quinta-feira, 11 de julho de 2024

8 sintomas físicos de depressão além da tristeza

A depressão é uma doença psiquiátrica que provoca alterações de humor significativas que impactam diretamente na qualidade de vida do indivíduo. Entre os seus sintomas clássicos estão a perda de interesse, desânimo e a tristeza profunda. No entanto, além dos sinais psicológicos, a depressão também pode se manifestar de formas físicas, sintomas que podem, muitas vezes, passar despercebidos.

Conheça 8 sintomas físicos da depressão que vão muito além da tristeza e saiba identificar a condição.

<><> 8 sintomas físicos da depressão

•        Problemas digestivos

Quando o individuo está em depressão, há uma baixa na produção dos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina. "Esses mediadores são responsáveis pela modulação da dor e também pelo equilíbrio emocional, portanto um paciente depressivo apresenta maior sensibilidade à dor", explica a psicóloga e psicanalista Priscila Gasparini Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP).

A dor na parte gastrointestinal é muito comum em depressivos. Segundo a especialista, há muitas vezes a ocorrência da síndrome do intestino irritável, que causa dores abdominais, flatulência e mudanças do hábito intestinal. "Pacientes podem chegar ao gastroenterologista com esses sintomas e, após vários exames clínicos, são diagnosticados como de fundo emocional".

•        Dor de cabeça

A depressão também pode motivar dores do tipo cefaleia. "Há o cenário que chamamos de somatização, no qual o indivíduo com depressão acumula sintomas emocionais, frustrações, medos e inseguranças e descarrega no corpo", afirma a psicóloga Priscila. "Vale ressaltar que é um processo inconsciente, ou seja, o individuo não tem controle sobre isso, e deve procurar ajuda profissional".

•        Distúrbios do sono

Distúrbios do sono são bem comuns: ou o paciente dorme demais, buscando no sono uma fuga da realidade, ou não consegue dormir, por não conseguir se desligar dos problemas que o levaram a depressão. Em ambos os casos, o resultado é um sono de má qualidade.

"O paciente não se recupera o suficiente para as atividades que deve exercer, o que explica a piora da do rendimento e da produtividade", lembra o psiquiatra Luis Gustavo Brasil, da Clínica Maia.

•        Tensão na nuca e nos ombros

Como consequência do processo de somatização, o paciente depressivo fica constantemente em estado de alerta - e isso se reflete em tensão na musculatura, principalmente da nuca e ombros. "A ansiedade e nervosismo para resolver as questões emocionais estão frequentemente associadas a esses sintomas", diz a psicóloga Priscila.

•        Cansaço ou fadiga

"A falta da produção adequada dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina gera uma prostração muito grande em pacientes", conta Priscila Gasparini Fernandes. O resultado são sintomas como fraqueza, cansaço, falta de ânimo e falta de iniciativa para executar qualquer atividade.

•        Mudanças no apetite e no peso

A depressão é frequentemente associada a transtornos alimentares. Isso porque a doença leva a alterações no apetite, podendo ocorrer a falta ou o excesso deste, culminando em perda ou ganho de peso. "As reações são individuais, é necessário apenas observar que o comportamento não está normal para aquela pessoa e orientá-la a buscar ajuda", explica a psicóloga Patricia.

A especialista ressalta ainda que quadros de anorexia e bulimia são diferentes de depressão, e como tal devem ser tratados separadamente. Há casos em que o paciente já diagnosticado com transtornos alimentares desenvolve um quadro depressivo, mas não se sabe quais são os gatilhos para essa relação.

Portanto, é necessário prestar atenção tanto nas mudanças de apetite do paciente com suspeita de depressão quanto em sinais depressivos nas pessoas que já tratam transtornos alimentares.

•        Dores no corpo

Pacientes com depressão muitas vezes se queixam de dores generalizadas e persistentes no corpo todo, principalmente nas costas e peito. "Os sintomas de fadiga e cansaço próprios do quadro depressivo acabam comprometendo uma postura adequada quando o indivíduo tenta realizar suas atividades diárias, piorando a sensação de tensão e dores musculares", explica psiquiatra Luis. Sedentarismo e a falta de atividades físicas podem tornar o quadro ainda mais intenso.

•        Imunidade baixa

A depressão leva o indivíduo à prostração - ele não se sente bem fisicamente e mentalmente. Isso pode, de maneira indireta, interferir na imunidade. "Ocorre uma liberação descontrolada de hormônios quando não estamos bem emocionalmente, afetando as células de defesa", diz Priscila Gasparini Fernandes.

Além disso, a tristeza e falta de iniciativa para realizar atividades pode fazer com que o paciente não tome os devidos cuidados com a saúde, adotando comportamentos de risco como ingestão excessiva de álcool, tabagismo, uso de drogas, má alimentação e sedentarismo - todos fatores que interferem diretamente na imunidade, deixando o indivíduo mais vulnerável a infecções oportunistas, como gripes, resfriados e herpes.

 

•        Como gerenciar Raiva, Tristeza e Alegria com Inteligência Emocional

Explorar as emoções em profundidade, segundo os princípios da inteligência emocional,  permite uma compreensão e gestão mais eficaz das nossas reações. A raiva, por exemplo,  surge como uma resposta a situações de injustiça, ameaça ou frustração. Compreender seus gatilhos, que variam desde contrariedades no trânsito até desafetos interpessoais, é  fundamental.

•        Raiva

A inteligência emocional nos ensina a identificar esses gatilhos e a responder de forma assertiva, utilizando técnicas como respiração profunda e reflexão. É fundamental promover uma expressão saudável da raiva sem conflitos destrutivos em relacionamentos ou a si mesmo. Uma forma de sofrer com a raiva sem expressá-la é implodir e, portanto, ter atitudes de auto sabotagem. Mesmo sabendo que não é bom, seguimos esse caminho provocando a autodestruição.

•        Tristeza

A tristeza, uma emoção natural, aparece em momentos de perda ou desilusão. Diferenciar  tristeza de depressão é vital, pois enquanto a primeira é transitória, a segunda requer  intervenção profissional. A inteligência emocional nos capacita a reconhecer nossas emoções e buscar apoio, encontrando significado até nos momentos mais sombrios, promovendo uma recuperação emocional saudável. Para saber se a tristeza requer tratamento, deve-se avaliar o comprometimento do dia a dia, falta de vontade para  atividades, intolerância e até a irritabilidade constante.

•        Culpa

A culpa, por sua vez, muitas vezes se enraíza nas falhas percebidas ou nos danos que  acreditamos ter causado aos outros. Desmistificar essa emoção envolve entender suas  origens e o impacto que pode ter na autoestima e nas relações interpessoais. Superar a culpa passa pelo processo de autoperdão e pela aprendizagem com os erros cometidos, abrindo espaço para o desenvolvimento da autocompaixão, que é essencial para a saúde mental e o bem-estar geral.

•        Alegria

Finalmente, celebrar a alegria é essencial para um bem-estar integral. A inteligência  emocional incentiva a cultivar positividade, gratidão e otimismo, melhorando não apenas  nossa saúde mental, mas também a física. Apreciar os pequenos prazeres e criar momentos de felicidade nos fortalece para enfrentar desafios, destacando a importância da resiliência emocional. Devemos compreender que a presença intencional nos momentos da vida, sem distrações, é responsável pela felicidade. Estarmos gratos pelas atividades alcançadas no dia a dia é fundamental para celebrar a vida.

Ao integrar a inteligência emocional à nossa compreensão das emoções, abrimos caminho  para uma vida mais plena e consciente, reforçando a habilidade de lidar com nossas próprias emoções e as dos outros de maneira respeitosa e eficaz.

 

 

Fonte: Minha Vida

 

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