Orcrim bolsonarista: 'Tem que perguntar pra
quem ficou com as joias', diz Michelle sobre indiciamento pela PF
A ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro evitou, neste sábado, 6, comentar o indiciamento pela
Polícia Federal de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), e outros 11 aliados no caso
das joias sauditas. Ao ser questionada pelo Estadão após o fim da CPAC Brasil,
respondeu: "Que joias? Você tem que perguntar para quem ficou com as
joias. Eu não sei de nada", disse ela.
Michelle deixou o
local sem dar outros esclarecimentos. Um grupo de apoiadores hostilizou o
repórter com vaias e reclamando da abordagem.
O ex-presidente também
foi questionado e preferiu desconversar: "Indiciamento da PF? Eu falo ao
vivo com a TV Globo", respondeu Bolsonaro. Ele discursou duas vezes ao
longo do dia, mas evitou o assunto, dizendo apenas que a imprensa não iria desgastá-lo.
Nas falas, ex-chefe do Executio se limitou a dizer que está disponível para uma
sabatina de duas horas na televisão para responder sobre qualquer assunto. No
segundo pronunciamento afirmou que, apesar de ser alvo da PF, "não vai
recuar".
A PF indiciou
Bolsonaro na quinta-feira, 4, pelos supostos crimes de peculato, associação
criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. O relatório foi
enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que
agora pedirá à Procuradoria-Geral da República (PGR) para se manifestar sobre
as conclusões da PF. Caberá à PGR decidir se apresenta uma denúncia contra
Bolsonaro e outros 11 aliados também indiciados.
Segundo o relatório
policial, o ex-presidente e seus correligionários 'atuaram para desviar
presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente para
posteriormente serem vendidos no exterior'.
·
Bolsonaro chora em
evento de extrema direita
O ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) pode ser preso a qualquer momento. Ele teve o seu indiciamento
pedido pela Polícia Federal (PF) à Procuradoria-Geral da República nesta semana
por dois crimes: o desvio de joias pertencentes à União e a falsificação do seu
cartão de vacinas.
Abalado e com medo, o
ex-presidente não se aguentou e chorou neste sábado (6), diante da plateia da
5ª edição da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário
Camboriú (SC).
·
Discurso e ciúmes
O choro de Bolsonaro
veio logo após discurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). A
proximidade com o deputado ainda causou reação de ciúmes do vereador Carlos
Bolsonaro (PL). Ao ver uma foto do pai no Instagram uma foto no Instagram de
sua filhinha Aurora, de meses, no colo de Jair Bolsonaro, junto com o
parlamentar, sua esposa, Lívia Orletti, e a ex-primeira-dama, Michelle, Carluxo
reagiu: “Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não! De qualquer
forma, parabéns sempre, grande Nikolas”, ironizou.
¨ Confusão entre Carlos Bolsonaro, seu pai e Nikolas sacode as
redes
O ninho da extrema
direita está em clima de treta generalizada. Ao que parece, foi um rompante de
ciúmes de Carlos Bolsonaro, o filho 02 do ex-presidente indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de
furtar joias do acervo da Presidência da República para vendê-las no exterior, que deu origem à confusão.
Tudo começou quando o
deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou uma foto no Instagram de sua
filhinha Aurora, de meses, no colo de Jair Bolsonaro, junto com o próprio
parlamentar, sua esposa, Lívia Orletti, e a mulher do antigo ocupante do
Palácio do Planalto, Michelle. Em síntese, os dois casais e a bebê, numa imagem
recheada de muitos sorrisos.
Carluxo, no entanto,
não teria gostado muito do retrato e disparou para cima do próprio genitor e
chefe do clã. “Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não! De
qualquer forma, parabéns sempre, grande Nikolas”, ironizou o menos ponderado da
prole que conduz a extrema direita brasileira. O comentário furioso, eivado de
dor de cotovelo e desconcertante, inclusive para Nikolas Ferreira, já tinha
quase 700 reações no fim da tarde deste sábado (6).
Para quem não lembra,
Carlos tem uma filha chamada Júlia, de um ano e meio, fruto de uma tal relação
com a ex-diretora executiva do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
Martha Seillier, cuja gestação foi cercada de mistérios e longe da imprensa,
nos EUA, onde ela reside e onde teria rolado o affair com Carluxo. A julgar
pelo comentário e as circunstâncias, o filho 02 de Bolsonaro está bastante
chateado com o pai por ele não se expor publicamente com a neta.
¨ Michelle Bolsonaro reage à reclamação de Carlos Bolsonaro: 'Que
Deus nos livre da inveja'
Depois de o vereador
do Rio Carlos Bolsonaro (PL) reclamar do próprio pai em rede social, a
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) reagiu. Neste sábado, 6, Carlos havia
incluído um comentário abaixo de foto publicada pelo deputado Nikolas Ferreira
(PL-MG) no Instagram. A imagem exibe o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com
Aurora, filha de Nikolas, no colo. "Legal o cara fazer isso com sua filha
e com a minha não", disse Carlos.
Horas depois da
publicação do filho "02? de Bolsonaro, Michelle escreveu "que Deus
livre e guarde Aurora de toda inveja e maldade". Mais cedo, o próprio
Carlos quis dar visibilidade a crítica feita e republicou o comentário feito na
rede social X (ex-Twitter).
Mais cedo, Carlos
publicara mais uma reclamação em sua rede social, mas sem dar maiores indícios
sobre a quem estaria se referindo. "As coisas estão cada dia mais
estranhas. Quanto mais inútil ou prejudicial você for mais apoio você recebe.
Eu vou é tirando meu cavalo da chuva e me recolhendo à minha
insignificância", escreveu.
Michelle e Carlos têm
um grande histórico de indiretas trocadas. Depois de o presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva vencer a eleição presidencial contra Bolsonaro,
Michelle e o seu marido deixaram de se seguir no Instagram — Carlos é conhecido
por gerir as redes sociais do próprio pai.
O incidente levou a
Michelle ter que desmentir que houve uma desunião entre ela e Bolsonaro.
¨ Carlos Bolsonaro, que reclama do pai, já demitiu ministros; veja
as crises em que ele se meteu
Quando Jair Bolsonaro
estava na presidência da República, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL)
protagonizou múltiplos incidentes de fogo amigo. O último caso ocorreu neste
sábado, 6. O vereador reclamou que o pai posou com a filha do deputado federal Nikolas
Ferreira (PL-MG) e não com a filha dele.
As ofensivas de Carlos
contra seus aliados políticos do pai causaram a demissão de ministros. Ele
também já fez críticas ao próprio partido pelo qual é filiado e a integrantes
da sigla.
Durante o governo, o
vereador do Rio era conhecido por planejar a estratégia de comunicação de
Bolsonaro. Ele defendia que o ex-presidente deveria partir para o
enfrentamento, em oposição ao que pensava o filho "01?, o senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ), de estilo mais conciliador. Carlos também ficou conhecido
por administrar as redes sociais de Bolsonaro.
<<<< Relembre
alguns episódios protagonizados pelo filho "02? de Bolsonaro:
¬¬¬¬ Filho de
Bolsonaro quebra protocolo e desfila com o pai no Rolls-Royce
Carlos Bolsonaro
participou de cerimônia de posse do presidente e desfilou sentado no banco de
trás do Rolls-Royce presidencial, ao lado de Michelle Bolsonaro, como se
fizesse a "segurança" do pai.
Meses antes, Jair
Bolsonaro foi alvo de um esfaqueamento feito por Adélio Bispo durante comício
em Juiz de Fora (MG).
¬¬¬¬ 'Fui demitido
pelo Carlos Bolsonaro', disse Bebianno após exoneração
Demitido com poucos
dias de governo, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo
Bebianno, disse que Carlos "inflamou a cabeça do pai" e foi o
responsável por sua demissão do governo. "Eu fui demitido pelo Carlos
Bolsonaro", afirmou.
O ex-ministro ainda
acrescentou ter certeza de que Bolsonaro decidiu pela demissão "com uma
dose grande de sofrimento". "Eu sempre vi nos olhos dele um grande
carinho por mim", contou.
A relação de Bebianno
e Carlos era conflituosa desde a pré-campanha eleitoral. "Carlos tem
ciúmes do pai, mas não resolvia nada na campanha. Tudo sobrava pra mim. Eu era
faz-tudo do capitão, que me chamava de para-raio", disse Bebianno, em entrevista
ao Estadão realizada em março de 2020, quatro dias antes de morrer.
¬¬¬¬ Governo demitiu
Santos Cruz, alvo de ataques de Carlos Bolsonaro
Em junho de 2019, o
governo demitiu o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos
Alberto dos Santos Cruz, primeiro ministro militar a cair. Ele era alvo de
ataques de Carlos Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro fez
várias críticas à comunicação do governo e pressionava pela retirada de Santos
Cruz. A própria comunicação continuou a ser criticada pelo vereador.
Seis meses depois, o
próprio Carlos disse que a comunicação do governo era uma "bela de uma
porcaria".
¬¬¬¬ Porta-voz de
Bolsonaro foi demitido após isolamento e críticas de Carlos Bolsonaro
Isolado há meses, o
general Otávio Rêgo Barros foi desligado da Presidência da República pelo
governo Bolsonaro, em agosto de 2020. Ele estava vinculado ao Ministério da
Secretaria de Governo e possuía uma equipe formada por cinco servidores.
No ano passado, o
porta-voz passou a ser alvo de críticas de Carlos por organizar cafés da manhã
com jornalistas periodicamente. Na visão do filho do ex-presidente, os
encontros serviam para prejudicar o pai.
¬¬¬¬ Carlos Bolsonaro
criticou Mourão, vice de Bolsonaro: 'Sempre disse que era um bosta'
Coube ao
ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) fazer o último discurso da
gestão Bolsonaro, já que o ex-presidente foi para os Estados Unidos nos últimos
dias de 2022. Carlos Bolsonaro não gostou nem um pouco discurso conciliador que
Mourão adotou.
"Nenhuma novidade
vinda desse que sempre disse que era um Bosta!", escreveu Carlos na rede
social duas horas depois do discurso.
Na fala de
aproximadamente cinco minutos de duração, Mourão pediu que bolsonaristas lutem
"pela preservação da democracia" e que voltem "à
normalidade" e, sem mencionar nomes, destacou o "silêncio" de
"lideranças", que afetou a imagem das Forças Armadas.
¨ Flávio Bolsonaro acessou cofre que mantinha com o irmão Carlos
antes de pagar dois imóveis
Segundo um relatório
elaborado pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do
MP-RJ, o senador Flávio Bolsonaro (PL) mantinha um cofre com o seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PL), em uma agência bancária do Banco do Brasil (BB), no Rio
de Janeiro.
O relatório foi
elaborado no âmbito da investigação do esquema de rachadinha no
gabinete de Carlos. Segundo a coluna de Juliana Dal Piva, no ICL Notícias,
publicada neste sábado (6), Flávio acessou o cofre um dia antes de pagar R$ 638
mil em dinheiro vivo na aquisição de dois apartamentos em 2012.
Na reportagem, feita
em parceria com Igor Melo, a jornalista revela que os dados foram descobertos a
partir de um cruzamento de informações das investigações que apuram peculato,
lavagem de dinheiro e organização criminosa dentro do gabinete do vereador e
também de todas as informações levantadas no procedimento que apurou os mesmos
crimes no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa
do Rio).
Nem mesmo os
promotores que conduziram as investigações do esquema de rachadinha no MP-RJ
sabiam da existência de um cofre em nome de Flávio Bolsonaro. A investigação
acreditava que o fluxo de dinheiro vivo no esquema era feito exclusivamente
pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, pivô do escândalo no gabinete de Flávio. O senador, porém,
admitiu que guardou em casa cerca de R$ 30 mil.
¬¬¬ O
outro lado
Nota do
senador Flávio Bolsonaro
“Mantive
um cofre no Banco do Brasil por razões de segurança. Durante algum tempo, ele
guardou itens pessoais e, posteriormente, deixou de ser necessário. Os
pagamentos mencionados pela repórter não têm qualquer ligação com o cofre e
estão registrados no cartório de imóveis”.
Fonte: Agencia Estado/Fórum
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