Eleição 2026 já provoca acirramento na base
petista na Bahia
Mesmo distante dois
anos e tendo uma eleição municipal no caminho, os integrantes da base do
governador Jerônimo Rodrigues (PT) já discutem o pleito de 2026 e os ânimos têm
se acirrado. Isso porque só tem quatro vagas para no mínimo cinco
pré-candidatos e, no final de semana, uma fala do senador Jaques Wagner (PT)
aumentou ainda mais o mal-estar no grupo petista.
Wagner declarou que,
se a eleição fosse hoje, só teria garantido os nomes dele e de Jerônimo
Rodrigues, ambos postulantes à reeleição. O senador petista disse que o
vice-governador Geraldo Júnior (MDB) está com o futuro político indefinido, já
que é pré-candidato a prefeito de Salvador no pleito deste ano. Em um eventual
vitória, ele não seria, então, candidato no pleito de 2026. Wagner, entretanto,
não fez nenhuma menção ao nome do senador Ângelo Coronel (PSD), que já
manifestou publicamente o desejo de disputar a recondução.
Para o presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e aliado de Coronel, Adolfo Menezes
(PSD), Wagner não quis rifar o senador do PSD da chapa ao não citar o
correligionário. “Ele disse que está certo Jerônimo e ele, o que não significa
que rompeu. Não rifou ninguém. É uma forma de falar. Até porque, ele (Wagner)
não pode fechar uma chapa faltando tanto tempo ainda. Ainda tem uma eleição
municipal pela frente”, minimizou Menezes.
Adolfo Menezes
aproveitou, no entanto, para colocar seu nome também na roda. Reiterou que, se
tiver espaço, quer ser candidato a senador daqui a dois anos. Disse que ele se
“adaptaria rápido à confortável cadeira do Senado”. Diante da possibilidade de
Coronel ficar sem a vaga na majoritária em 2026, o PP já teria, inclusive,
aberto as portas para o senador do PSD. A reportagem tentou falar com o senador
Coronel, mas não conseguiu até o fechamento desta edição.
Presidente do PT na
Bahia, Éden Valadares disse que o senador do PT apenas “ foi ao encontro do
sentimento do partido” que quer ver Wagner e Jerônimo candidatos em 2026. “Mas
não vamos antecipar essa discussão, não. Antes de 2026 temos um 2024 para atravessar
e nosso foco está nisso, nas eleições municipais”, afirmou ele.
Quem também quer estar
na chapa de 2026 é o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). No início de
março, em entrevista à rádio Piatã FM, ele disse que pretende “submeter seu
nome” para a majoritária da próxima eleição geral. Nesta segunda-feira (5),
Jerônimo Rodrigues se esquivou sobre a intenção do seu padrinho político de
querer estar na composição daqui a dois anos. Disse apenas que Rui Costa tinha
uma “missão muito grande” agora que é ajudar o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) a governar o País.
Em 2022, o grupo
petista não conseguiu manter a base política unida. O PP, do então
vice-governador e atual deputado federal João Leão, rompeu com os governistas e
decidiu apoiar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), na disputa
ao Palácio de Ondina daquele ano.
¨
Rui Costa quer rifar
Jerônimo da reeleição para ser candidato a governador em 2026, diz colunista do
UOL
A cerca de dois anos
para as eleições de 2026, o clima na base petista baiana já apresenta uma certa
tensão. Depois do senador Jaques Wagner (PT) declarar que, se a eleição fosse
hoje, apenas os nomes dele e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) estariam
garantidos como postulantes à reeleição, o acirramento do grupo
pode ser potencializado. Isso porque o ex-governador e ministro da Casa Civil,
Rui Costa (PT), pode rifar o atual gestor do estado do próximo pleito estadual.
A informação foi divulgada na coluna da jornalista Andreza Matais, no Uol.
Segundo a jornalista,
Rui Costa trabalha para voltar ao governo da Bahia em 2026. Em paralelo, o
ex-governador da Bahia e o ministro do Ministério de Minas e Energia, Alexandre
Silveira, estariam ocupados com o plano de enfraquecer o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad (PT), nome mais forte para concorrer à Presidência, caso o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida não disputar a reeleição.
Haddad estaria
ameaçando os planos da dupla (Rui Costa e Silveira) para a Petrobras. Ainda
conforme a coluna, o que tem circulado em Brasília é que o ex-senador Jean Paul
Prates, que foi retirado da presidência da empresa petroleira, teria oferecido
apoio a Haddad para as eleições de 2026. Enquanto Rui trabalha para voltar ao
governo da Bahia, Silveira se organiza para se eleger governador de Minas
Gerais.
No início de março, em
entrevista à rádio Piatã FM, Rui Costa declarou que pretende “submeter seu
nome” para a majoritária da próxima eleição geral, mas não deixou claro se
deseja ser candidato a governador ou ao Senado. Após o comentário do aliado,
Jerônimo Rodrigues chegou a afirmar que seu antecessor tinha uma “missão muito
grande”, que é de ajudar o presidente Lula a governar o país.
Procurada pelo CORREIO
para comentar a informação da colunista Andreza Matais, a assessoria de Rui
Costa não respondeu até a publicação desta matéria.
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Ânimos aflorados
Embora a eleição
municipal deste ano seja o foco de muitos partidos, os integrantes da base
petista no estado já estão com ânimos à flor da pele em função do próximo
pleito estadual. Em 2026, apenas quatro vagas para no mínimo cinco
pré-candidatos estarão disponíveis. Além de garantir apenas o próprio nome e o
de Jerônimo na disputa, Wagner afirmou que o vice-governador Geraldo Júnior
(MDB) está com futuro político indefinido, já que é pré-candidato a prefeito de
Salvador no pleito deste ano.
O nome do senador
Ângelo Coronel (PSD), que já manifestou publicamente o desejo de disputar a
recondução, não foi citado por Wagner. Para o presidente da Assembleia
Legislativa da Bahia (Alba) e aliado de Coronel, Adolfo Menezes (PSD), o
senador do PT não quis rifar Coronel da chapa ao não citar o correligionário.
“Ele disse que está
certo Jerônimo e ele, o que não significa que rompeu. Não rifou ninguém. É uma
forma de falar. Até porque, ele (Wagner) não pode fechar uma chapa faltando
tanto tempo ainda. Ainda tem uma eleição municipal pela frente”, minimizou Menezes.
Fonte: Correio
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