4 brincadeiras com os netos que servem de exercícios
para idosos
Passar o tempo com os
netos deve ser considerado um dos melhores momentos da rotina dos avós. E como
os idosos precisam praticar atividades físicas e intelectuais regularmente, não há nada melhor
do que juntar o útil ao agradável, e manter a mente e corpo ativos se
divertindo com as crianças.
Pensando nisso, o
MinhaVida convidou o personal trainer Matheus Vianna, da equipe do Instituto
Nutrindo Ideais, para indicar 4 brincadeiras com netos que servem de exercícios
para idosos. Confira abaixo!
<><> Quais
brincadeiras servem de exercícios para os idosos?
• 1 - Jogos com bola
Brincadeiras leves com
o uso da bola podem ser muito benéficas para pessoas idosas. Para além de
favorecer o bem-estar gerado pela sensação de diversão, jogos como tiro ao alvo
e uma simulação de basquete (em que a pessoa apenas quica a bola no chão) auxilia
no desenvolvimento da agilidade e da coordenação motora do idoso.
• 2 - Amarelinha
A amarelinha é uma
brincadeira clássica que pode oferecer benefícios para todas as pessoas,
especialmente as idosas. Essa brincadeira não exige um esforço físico intenso e
pode favorecer o desenvolvimento do equilíbrio e aumentar a força muscular.
• 3 - Quebra-cabeças
O quebra-cabeças é um
jogo que pode favorecer tanto as crianças quanto os idosos. O jogo é excelente
para estimular o raciocínio e a memória, e também pode auxiliar na redução do
estresse e da ansiedade.
• 4 - Vivo ou Morto
Além de ser uma
brincadeira simples, que não necessita de nada além do que próprio corpo, o
“Vivo ou Morto” é uma forma divertida de pessoas idosas exercitarem a
concentração, a agilidade e a coordenação motora.
Leia também: Déficit
de atenção ou distração? Entenda a diferença
• Como os idosos podem brincar com os
netos com segurança?
Matheus Vianna explica
que, para que os idosos brinquem com as crianças sem maiores preocupações, é
essencial pôr em prática alguns cuidados básicos.
“É preciso manter a
hidratação e alimentação adequada, fazer uso de protetor solar ao realizar
exercícios ao ar livre e usar também roupas e calçados adequados. Entretanto, é
importante lembrar que o idoso deve e pode realizar exercícios descalços desde que
seja com orientação”.
O especialista também
faz um alerta em relação aos indícios de que a brincadeira com as crianças pode
ser muito intensa ou inadequada à condição física do idoso. Os sinais são:
• Cansaço extremo
• Sensação de desmaio
• Palpitações
• Boca ressecada
• 7 exercícios ideais e benéficos para
quem passou dos 60 anos
A atividade física
traz diversos benefícios para a saúde física e mental em todas as idades. Para
quem já passou dos 60 anos e quer sair do sedentarismo ou se manter ativo,
alguns cuidados podem ser tomados.
Nessa etapa da vida,
tanto homens quanto mulheres sofrem alterações no corpo, que os deixam mais
propensos a sentirem dores, rigidez muscular e mais cansaço do que os mais
jovens. Por isso, escolher o exercício certo para as características do seu
corpo é uma ótima alternativa para continuar (ou começar) a fazer atividades
físicas, favorecendo a saúde e a qualidade de vida.
De acordo com a
educadora física Francini Vilela Novais, coordenadora do Centro de Estudos do
Envelhecimento, da Unifesp, os exercícios para quem tem mais de 60 anos devem
buscar melhorar quatro "pilares" que, além de aumentarem a saúde e
evitarem doenças, ainda diminuem as chances de quedas, falta de equilíbrio e
fraqueza nas pernas.
"Quem chega à
terceira idade, independentemente de sua condição física, deve buscar
exercícios que melhorem a parte aeróbica, a flexibilidade, o fortalecimento dos
grandes complexos musculares e o equilíbrio do corpo", diz Francini.
Além disso, a
atividade física na terceira idade melhora a composição corporal, diminui e
distribui a massa de gordura e aumenta a massa muscular, melhorando a força e a
potência dos músculos, a coordenação motora, o condicionamento cardiovascular e
a flexibilidade.
“Todos esses fatores
juntos são responsáveis por manter a independência física que, segundo
parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o grande fator de manutenção
da qualidade de vida nesta faixa etária e da longevidade”, completa Silvana
Vertematti, cardiologista e médica do exercício e do esporte do Hospital
Edmundo Vasconcelos. Com tantos benefícios, é hora de escolher a opção mais
adequada. Veja, abaixo, sete exercícios para quem passou dos 60 anos:
1. Natação
Nadar faz bem porque
queima calorias, trabalha intensamente a parte aeróbica e fortalece os
músculos, além de proteger as articulações, ajudando a tratar doenças como
artrite e artrose. "A natação, e também a hidroginástica, são exercícios
muito bons para trabalhar a circulação sanguínea e a respiração", diz o
fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp.
Outro ponto positivo
da natação é que o contato com a água causa uma vasodilatação nas vias
respiratórias, o que melhora instantaneamente a respiração dos idosos,
diminuindo o problema da falta de ar.
2. Corrida
Correr traz muitos
benefícios para o equilíbrio e para a respiração. Quem passou dos 50 ou 60 anos
pode ser beneficiado por essa atividade e deve gastar no mínimo 30 minutos por
dia com ela, cinco vezes por semana. "A partir dessa frequência de exercícios,
os níveis de batimentos cardíacos aumentam, seguidos pela intensificação da
respiração", explica Francini. Mas é importante tomar alguns cuidados para
não prejudicar a saúde.
De acordo com Paulo
Correia, é importante fazer trabalhos para aumentar a flexibilidade antes da
corrida. Se as articulações, principalmente as da cintura, dos ombros, joelhos
e a do dedão do pé, não estiverem preparadas para uma atividade física que envolve
impacto podem acontecer lesões ou torções no local.
"Para quem não
tem problema nas articulações e faz um bom trabalho de alongamento e
aquecimento, o impacto é benéfico ao corpo. É a partir do estimulo elétrico que
acontecem após cada impacto ou tensão, que o cálcio é absorvido pelos ossos.
Sem o mineral, aumentam as chances de osteoporose, por exemplo", explica
Paulo Correia.
3. Bicicleta
A bicicleta é um bom
exercício nessa etapa da vida. Ela trabalha a parte aeróbica, o equilíbrio e o
fortalecimento dos músculos das coxas e da panturrilha. "Pedalar é um
exercício bem específico, que fortalece os músculos da perna e dos quadris. Esses
músculos são importantes para a manutenção de uma rotina saudável do
idoso", diz o fisiologista.
No entanto, andar de
bicicleta é contraindicado para pessoas que possuem labirintite ou doenças que
tenham risco de tonturas, desmaios ou dificuldade de locomoção. “Alguns
cuidados são necessários, como desenvolver outros exercícios sob supervisão que
trabalhem as habilidades de coordenação motora e equilíbrio, além de se usar
equipamentos de proteção individual, como capacetes, cotoveleiras e
joelheiras”, ressalta a médica do exercício Silvana.
4. Musculação
A musculação aumenta a
massa muscular e, com isso, pode ser benéfica para tratar e evitar diversas
doenças. “A massa muscular tem grande participação metabólica em várias
doenças, como controle de sobrepeso e obesidade, controle do diabetes, da
hipertensão arterial, além de melhorar a socialização e reduzir os sintomas
depressivos”, elenca Silvana.
Além disso, a
musculação também é importante para manter a massa óssea, prevenindo a
osteoporose e fraturas. “O principal nesse conjunto de benefícios é manter a
independência física e a longevidade saudável”, completa a especialista.
Busque exercícios que
fortaleçam as pernas e os músculos da cintura. Porém, o mais importante é dar
mais enfoque à repetição do que ao peso, já que uma carga maior pode causar
dores nos músculos e prejudicar as articulações. De acordo com Francini, além do
fortalecimento dos principais grupos musculares, exercícios feitos na academia
favorecem a respiração e a circulação sanguínea.
5. Yoga
A yoga é uma
modalidade perfeita para trabalhar o equilíbrio entre corpo e mente. Com uma
variedade de posições que podem fazer parte de uma sessão de yoga, a atividade
melhora a flexibilidade e a consciência corporal. Entre seus benefícios está a
redução da ansiedade, a melhora da postura, o relaxamento e o aumento do
condicionamento físico.
“A yoga é excelente
pois trabalha os músculos, a coordenação motora, o controle de pensamentos e
previne quadros depressivos, além de melhorar o condicionamento cardiovascular
e pulmonar”, afirma Silvana.
6. Pilates
O pilates é outra
modalidade que busca o controle dos músculos do corpo e fortalece a
musculatura. Assim como a yoga, essa prática promove maior consciência corporal
e estimula a flexibilidade, além de melhorar o condicionamento cardiovascular.
Os exercícios são
graduados de acordo com a capacidade física de cada aluno, sempre levando em
consideração suas restrições a determinados tipos de movimentos. O pilates
também é benéfico para aliviar dores e diminuir o estresse.
7. Caminhada
A caminhada é
considerada o exercício mais prático de inserir na rotina e o mais eficiente
para quem tem mais de 60 anos e é sedentário. "Caminhar durante uma hora
todos os dias da semana diminui as chances de morte por doenças
cardiovasculares em 30%. Além disso, quando caminhamos, temos que processar e
adequar os movimentos do corpo a estímulos visuais, sonoros e tácteis, o que
acaba melhorando nossa coordenação", diz Francini.
"É claro que cada
caso deve ser analisado por um profissional, para que o potencial de cada
indivíduo seja melhor aproveitado, mas andar um pouco faz bem para todas as
pessoas", diz Paulo Correia.
<><>
Cuidados especiais ao fazer atividade física
Quem já está
acostumado a praticar exercícios, e não tem doenças cardiovasculares crônicas,
dispensa qualquer tipo de recomendação especial. "A frequência cardíaca
durante o treino deve ser 70% da capacidade do coração no máximo (164 batidas
por minuto), como em todas as idades. Mas, como é comum que pessoas mais velhas
tomem medicações para pressão alta, é bom que o número de batidas não passe de
135 ou 140", diz o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp.
Para aqueles que
tiveram uma rotina sedentária por muito tempo e querem começar a fazer
exercícios quando chegam à terceira idade, o aconselhado é não acelerar muito.
Os batimentos cardíacos devem ficar um pouco abaixo do normal nos primeiros
treinos, por volta de 114 batimentos por minuto.
"É importante
sempre estar em dia com o acompanhamento médico, realizar exames periódicos e
ter condições clínicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto no sangue,
doenças cardíacas, assim como outras condições em outros aparelhos, sob controle",
alerta Silvana. "Manter uma boa alimentação rica em carboidratos,
proteínas, vitaminas, sais minerais e cálcio, ter orientação e acompanhamento
de um profissional de educação física para indicar adequadamente a composição
de exercícios, considerando a frequência, intensidade, tipo e tempo das
atividades", finaliza.
Fonte: Minha Vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário