusando-o de utilizar retórica nazista.
A secretária de
imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse em uma coletiva de imprensa
nesta terça-feira (21) que era "nojento, estúpido e vergonhoso para
qualquer pessoa promover conteúdo relacionado ao governo nazista da
Alemanha".
Depois que o vídeo
virou motivo de escândalo, ele foi retirado da página de Trump. A equipe de
campanha do político informou que o material era uma repostagem feita por um
funcionário da campanha e que o próprio ex-presidente desconhecia o conteúdo da
publicação.
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Trump: Justiça dos EUA
autorizou o FBI a usar força letal na invasão de sua residência na Flórida
O ex-presidente estadunidense
Donald Trump disse que recebeu relatórios indicando que o Departamento de
Justiça dos EUA autorizou o FBI a usar força letal em incursão à sua residência
de Mar-a-Lago, na Flórida.
"Acabei de sair
do julgamento de caça às bruxas de Biden em Manhattan, […] e me mostraram
relatórios de que o Departamento de Justiça do fraudulento [presidente dos EUA]
Joe Biden, em sua incursão ilegal e inconstitucional a Mar-a-Lago, autorizou o FBI
a usar força letal. Agora sabemos, com certeza, que Joe Biden é uma séria
ameaça à democracia. Ele é mentalmente inapto para ocupar o cargo – 25ª
emenda", escreveu Trump na rede social Truth Social.
A congressista
estadunidense Marjorie Taylor Greene disse que a informação era motivo para o
impeachment do procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, e do diretor do FBI,
Christopher Wray.
Mais cedo na
terça-feira (21), o portal Newsweek informou que uma nova solicitação judicial
revelou que agentes do FBI foram autorizados a usar força letal durante a
incursão na residência de Trump de Mar-a-Lago em agosto de 2022.
O relatório
acrescentou que os agentes no local foram instruídos a usar camisas polo ou com
colarinho sem designação e levar armas emitidas por padrão, munições, algemas e
alicates.
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Advogados de Trump
encerram etapa de julgamento sobre suborno sem convocá-lo para depor
A equipe de defesa de
Donald Trump encerrou etapa do julgamento sobre suborno, nesta terça-feira, sem
chamar o ex-presidente dos Estados Unidos para depor.
Os advogados de Trump
convocaram duas testemunhas em sua defesa. O juiz Juan Merchan disse que os
jurados retornariam na próxima terça-feira para ouvir os argumentos finais, com
as deliberações provavelmente começando no dia seguinte.
Os advogados de Trump
pediram a Merchan que encerrasse o caso antes que ele chegasse ao júri,
argumentando que ele se baseia no depoimento de uma testemunha, o ex-advogado
de Trump Michael Cohen, que tem um histórico bem documentado de mentiras.
Essas moções de
dispensa raramente são bem-sucedidas, e Merchan indicou na segunda-feira que
estava inclinado a deixar que os jurados avaliassem a credibilidade de Cohen
por si mesmos. Os promotores dizem que o depoimento dele é reforçado por outras
provas.
Cohen, a última
testemunha da acusação, encerrou seu depoimento na segunda-feira, abrindo
caminho para os advogados de Trump apresentarem suas próprias testemunhas e
provas.
O advogado Robert
Costello, a segunda testemunha convocada pela defesa de Trump, testemunhou na
segunda-feira que Cohen lhe disse que não tinha nenhuma informação
incriminatória sobre Trump.
O comportamento de
Costello no banco das testemunhas aparentemente irritou Merchan na
segunda-feira. Costello voltou a depor nesta terça-feira, antes de a defesa
encerrar sua etapa.
Trump é acusado de
encobrir um pagamento de 130.000 dólares que comprou o silêncio da estrela
pornô Stormy Daniels, que nas últimas semanas antes da eleição presidencial de
2016 estava vendendo sua história de um encontro sexual com o então candidato
republicano.
Embora o pagamento em
si não seja ilegal, Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registros
comerciais para ocultar seu reembolso a Cohen, que inicialmente pagou pela
transação.
Trump se declarou
inocente e nega ter cometido qualquer delito. Ele diz que nunca teve relações
sexuais com Daniels e tem classificado o julgamento como uma tentativa
politicamente motivada de prejudicar seus esforços para retornar à Casa Branca
na eleição de 5 de novembro deste ano.
Cohen testemunhou que
conversou várias vezes com Trump sobre o pagamento a Daniels na reta final da
campanha presidencial de 2016, quando Trump estava enfrentando várias acusações
de má conduta sexual.
Ele disse que Trump
temia que Daniels prejudicasse seu apelo junto ao eleitorado feminino se a
história se tornasse pública. A equipe jurídica do ex-presidente diz que ele
fez o pagamento para proteger sua família de constrangimentos.
Cohen admitiu no banco
das testemunhas na segunda-feira que havia roubado dinheiro dos negócios de
Trump, dizendo que estava com raiva por seu bônus ter sido cortado depois que
ele lidou com o pagamento a Daniels.
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Trump diz que
processará filme que o mostra estuprando ex-mulher
O ex-presidente
americano Donald Trump afirmou que vai processar o diretor Ali Abbasi por cenas
do filme "The Apprentice".
O longa, que foi
exibido em Cannes, se concentra na ascensão de Trump entre os anos 1980 e 1990,
de herdeiro de uma empresa familiar arcaica, afundada em problemas, a salvador
de uma Nova York decadente.
Em uma das cenas,
Ivana, primeira mulher do americano, chega em casa com um presente um livro sobre como encontrar o ponto G.
Tomado por mais desprezo pela mulher do que por raiva, ele a joga no chão e a estupra.
Ivana, morta há dois
anos, relatou o caso no final dos anos 1980, mas voltou atrás e retirou as
acusações.
Em um comunicado nas
redes sociais, a equipe do magnata classificou o longa de "lixo" e
"pura ficção".
"Entraremos com
uma ação judicial contra as afirmações flagrantemente falsas desses supostos
cineastas", disse o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, à
revista Variety. "Esse lixo é pura ficção que sensacionaliza mentiras há
muito desmascaradas".
Cheung afirmou ainda
que o filme é uma forma de a elite de Hollywood interferir nas eleições.
"Eles sabem que Trump irá retomar à Casa Branca e derrotar o seu candidato
eleitoral [Biden] porque nada do que fizeram funcionou."
O diretor de "The
Apprentice", Ali Abbasi, disse que quer encontrar Trump para mostrar o
filme a ele. "Não acho necessariamente que este seja um filme que ele não
gostaria de ver". O cineasta disse ainda que deve lançar o filme em setembro
em meio a um dos debates das eleições americanas.
Além da fúria de
Trump, Abbasi precisa lidar com a insatisfação de um financiador do longa. De
acordo com a revista Variety, o bilionário Dan Snyder, amigo do ex-presidente,
investiu no longa achando que a produção iria retratar Trump de forma elogiosa.
Quando viu um corte do
filme, percebeu que a narrativa seria crítica ao ex-presidente e teria ficado
furioso. Snyder investiu na produção por meio da empresa Kinematics, que agora
está tentando impedir o lançamento de "The Apprentice".
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Mesmo diante do luto,
os EUA não evitam 'impor o seu pensamento ocidental' sobre o Irã
A afirmação do
secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, de que "os iranianos estão
provavelmente em melhor situação" após a morte do seu presidente Ebrahim
Raisi demonstra mais uma vez que Washington não pretende respeitar o povo
iraniano e exerce diplomacia "amigável", disse o internacionalista
Alejandro Martínez Serrano à Sputnik.
Na quarta-feira (22),
Antony Blinken declarou que "os iranianos provavelmente estão em melhor
situação [agora]" após a morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi em um
acidente aéreo. Além disso, garantiu que Washington "certamente não lamenta
a sua morte".
O responsável
norte-americano respondeu desta forma durante uma audiência da Comissão de
Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, na qual foi criticado pela
publicação de uma breve declaração do Departamento de Estado em que Washington
"expressa as suas condolências oficiais pela morte do presidente iraniano
Ebrahim Raisi".
Ao ser questionado
pelo teor da nota, o alto responsável defendeu que oferecer condolências pela
morte do presidente iraniano é algo "normal" na diplomacia, mas que
isso não altera a política de Washington em relação a Teerã.
Para o
internacionalista e acadêmico da Universidade Nacional Autônoma do México
(UNAM) e da Universidade La Salle, Alejandro Martínez Serrano, as afirmações de
Blinken, vistas à luz do âmbito protocolar da diplomacia, são, antes de tudo,
de "mau gosto".
"Em primeira
instância [...], a afirmação é, na área do protocolo diplomático, de mau gosto,
tendo em conta que o povo iraniano ainda está de luto por essa tragédia",
afirmou o especialista em geopolítica do Oriente Médio e conflitos internacionais
contemporâneos.
Além disso, destacou
que é implausível que, através dos canais oficiais, Blinken tenha expressado
condolências em nome do país norte-americano e, posteriormente, em declaração
pública, tenha manifestado uma posição completamente oposta.
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Ofensa ao luto e à hegemonia ocidental
"Também vamos
levar em consideração que a opinião de Blinken pode ser na esfera privada — e
obviamente ele tem as suas opiniões, mas em uma declaração pública, ele está
ofendendo um período de luto da nação iraniana", afirmou o acadêmico.
Por outro lado, o
especialista observou que esta é uma manifestação clara de que Washington
"não pretende respeitar" o povo iraniano e, pelo contrário, pretende
mais uma vez "impor a sua forma ocidental de pensar".
Questionado sobre as
repercussões que as declarações de Blinken poderão ter na relação entre os dois
países diante das próximas eleições presidenciais, o analista destacou que a
nação persa não espera "mais do que uma resposta dessa natureza do governo
dos EUA".
No último domingo
(19), o helicóptero que transportava Raisi, o ministro das Relações Exteriores
iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, e vários outros funcionários caiu no
noroeste do Irã quando a delegação regressava de uma visita ao Azerbaijão
Oriental, província iraniana.
Várias horas depois, o
vice-presidente iraniano Mohammad Mokhber – que assumirá como chefe de Estado
interino durante os próximos 50 dias até a realização de novas eleições
presidenciais – confirmou a morte de Raisi e da sua comitiva.
Por sua vez, o líder
supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou cinco dias de luto pela morte
do presidente Raisi e dos seus companheiros.
Fonte: Sputnik Brasil/Reuters/FolhaPress
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