quinta-feira, 4 de julho de 2024

Feira de Santana: Colbert gasta R$ 800 mil com aluguel de banheiros e cadeiras de rodas para o S. João esvaziado

A Prefeitura Municipal de Feira de Santana, centro-norte da Bahia, gastou R$ 800 mil em aluguéis de banheiros químicos e cadeiras de rodas para os festejos juninos nos distritos do município. A denúncia é do vereador Emerson Minho (PP), que levantou suspeita sobre a realização da despesa e cobrou explicações por parte da gestão. Minho argumenta que, analisando-se proporcionalmente, há a possibilidade do Município ter gasto mais verba pública com a contratação dos equipamentos do que no orçamento voltado às apresentações artísticas.

“Fico imaginando onde foram parar estas cadeiras. A verdade é que não tinha gente na festa, mas tinham cadeiras de rodas à vontade”, reiterou.

Ao citar os distritos de Bonfim de Feira e Maria Quitéria (antigo São José) como alguns dos locais beneficiados com os equipamentos alugados, Emerson Minho questionou a regularidade da despesa. Nestes locais, de acordo com ele, os eventos desagradaram quem estava trabalhando na comercialização de produtos.

“Tinha tanto banheiro, mas o que vimos foram comerciantes tendo muitas dificuldades. É que as atrações estavam cantando para o vento”, disse. Inclusive, a pequena parcela de público que participou, como observou o vereador Luiz da Feira (PP), que também questionou. “Em Bonfim de Feira, por exemplo, meus conterrâneos ficaram tristes por não ter uma atração de peso na programação da localidade”, disse.

O parlamentar Silvio Dias (PT) diz que além de não terem colocado artistas que geralmente atraem grande público, faltou investimento da Prefeitura na divulgação da festa junina dos distritos.

“Temos que valorizar os artistas locais. É preciso programar atrações que tenham apelo maior para a população participar. Por falta disto, vimos as pessoas se deslocando para as cidades do entorno, e gerando situações como a que vimos em Bonfim de Feira. O local estava completamente vazio”, finalizou.

•           "Sinal da mudança", diz Felipe Freitas sobre eleições em Feira

O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, aproveitou os festejos do 2 de Julho para avaliar a corrida eleitoral na sua cidade natal, Feira de Santana. Felipe tsmbém destacou a importância da festa como afirmação da identidade baiana.

"Essa é uma festa da liberdade e da igualdade, portanto é uma festa que tem tudo a ver com a agenda dos direitos humanos, tem tudo a ver com a agenda dos direitos sociais, então para nós é sempre uma alegria o encontro da Bahia com a luta pela liberdade no Brasil.

Felipe Freitas comentou as recentes pesquisas que demonstram equilíbrio entre o ex-prefeito José Ronaldo (União Brasil) e o deputado federal Zé Neto (PT). "José Ronaldo nunca teve uma largada tão baixa e Zé Neto nunca teve uma largada tão boa, então acho que isso é o sinal da mudança que vai acontecer na cidade", comentou o secretário.

Felipe também falou sobre os altos índices de rejeição do atul prefeito Colbert Martins (MDB), que atribui ao desgaste do grupo político que governa a cidade desde 2001.

"Colbert é parte de um projeto político, como ele mesmo tem afirmado, que governa a cidade há 24 anos ininterruptamente e o balanço social a cidade tá fazendo, é uma avaliação negativa, com índices de reprovação gigantescos, que é um índice de reprovação aos últimos 24 anos da gestão da cidade e eu acho que isso se expressa na pesquisa", conclui o secretário.

•           Lei de Diretrizes Orçamentárias fica de fora da pauta no retorno das atividades na Câmara Municipal

Após o recesso das festas juninas e do feriado da Independência da Bahia, a Câmara Municipal de Feira de Santana retornou aos trabalhos nesta quarta-feira (3) no Centro de Cultura Amélio Amorim. Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da Câmara, Eremita Mota, comentou sobre os desdobramentos para a sessão do dia. Eremita destacou que o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) solicitado pelo Poder Executivo ainda está em tramitação entre os poderes.

“Fizemos todo o processo normal que a casa e o regimento requer e, na verdade, veio com inconsistência. Essa inconsistência eu tenho a prerrogativa de devolver e o prefeito deve fazer a devida correção baseado na Lei Orgânica que eu tenho que cumprir. Foi devolvido para o prefeito fazer as devidas mudanças no tocante até as emendas impositivas. Provavelmente amanhã, a gente deve estar trazendo para cá”, disse.

Segundo a presidente, na sessão de hoje, estavam previstos alguns projetos de vereadores que serão pautados para, então, entrar em votação. Ela não especificou quais seriam.

O líder do governo na Câmara, José Carneiro Rocha, também estava presente logo nas primeiras horas da manhã. Ele comentou sobre a LDO que foi devolvida ao prefeito.

“A presidente não tem que devolver o projeto, tem que colocar para apreciar, para discutir, para debater e os e os vereadores têm autonomia para decidir se aprova ou não. O governo municipal encaminhou um Projeto de Lei da magnitude da LDO, que tem prazo para ser votado dia 30 de junho, o último dia de sessão ordinária antes do recesso. No entanto, a presidência da câmara, com jeito ditador de agir, infelizmente não colocou em discussão, não colocou a votação”, disse o vereador.

José Carneiro ainda declarou que por muitas vezes a presidente convoca reuniões extraordinárias sem anunciar qual a pauta, o que está errado segundo o regimento.

“Eu quero fazer uma pergunta, como é que se convoca a sessão extraordinária e não diz a pauta? O senhor está perguntando há pouco ali a pauta, quem souber morre, porque a pauta é feita na hora e não pode ter. Segundo o regimento, após o período de recesso que é convocação extraordinária não pode ter outro assunto além da LDO ou então os projetos encaminhados pelo governo na convocação extraordinária. Mas eu aposto até a minha alma que nem a pauta que o prefeito encaminhou será discutida, muito menos a LDO”, declarou.

•           Prefeito assina ordem de serviço para início de obras do Hospital Municipal

O prefeito Colbert Martins da Silva assinou na manhã desta quarta-feira (3), a Ordem de Serviço para o início das obras do Hospital Municipal, que vai funcionar no antigo prédio da Secretaria Municipal de Saúde, na Avenida João Durval Carneiro. O investimento para a construção da unidade hospitalar será de 24 milhões e 600 mil reais. De acordo com o prefeito, o prédio passará por reforma e ampliação e, grande parte da estrutura existente será utilizada.

“Estamos colocando em operação essa ideia e colocando esse projeto em funcionamento. Os recursos são municipais e estamos investigando para que Feira de Santana tenha esse hospital, que é dia, para que nós possamos ter um atendimento tecnológico e bem conduzido. Aqui será uma grande reforma com ampliação e vamos utilizar o máximo possível da estrutura para que a obra seja feita o mais rápido possível”, afirmou.

O Hospital Municipal será para procedimentos eletivos e não será um hospital para emergência. De acordo com Colbert, a unidade terá tecnologia, inclusive com Unidades de Terapia Intensiva (UTI), para a realização de alguns procedimentos que serão feitos sob anestesia ou sob sedação.

“Aqui vão ser utilizados instrumentos de laparoscopia, endoscopia, com tecnologia para que a medicina possa ser utilizada de forma eficiente. vamos ter telemedicina e vamos fazer o máximo dentro da tecnologia que Feita de Santana dispõe. O hospital vai atender as necessidades do povo de Feira. Mas o atendimento de urgência e emergência continuará com o Clériston Andrade”, destacou.

<><> Homenagem

O prefeito Colbert Martins informou ainda que o hospital homenageará o médico Benício Cavalcante, que trabalhou em diversos hospitais de Feira de Santana e faleceu em 2020, em decorrência da covid-19.

<><> Expansão da Fundação Hospitalar

Durante a Ordem de Serviço para a construção do Hospital Municipal, a presidente da Fundação Hospital, Gilberte Lucas, anunciou a possibilidade da expansão da Fundação, para que possam ser feitos convênios com empresas privadas.  

“A gente vem estudando a possibilidade de expandir a Fundação Hospitalar no sentido de fazer parcerias privadas de mais investimentos para que a gente possa abrir mais estruturas de mais especialidades. Estamos fazendo um estudo para fazer tudo com responsabilidade e critérios”, disse.

Ela disse também que, inicialmente, a intensão é que assim que Hospital Municipal tiver o início das atividades, ele vai ser incorporado à Fundação Hospitalar por ser uma unidade de especialidade.

 

Fonte: A Tarde

 

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