Para não perder o costume, Damares espalha fake news sobre Gaza
Damares Alves, a ex-ministra do fascista Jair
Bolsonaro eleita senadora do Republicanos pelo Distrito Federal, é uma difusora
obsessiva de fake news. Na semana passada, ela postou em suas redes digitais
que a delegação brasileira no Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra,
teria virado as costas quando a embaixadora dos EUA, Michele Taylor, utilizou a
palavra para se rejeitar a proposta de paz e de ajuda humanitária em Gaza.
Desmascarada pelo site UOL, a farsante retirou a
postagem do ar e se disse “vítima” de engano. “Mas ela não explicou que havia
sido questionada pela reportagem, antes da decisão de apagar a suposta
notícia”, ironizou Jamil Chade. Na postagem, Damares Alves atacou o Brasil: “Eu
não acredito que fizeram isso! Que vergonha!”. Como explica o jornalista do
UOL, “nada do que a senadora explicou ocorreu da forma que ela descreveu”.
• Desculpa
esfarrapada da mentirosa
“O evento em Genebra se referia ao exame da
política de direitos humanos dos EUA e, segundo fontes do alto escalão do
Itamaraty, a delegação brasileira nem sequer participou do protesto. Na
chancelaria, a postagem da senadora circulou em meio a indignação”. Na ocasião,
a embaixadora tratou de questões internas dos EUA. Na sala da ONU, ativistas de
ONGs e entidades ianques decidiram virar as costas durante o seu discurso.
“O motivo: um protesto silencioso contra as políticas
de direitos humanos de Biden para as populações mais vulneráveis. Não havia
qualquer relação nem com o posicionamento dos EUA em Gaza e nem com o veto
sobre a resolução brasileira. Quem fazia o protesto não eram nem integrantes do
Comitê de Direitos Humanos da ONU, como primeiro citou Damares, e nem membros
da delegação brasileira, como ela também postou”.
Diante do desmentido, a senadora das fake news
postou uma desculpa esfarrapada: “Gente, venho aqui fazer uma correção. Ontem,
assim como muitas outras pessoas, postamos uma notícia que foi publicada em
diversos sites brasileiros, mas, hoje pela manhã, confirmamos que a informação
não era correta… Há anos, tenho sido vítima desse tipo de erro e sou
radicalmente contra essa prática”. Patética!
• Comida
pastosa e dentes arrancados de crianças
Damares Alves é conhecida por difundir mentiras
desde quando virou ministra do covil de Jair Bolsonaro. Ela inclusive ganhou o
apelido de “Damares da Goiabeira” por suas invenções e farsas. Em setembro
último, o Ministério Público Federal (MPF) no Pará inclusive ajuizou uma ação
civil pública para que a senadora e a União indenizassem em R$ 5 milhões a
população da Ilha do Marajó.
O pedido, assinado por 19 procuradores da
República, foi uma reação às declarações mentirosas da ex-ministra da Mulher,
da Família e dos Direitos Humanos proferidas em outubro de 2022 durante um
culto evangélico em Goiânia.
Na ocasião, ela afirmou que crianças do Marajó
tinham seus dentes arrancados para não morderem durante a prática de sexo oral
e que eram traficadas para exploração sexual. Segundo a ministra-pastora, as
crianças ainda comiam comida pastosa para o intestino ficar livre para o sexo
anal.
• Denúncias
“falsas e sensacionalistas” da pastora
O MPF investigou as denúncias e comprovou que eram
“falsas e sensacionalistas”. No pedido, o órgão também lembrou que Damares
Alves garantiu que existiriam imagens de estupros de bebês de oito dias, cujos
vídeos seriam comercializados por valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. O MPF
requisitou esses dados ao ministério, além do governo do Pará e à Polícia
Federal, mas nenhuma das informações da ministra era verdadeira.
“[Os relatos] ocasionaram uma grande movimentação
de força de trabalho e gastos públicos para analisar as denúncias e apurações
relacionadas aos referidos fatos. Nenhum destes, entretanto, foi confirmado. No
próprio MPF, nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia recebida mencionou as
torturas narradas”, registrou. O MPF ainda apontou que as fake news foram
obradas em plena campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro e usadas para
propagandear a farsa sobre o “maior programa de desenvolvimento regional na
Ilha do Marajó”.
Kassio
dá 15 dias para Eduardo Bolsonaro responder por comparar professor a traficante
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal
Federal, abriu prazo de 15 dias para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PL-SP) responda, se quiser, as acusações sobre o suposto cometimento dos
crimes de calúnia e difamação por causa de um discurso em que comparou
professores a traficantes de drogas.
A decisão foi tomada no âmbito de queixa-crime da
deputada Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP). O prazo de 15 dias concedido
pelo ministro a Eduardo está previsto na Lei 8.038/1990.
• Professor
x traficante
No dia 9 de julho, durante ato em favor da
flexibilização do porte e da posse de armas em frente ao Congresso, Eduardo
Bolsonaro afirmou. "Não tem diferença de um professor doutrinador para um
traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo
do crime."
O deputado disse que 'talvez o professor
doutrinador seja pior'.
No mesmo despacho, Nunes Marques acolheu pedido do
Ministério Público Federal para que as peças de outras duas petições sobre o
mesmo fato, apresentadas por sindicatos de professores e pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), sejam
anexadas à queixa-crime da deputada Professora Luciene Cavalcante. O objetivo
da medida é unificar a análise dos fatos.
MPF
descobre nova arapongagem da Abin
O Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais
está atualmente conduzindo uma investigação a respeito de alegações de que a
Agência Brasileira de Inteligência (Abin) possa ter empregado de maneira ilegal
um segundo sistema de espionagem para a realização de invasões em massa de
computadores. A decisão de incluir esse sistema específico nas investigações em
andamento foi tomada pelo procurador Carlos Bruno Ferreira da Silva.
De acordo com o despacho emitido pelo procurador, a
investigação relativa ao possível uso ilícito desse sistema é considerada um
“tema conexo” à apuração original, que estava relacionada ao sistema conhecido
como FirstMile, o qual a Abin utilizava para rastrear indivíduos com base em
geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.
A suspeita sobre a existência desse segundo sistema
clandestino de invasão em massa de computadores está atualmente sob
investigação pela Polícia Federal, e foi divulgada primeiramente pelo
apresentador da Globonews, Cesar Tralli.
A ferramenta de invasão em questão opera por meio
de um malware, permitindo aos invasores o acesso completo ao conteúdo dos
computadores das vítimas, conforme relatado por fontes próximas ao caso.
Tais práticas de espionagem clandestina podem se
materializar de diversas maneiras, incluindo o envio de e-mails maliciosos,
mensagens de texto, uso do WhatsApp em computadores, ou mesmo por meio de
acesso físico, tal como a inserção de um dispositivo USB na máquina. O aspecto
mais alarmante é que as vítimas infectadas não têm conhecimento das invasões,
enquanto os espiões conseguem prontamente acessar todo o conteúdo dos
computadores.
Igrejas
evangélicas diminuem grana na TV e miram web atrás de novos fiéis
Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia e
R.R Soares. Foto: reprodução
As igrejas evangélicas pentecostais estão revendo
seu interesse na TV aberta como um canal viável de expansão. Das cinco
principais igrejas desse segmento, somente a Igreja Universal do Reino de Deus
mantém parcerias em quatro das maiores redes de televisão do Brasil, enquanto
as demais estão mirando a web para atrair novos fiéis.
A Igreja Internacional da Graça de Deus, liderada
por R.R. Soares, a Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago, e
a Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, liderada por Silas Malafaia,
optaram por migrar suas operações para a internet.
R.R. Soares mantém contratos apenas com a RedeTV!,
onde paga R$ 2,5 milhões por mês para ocupar parte da programação matinal e uma
hora no horário nobre da emissora.
Malafaia abandonou a televisão, encerrando seu
programa “Vitória em Cristo”, que estava no ar desde a década de 1990. A
Mundial ainda mantém contratos com emissoras menores e a Rede Mundial, um canal
aberto exclusivo com concessões em várias capitais.
O foco dessas igrejas atualmente está na internet.
Denis Munhoz, ex-executivo da Record e RedeTV! e representante da Igreja
Mundial nos Estados Unidos, afirma que investir na internet é mais vantajoso do
que pagar milhões por horários na TV.
“As coisas mudaram drasticamente. As igrejas
notaram que o valor pago era muito elevado. Com a internet, deu uma nova
estrada. Ainda não é o mesmo alcance da TV aberta, mas com a internet dá para
tocar. E os custos de manutenção da internet são bem mais baixos”, disse
Munhoz.
Mesmo nas emissoras menores, como RedeTV!, TV
Gazeta, CNT e Rede 21, os contratos com as grandes igrejas tornaram-se
escassos. Atualmente, apenas aquelas igrejas que estão em fase de crescimento e
buscam exposição procuram acordos financeiros.
Um exemplo é a Igreja Unida Deus Proverá, fundada
no início deste ano, que adquiriu duas horas de programação matinal na Band no
final do mês passado. Desde então, a igreja produz o programa “Desperta
Brasil”, que combina pregação, notícias e fofocas de celebridades.
Em 2013, os evangélicos investiram cerca de R$ 1,3
bilhão na compra de horários na televisão, de acordo com dados do Ministério
Público Federal na época. No entanto, esse valor diminuiu para cerca de R$ 1
bilhão atualmente, representando uma queda de 24% nos investimentos.
Vale destacar que esse valor é inflacionado
principalmente devido aos investimentos significativos da Igreja Universal para
exibir programas na Record, a segunda maior emissora em audiência do país, de
propriedade de Edir Macedo.
De acordo com o balanço financeiro de 2022
publicado pela Record, a Igreja Universal contribuiu com R$ 907 milhões para a
emissora, um aumento de 10% em relação aos R$ 822 milhões de 2021. Esse
dinheiro ajudou a conter uma crise financeira enfrentada pela Record, que
resultou em demissões na empresa este ano. A expectativa é que a Igreja
contribua com menos dinheiro em 2023 devido aos cortes de gastos.
Em outras emissoras, a Igreja Universal renegociou
seus contratos. Com a RedeTV!, onde ocupa atualmente três horas de programação,
a Universal conseguiu reduzir os valores em uma negociação realizada no ano
passado.
Em relação à TV Gazeta de São Paulo, onde ocupa 13
horas de programação, a Igreja Universal concordou em ajustar o valor para R$
15 milhões, desde que ocupasse quatro horas do horário nobre.
Fora da Universal, os valores praticados são
significativamente mais baixos. Para evitar prejuízos, as outras igrejas
adotaram novos critérios para a compra de horários. Agora, elas exigem uma
cobertura mínima nas grandes capitais, principalmente São Paulo e Rio de
Janeiro, e um investimento contínuo na expansão por todo o país.
As igrejas que não possuem pelo menos 60% de
cobertura nas televisões do país são excluídas. Isso foi o que aconteceu com a
Rede NGT, uma emissora de menor porte, que deixou de atrair grandes redes e
passou a vender espaços para igrejas de bairro, mesmo estando presente nas
maiores capitais.
Bolsonaristas
boicotam Piracanjuba e criam campanha pró-Ninho; marcas são da mesma fabricante
A marca de laticínios Piracanjuba vem sendo alvo de
boicote por grupos bolsonaristas. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) usaram as redes sociais para propor um boicote à empresa goiana, após uma
ação publicitária com a cantora Ivete Sangalo.
A baiana é garota propaganda da marca desde 2019. O
motivo do boicote é que Ivete faz críticas frequentes à gestão de Bolsonaro e
declarou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de
2022.
Vídeos que circulam no X (antigo Twitter) mostram
os bolsonaristas incentivando a troca pelo leite Ninho, da Nestlé. O que talvez
muitos dos “patriotas” não tenham se atentado é que as as duas marcas são
produzidas pela mesma fabricante, dona da Piracanjuba.
Em 2019, a Nestlé, dona da marca Ninho, fechou
acordo com a Laticínios Bela Vista para a produção e distribuição de leite
longa vida no Brasil. A fabricante Bela Vista é dona da Piracanjuba.
“Acabei de ver que bolsonaristas estão boicotando a
Piracanjuba e falando para comprarem leite da Nestlé. Uma pesquisada básica
evitaria passar tanta vergonha”, escreveu um perfil no X.
O acordo entre a Nestlé e a Bela Vista inclui o
licenciamento das marcas Ninho e Molico no segmento de leite líquido. O prazo
do licenciamento é de dez anos.
Quem é
Capixaba, suspeito de fornecer metralhadoras do Exército à facção de
traficantes do Rio
O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro
buscam informações para localizar Jesser Marques Fidelix, de 30 anos, suspeito
de fornecer a criminosos da maior facção de tráfico de drogas do Rio as
metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra, em Barueri, São Paulo, em setembro
passado.
De acordo com as investigações, Jesser é chamado de
Capixaba em um vídeo enviado para traficantes do RJ.
Na gravação, um homem, ainda não identificado,
pergunta a ele como embalar as "armas de guerra".
• Matuto
de facção
A Polícia Civil do RJ aponta Jesser como
"matuto" - fornecedor de drogas e armas - do Comando Vermelho. Na
verdade, um dos criminosos que abastecem a facção carioca.
Mas a ficha policial de Capixaba já é conhecida das
polícias Civil e Federal. Com base em São Paulo, Jesser foi investigado pela PF
por estar utilizando um veículo roubado, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
Na ficha dele consta ainda uma investigação por
estelionato, no Leme, e casos de receptação. Com endereços no Espírito Santo e
em Macaé, no Norte Fluminense, Jesser já foi preso duas vezes, mas foi posto em
liberdade dois dias depois, segundo apurou o g1.
Fonte: O Cafezinho/Agencia Estado/DCM/Terra/g1
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