Sudene e Hemobrás vão atuar em conjunto
para fortalecer o complexo industrial da saúde no Nordeste
Com o objetivo de
fomentar, promover e incentivar, de forma conjunta, atividades voltadas ao
desenvolvimento regional do Complexo Industrial da Saúde no Nordeste, a Sudene
e a Hemobrás assinaram hoje (8) um acordo de cooperação técnica. Essa parceria
busca maximizar os efeitos trazidos pela implantação da Hemobrás no Nordeste,
criando sinergias e adensamento da cadeia produtiva, atraindo fornecedores
locais, com ampliação da geração de emprego e renda a partir deste investimento
relevante.
Pelo plano de
trabalho, a Sudene e a Hemobrás vão atuar em colaboração para a atração de
investimentos para o Nordeste, focados na cadeia produtiva da empresa estatal e
também para a formação de profissionais, fomento da governança e inovação no
âmbito da estatal.
“Essa ação fala para a
soberania nacional, a autonomia do SUS e um segmento importante da nossa
economia, que é o Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEIS). Que reponde
por 10% do PIB brasileiro e 35% da pesquisa e inovação voltada para a área da saúde”,
afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Ele destacou a importância
de integrar as políticas públicas, com o olhar para a região, a partir da Nova
Indústria do Brasil (NIB).
Para a presidente da
Hemobrás, Ana Paula Menezes, a assinatura do acordo simboliza a parceria entre
a empresa e a Sudene já com a perspectiva de ampliação de seu escopo. “A
iniciativa mais desafiadora será atuarmos para a nacionalização dos insumos da
nossa cadeia produtiva, quando concluirmos a etapa de incorporação
tecnológica”, frisou. A gestora elencou que a construção de um modelo de
articulação dos instituições de ciência, tecnologia e inovação para a
prospecção de pesquisas que possam contribuir com a sustentabilidade comprometo
da Hemobrás.A estratégia da Sudene e da Hemobrás se consolida na construção do
Complexo Econômico e Industrial da Saúde, inclusive como parte da nova política
industrial denominada de Nova Indústria Brasil. Em termos do CEIS, a
ideia-força é que o Sistema de Saúde deve exercer um papel estratégico de
reduzir as iniquidades sociais e ambientais e, simultaneamente, estimular o
desenvolvimento territorial sustentável, tendo o Estado como seu principal
indutor, a partir dos investimentos realizados principalmente pelo SUS.
A Hemobrás é um dos
principais investimentos do CEIS no país, denotando a capacidade deste
empreendimento no estímulo ao desenvolvimento econômico em um primeiro momento
dos estados de Pernambuco e Paraíba. Já a Sudene, na sua atuação em prol do
desenvolvimento regional, mostra sua capacidade de articulação e planejamento
ao construir coletivamente, envolvendo diversos atores regionais e nacionais, o
Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e neste âmbito
articulá-lo com o Plano Plurianual (PPA) dos Ministérios, no caso o da Saúde,
ao procurar incluir a Hemobrás como partícipe importante, aliando os eixos
social e econômico do PRDNE, na sua estratégia de atração de investimentos e
geração de emprego e renda para o Nordeste.
Além de Ana Paula
Menezes e Danilo Cabral, participaram do evento, seguido de uma visita à
fábrica, o diretor José Lindoso (Administração), os coordenadores Pabllo
Brandao (Gestão Institucional), José Farias (Promoção de Desenvolvimento
Sustentável) e Jurandir Liberal (Gestão de Pessoas) da Sudene; o diretor André
Pinho (Administração e Finanças), Adelaide Cabral (Chefe de gabinete) e os
gerentes Melissa Papaleo (Produtos e Suprimentos), Gustavo Simioni
(Administração e Finanças) e Rafael Jaegger (Gestão de Pessoas) da Hemobrás.
Também participaram representantes do corpo técnico da empresa e da Autarquia.
• Agricultura familiar contará com mais
recursos do FNE ano novo Plano Safra
No maior plano safra
já anunciado pelo Governo Federal, a área de atuação da Sudene contará com R$
20,3 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para
operações destinadas ao agronegócio. O valor integra a estratégia da superintendência
para fortalecer a oferta de crédito facilitado especialmente aos pequenos
produtores, que contarão com um orçamento 17% maior em relação ao período
anterior para financiamentos.
A agricultura familiar
terá à disposição R$ 10,3 bilhões do FNE. Segundo o Banco do Nordeste, parceiro
da Sudene que realiza as operações financeiras do fundo regional, o FNE chega a
financiar 95% da agricultura familiar no Nordeste. Ainda segundo o agente
financeiro, no exercício 2023/2024, o Nordeste superou a região Sudeste em
contratações no âmbito da agricultura familiar, marco inédito na história.
“Garantir que
especialmente o pequeno produtor rural seja assistido por financiamentos
facilitados nos ajuda chegar na ponta da linha do desenvolvimento regional,
criando mais oportunidades para a geração de emprego e renda da população
nordestina que tira seu sustento da terra”, comentou o superintendente Danilo
Cabral.
Segundo o Anuário
Estatístico da Agricultura Familiar 2023, produzido pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em
parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o Nordeste concentra 14 milhões de agricultores
familiares. Isso representa 47,8% desta classe trabalhadora no Brasil.
Já a agricultura
empresarial, público formado por grandes empresas do setor que demandam maiores
volumes nas operações de crédito, contará com um montante de R$ 10 bilhões.
Coordenador-geral de
Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento, o economista Wandemberg Almeida
destacou que os efeitos do Plano Safra transbordam o setor agropecuário. “Temos
uma vasta cadeia produtiva, envolvendo agricultores, irrigação, setor de grãos,
operações para escoar a produção até chegar na ponta, nos supermercados. Neste
cenário, há muitos postos de trabalho envolvidos. Você tem um efeito de
transbordamento para o comércio, serviços, indústria, logística. Isso exige
investimentos em outros setores como a própria infraestrutura”, comentou.
Os recursos do FNE que
integram o Plano Safra estão disponíveis a todos os produtores rurais cujas
atividades são desenvolvidas na área de atuação da Sudene. O território
compreende todos os estados do Nordeste e porções da área norte dos estados do
Espírito Santo e Minas Gerais. São 2074 municípios atendidos. “O agronegócio é
um dos vetores mais importantes da economia do Nordeste, sendo a principal
atividade produtiva de várias dessas cidades. Por isso, nós sempre procuramos
estar junto deste setor ouvindo demandas para atender quem precisa de crédito,
do pequeno agricultor ao grande investidor”, disse o diretor de Gestão de
Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire.
O Plano Safra
2024/2025 foi anunciado pelo presidente Lula no último dia 3. Nesta edição. São
oferecidos R$ 400,59 bilhões distribuídos em linhas de crédito, incentivos e
políticas agrícolas. O volume foi 10% maior em relação ao período anterior.
Fonte: Ascom Sudene
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