Ministro do Trabalho nega dificuldade do
governo de entender motoristas de aplicativos
O ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho, diz não considerar como uma derrota do governo a
retirada da urgência do projeto de lei (PL) que regulamenta o trabalho dos motoristas de
aplicativo, em tramitação na Câmara dos Deputados.
Em entrevista à BBC
News Brasil, Marinho minimizou as críticas de parlamentares e dos
próprios motoristas ao PL, cujo
texto foi elaborado a partir do trabalho de uma comissão tripartite, formada
por governo, empresas e representantes dos trabalhadores.
Entre os pontos
polêmicos do projeto estão a limitação da jornada de trabalho a 12 horas, o
piso de R$ 32,10 para a hora rodada e a contribuição
previdenciária de 7,5% a ser paga pelos motoristas.
Insatisfeitos,
motoristas chegaram a organizar protestos contra o PL, que também tem sido alvo
de críticas de motoristas candidatos a vereadores nas eleições municipais deste
ano.
"Não tem
resistência dos motoristas [ao projeto]. Precisa saber ler o que está
acontecendo no país", diz Marinho, que já foi presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC, prefeito de São Bernardo do Campo (SP) pelo PT e ministro
do Trabalho e Emprego e da Previdência Social em gestões petistas anteriores.
"Tem narrativas
dos influencers, que não estão debatendo conteúdo, só vão para fazer vídeo e
lacração, assim como uma parte do parlamento. Se não entendermos isso, a gente
fica prisioneiro de falsas narrativas", afirma o ministro.
Marinho nega que haja
dificuldade de um governo oriundo do sindicalismo de entender os anseios
de novas categorias de trabalhadores, como os trabalhadores de aplicativos.
"Não tem
dificuldade nenhuma. Tem a dificuldade dessas narrativas falsas dentro da
sociedade."
À BBC, Marinho falou
sobre a expectativa para a tramitação do PL na Câmara no segundo semestre.
Também comentou o
aniversário de um ano da Lei da Equidade Salarial entre
homens e mulheres e a resistência de mais de 400 empresas e duas confederações
patronais (CNI e CNC, respectivamente da indústria e do comércio e serviços)
que entraram com ações na Justiça contra pontos da lei.
O ministro antecipou
ainda que a portaria que regulamenta o funcionamento do comércio aos domingos e
feriados, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, poderá ser adiada por
uma quarta vez.
O texto foi publicado
originalmente em novembro de 2023, estabelecendo que o funcionamento do setor
nesses dias precisaria de autorização negociada por meio de convenção coletiva
entre categoria e empregadores.
Mas, diante da reação
negativa de congressistas e empresas, a portaria foi suspensa e sua entrada em
vigor, sucessivamente adiada.
Marinho nega, no
entanto, que os sucessivos adiamentos criem incerteza para os empresários.
"Falar que
funciona aos domingos, a partir de um contrato, de uma negociação, prejudica no
quê? Absolutamente nada. O comércio está funcionando."
<><> Confira
abaixo os principais trechos da entrevista.
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Em abril, foi retirada
a urgência do PL dos motoristas, no que foi considerada uma derrota para o
governo e para o senhor, que defendia a manutenção da urgência. O projeto foi
criticado por parlamentares e chegou a sofrer protestos dos próprios
trabalhadores que a lei pretende proteger. Na visão do senhor, onde o governo
falhou nesse projeto de lei?
Luiz
Marinho - Primeiro que não tem derrota em
tirar urgência. Urgência é um processo que foi importante para provocar os
debates. Não tivesse urgência, esse projeto estaria engavetado em algum lugar.
Então a retirada da
urgência foi negociada com a presidência da Casa, com as lideranças da Casa, em
um procedimento de tramitação, que está tramitando.
Então, isso não tem
que ser visto dessa maneira [como uma derrota do governo].
Ocorre que a reforma tributária, no
fechamento do primeiro semestre, antes do recesso, acabou também influenciando
para que ele ficasse para o segundo semestre.
Portanto, ele volta à
pauta, assim que houver a retomada do recesso, já está pronto para votar na
Comissão de Indústria e Comércio [da Câmara]. Portanto, a tramitação foi tudo
conforme deve ser no parlamento.
·
Mas como o senhor vê
essa resistência dos próprios motoristas de aplicativos?
Marinho - Não tem resistência dos próprios motoristas. Precisa
saber ler o que está acontecendo no país.
Tem narrativas e
narrativas. Tem narrativas dos influencers, que não estão debatendo conteúdo,
só vão para fazer vídeo e lacração, assim como uma parte do parlamento.
Se não entendermos
isso, a gente fica prisioneiro de falsas narrativas.
Na medida em que o
conjunto de motoristas do Brasil tomou conhecimento do que diz o conteúdo dos
debates, a partir das audiências…
O próprio relator, o
deputado Augusto Coutinho [Republicanos-PE], fez várias audiências espalhadas
pelo Brasil, e se você falar com ele hoje, ele tem uma consciência
completamente diferente de quando começou o debate, que parecia que era uma
unanimidade contra o projeto e não é disso que se trata.
Quem está discutindo o
conteúdo vê propriedades importantes no projeto, na iniciativa de trazer
proteção aos motoristas e enquadramento das empresas. É disso que se trata.
É outra coisa
completamente diferente do que as narrativas das fake news, da tropa da
desconstrução da verdade, que sempre tem uma narrativa de que o mundo vai
acabar em breve. Então acho que é importante ter essa compreensão.
·
Há uma dificuldade de
um governo que vem do sindicalismo e do movimento trabalhista mais tradicional
de entender os anseios dessas novas categorias de trabalhadores?
Marinho - Não tem dificuldade nenhuma. Tem a dificuldade dessas
narrativas falsas dentro da sociedade.
Os motoristas pediram
proteção ao presidente Lula quando candidato. Pediram proteção com autonomia. E
é isso que o projeto traz.
Então não tem
dificuldade nenhuma de compreensão por parte do governo. Essa é uma narrativa
falsa também, que a grande mídia insiste em fazer.
·
Então o cronograma do
PL agora, pelo que o senhor falou, é que ele volte à pauta no segundo semestre,
é isso?
Marinho - Ele está pautado para o início do segundo semestre na
Comissão de Indústria e Comércio. Deverá ser votado e aprovado.
A partir daí, [vamos]
discutir com o presidente da Casa, se segue o trâmite normal de ir para a
Comissão de Trabalho e depois a de Constituição, ou se é chamado para o
Plenário, a depender da discussão com as lideranças.
Ou seja, é o momento
do parlamento. O Executivo fez o que tinha que fazer.
Segundo, não é um
projeto do governo. É um projeto construído a muitas mãos com participação dos
empresários e trabalhadores.
E neste momento com a
participação do parlamento, que vai fazer algumas mudanças para lá e para cá,
negociadas ali com as partes, com trabalhadores, com empresários.
Enfim, aperfeiçoando o
projeto como todos os projetos. Não tem novidade nisso aqui.
·
A Lei da Equidade
Salarial completou um ano neste mês de julho, e mais de 400 empresas seguem com
ações judiciais para não cumprir a exigência de apresentarem relatórios com os
dados de remuneração de seus funcionários. Como o governo avalia essa resistência
das empresas em cumprir a lei?
Marinho - São 415 empresas, de 52 mil. Ou seja, é residual.
Eu prefiro valorizar o
que é macro do que o que é micro num debate como esse.
Ficar valorizando 415
empresas, empresários com cabeça arcaica – sei lá qual cabeça que têm –, frente
a mais de 50 mil empresários?
Inclusive há 16,5 mil
empresas que não têm obrigação de apresentar o relatório, que é o caso de
empresas com menos de 100 empregados, que fizeram questão de apresentar.
Eu prefiro valorizar o
lado bom do que ficar insistindo com o atraso, do atraso, do atraso.
·
Para além dessa
questão das empresas que estão com ações na Justiça, o senhor avalia que a lei
é suficiente para garantir a equidade salarial ou é preciso mais? O ministério
está trabalhando em ações adicionais para além da lei?
Marinho - Veja, o que a lei traz é as empresas organizarem seus
relatórios. E são elas mesmas que fazem o relatório.
Portanto, ela própria
constata que tem eventualmente alguma inconsistência no cumprimento da lei e
ela tem o prazo para apresentar seu plano [para se adequar]. Ou seja, é muito
democrático.
Eu considero uma lei
altamente vitoriosa, na medida que a grande maioria fez adesão sem
absolutamente nenhuma resistência.
A resistência de 415
empresas, como eu disse, é residual perto do montante de empresas que
apresentaram seus relatórios.
Vai sair o segundo
relatório agora em setembro, portanto tem uma evolução.
No primeiro relatório,
49.586 empresas entregaram. No segundo, deve chegar a 52 mil, 53 mil empresas,
ficando aí só esse residual de fora, e isso vai se discutindo.
Tem as ações da CNI e
CNC [Confederação Nacional da Indústria e Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo, que em março entraram com uma ação no STF contra
trechos da lei], que eu chamei de novo: 'Vem cá, deixa eu entender quais são as
dúvidas de vocês'.
Vamos conversar, tenho
certeza de que isso vai se resolvendo com o tempo.
Segunda-feira [15/7]
fizemos um debate importante em São Paulo com grupos importantes de empresas,
no sentido de que elas assumam protagonismo nesse debate.
Para apresentar as
vantagens que as empresas têm de dar transparência, ter políticas que, de fato,
busquem eliminar de uma vez por todas qualquer preconceito contra a presença da
mulher no mercado de trabalho e a possibilidade de ascensão das mulheres nesse
mercado de trabalho, inclusive em posição de comando das empresas, do corpo
gerencial.
Quanto mais saudável o
ambiente no mercado de trabalho, melhor para as profissionais, para os
profissionais e melhor para a empresa.
·
O governo adiou para
agosto a portaria que limita o trabalho nos feriados. Foi a terceira vez que a portaria
foi adiada, diante da resistência de parlamentares e empresários. E o senhor
declarou recentemente que "a validade da medida depende do entendimento
das centrais com o parlamento". O que isso significa na prática: a
portaria vai valer a partir de agosto ou pode ser novamente adiada?
Marinho - Pode ser adiada, na medida em que ainda não se
consolidou a exaustão do processo de diálogo. O que nós estamos privilegiando
são as soluções a partir do diálogo.
Falei isso no primeiro
dia que eu assumi aqui. Vamos estimular que as partes se entendam.
Que cheguem num
processo de entendimento para que a gente possa validar, transformar em normas,
enfim, para ter segurança jurídica para todo mundo.
Não queremos confusão
nem com o Judiciário, nem com o parlamento, nem com o empresário, nem com os
trabalhadores.
Agora, isso depende de
muita conversa, muita negociação.
Se as partes pedem:
"Olha, queremos mais prazo", vai ter o prazo que as partes
necessitarem para consolidar esse diálogo.
·
O senhor não acha que
esse tipo de incerteza prejudica a atividade econômica? Não é problemático para
o empresário brasileiro ter que se planejar, ter que decidir se contrata ou
não, quando ele não sabe que lei vai estar valendo no próximo mês?
Marinho - Primeiro que não atrapalha absolutamente nada, a
atividade está funcionando normalmente.
Falar que funciona aos
domingos, a partir de um contrato, de uma negociação, prejudica no quê?
Absolutamente nada. O comércio está funcionando.
A única coisa é a
seguinte: vai funcionar, mas precisa da convenção coletiva.
No que atrapalha isso?
Absolutamente nada. A não ser que fosse diferente, mas não é.
Nem tem um sindicato
que fala assim: "Nós queremos proibir funcionamento ao domingo."
Os sindicatos estão
dizendo: nós queremos ter um contrato, uma convenção combinada de quais as
condições de funcionamento aos domingos, só isso.
A não ser que alguém
tenha medo de conversar, [o que] seria inconcebível.
·
Há um movimento
crescente entre trabalhadores dos setores de varejo e serviços contrário à
jornada de trabalho 6 por 1. O governo está acompanhando essa movimentação?
Planeja alguma resposta em termos de políticas públicas?
Marinho - Claro que estamos acompanhando. Isso tem que ser parte
das negociações, da convenção coletiva.
Não tem problema que
os trabalhadores se movimentem. Aliás, é importante que se movimentem. O
processo de reivindicação é fundamental para provocar negociação, provocar
entendimento.
Os empresários não
podem achar ruim que trabalhadores reivindiquem, queiram discutir, queiram
negociar.
O que os empresários
desejam é que a atividade econômica não se interrompa.
Agora, com que tipo de
contrato coletivo? Com qual jornada? Isso tudo é passível de negociação.
·
Mas acabar com a
escala 6 por 1, como estão querendo esses trabalhadores, não está então na mira
do governo nesse momento, certo?
Marinho - Veja, depende da negociação. O governo estimula a negociação.
Tem uma jornada
máxima. É possível reduzir a jornada máxima? É possível reduzir a jornada
máxima.
Os trabalhadores têm
direito e é legítimo reivindicar que reduza a jornada? Sim, têm direito e é
legítimo.
Onde é o palco desse
debate? Congresso Nacional.
Então, não é o
governo, é o Congresso Nacional que pode analisar os projetos – que tem tantos
lá tramitando no Congresso – de reduzir a jornada de trabalho máxima.
Na jornada máxima,
qual é o turno de jornada? Isso é passível de convenção coletiva.
Não tem absolutamente
nenhum problema com isso. Nós temos que estimular que as partes conversem.
Agora, isso não deve
ser uma organização autônoma. Elas necessitam passar pelas organizações dos
sindicatos, que são legítimos negociadores desse contrato de convenção
coletiva.
Então, é isso que
precisa ser compreendido para que as partes sentem e negociem.
·
Esse ano voltou ao
debate a discussão sobre uma possível desvinculação dos benefícios
previdenciários com relação ao salário mínimo. A ministra Simone Tebet já
descartou essa possibilidade neste governo, mas disse que a pasta dela estuda a
"modernização" de benefícios como BPC [Benefício de Prestação
Continuada, salário mínimo pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa
renda], abono salarial e seguro-desemprego. O senhor tem conhecimento do que
está sendo planejado pelo governo nessa seara?
Marinho - Todas as vezes que se tem problemas, tentam tirar das
costas dos trabalhadores o resultado, infelizmente.
A grande mídia sempre
força isso. Qualquer fala do presidente em proteção ao trabalhador mais fraco é
recebida com "Como assim??"
Eu não vejo a grande
mídia falar que o Banco Central precisa abaixar os juros. Que é daqui que tem que tirar.
O segundo juro mais
alto do mundo é no Brasil. E beneficia quem? Prejudica quem?
Prejudica o comércio,
prejudica a indústria que quer investir, prejudica as contas públicas, porque
ficam mais caras as contas públicas. É aqui que tem dinheiro sobrando e precisa
tirar.
É discutir que 1% dos
bilionários precisa pagar mais impostos. É aqui que tem dinheiro sobrando.
Não é no
seguro-desemprego, não é no BPC, não é aqui que está sobrando dinheiro. Aqui
está faltando.
·
Sim, mas a ministra
falou que está sendo estudada uma modernização. O que está sendo estudado?
Marinho - Eu não sei o que ela está chamando de modernização.
Evidente que todo governo tem a responsabilidade de evitar fraudes. Se tem
fraude, tem que ser combatida.
Não me consta que
tenha fraude no seguro-desemprego. Não me consta que tenha fraude no abono que
os trabalhadores recebem.
Agora, diminuir essa
conquista, eu sou radicalmente contra.
Fraude tem que ser
combatida. Se tem, tem que ser mostrada. Não me consta.
·
O mercado de trabalho
tem surpreendido positivamente, com desemprego no menor nível em dez anos. No
entanto, o governo amargou meses de queda na popularidade, que só voltou a se
recuperar recentemente nas últimas pesquisas. Na avaliação do senhor, por que
demorou tanto tempo para a melhora da economia e do mercado de trabalho se
refletir na aprovação do governo? Mercado de trabalho aquecido não é mais
garantia de popularidade?
Marinho - Você tem que perguntar para o povo que está avaliando.
Por que você demorou
para avaliar? Por que demorou para enxergar o que está acontecendo? O que está
acontecendo com vocês? Vocês não têm acesso à informação?
Veja, o mercado está
melhorando o nível de empregos. Nós estamos trabalhando e estamos entregando os
resultados. A economia está sólida e segura.
Só que todo dia eu
abro os editoriais dos jornais falando que é o contrário. Então tem uma guerra
de comunicação e de narrativas. É isso que influencia que as pessoas demorem um
pouco mais para enxergar o resultado real na vida delas.
Ela demora mais para
sentir do que quando a notícia sai.
Porque, se fosse
assim, seria outro patamar. Mas, infelizmente, é uma guerra de comunicação no
Brasil todos os dias.
Desde as fake news,
até os entendimentos de torcida da imprensa, da mídia brasileira, que quer que
nós nos comportemos de um jeito.
Nós viemos para fazer
um governo que estamos fazendo. Agora isso demora na percepção para chegar na
vida das pessoas.
E a hora que chega,
começa a mudar, que é o que está melhorando agora a popularidade do governo e
do presidente.
·
Por fim, desde 2016, o
PT vem encolhendo nas representações municipais. Ao mesmo tempo, pela primeira
vez, o partido não vai ser cabeça de chapa aqui na capital paulista. Dado que a
eleição municipal, historicamente, é um termômetro para as eleições presidenciais,
qual deve ser a estratégia do partido esse ano? Pretende concentrar forças em
alguma região específica?
Marinho - Primeiro, sou ministro de Estado. Quem tem que falar
isso é a presidenta Gleisi [Hoffmann], presidenta do partido (PT), os
dirigentes [partidários] e tal.
Veja, agora eu acho
engraçado uma coisa. O PT sempre foi cobrado por não partilhar a cabeça de
chapa com os parceiros. Quando partilha, é criticado também.
Então o que é que nós
devemos fazer? Percebe que há uma contradição nisso?
Veja, nesse momento
histórico, o PT achou por bem botar uma liderança aliada para liderar a nossa
chapa [em São Paulo, onde o PT deve apoiar Guilherme Boulos, do Psol]. Qual o
problema que há nisso? Absolutamente nenhum.
Assim como tem tantas
outras cidades que o PT lidera e os outros partidos são vice ou nem vice são,
só acompanham a chapa de vereança. Enfim, isso é natural da política.
Isso depende da
análise de cada momento. A estratégia do partido [é] de ter menos candidatos
para ter mais condições de eleger mais vereadores, para planejar melhor. Isso
faz parte natural do processo.
Então não tem
absolutamente nenhum problema em relação a isso.
O que houve? 2014,
começou ali a dificuldade da reeleição da presidenta Dilma. 2016, um retrocesso
grande na conquista de prefeituras, de vereança, assim como 2020.
E 2024, acredito eu,
marcará o processo de retomada e crescimento do PT.
O PT cresceu, de
quando fundou, continuamente nas eleições, especialmente de municípios, até
2012, que foi a principal conquista de número de prefeituras e de número de
cadeiras de vereança.
Houve esse retrocesso
desse momento, com mensalão, perseguição ao Lula, prisão, golpe contra a Dilma
– tudo isso é resultado das eleições de 2016 e 2020.
E agora, com a prova
da inocência do presidente Lula e da perseguição que houve, há um processo de
retomada.
Vamos voltar ao que
era em 2012? Não. Mas já é um processo de retomada e de crescimento.
Pode ter certeza: [em
2024,] o PT vai crescer em número de vereança e em número de prefeituras em
todo o Brasil.
Fonte: BBC News Mundo
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