8 sintomas físicos de depressão além da
tristeza
A depressão é uma
doença psiquiátrica que provoca alterações de humor significativas que impactam
diretamente na qualidade de vida do indivíduo. Entre os seus sintomas clássicos
estão a perda de interesse, desânimo e a tristeza profunda. No entanto, além
dos sinais psicológicos, a depressão também pode se manifestar de formas
físicas, sintomas que podem, muitas vezes, passar despercebidos.
Conheça 8 sintomas
físicos da depressão que vão muito além da tristeza e saiba identificar a
condição.
<><> 8
sintomas físicos da depressão
• Problemas digestivos
Quando o individuo
está em depressão, há uma baixa na produção dos neurotransmissores, como a
serotonina e a noradrenalina. "Esses mediadores são responsáveis pela
modulação da dor e também pelo equilíbrio emocional, portanto um paciente
depressivo apresenta maior sensibilidade à dor", explica a psicóloga e
psicanalista Priscila Gasparini Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP).
A dor na parte
gastrointestinal é muito comum em depressivos. Segundo a especialista, há
muitas vezes a ocorrência da síndrome do intestino irritável, que causa dores
abdominais, flatulência e mudanças do hábito intestinal. "Pacientes podem
chegar ao gastroenterologista com esses sintomas e, após vários exames
clínicos, são diagnosticados como de fundo emocional".
• Dor de cabeça
A depressão também
pode motivar dores do tipo cefaleia. "Há o cenário que chamamos de
somatização, no qual o indivíduo com depressão acumula sintomas emocionais,
frustrações, medos e inseguranças e descarrega no corpo", afirma a
psicóloga Priscila. "Vale ressaltar que é um processo inconsciente, ou
seja, o individuo não tem controle sobre isso, e deve procurar ajuda
profissional".
• Distúrbios do sono
Distúrbios do sono são
bem comuns: ou o paciente dorme demais, buscando no sono uma fuga da realidade,
ou não consegue dormir, por não conseguir se desligar dos problemas que o
levaram a depressão. Em ambos os casos, o resultado é um sono de má qualidade.
"O paciente não
se recupera o suficiente para as atividades que deve exercer, o que explica a
piora da do rendimento e da produtividade", lembra o psiquiatra Luis
Gustavo Brasil, da Clínica Maia.
• Tensão na nuca e nos ombros
Como consequência do
processo de somatização, o paciente depressivo fica constantemente em estado de
alerta - e isso se reflete em tensão na musculatura, principalmente da nuca e
ombros. "A ansiedade e nervosismo para resolver as questões emocionais
estão frequentemente associadas a esses sintomas", diz a psicóloga
Priscila.
• Cansaço ou fadiga
"A falta da
produção adequada dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina
gera uma prostração muito grande em pacientes", conta Priscila Gasparini
Fernandes. O resultado são sintomas como fraqueza, cansaço, falta de ânimo e
falta de iniciativa para executar qualquer atividade.
• Mudanças no apetite e no peso
A depressão é
frequentemente associada a transtornos alimentares. Isso porque a doença leva a
alterações no apetite, podendo ocorrer a falta ou o excesso deste, culminando
em perda ou ganho de peso. "As reações são individuais, é necessário
apenas observar que o comportamento não está normal para aquela pessoa e
orientá-la a buscar ajuda", explica a psicóloga Patricia.
A especialista
ressalta ainda que quadros de anorexia e bulimia são diferentes de depressão, e
como tal devem ser tratados separadamente. Há casos em que o paciente já
diagnosticado com transtornos alimentares desenvolve um quadro depressivo, mas
não se sabe quais são os gatilhos para essa relação.
Portanto, é necessário
prestar atenção tanto nas mudanças de apetite do paciente com suspeita de
depressão quanto em sinais depressivos nas pessoas que já tratam transtornos
alimentares.
• Dores no corpo
Pacientes com
depressão muitas vezes se queixam de dores generalizadas e persistentes no
corpo todo, principalmente nas costas e peito. "Os sintomas de fadiga e
cansaço próprios do quadro depressivo acabam comprometendo uma postura adequada
quando o indivíduo tenta realizar suas atividades diárias, piorando a sensação
de tensão e dores musculares", explica psiquiatra Luis. Sedentarismo e a
falta de atividades físicas podem tornar o quadro ainda mais intenso.
• Imunidade baixa
A depressão leva o
indivíduo à prostração - ele não se sente bem fisicamente e mentalmente. Isso
pode, de maneira indireta, interferir na imunidade. "Ocorre uma liberação
descontrolada de hormônios quando não estamos bem emocionalmente, afetando as células
de defesa", diz Priscila Gasparini Fernandes.
Além disso, a tristeza
e falta de iniciativa para realizar atividades pode fazer com que o paciente
não tome os devidos cuidados com a saúde, adotando comportamentos de risco como
ingestão excessiva de álcool, tabagismo, uso de drogas, má alimentação e sedentarismo
- todos fatores que interferem diretamente na imunidade, deixando o indivíduo
mais vulnerável a infecções oportunistas, como gripes, resfriados e herpes.
• Como gerenciar Raiva, Tristeza e Alegria
com Inteligência Emocional
Explorar as emoções em
profundidade, segundo os princípios da inteligência emocional, permite uma compreensão e gestão mais eficaz
das nossas reações. A raiva, por exemplo,
surge como uma resposta a situações de injustiça, ameaça ou frustração.
Compreender seus gatilhos, que variam desde contrariedades no trânsito até
desafetos interpessoais, é fundamental.
• Raiva
A inteligência
emocional nos ensina a identificar esses gatilhos e a responder de forma
assertiva, utilizando técnicas como respiração profunda e reflexão. É
fundamental promover uma expressão saudável da raiva sem conflitos destrutivos
em relacionamentos ou a si mesmo. Uma forma de sofrer com a raiva sem
expressá-la é implodir e, portanto, ter atitudes de auto sabotagem. Mesmo
sabendo que não é bom, seguimos esse caminho provocando a autodestruição.
• Tristeza
A tristeza, uma emoção
natural, aparece em momentos de perda ou desilusão. Diferenciar tristeza de depressão é vital, pois enquanto
a primeira é transitória, a segunda requer
intervenção profissional. A inteligência emocional nos capacita a
reconhecer nossas emoções e buscar apoio, encontrando significado até nos
momentos mais sombrios, promovendo uma recuperação emocional saudável. Para
saber se a tristeza requer tratamento, deve-se avaliar o comprometimento do dia
a dia, falta de vontade para atividades,
intolerância e até a irritabilidade constante.
• Culpa
A culpa, por sua vez,
muitas vezes se enraíza nas falhas percebidas ou nos danos que acreditamos ter causado aos outros.
Desmistificar essa emoção envolve entender suas
origens e o impacto que pode ter na autoestima e nas relações
interpessoais. Superar a culpa passa pelo processo de autoperdão e pela
aprendizagem com os erros cometidos, abrindo espaço para o desenvolvimento da
autocompaixão, que é essencial para a saúde mental e o bem-estar geral.
• Alegria
Finalmente, celebrar a
alegria é essencial para um bem-estar integral. A inteligência emocional incentiva a cultivar positividade,
gratidão e otimismo, melhorando não apenas
nossa saúde mental, mas também a física. Apreciar os pequenos prazeres e
criar momentos de felicidade nos fortalece para enfrentar desafios, destacando
a importância da resiliência emocional. Devemos compreender que a presença
intencional nos momentos da vida, sem distrações, é responsável pela
felicidade. Estarmos gratos pelas atividades alcançadas no dia a dia é
fundamental para celebrar a vida.
Ao integrar a
inteligência emocional à nossa compreensão das emoções, abrimos caminho para uma vida mais plena e consciente,
reforçando a habilidade de lidar com nossas próprias emoções e as dos outros de
maneira respeitosa e eficaz.
Fonte: Minha Vida
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