segunda-feira, 8 de julho de 2024

Orcrim bolsonarista: 'Tem que perguntar pra quem ficou com as joias', diz Michelle sobre indiciamento pela PF

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro evitou, neste sábado, 6, comentar o indiciamento pela Polícia Federal de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), e outros 11 aliados no caso das joias sauditas. Ao ser questionada pelo Estadão após o fim da CPAC Brasil, respondeu: "Que joias? Você tem que perguntar para quem ficou com as joias. Eu não sei de nada", disse ela.

Michelle deixou o local sem dar outros esclarecimentos. Um grupo de apoiadores hostilizou o repórter com vaias e reclamando da abordagem.

O ex-presidente também foi questionado e preferiu desconversar: "Indiciamento da PF? Eu falo ao vivo com a TV Globo", respondeu Bolsonaro. Ele discursou duas vezes ao longo do dia, mas evitou o assunto, dizendo apenas que a imprensa não iria desgastá-lo. Nas falas, ex-chefe do Executio se limitou a dizer que está disponível para uma sabatina de duas horas na televisão para responder sobre qualquer assunto. No segundo pronunciamento afirmou que, apesar de ser alvo da PF, "não vai recuar".

A PF indiciou Bolsonaro na quinta-feira, 4, pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que agora pedirá à Procuradoria-Geral da República (PGR) para se manifestar sobre as conclusões da PF. Caberá à PGR decidir se apresenta uma denúncia contra Bolsonaro e outros 11 aliados também indiciados.

Segundo o relatório policial, o ex-presidente e seus correligionários 'atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente para posteriormente serem vendidos no exterior'.

·        Bolsonaro chora em evento de extrema direita

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser preso a qualquer momento. Ele teve o seu indiciamento pedido pela Polícia Federal (PF) à Procuradoria-Geral da República nesta semana por dois crimes: o desvio de joias pertencentes à União e a falsificação do seu cartão de vacinas.

Abalado e com medo, o ex-presidente não se aguentou e chorou neste sábado (6), diante da plateia da 5ª edição da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário Camboriú (SC).

·        Discurso e ciúmes

O choro de Bolsonaro veio logo após discurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). A proximidade com o deputado ainda causou reação de ciúmes do vereador Carlos Bolsonaro (PL). Ao ver uma foto do pai no Instagram uma foto no Instagram de sua filhinha Aurora, de meses, no colo de Jair Bolsonaro, junto com o parlamentar, sua esposa, Lívia Orletti, e a ex-primeira-dama, Michelle, Carluxo reagiu: “Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não! De qualquer forma, parabéns sempre, grande Nikolas”, ironizou.

¨      Confusão entre Carlos Bolsonaro, seu pai e Nikolas sacode as redes

O ninho da extrema direita está em clima de treta generalizada. Ao que parece, foi um rompante de ciúmes de Carlos Bolsonaro, o filho 02 do ex-presidente indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de furtar joias do acervo da Presidência da República para vendê-las no exterior, que deu origem à confusão.

Tudo começou quando o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou uma foto no Instagram de sua filhinha Aurora, de meses, no colo de Jair Bolsonaro, junto com o próprio parlamentar, sua esposa, Lívia Orletti, e a mulher do antigo ocupante do Palácio do Planalto, Michelle. Em síntese, os dois casais e a bebê, numa imagem recheada de muitos sorrisos.

Carluxo, no entanto, não teria gostado muito do retrato e disparou para cima do próprio genitor e chefe do clã. “Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não! De qualquer forma, parabéns sempre, grande Nikolas”, ironizou o menos ponderado da prole que conduz a extrema direita brasileira. O comentário furioso, eivado de dor de cotovelo e desconcertante, inclusive para Nikolas Ferreira, já tinha quase 700 reações no fim da tarde deste sábado (6).

Para quem não lembra, Carlos tem uma filha chamada Júlia, de um ano e meio, fruto de uma tal relação com a ex-diretora executiva do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Martha Seillier, cuja gestação foi cercada de mistérios e longe da imprensa, nos EUA, onde ela reside e onde teria rolado o affair com Carluxo. A julgar pelo comentário e as circunstâncias, o filho 02 de Bolsonaro está bastante chateado com o pai por ele não se expor publicamente com a neta.

¨      Michelle Bolsonaro reage à reclamação de Carlos Bolsonaro: 'Que Deus nos livre da inveja'

Depois de o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) reclamar do próprio pai em rede social, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) reagiu. Neste sábado, 6, Carlos havia incluído um comentário abaixo de foto publicada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) no Instagram. A imagem exibe o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com Aurora, filha de Nikolas, no colo. "Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não", disse Carlos.

Horas depois da publicação do filho "02? de Bolsonaro, Michelle escreveu "que Deus livre e guarde Aurora de toda inveja e maldade". Mais cedo, o próprio Carlos quis dar visibilidade a crítica feita e republicou o comentário feito na rede social X (ex-Twitter).

Mais cedo, Carlos publicara mais uma reclamação em sua rede social, mas sem dar maiores indícios sobre a quem estaria se referindo. "As coisas estão cada dia mais estranhas. Quanto mais inútil ou prejudicial você for mais apoio você recebe. Eu vou é tirando meu cavalo da chuva e me recolhendo à minha insignificância", escreveu.

Michelle e Carlos têm um grande histórico de indiretas trocadas. Depois de o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva vencer a eleição presidencial contra Bolsonaro, Michelle e o seu marido deixaram de se seguir no Instagram — Carlos é conhecido por gerir as redes sociais do próprio pai.

O incidente levou a Michelle ter que desmentir que houve uma desunião entre ela e Bolsonaro.

¨      Carlos Bolsonaro, que reclama do pai, já demitiu ministros; veja as crises em que ele se meteu

Quando Jair Bolsonaro estava na presidência da República, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) protagonizou múltiplos incidentes de fogo amigo. O último caso ocorreu neste sábado, 6. O vereador reclamou que o pai posou com a filha do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e não com a filha dele.

As ofensivas de Carlos contra seus aliados políticos do pai causaram a demissão de ministros. Ele também já fez críticas ao próprio partido pelo qual é filiado e a integrantes da sigla.

Durante o governo, o vereador do Rio era conhecido por planejar a estratégia de comunicação de Bolsonaro. Ele defendia que o ex-presidente deveria partir para o enfrentamento, em oposição ao que pensava o filho "01?, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de estilo mais conciliador. Carlos também ficou conhecido por administrar as redes sociais de Bolsonaro.

<<<< Relembre alguns episódios protagonizados pelo filho "02? de Bolsonaro:

¬¬¬¬ Filho de Bolsonaro quebra protocolo e desfila com o pai no Rolls-Royce

Carlos Bolsonaro participou de cerimônia de posse do presidente e desfilou sentado no banco de trás do Rolls-Royce presidencial, ao lado de Michelle Bolsonaro, como se fizesse a "segurança" do pai.

Meses antes, Jair Bolsonaro foi alvo de um esfaqueamento feito por Adélio Bispo durante comício em Juiz de Fora (MG).

¬¬¬¬ 'Fui demitido pelo Carlos Bolsonaro', disse Bebianno após exoneração

Demitido com poucos dias de governo, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, disse que Carlos "inflamou a cabeça do pai" e foi o responsável por sua demissão do governo. "Eu fui demitido pelo Carlos Bolsonaro", afirmou.

O ex-ministro ainda acrescentou ter certeza de que Bolsonaro decidiu pela demissão "com uma dose grande de sofrimento". "Eu sempre vi nos olhos dele um grande carinho por mim", contou.

A relação de Bebianno e Carlos era conflituosa desde a pré-campanha eleitoral. "Carlos tem ciúmes do pai, mas não resolvia nada na campanha. Tudo sobrava pra mim. Eu era faz-tudo do capitão, que me chamava de para-raio", disse Bebianno, em entrevista ao Estadão realizada em março de 2020, quatro dias antes de morrer.

¬¬¬¬ Governo demitiu Santos Cruz, alvo de ataques de Carlos Bolsonaro

Em junho de 2019, o governo demitiu o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, primeiro ministro militar a cair. Ele era alvo de ataques de Carlos Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro fez várias críticas à comunicação do governo e pressionava pela retirada de Santos Cruz. A própria comunicação continuou a ser criticada pelo vereador.

Seis meses depois, o próprio Carlos disse que a comunicação do governo era uma "bela de uma porcaria".

¬¬¬¬ Porta-voz de Bolsonaro foi demitido após isolamento e críticas de Carlos Bolsonaro

Isolado há meses, o general Otávio Rêgo Barros foi desligado da Presidência da República pelo governo Bolsonaro, em agosto de 2020. Ele estava vinculado ao Ministério da Secretaria de Governo e possuía uma equipe formada por cinco servidores.

No ano passado, o porta-voz passou a ser alvo de críticas de Carlos por organizar cafés da manhã com jornalistas periodicamente. Na visão do filho do ex-presidente, os encontros serviam para prejudicar o pai.

¬¬¬¬ Carlos Bolsonaro criticou Mourão, vice de Bolsonaro: 'Sempre disse que era um bosta'

Coube ao ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) fazer o último discurso da gestão Bolsonaro, já que o ex-presidente foi para os Estados Unidos nos últimos dias de 2022. Carlos Bolsonaro não gostou nem um pouco discurso conciliador que Mourão adotou.

"Nenhuma novidade vinda desse que sempre disse que era um Bosta!", escreveu Carlos na rede social duas horas depois do discurso.

Na fala de aproximadamente cinco minutos de duração, Mourão pediu que bolsonaristas lutem "pela preservação da democracia" e que voltem "à normalidade" e, sem mencionar nomes, destacou o "silêncio" de "lideranças", que afetou a imagem das Forças Armadas.

¨      Flávio Bolsonaro acessou cofre que mantinha com o irmão Carlos antes de pagar dois imóveis

Segundo um relatório elaborado pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do MP-RJ, o senador Flávio Bolsonaro (PL) mantinha um cofre com o seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PL), em uma agência bancária do Banco do Brasil (BB), no Rio de Janeiro.

O relatório foi elaborado no âmbito da investigação do esquema de rachadinha no gabinete de Carlos. Segundo a coluna de Juliana Dal Piva, no ICL Notícias, publicada neste sábado (6), Flávio acessou o cofre um dia antes de pagar R$ 638 mil em dinheiro vivo na aquisição de dois apartamentos em 2012.

Na reportagem, feita em parceria com Igor Melo, a jornalista revela que os dados foram descobertos a partir de um cruzamento de informações das investigações que apuram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa dentro do gabinete do vereador e também de todas as informações levantadas no procedimento que apurou os mesmos crimes no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Nem mesmo os promotores que conduziram as investigações do esquema de rachadinha no MP-RJ sabiam da existência de um cofre em nome de Flávio Bolsonaro. A investigação acreditava que o fluxo de dinheiro vivo no esquema era feito exclusivamente pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, pivô do escândalo no gabinete de Flávio. O senador, porém, admitiu que guardou em casa cerca de R$ 30 mil.

¬¬¬ O outro lado

Nota do senador Flávio Bolsonaro

“Mantive um cofre no Banco do Brasil por razões de segurança. Durante algum tempo, ele guardou itens pessoais e, posteriormente, deixou de ser necessário. Os pagamentos mencionados pela repórter não têm qualquer ligação com o cofre e estão registrados no cartório de imóveis”.

 

Fonte: Agencia Estado/Fórum

 

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