quarta-feira, 22 de maio de 2024

Anoxia cerebral: o que é, sintomas, causas e tratamento

A anoxia cerebral é a falta da oxigenação do cérebro, resultando em sintomas como dor de cabeça, confusão mental, dificuldade de concentração, perda da consciência ou convulsões, por exemplo.

A anoxia cerebral pode acontecer devido a um AVC, parada cardiorrespiratória ou afogamento, por exemplo, ou até devido a falta de oxigenação antes, durante ou logo após o parto, sendo nesse caso conhecida como anoxia perinatal.

O tratamento da anoxia cerebral é feito no hospital pelo clínico geral ou neurologista, para restaurar os níveis de oxigênio no cérebro, e, assim, prevenir complicações, como comprometimento dos movimentos do corpo, coma ou perda irreversível das funções do cérebro.

<><><> Sintomas da anoxia cerebral

Os principais sintomas de anoxia cerebral são:

  • Dor de cabeça;
  • Dificuldade de concentração;
  • Mudanças de humor;
  • Tontura;
  • Confusão mental;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Dificuldade para respirar;
  • Coloração azul dos lábios ou das unhas;
  • Tremores;
  • Perda de consciência;
  • Convulsões.

A falta de oxigênio no cérebro pode causar morte das células cerebrais após cerca de 4 minutos sem oxigênio, o que pode levar a danos cerebrais irreversíveis, coma e, até mesmo, morte cerebral. 

A gravidade da lesão também está relacionada com a região do cérebro que não tem suprimento de oxigênio. Como o sistema nervoso central dificilmente se regenera, as lesões poderão ser permanentes.

Quanto mais tempo o cérebro ficar sem receber oxigênio, pior são as consequências, por isso o tratamento deve ser iniciado rapidamente no hospital.

·        Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da anoxia cerebral é feito no hospital pelo clínico geral ou neurologista, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, e exames de sangue para verificar os níveis de oxigênio no corpo, como a gasometria arterial.

Para confirmar o diagnóstico e identificar a região do cérebro afetada, o médico deve solicitar exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada ou PET-CT, além de um eletroencefalograma para avaliar a atividade elétrica do cérebro.

<><><> Possíveis causas

As principais causas de anoxia cerebral são:

  • AVC ou derrame cerebral;
  • Infarto;
  • Parada cardiorrespiratória;
  • Afogamento;
  • Asfixia;
  • Sufocamento;
  • Envenenamento por monóxido de carbono;
  • Overdose de drogas;
  • Enforcamento;
  • Altitudes elevadas;
  • Choque elétrico;
  • Arritmia cardíaca;
  • Choque hipovolêmico.

Além disso, a anoxia cerebral também pode surgir devido a crise grave de asma ou bronquite, que pode comprometer a oxigenação para o cérebro.

·        Anoxia perinatal

A anoxia cerebral também pode acontecer imediatamente antes, durante ou logo após o parto, sendo uma das principais causas de asfixia neonatal ou asfixia perinatal. 

Além disso, a anoxia cerebral perinatal também pode ocorrer devido a embolia de líquido amniótico, ruptura uterina, descolamento prematuro da placenta ou nó no cordão umbilical.

·        Como é feito o tratamento

O tratamento da anoxia cerebral é feito no hospital pelo clínico geral ou neurologista, como o principal objetivo de restaurar os níveis de oxigênio no cérebro e evitar complicações. 

Desta forma, o tratamento da anoxia cerebral pode envolver:

  • Oxigenoterapia ou ventilação mecânica;
  • Ressuscitação cardiopulmonar, no caso de parada cardiorrespiratória;
  • Remédios que ajudam a melhorar a oxigenação do cérebro;
  • Remédios para controlar a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos;
  • Hipotermia terapêutica, que consiste em reduzir a temperatura corporal, para diminuir o metabolismo do cérebro e proteger as células cerebrais.

Além disso, diversos estudos com células tronco embrionárias têm sido realizados e afirmam que é possível reverter algumas das consequências da anoxia cerebral, no entanto ainda são necessários outros estudos para que a terapia com células tronco embrionárias seja alternativa para esse tipo de condição.

·        Possíveis complicações

As complicações da anoxia cerebral dependem do tempo em que a pessoa esteve sem oxigênio no cérebro e da região do cérebro afetada podendo causar diversas sequelas, como:

  • Dificuldade de concentração ou atenção;
  • Perda de memória;
  • Problemas de movimento, afetando atividades como andar, falar ou comer;
  • Cegueira;
  • Sensação de formigamento ou fraqueza nos braços ou pernas;
  • Dificuldade de equilíbrio;
  • Movimentos anormais no corpo ou tremores.

Além disso, dependendo da área afetada no cérebro, a anoxia cerebral pode causar alterações na personalidade, problemas de percepção ou discernimento, mudanças de humor ou depressão, por exemplo. Outras complicações mais graves são o coma e a morte cerebral.

Em bebês, a anoxia cerebral também pode causar paralisia cerebral.

 

¨      Edema cerebral: o que é, sintomas, causas e tratamento

 

O edema cerebral é o inchaço no cérebro causado pelo acúmulo de líquidos, resultando em sintomas como dor de cabeça, náusea, vômitos, tontura, dormência, confusão mental ou problemas na coordenação motora.

Esse inchaço no cérebro pode ser causado por lesões ou traumatismo craniano, AVC isquêmico, infecções ou tumores cerebrais, por exemplo, e resultar em aumento da pressão intracraniana, diminuição do fluxo sanguíneo e oxigênio para o cérebro, redução da atividade cerebral e danos no sistema nervoso central.

O edema cerebral é uma condição grave que deve ser tratado imediatamente no hospital pelo neurologista, com o uso de remédios corticoides, diuréticos, soro na veia, hiperventilação, hipotermia ou cirurgia para descompressão do cérebro.

  • Sintomas de edema cerebral

Os principais sintomas de edema cerebral são:

  • Dor de cabeça;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Fraqueza muscular ou dormência;
  • Distúrbios visuais ou visão dupla;
  • Problemas na coordenação motora;
  • Dificuldade para falar;
  • Incontinência;
  • Perda da memória ou confusão mental;
  • Alterações do humor ou do estado mental;
  • Convulsões;
  • Coma.

Os sintomas do edema cerebral podem variar de acordo com a região do cérebro afetada, pois pode ocorrer em uma parte do cérebro ou em todo o cérebro.

É importante procurar o hospital ou o pronto-socorro mais próximo imediatamente, caso surjam sintomas de edema cerebral para que seja feito o diagnóstico, identificada sua causa e iniciado o tratamento mais adequado, de forma a evitar sequelas ou complicações como hérnia cerebral, que pode colocar a vida em risco.

  • Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do edema cerebral é feito pelo neurologista, no hospital, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, e exame neurológico.

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada, que são capazes de detectar a localização do edema cerebral.

Além disso, o médico deve solicitar exames de sangue para ajudar a identificar a causa do edema cerebral.

  • Possíveis causas

O edema cerebral é causado pelo acúmulo de líquidos no cérebro, fazendo com que o cérebro aumente de tamanho, resultando nos sintomas.

As principais causas de edema cerebral são:

  • Traumatismo craniano, lesões ou tumor no cérebro;
  • Parada cardíaca;
  • AVC isquêmico, hemorragia cerebral ou rompimento de aneurisma;
  • Infecções no cérebro, como encefalite ou meningite;
  • Hidrocefalia;
  • Hipertensão maligna;
  • Hepatite;
  • Intoxicação por monóxido de carbono;
  • Envenenamento por picadas de insetos ou animais, ou por chumbo;
  • Altitudes elevadas.

Além disso, o edema cerebral pode ocorrer devido a hiponatremia, que é a diminuição de sódio no sangue, síndrome de Reye, distúrbios metabólicos, cetoacidose diabética ou síndrome da secreção do hormônio antidiurético, por exemplo.

Essas condições podem levar ao inchaço do cérebro que, associado a impossibilidade de se expandir devido ao crânio, resulta na sua compressão, podendo causar diminuição da atividade cerebral e danos no sistema nervoso central, que podem ser reversíveis ou irreversíveis.

<><><> Tipos de edema cerebral

O edema cerebral pode ser classificado em alguns tipos de acordo com sua causa, e inclui:

  • Edema cerebral vasogênico: é o tipo mais comum, que ocorre devido ao acúmulo de líquidos entre as células cerebrais, no espaço extravascular, geralmente devido a hipertensão maligna, traumatismo, tumor ou altitudes elevadas;
  • Edema cerebral citotóxico ou celular: ocorre acúmulo de líquido dentro das células do cérebro, como células da glia, neurônios e células endoteliais, podendo ocorrer devido a lesões traumáticas ou AVC;
  • Edema cerebral intersticial: ocorre devido a saída de líquido cefalorraquidiano presente no espaço intraventricular para outras áreas do cérebro;
  • Edema cerebral osmótico: ocorre acúmulo de água dentro das células cerebrais, devido ao desequilíbrio entre a concentração de eletrólitos no cérebro e plasma sanguíneo, geralmente devido a cetoacidose diabética ou síndrome da secreção do hormônio antidiurético, resultando em edema cerebral generalizado.

O tipo de edema cerebral é identificado pelo médico durante os exames de diagnóstico, o que permite o tratamento mais adequado de acordo com sua causa.

  • Como é feito o tratamento

O tratamento do edema cerebral deve ser feito no hospital com orientação do neurologista, com o objetivo de reduzir o inchaço no cérebro, evitar o aumento da pressão intracraniana e complicações como hérnia no cérebro ou tronco cerebral.

Os principais tratamentos que podem ser indicados pelo médico são:

1. Remédios

Os remédios para edema cerebral que podem ser indicados pelo médico são corticoides que ajudam a reduzir o inchaço, principalmente nos casos de edema cerebral vasogênico.

Além disso, podem ser recomendados sedativos, remédios para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, agentes osmóticos, como manitol ou soluções hipertônicas, diuréticos, o que varia de acordo com o tipo de edema cerebral.

2. Hiperventilação

A hiperventilação pode ser indicada pelo médico para diminuir a quantidade de gás carbônico na corrente sanguínea e reduzir o risco de aumento da pressão intracraniana.

3. Hipotermia

A hipotermia é um tratamento que consiste em reduzir a temperatura corporal, para diminuir o metabolismo do cérebro e proteger as células cerebrais, ajudando a reduzir o edema.

4. Ventriculostomia

A ventriculostomia consiste na introdução de um tubo fino no ventrículo cerebral, através de um furo no crânio, para aliviar a pressão no cérebro e fazer circular o líquor, ajudando a reduzir a pressão intracraniana.

5. Cirurgia

A cirurgia para o edema cerebral, chamada craniectomia descompressiva, é feita removendo uma parte do crânio e levantando a membrana dura-máter, para permitir que o cérebro se expanda e reduzir a pressão intracraniana.

Esse tipo de cirurgia geralmente é feita quando todas as outras opções de tratamento não foram eficazes para reduzir o edema cerebral e a pressão intracraniana.

  • Possíveis complicações

O edema cerebral pode causar complicações como:

  • Dificuldade de memória;
  • Problemas de aprendizado, atenção ou compreensão;
  • Paralisia muscular;
  • Alterações ou perda da visão;
  • Dificuldades para comunicação;
  • Incontinência urinária;
  • Problemas de sono;
  • Depressão;
  • Epilepsia.

As complicações ou sequelas do edema cerebral podem variar de acordo coma região do cérebro afetada.

Além disso, o edema cerebral pode causar complicações graves como aumento da pressão intracraniana ou hérnia no cérebro ou no tronco cerebral, que podem colocar a vida em risco.

 

Fonte: Tua Saúde

 

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